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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - SANTOS EM 1913 - BIBLIOTECA NM
Impressões do Brazil no Seculo Vinte - [29-d]

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Clique nesta imagem para ir ao índice da obraAo longo dos séculos, as povoações se transformam, vão se adaptando às novas condições e necessidades de vida, perdem e ganham características, crescem ou ficam estagnadas conforme as mudanças econômicas, políticas, culturais, sociais. Artistas, fotógrafos e pesquisadores captam instantes da vida, que ajudam a entender como ela era então.

Um volume precioso para se avaliar as condições do Brasil às vésperas da Primeira Guerra Mundial é a publicação Impressões do Brazil no Seculo Vinte, editada em 1913 e impressa na Inglaterra por Lloyd's Greater Britain Publishing Company, Ltd., com 1.080 páginas, mantida no Arquivo Histórico de Cubatão/SP. A obra teve como diretor principal Reginald Lloyd, participando os editores ingleses W. Feldwick (Londres) e L. T. Delaney (Rio de Janeiro); o editor brasileiro Joaquim Eulalio e o historiador londrino Arnold Wright. Ricamente ilustrado (embora não identificando os autores das imagens), o trabalho informa, nas páginas 360 a 363, a seguir reproduzidas (ortografia atualizada nesta transcrição):

Impressões do Brazil no Seculo Vinte

O café (cont.)

Jardinópolis

Fazenda de Sarandy – A fazenda de Sarandy é uma das maiores e mais importantes do estado de S. Paulo. Nesta extensa fazenda, existem lavouras diversas e também criação de animais diversos; como, porém, de costume no estado, entre todas as lavouras avulta a do café, com o total de 665.000 pés, que dão uma colheita anual de cerca de 60.000 arrobas. Só os terreiros cobrem uma área de 40.000 metros quadrados.

A fazenda tem uma instalação com os mais modernos maquinismos, para a limpeza e escolha do café. Cerca de 80 alqueires estão plantados com cana-de-açúcar; e anualmente a fazenda produz 10.000 sacos de açúcar, de 60 quilos cada um, e 400 pipas de aguardente.

Cerca de 700 alqueires estão em matas, de grande valor, e 120 alqueires em pastagens. A criação compreende 50 cavalos e bestas, 350 cabeças de gado, 90 carneiros e 150 porcos. A água existe, em abundância, nos diversos pontos da fazenda, que tem também um engenho de serra, movido, como as máquinas para o café, a vapor. A residência do proprietário, que fica próxima à estação de Crisciúma, na Estrada de Ferro Mogiana, é rodeada por bela horta e pomar, tendo também a fazenda 120 moradas para os seus empregados e respectivas famílias. Os pontos apartados da fazenda estão entre si ligados por telefone.

Fazenda Porangaba – A fazenda Porangaba, de propriedade do sr. Candido Pereira Lima, situada no município de Jardinópolis, estado de S. Paulo, tem a área de 1.500 alqueires com 280.000 pés de café, que produzem anualmente, em média, 30.000 arrobas. Na fazenda, há maquinismos modernos para o benefício do café, movidos a vapor; um terreno ladrilhado que comporta 15.000 alqueires de café, lavador etc.; duas boas casas de residência, casas para administrador e fiscal, paióis, tulhas, dois moinhos para fubá movidos a água e um a vapor.

Para moradia dos colonos, que compõem cerca de 100 famílias, tem a fazenda 50 grupos de duas casas. Além da lavoura de café, trata também o proprietário da criação de gado, para o que tem na fazenda 500 alqueires formados em capim-gordura e jaraguai e cerca de 150 alqueires de bons campos; vivem aí 3.000 cabeças de gado de diversas raças. Além do gado de criar, dispõe a fazenda de bois para carro, burros e cavalos necessários aos diversos serviços.

Tem um ótimo pomar, com cerca de 500 árvores frutíferas, já produzindo. Fabrica diariamente 10 quilos de manteiga. As terras não ocupadas pelos cafezais e invernadas são ótimas matas virgens, muito próprias para a cultura do café, e onde há grande abundância de madeiras de lei, próprias para construções, como sejam: aroeira, cedro, óleo, jequitibá, tamburi, peroba e tantas outras.

