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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS
Entrada da cidade demorou a sair

Serviços de ligação com a Via Anchieta sofreram grande atraso devido a questões burocráticas e problemas inesperados no canteiro de obras...

Diversos obstáculos físicos e principalmente burocráticos dificultaram por muito tempo a realização de obras na entrada de Santos/interligação com a via Anchieta. Isso foi conseguido em 1969, nos dias finais de gestão do prefeito Sílvio Fernandes Lopes, como noticiou então o jornal santista A Tribuna, na edição de 11 de abril de 1969:

Sílvio vai inaugurar entrada da Cidade

O prefeito Sílvio Fernandes Lopes vai inaugurar amanhã uma de suas últimas obras, como chefe do Executivo municipal: a nova entrada da Cidade. A avenida vereador Alfredo das Neves tem quatro pistas de sete metros de largura cada, permitindo a saída do trânsito em dois sentidos específicos: Santos-São Paulo e Santos-São Vicente. As obras foram complementadas com a construção de duas pistas no Largo da Saudade, com 12 metros de largura.

Esse serviço foi um dos mais difíceis efetuados pela Prefeitura, pois foi necessária uma interrupção diária do trânsito que procurava sair para São Paulo, demolir uma rocha, e impedir várias ruas, provocando sempre um grande congestionamento de veículos. Além disso, as redes da Companhia Telefônica Brasileira e de abastecimento de água precisaram ser remanejadas para evitar maiores problemas.


Essas obras demoraram, mas a Cidade conta com nova via de acesso
Foto e legenda publicadas com a matéria

Sílvio inaugura amanhã a nova entrada da Cidade

O prefeito Sílvio Fernandes Lopes irá inaugurar amanhã, sábado, pela manhã, a nova entrada da Cidade. São obras ora concluídas que promovem a completa remodelação de base nessa área da Cidade, capazes de garantir durante decênios a fluidez do trânsito, que de ano para ano cresce na razão direta do desenvolvimento econômico da Baixada Santista e da Grande São Paulo.

A nova entrada da Cidade compõe-se especificamente de três segmentos de pistas, canteiros e calçadas, integradas na Avenida Vereador Alfredo das Neves, no Largo da Saudade e na Rua Visconde de São Leopoldo, que complementarmente ganharam perfeito sistema de drenagem. Aqui, deve aparecer também a drenagem do bairro do Chico de Paula, que terá influência decisiva na posterior e total urbanização da área.

A Avenida Vereador Alfredo das Neves tem 4 pistas pavimentadas, de concreto asfáltico, em dois conjuntos específicos de tráfego: São Paulo-Santos e vice-versa, com 7 metros de largura cada pista; e São Vicente-Santos e vice-versa, com 9,5 metros cada uma, canteiros divisórios com 1, 3 e 4 metros, além dos passeios laterais de 1 (junto à cerca da EFSJ) e 3 metros, iluminação a vapor de mercúrio e posteamento para futuras linhas de tróleibus.

O Largo da Saudade, setor intermediário, onde as quatro correntes de tráfego se transformam em apenas duas, possui 2 pistas, com 12 metros de largura.

A nova Rua Visconde de São Leopoldo já tem, até a Praça Patrícia Galvão, 2 pistas de 9,5 metros, com canteiro central de 1 metro e passeios de 2,5 metros. Suas obras devem prosseguir até a Travessa Comendador João Cardoso, confluência com a Avenida Getúlio Vargas.

As obras da nova entrada da Cidade, projetadas pela Prodesan em atendimento ao programa de realizações do prefeito Sílvio Fernandes Lopes, e depois entregues a várias empresas para execução, mediante concorrência pública, são, pelo vulto e enorme parcela de problemas enfrentados e resolvidos, possivelmente as mais importantes já executadas nestes últimos quatro anos em Santos.

O primeiro grande óbice surgido, que dificultaria enormemente a execução das obras, tornando-as relativamente morosas, com reflexos diretos no trânsito, foi a impossibilidade de interrupção das correntes do tráfego ao longo da Alfredo das Neves, Largo da Saudade e Visconde de São Leopoldo. A interrupção, tida como certa na programação das obras, tornou-se impossível porque a ligação Santos-São Vicente, pela praia, em momento algum foi executada.

Assim, inicialmente a drenagem do terreno, o preparo das pistas e finalmente a execução do pavimento seguiram paralelamente ao desenvolvimento do trânsito normal nesse setor da Cidade, que em 1968 registrou a média de 16.200 veículos por dia, conforme levantamentos efetuados pelo DER, atendendo às obras do trevo rodoviário.

