Clique aqui para voltar à página inicialhttp://www.novomilenio.inf.br/santos/h0311c.htm
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 04/26/07 22:15:04
Clique na imagem para voltar à página principal
HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - OVNIS
Visitantes, de lugar muito, muito distante...(3)

"No creo em brujas, pero que las hay, hay..."
Leva para a página anterior
Pelo menos neste caso, o objeto voador foi identificado. E a história registrada na primeira página pelo jornal santista A Tribuna, no domingo, 30 de dezembro de 1984:
 


*A bola de fogo se desintegrava à medida que caía lentamente
Reproduções da matéria publicada em 30/12/1984, com foto de Anésio Borges

Bola de fogo assusta a população

Ontem, pouco antes das 17 horas, centenas de pessoas, inclusive repórteres de A Tribuna e alguns doqueiros, presenciaram a queda de um objeto voador, em forma de bola de fogo e deixando atrás de si um longo rastro de fumaça. À medida que caía lentamente, se desintegrava, como pode se observar na foto do repórter Anésio Borges.

A reportagem de A Tribuna se encontrava no cais do porto entre a Santa e a unidade de silos, quando a bola de fogo foi avistada no final da Avenida Senador Dantas, entre a Av. Pedro Lessa e a Avenida Conselheiro Rodrigues Alves. De imediato parecia com um meteorito.

No entanto, quando os repórteres chegaram à redação, alguns telefonemas anônimos confirmaram o fato e adiantavam que três tambores gigantes (com uma largura de 10 a 12 metros) tinham sido vistos sobrevoando a área da fábrica da Dow Química no Canal do Estuário ao lado de Guarujá. Outros garantiam ter notado balões brancos fazendo evoluções sobre o parque industrial de Cubatão, mas que acabaram perdendo a nitidez em conseqüência da poluição atmosférica.

Consultada, a Base Aérea de Santos, sediada em Vicente de Carvalho, não pôde dar maiores informações, pois nada sabia oficialmente a respeito.

No dia seguinte, segunda-feira, 31 de dezembro de 1984, o mesmo jornal publicava a explicação, em seu noticiário policial (e que merece ser confrontada com os relatos feitos no dia anterior em telefonemas ao jornal):

Vigia de escola localiza estranho objeto no Macuco

O estranho objeto que desceu pelos céus da Cidade, em chamas, na tarde de sábado, assustando a população, foi identificado ontem: era um pára-quedas rústico. Mas não um pára-quedas comum: um conjunto de peças que foram lançadas por uma espécie de foguete doméstico e que, a uma distância muito alta, pegou fogo em pleno ar e caiu queimando até alcançar o telhado de uma escola do Macuco.

Ninguém sabe de onde veio e quem foi o autor da proeza. Mas o pára-quedas foi montado num pano fino, forro de tecido, amarrado a uma correntinha, de onde, na ponta, estava ligado o mecanismo incendiário. Ele sobrevoou os céus por volta das 17 horas de sábado, à altura da Avenida Senador Dantas, entre a Avenida Pedro Lessa e Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, exatamente onde caiu.

Não havia ninguém na Escola Pré-Primária Antônio de Oliveira Passos Sobrinho, a não ser o vigia Figueiredo e uma servente. Eles também se assustaram com o objeto e ficaram mais perplexos ainda quando viram que havia caído sobre o telhado do colégio. O barbeiro José dos Santos fazia a barba de um cliente, em sua barbearia bem em frente à Escola, e correu para verificar do que se tratava.

Foram minutos de pânico, enquanto o artefato era recolhido e guardado. Moradores da área, temerosos, nem queriam chegar perto. "Se não é balão, o que será?", perguntava o Figueiredo, vigia do colégio. Refeitos do susto, os moradores criticaram o autor da brincadeira, argumentando que Santos não é uma área para se fazer demonstrações desse tipo, principalmente por dispor de áreas perigosas como a Ilha Barnabé e armazenar, ao longo do cais, produtos perigosos que podem pegar fogo com muita facilidade.

Leva para a página seguinte da série