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SANTOS DE ANTIGAMENTE - PORTO/1904 - BIBLIOTECA NM
Santos e a Cia. das Docas - 1904 (A)

Tinham se passado apenas 12 anos do início das operações do portoClique na imagem para ir ao livro organizado de Santos, quando a concessionária Companhia Docas de Santos (CDS) publicou em 1904 o álbum Santos e a Cia. das Docas, com as fotos das primeiras etapas da construção desse porto. Em abril de 2000, o cartofilista Laire José Giraud preparou uma nova edição desse álbum, dentro das comemorações dos 500 anos do Descobrimento do Brasil, impressa pela Gráfica Guarani, de Santos/SP:

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Santos e a Cia. das Docas - 1904

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Imagem: capa da publicação do ano 2000 - Clique na imagem para ampliá-la

Sumário
05 - Breve Apresentação (por Narciso de Andrade)
06 - Homenagens
07 - Agradecimentos/In Memoriam
09 - Santos e a Companhia das Docas - 1904
10 - O álbum (por João Emílio Gerodetti)
11 - Santos, Porto e Cidade unidos desde o começo (por José Carlos Silvares)
12 - Trapiches foram o espelho do desenvolvimento (por Jaime Caldas e Laire José Giraud)
15 - A evolução histórica do porto de Santos (por José Carlos Rossini)
20 - Um porto com quase 500 anos (por Viviane Pereira e Helena Maria Gomes)
22 - Os tempos românticos da Inglesa e a sua influência na Velha Santos (por Nelson S.Marques)
25 - Outeiro de Santa Catarina (por António Ernesto Papa)
28 - Poema Cais (de Narciso de Andrade Neto)
29 - Cidade de Santos
30 - Cidade de Santos
31 - Vista do cais com a Alfândega
32 - Vista co cais com o guindaste de 24 toneladas
33 - Vista do cais com o escritório da Companhia
34 - Transatlântico atracado no cais
35 - Navio descarregando no cais
36 - Navio descarregando carvão
37 - Embarque de café
38 - Máquina compressora dos guindastes hidráulicos
39 - Casa da máquina compressora e armazéns
40 - Interior d'um armazém
41 - Locomotivas da bitola de 1,60 m
42 - Locomotivas da bitola de 0,80 m
43 - Pedreira de Jabaquara
44 - Jabaquara
45 - Perfuradoras
46 - Escavadora
47 - Avançamento da muralha
48 - Sino hidráulico
49 - Vista geral do estaleiro de blocos
50 - Construção de blocos
51 - O 1º bloco construído
52 - Experiência do 1º bloco
53 - Experiência do 1º bloco
54 - Avançamento dos blocos
55 - Embarque de um bloco
56 - Goliath, guindaste de 80 toneladas
57 - Titan, guindaste de 80 toneladas
58 - Samsão, guindaste de 80 toneladas
59 - Guincho do estaleiro
60 - Batelão no estaleiro
61 - Embarcações da Companhia
62 - Draga com batelão
63 - Rebocadores da Companhia
64 - Lanchas da Companhia
65 - Oficinas novas
66 - Oficinas novas
67 - Oficinas velhas
68 - Casas de operários

Orelhas do álbum (por Hélio Schiavon)

 

Imagem: sumário, na obra de 2000

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Imagem: capa original do álbum de 1904 - Clique na imagem para ampliá-la

Imagem: frontispício e dedicatória, no álbum de 2000

Imagem: registro da obra de 2000


Imagem: orelhas do álbum de 2000

É um privilégio ter esta obra em mãos

Certos livros, preciosíssimos, ficam anos no fundo de gavetas, como os diamantes jazem séculos na escuridão fria das montanhas. o tesouro não existe, até que um garimpeiro, ousado e persistente, remova as pedras, rompa a escuridão e exponha ao sol a joia rutilante e rara.

Já vi este texto antes, alhures, expressão de um alquimista deslumbrado com a descoberta de uma obra clássica. Descoberta incomum e maravilhosa, como este livro (de 1904, encontrado em Paris) que Laire José Giraud recebeu do Velho Mundo.

Pois, nestes tempos de astronautas e internautas, esta obra é uma vertigem ao passado, viagem em que Laire é mestre-timoneiro, condutor de emoções perpétuas. Quem não conhece a fama de seus milhares de cartões-postais?

Ano 1901. Que tal começar o passeio pelo velho prédio da Alfândega, as ruas centrais, o Centro Português e os antigos armazéns do cais? A Cidade exala maresia, café, bananas, estrume de cavalo, azeite e bacalhau.

No meio do estuário, início do século, os veleiros se casam com o navio-vapor. E, mais adiante, inédito, veja como era o monte Jabaquara, que hoje não existe mais. São pedras do cais.

Estas fotos, do acervo de Laire, despertam a vida que lateja no porto, dia e noite sem parar. É água que bate na muralha, trem no trilho, apitos. É pedra sobre o mangue e carga sobre o cais.

O trabalhador verga sob a saca, verga sob as injustiças, ódio reprimido, doença e mal-estar. E lá estão os pioneiros, engravatados e impávidos, orgulhosos de domar trambolhos tecnológicos, "a ciência mais avançada do mundo".

Imortalizados nesta homenagem de Laire, todos afinal exibem sensações fáceis de explicar. É o orgulho que estufa o peito, de quem estendeu sobre o mangue uma Cidade moderna e o maior porto do País.

Santos, abril de 2000.

Hélio Schiavon

Jornalista de A Tribuna