A sede da fazenda dista da Estação de Porangaba (à qual deu o nome) 5 quilômetros; a linha Mogiana atravessa a propriedade em boa extensão. Na Estação de Porangaba, tem a fazenda diversas benfeitorias, inclusive uma casa para negócio, que aluga. Tanto a casa de morada como a de maquinismos e terreiros de café são iluminados a gás.

O sr. Candido Pereira Lima nasceu em 1872, no Brasil, onde se educou; e desde moço se dedica à lavoura. Reside nesta fazenda, que administra em todos os seus serviços, desde 1903.

Fazenda da Serra (sr. Prudente Corrêa) – Na sua área de 1.000 alqueires, exploram os proprietários da fazenda da Serra diversas indústrias. Parte da fazenda é ocupada por 250.000 pés de café; 400 alqueires são dedicados à exploração da madeira, 300 alqueires a pasto, 50 à cultura do arroz e uma área menor à cultura da cana-de-açúcar. Diversas instalações existem para a manipulação dos diferentes produtos.

Para a colheita do café, que representa a média anual de 25.000 arrobas, há maquinismo moderno para beneficiação e classificação; este e uma grande serraria são movidos a vapor. A água fornece a força necessária para o moinho de fubá e para o maquinismo de cortar a cana que serve para nutrição dos cavalos. No pasto há 50 cavalos e mulas, 500 cabeças de gado bovino, 150 carneiros, 200 porcos e 500 galinhas. Na exposição de 1908 do Rio de Janeiro, foi o gado desta fazenda premiado com medalhas de ouro e prata.

O abastecimento de água, que provém duma fonte, é feito por toda a propriedade por meio dum encanamento de 15.000 metros. As construções da fazenda compreendem um grande prédio de residência do proprietário, que permanece ali o ano todo, casa para o administrador e escritório, 50 habitações para os colonos, depósitos, cocheiras etc.

O sr. Joaquim Prudente Corrêa ocupou-se toda a sua vida de plantação de café e há 25 anos que é dono desta fazenda. Ao mesmo tempo, faz parte da firma F. Pereira & Cia., negociantes em Sarandi, e da firma Corrêa Irmãos & Cia., comissários em Santos. O sr. J. P. Corrêa possui também em São Paulo, perto da Avenida Paulista, uma propriedade da superfície de 6 alqueires.

Fazenda Olhos d'Água – A fazenda Olhos d'Água, situada no município de Jardinópolis, comarca de Batatais, e de propriedade do sr. Antonio da Silva Vasconcellos, é servida pela Estrada de Ferro Mogiana, que lhe passa pelo centro, onde se acha a Estação Visconde de Parnaíba com uma agência de correio. Tem essa fazenda a área de 600 alqueires, plantados com 210.000 pés de café, que produzem anualmente 14 a 15.000 arrobas.

Na fazenda há maquinismo para descascar e classificar café, acionado por um motor de 12 cavalos de força, e terreiro para secagem, de 2.500 metros quadrados. Cinqüenta alqueires são destinados a pasto e 300 à exploração de madeiras. Nas terras altas, de superior qualidade, podem ser plantados mais de 300.000 pés de café; e as terras baixas prestam-se a outras culturas.

A água é provida em abundância em toda a fazenda. Para moradia dos colonos, há 62 habitações; e para o proprietário, uma ótima residência, com todo o conforto. Pertence também à fazenda importante pedreira, que produz grande quantidade de pedra e areia para calçada e construção. Todo o calçamento existente em Ribeirão Preto foi feito com pedras desta pedreira, a qual está arrendada pela quantia de Rs. 3:000$000 anuais. Para serviço da mesma, existe um desvio de linha férrea da extensão de 2 quilômetros.