Além disso, durante muito tempo a Prodesan precisou protelar a execução da Avenida Vereador Alfredo das Neves, à espera de uma definição do DER sobre o traçado que o órgão estadual pretenderia imprimir ao trevo rodoviário, já que essa via deve necessariamente existir, na parte viária, em função das várias correntes do tráfego destinadas a São Paulo, São Vicente e Cubatão, ou provenientes dessas cidades.

Depois, ao longo dos 600 e poucos metros de extensão da Avenida Vereador Alfredo das Neves foram surgindo outras dificuldades, penosamente enfrentadas pela empreiteira. Inicialmente, a condição desfavorável do solo, que se agravaria bastante quando se tratou de construir os pontilhões sobre o Rio Saboó.

Essa construção foi árdua. Durou exatamente 398 dias, quando devia durar só 120, prazo contratual. Foram 58 dias de chuva e mais 220 outros dedicados a resolver problemas de solos para a cravação de 101 estacas.

Grande número de pedras precisou ser removido, algumas delas situadas até mesmo a 4 metros de profundidade e novas sondagens de solo foram efetuadas. Os pontilhões, além de tudo, precisam canalizar perfeitamente o Rio Saboó.

Posteriormente, para início das obras da Rua Visconde de São Leopoldo, junto ao Largo da Saudade, tivemos uma obra ciclópica. Foi o desmonte de uma rocha, pé do morro onde se localiza uma unidade do ex-SASC.

Conquanto o vulto da obra, o desmonte durou de abril a outubro do ano passado. Pouco mais de 6 meses.

Foram retirados 27.730 metros cúbicos de material - pedra e argila - sendo 25.654 m³ com dinamite, 756 m³ cortados a frio (devido à proximidade do prédio do ex-SASC) e 1.320 m³ de material argiloso.

O custo da obra foi aproximadamente de NCr$ 700.000,00.

Durante os quase sete meses de desmonte foram numerosos os problemas enfrentados na execução da obra. Mais uma vez tivemos o fator desfavorável do trânsito, a necessidade do escalonamento dos tiros de dinamite em horários propícios, levando em conta até mesmo a passagem dos trens da E.F.S.J.

Outro problema enfrentado, ao longo de todas as obras da Nova Entrada da Cidade, um pouco na Avenida Vereador Alfredo das Neves e bem mais no Largo da Saudade e primeiro trecho da Rua Visconde de São Leopoldo, cifrou-se no mau estado das adutoras do ex-SASC, hoje S.B.S. (N.E.: Companhia de Saneamento Básico da Baixada Santista, que em 1973 seria substituída pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - Sabesp). Elas sofreram amplas reformas, e isso atrasou bastante a execução das obras de superfície.

Junto à ponte havia 6 adutoras, variando em diâmetro, de 0,20 até 1 metro, onde se observou o seguinte: a adutora de 1 metro secciona totalmente o pontilhão na Avenida Vereador Alfredo das Neves, sendo que nesse local há cavalete que ocupa 2 metros de largura; as adutoras de 0,30 e de 0,50 m, junto ao passeio da E.F.S.J., motivaram a execução de ponte do tabuleiro, em balanço, por não ser possível cravar estacas.

As 4 outras adutoras forçaram a execução de rasgos nas vigas da cabeceira da ponte, a fim de que não ficassem embutidas.

Outros problemas com o solo se cifraram nos cuidados especiais com os dutos da Companhia Telefônica Brasileira e do Departamento de Correios e Telégrafos, que surgiam nos locais mais inesperados, fazendo com que por isso houvesse boa perda de tempo.

Pode-se acrescentar ainda ao rol dos fatores que dificultaram e atrasaram as obras os fastidiosos entendimentos com o ex-SASC e com a Secretaria de Obras do Estado, atendendo à necessidade da demolição de um prédio da autarquia, na confluência da Rua Visconde de São Leopoldo com o Largo da Saudade (demolição indispensável para o alargamento da pista), e também os entendimentos com a E.F.S.J., em busca de uma nesga de área já na Rua Visconde de São Leopoldo (correção de alinhamento do muro), com o fito de conseguir-se a largura programada para a pista, nas proximidades da travessa Comendador João Cardoso. Esses entendimentos com a E.F.S.J. foram levados a bom termo recentemente.

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