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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - Crônica policial - 10
"Virou a bicho"...

Alimentando a briga com a City

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Às vezes, o incidente é até banal, mas vale recordar pela forma como foi relatado, com expressões deliciosas, típicas de uma época de costumes bem diferentes. É o exemplo deste registro - do tempo em que o transporte urbano por bondes era mantido pela City of Santos Improvements Ltd. - feito pelo jornal diário Commercio de Santos, em 30 de janeiro de 1920 (página 2, ano I, número 28 - exemplar no acervo do historiador Waldir Rueda - ortografia atualizada nesta transcrição):

Imagem: reprodução da matéria original

Mais uma contra a City

Ontem, no bonde da linha 2, que sai do Largo às 14h30, viajava um cavalheiro que, ao ser procurado pelo condutor, para o pagamento da respectiva passagem, deu-lhe uma cédula de cinco mil réis. Como não tivesse troco no momento, o referido condutor, que por sinal tem o número 100, guardou a nota declarando que mais adiante entregaria o troco.

Em chegando à Rua Carvalho de Mendonça, o cavalheiro saltou, reclamando então a importância a que tinha direito. Nesta ocasião, o condutor, em tom agressivo, respondeu-lhe que ainda não tinha troco, e que, se quisesse, fosse receber no Largo.

Calmamente, o referido cavalheiro solicitou então o respectivo talão, recusando-se a isso o homenzinho, que ainda "virou a bicho", sendo preciso a intervenção dos demais passageiros, que, pagando a passagem do cavalheiro em questão, obrigaram o insolente a restituir os cinco mil réis.

Providências, portanto, a quem de direito.


Imagem: acervo do historiador Waldir Rueda

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