O sr. A. da Silva Vasconcellos nasceu em Portugal em 1841 e veio para o Brasil em 1854. Foi negociante durante 26 anos no Rio de Janeiro. Em 1887 comprou a fazenda Olhos d'Água, onde fixou residência até hoje. Seu filho, o sr. Antonio Silva Vasconcellos Junior, nasceu em 1883 no Brasil; educou-se em São Paulo, onde tirou o diploma de engenheiro em 1905. Atualmente é engenheiro da Câmara Municipal de Santos.

Fazenda Colonia Parnahyba – A fazenda Colonia Parnahyba, situada no município de Jardinópolis, distante 4 quilômetros da Estação Visconde de Parnaíba, na linha Mogiana, é de propriedade dos srs. Freitas & Reis e tem uma área de 200 alqueires, com 175.000 pés de café que produzem, em média, 15.000 arrobas. Há um vasto terreiro para secagem, 32 habitações para colonos, uma área de 45 alqueires para pasto e outra de 50 para extração de madeiras. O maquinismo para fubá é movido a água. Contam-se na fazenda 26 mulas e cavalos para serviço e 20 cabeças de gado. A casa de residência, de construção moderna, é cercada por um pomar que produz toda a qualidade de frutas.

O sr. João Nepomuceno de Freitas, um dos sócios, nasceu em 1871 no Brasil, onde foi educado. Antes de comprar a fazenda Colonia Parnahyba, foi empregado, durante 5 anos, de diversas casas comissárias de Santos. O outro sócio, sr. Manoel Bernardo dos Reis, é proprietário de diversas fazendas no município de Jardinópolis, e tem um grande armazém em Jardinópolis, assim como vende máquinas para descascar e classificar café.

Fazendas do dr. José Eugenio de Amaral Souza – O dr. José Eugenio de Amaral Souza é um dos maiores proprietários de fazendas no estado de São Paulo. A lista de suas propriedades é a seguinte:

- Primor do Jacutinga, no município de Jardinópolis, próxima à Estação de Sarandi, com 300 alqueires, 174.000 pés de café, colhendo em média anual 20.000 arrobas;

- California, no município de São Manoel do Paraíso, próxima à Estação de Araguá, Sorocabana, com 320 alqueires, 300.000 pés de café e uma colheita anual de 30.000 arrobas;

- Santa Maria, no município de Serra Negra do Amparo, próxima à Estação de Monte Alegre na E. F. Mogiana, com 200 alqueires, 150.000 pés de café, dando a colheita anual de 12.000 arrobas em média;

- Santa Maria, no município de São Pedro de Piracicaba, próximo à Estação São Pedro, na E. F. Ituana, com 400 alqueires, 160.000 pés de café, dando uma colheita anual de 12.000 arrobas;

- Vargem Limpa, no município de São Sebastião do Paraíso, na E. F. São Paulo e Minas, com 500 alqueires, 230.000 pés de café e uma colheita anual, em média, de 20.000 arrobas;

- Palmeiras, no mesmo município e servida pela mesma estrada de ferro que a precedente, com 300 alqueires, 160.000 pés de café, dando uma colheita, em média anual, de 15.000 arrobas;

- Santa Maria, no município de Jabuticabal, servida pela E. F. Paulista, com 190 alqueires, e 220.000 pés de café, dando uma colheita anual de 20.000 arrobas;

- Recreio, no município de Bebedouro, com 150 alqueires, 110.000 pés de café e colheita anual de 12.000 arrobas;

- Pinhal, no município de Avaré, servida pela E. F. Sorocabana, com 200 alqueires, 300.000 pés de café, dando uma colheita média anual de 10.000 arrobas;

- Monte Alto, no município de Capivari, com 400 alqueires, 105.00 pés de café;

- Gertrudes, no município de Bragança, com 200 alqueires e 90.000 pés de café; e

- São José, na E. F. Sorocabana, com 200 alqueires e 90.000 pés de café,

A fazenda de Santa Maria, no município de São Pedro de Piracicaba, é propriedade do dr. Amaral Souza, de sociedade com a firma Estanislau Amaral & Cia. Em cada uma das outras fazendas, há grandes terreiros ladrilhados ou alcatroados e correspondente e apropriado maquinismo para a limpeza e escolha do café; e bem assim residências, cocheiras, telheiros para armazenagem, moradas para colonos etc. É reservada em cada fazenda uma área para pastagens; a cana-de-açúcar é cultivada e dada como alimento aos animais.

