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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - URBANISMO (G)
Santos em três momentos (4)

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Metropolização, conurbação, verticalização. Os santistas passaram a segunda metade do século XX se acostumando com essas três palavras, que sintetizam um período de grandes transformações no modo de vida dos habitantes da Ilha de São Vicente e regiões próximas. Em 26 de março de 1983, o jornal santista A Tribuna comemorava seu 90º aniversário com uma edição especial, em que mostrava a cidade em três momentos - passado, presente e futuro. Então, fazia comparações:
 
O contraste esconde problemas

Relembrar as imagens do passado é reconstituir as razões da pujança e esplendor de uma cidade que, durante séculos, floresceu como expressão do sucesso empreendedor dos homens desta terra. O intenso movimento exportador de café, implicando na necessidade cada vez maior da expansão do porto, e na ampliação crescente dos acessos ao Município, trazem a reflexão do que levou Santos a tanto desenvolvimento, representado pela intensa circulação de pessoas nas ruas e praças cada vez mais edificadas para absorver e acomodar confortavelmente uma população progressiva.

A Cidade foi ficando pequena, começou a crescer para cima. Santos elevou-se, física, econômica e politicamente, elevando-se também, com profunda dignidade, a consciência de seu povo. Algo aconteceu, no período entre umas imagens e outras, fazendo com que os retratos de modernidade, autênticas expressões faciais de uma cidade, deixassem de corresponder ao estado de espírito de sua gente.

Há que se refletir sobre todas as notórias razões que tiraram das praças a alegria, não obstante o crescimento, para deixar os tijolos e os veículos darem a falsa suposição de que progresso é sinônimo de desenvolvimento. E de que atrás de cada lâmina de concreto e de metal vive um homem próspero e feliz.

Crescendo, a Cidade chegou ao seu limite horizontal e a Ponta da Praia deixou de ser um simples caminho


O monumento aos Andradas, antes destaque na Praça da Independência, agora abafado pelas sombras de imponentes construções


Porto de Santos próximo à Alfândega, em foto de Militão Augusto de Azevedo
(albúmen com 10,8 x 17,0 cm, Acervo Instituto Moreira Salles)
Imagem reproduzida no livro Santos e seus Arrabaldes - Álbum de Militão Augusto de Azevedo, de Gino Caldatto Barbosa (org.), Magma Editora Cultural, São Paulo/SP, 2004

O porto deixou de ser apenas um ponto exportador de café, convertendo-se em um amplo corredor de exportação


Foto: Rafael Dias Herrera, em 1947. Acervo Fundação Arquivo e Memória de Santos (FAMS)

A inauguração da Via Anchieta, pelo então governador Adhemar de Barros, agora superada mesmo após sua ampliação


Reprodução da Revista da Semana/Jornal do Brasil de janeiro de 1902, imagem enviada a Novo Milênio por Ary O. Céllio, de Santos/SP

Praça Mauá foi centro de muitos negócios de café, motivo de um bom padrão de vida de grande parte da população, hoje preocupada com horários de pequenos empregos e com um trânsito nervoso


O progresso físico da Cidade levou locais como a Praça da República a descaracterizarem-se, destruindo suas referências históricas

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