O dr. José Eugenio de Amaral Souza, brasileiro nato, é diplomado pela Faculdade de Medicina da Bahia. Ocupa-se da cultura do café há 20 anos. A sua residência habitual é em São Paulo, à Rua Visconde do Rio Branco, 55.

Fazenda São Felipe – A Fazenda São Felipe, situada no município de Jardinópolis, e de propriedade do sr. Manoel Bernardo dos Reis, tem a área de 350 alqueires, com 170.000 pés de café que produzem anualmente, em média, 20.000 arrobas. Na fazenda, há um terreiro para secagem; habitações em número de 25 para colonos; um terreiro de 20 alqueires reservado para pasto, e outro de 100 alqueires para extração de madeira, e um terceiro plantado com cana-de-açúcar para fabricação de álcool; 46 cavalos e mulas, 150 cabeças de gado bovino e 50 carros puxados a bois. A casa de residência do proprietário e a do administrador são situadas na própria fazenda.

A fazenda Boa Esperança, no mesmo município e também do mesmo proprietário, tem a área de 45 alqueires com 55.000 pés de café, que produzem anualmente, em média, 4.000 arrobas. O pasto ocupa uma área de 15 alqueires e o terreno reservado à extração de madeira mede 8. Tem a fazenda dois ótimos prédios de residência e habitações para os seus colonos.

A fazenda Colonia São Sebastião, que também pertence ao sr. Manoel B. dos Reis, tem a área de 70 alqueires, com 60.000 pés de café, que produzem anualmente, em média, 5.000 arrobas. Acha-se igualmente situada no município de Jardinópolis. Dispõe de um vasto terreiro para secagem do café; pasto de 10 alqueires; terreno para extração de madeiras, da área de 6 alqueires; e 8 habitações para colonos.

Além destas fazendas, possui o sr. M. B. dos Reis um bem montado estabelecimento, com o competente maquinismo, para descascar e classificar café, na cidade de Jardinópolis. Aí se podem preparar 700 arrobas de café diariamente. O café de todas as fazendas de pouca importância do distrito é manipulado neste estabelecimento. Na mesma cidade, tem o sr. Reis um bem sortido armazém com um estoque do valor de Rs. 40:000$000 e cujo movimento anual vai a mais de Rs. 150:000$000. O sr. M. B. dos Reis, que tem 36 anos de idade, foi educado no Brasil e desde cedo se dedica á lavoura do café.

Fazenda Santa Maria (sr. Severo de Lima) – A fazenda Santa Maria, de propriedade do sr. Joaquim Severo de Lima, tem a área de 300 alqueires, com 140.000 pés de café que produzem anualmente, em média, 13.000 arrobas. Nesta fazenda, encontra-se maquinismo moderno para descascar e classificar café, e máquinas para descascar arroz e moer milho, todas elas acionadas a vapor por um motor de 10 cavalos de força. Há um excelente terreiro para secagem, do qual uma parte é ladrilhada. Oitenta alqueires de terra são reservados para pasto de gado, em número de 150 cabeças.

A fazenda possui, para os seus serviços, 20 cavalos e mulas; e também grande quantidade de cavalos para reprodução. Há um terreno de 60 alqueires reservado à extração da madeira. Para moradia dos colonos, que compõem 30 famílias, existem 30 habitações. A casa de residência do proprietário é um moderno e bem instalado prédio com todo o conforto, e aí ele reside todo o ano. Para facilitar o serviço, há na fazenda uma instalação telefônica.

As fazendas Brejo e Buracão, que também são de propriedade do sr. J. S. de  Lima, mas de menor importância que a precedente, estão situadas no mesmo município de Jardinópolis. A primeira tem 30.000 pés de café e a última 48.000; e produzem juntas, anualmente, em média, 7.000 arrobas. As duas fazendas empregam 8 famílias de colonos, para as quais existem habitações.

O sr. J. S. de Lima nasceu no Brasil em 1877, e aqui foi educado. Estudou Engenharia na Escola Politécnica, em São Paulo, donde saiu diplomado em 1902. Desde então, reside na sua fazenda de Santa Maria.

Fazenda Bela Vista (sr. Ozorio de Souza) – Dos 200 alqueires, que tem a fazenda da Bela Vista, pertencente ao sr. José Ozorio de Souza, 60 estão em pastagens e 70 em mata; os restantes estão plantados com 90.000 pés de café. O terreiro ocupa uma área de 10.000 metros quadrados; e existe maquinismo aperfeiçoado para limpeza e escolha do café. Nas pastagens, encontram-se 30 cavalos e bestas e 100 cabeças de gado. A fazenda tem uma grande residência, casa de administração, cocheiras e casas para 50 colonos. O proprietário, que se ocupa da cultura do café, desde a mocidade, possui esta fazenda há mais de 20 anos.

São Simão

Fazenda São Luiz (sr. Fons. De Lara) – Uma colheita média de 45.000 arrobas é produzida pelos 452.000 pés de café da fazenda de São Luiz, que é propriedade do sr. Fonseca de Lara e fica situada dentro do município de São Simão. A sua área é de 1.800 alqueires. A água é distribuída em abundância pelos diversos pontos da fazenda, através 3.000 metros de encanamentos. Cerca de 500 alqueires estão em plantações de café e 100 em pastagens para 100 cabeças de gado e 50 cavalos e bestas. Os terreiros são ladrilhados e abrangem uma área de 12.000 metros quadrados, divididos em 8 grandes retângulos. Existem 120 moradas para as famílias empregadas na fazenda.

Outra fazenda, de propriedade do mesmo sr. Fonseca, é Santa Francisca, que fica também situada dentro do município de S. Simão. A sua área é de 500 alqueires, com 272.000 pés de café que produzem uma colheita anual de 26.000 arrobas. A residência principal do proprietário fica nesta fazenda, onde há também casas modernas para morada dos empregados, escritório de administração, casas para o maquinismo, cocheiras etc. As máquinas para o preparo do café podem tratar 500 a 600 arrobas diariamente.

O sr. Fonseca ocupou-se do comércio por algum tempo, mas vive em sua fazenda há já 11 anos. Seu filho, o sr. Luiz Lara de Fonseca, é o administrador da fazenda de São Luiz.

Fazenda São Luiz (sra. Coutinho de Freitas) – Os 235.000 pés de café, que tem a fazenda de São Luiz, situada no município de São Simão e de área de 170 alqueires, dão uma colheita anual de 25.000 arrobas. O terreiro, ladrilhado, tem uma área de 10.400 metros quadrado. Existe uma completa instalação mecânica, para limpeza e escolha do café, capaz de tratar 400 arrobas de café diariamente.

Há várias nascentes na propriedade, que asseguram um bom suprimento de água aos diversos pontos. Cerca de 30 alqueires dão pasto a 50 cabeças de gado, 30 bois de carro e 30 cavalos e bestas. Foram construídos escritórios para a administração e uma boa e moderna residência, assim como 29 grupos de duas casas para os empregados. A proprietária é a sra. d. Josephina Coutinho de Freitas.

Fazenda Estrella d'Oeste – Situada no município de S. Simão e de propriedade de d. Amelia Resende e seus filhos, tem esta fazenda a área de 202 alqueires, dos quais 120 estão plantados com 200.000 pés de café de 10 a 20 anos. A produção nos últimos 5 anos foi, em média, de 25.000 arrobas. Há 35 alqueires de terras baixas para o cultivo de cereais; 20 alqueires em pastos de capim jaraguá e gordura; 10 alqueires de cerradão para lenha.

Dispõe a fazenda de um terreiro para secagem do café, com a área de 16.000 metros quadrados e de instalação moderna; maquinismo para benefício  de café; desintegrador para milho e máquina para forragem; há água encanada para as máquinas, terreiro, cocheiras e casas de moradia. Contam-se 40 cabeças de gado, raça holandesa, para criação; e 35 burros e cavalos para o serviço. Há cocheiras e estábulos para animais. Os colonos, que compõem 50 famílias, têm boas habitações, além de pastos cercados para os seus animais.

Fazendas Monte Alegre, Pau d'Alho e Santa Barba – Estas três fazendas, de propriedade do sr. Antonio de Azevedo Souza, são administradas por seus três filhos, os srs. Mario, Ezequiel e Antonio de Azevedo Souza. A fazenda de Monte Alegre, situada no município de São Simão, tem de área 504 alqueires, plantados com 115.000 pés de café cuja colheita anual vai, em média, a 12.000 arrobas. Abundante suprimento de água é distribuído por toda a fazenda. Há uma ótima casa de residência, com escritório para administração; e moradias para 27 famílias.

A fazenda do Pau d'Alho, que tem de área 220 alqueires, fica dentro do município de Cravinhos. Os seus 163.000 pés de café dão uma colheita anual de cerca de 21.000 arrobas. Trabalham ali 37 famílias, que são acomodadas em casas apropriadas.

A fazenda de Santa Barba fica no município e Orlândia e tem de área 950 alqueires. Tem 270.000 pés de café, que dão uma colheita anual de cerca de 30.000 arrobas. Trabalham nesta fazenda 85 famílias. Maquinismo adequado para o preparo do café se acha instalado em cada uma das fazendas.

O sr. Antonio de Azevedo Souza nasceu em Portugal, em 1835, e veio para o Brasil, com a idade de 12 anos. Trabalhou de carpinteiro por alguns anos; e, desde 1863, se ocupa da cultura do café.

Fazenda Bela Vista (sr. Martiniano Martins) – Situada dentro do município de São Simão, no distrito de Serra Azul, a fazenda de café Bela Vista, que tem uma área de 80 alqueires, está plantada com 125.000 pés e dá uma colheita anual de cerca de 15.000 arrobas. Há 20 alqueires em pastagens. O terreiro tem 4.000 metros quadrados e um maquinismo apropriado e movido a vapor está instalado para o preparo do café. Há uma boa casa de residência, com escritório para a administração; e 20 grupos de duas casas, para moradia dos empregados da fazenda. O proprietário, sr. Martiniano Martins, é brasileiro nato e educou-se no país.

Fazenda São José (sr. Silveira Pinto) – A fazenda São José fica situada no município de São Simão e é propriedade do sr. José Jacintho da Silveira Pinto. Tem de área 120 alqueires, plantados com 100.000 pés; e a colheita anual vai, em média, a 7.000 arrobas. Existem casas para as 15 famílias empregadas na fazenda e maquinismo moderno para o preparo do café. O proprietário tem na administração da fazenda a coadjuvação de seus dois filhos, srs. José e Ivo da  Silveira.

Jabuticabal

Fazenda de Camargo & Irmãos – Os srs. Franco de Camargo & Irmãos são proprietários de diversas fazendas. A de São José e Sant'Anna, no município de Jabuticabal, tem a área de 1.242 alqueires, em parte plantados com 504.000 pés de café que produzem anualmente 52.000 arrobas.

Na parte denominada São José, distante apenas 2 quilômetros da Estação de Hammond na Linha Paulista, há dois terreiros para secagem, ladrilhados e alcatroados, de 12.000 meros quadrados; um moderno maquinismo para beneficiar café, movido a vapor; uma bem instalada serraria para preparo da madeira necessária na fazenda; uma oficina; 45 habitações para colonos; depósitos para café e milho etc. Há 79 alqueires de terras reservados para pasto e plantação de cereais, 81 para extração de madeiras e 381 de campo e mato. A casa de residência, edificada numa bela situação, tem todas as comodidades e é iluminada a luz elétrica.

A parte denominada Sant'Anna compreende; 119 alqueires de terras, plantadas com café, 282 para extração de madeira, 38 para pasto e 210 de campo e mato. Esta parte é, dum lado, limitada pelo Rio Mogi-Guassu, num percurso de 3 quilômetros. O café colhido nesta fazenda é beneficiado na de São José. Tem ainda a fazenda 68 habitantes para colonos, depósitos para café e uma boa casa de residência.

No município de Monte Alto, fica a fazenda Santa Maria, com a área de 320 alqueires e 217.000 pés de café que anualmente produzem, em média, 22.000 arrobas. Aí se encontra maquinismo para descascar e classificar café, movido a vapor; terreiro ladrilhado e alcatroado de 8.700 metros, para secagem; confortável prédio de residência, iluminada a acetileno; 55 habitações para colonos. Há 150 alqueires de terras reservados para extração de madeiras e 6 para pasto. A fazenda fica a 6 quilômetros da estação de Monte Alto, no ramal da Cia. Melhoramento de Monte Alto. A administração geral das fazendas está a cargo do sr. José Franco de Camargo.

José Alves Guimarães Junior – A duas e meia léguas da cidade de Jabuticabal, fica a fazenda de propriedade do sr. José Alves Guimarães Junior. Tem essa fazenda a área de 550 alqueires, todos de terra roxa apurada, plantados, em parte, com 420.000 pés de café que produzem, anualmente, em média, 30.000 arrobas.

Esta fazenda, situada num dos mais belos e aprazíveis pontos do município, possui todos os melhoramentos modernos. Para beneficiar café, há um aperfeiçoado maquinismo movido a vapor, e para secagem, um vasto terreiro ladrilhado e alcatroado de 11.700 metros quadrados. Daí, é o café conduzido, em vagonetes e por linha férrea, para os depósitos, onde podem ser armazenadas até 6.000 arrobas.

Dispõe ainda a fazenda duma serraria, depósitos para milho, 60 habitações para colonos, estábulos etc. Os animais compreendem 65 cavalos e mulas e 150 cabeças de gado bovino. Há 50 alqueires de terras reservados para pasto e 250 para extração de madeira. A residência do proprietário, ultimamente edificada, tem todas as comodidades possíveis e fica a meio dum jardim e pomar, e seu terraço domina grandioso panorama. A fazenda é atravessada pelo Rio Mogi-Guassu, de cuja água se abastece.

O dr. José Alves Guimarães Junior nasceu no Brasil em 1852. Formou-se em 1879, pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Durante 6 anos exerceu a clínica na cidade de Jacareí; depois, dedicou-se à cultura cafeeira. O dr. J. Alves Guimarães Junior é, há 16 anos, senador estadual; e reside em São Paulo, à Rua Cesario Motta, 15.

Fazenda Santa Cruz – A fazenda Santa Cruz, em Guariba, pertence ao sr. Vespasiano Vaz e tem a área de 470 alqueires plantados, na sua maior parte, com 400.000 pés de café que anualmente produzem, em média, 28.000 arrobas. Para os seus serviços dispõe a fazenda de um moderno maquinismo movido a água, para descascar e classificar café, um lavadouro Maravilha, um terreiro cimentado e ladrilhado para secagem.

Há 65 habitações, todas de tijolos, para 65 famílias de colonos; depósitos para café e milho; 30 alqueires de terras para pasto e 20 para extração de madeiras. Contam-se na fazenda 30 cavalos e mulas e 16 cabeças de gado. A casa de residência e a do administrador são de todo o conforto.

O sr. Vespasiano Vaz é brasileiro e nasceu em 1857. Fez os seus estudos neste país; e desde moço se dedica à lavoura do café. Reside durante todo o ano na sua fazenda.

Fazenda São José (cel. J. A. de Oliveira) – A 10 quilômetros da cidade de Jabuticabal, fica a fazenda São José, de propriedade do coronel José Augusto de Oliveira, a qual tem de área 508 alqueires, plantados, na sua maior parte, com 400.000 pés de café que produzem uma  média anual de 35.000 arrobas. Há 200 alqueires de terras reservados para extração de madeiras e 80 para pasto.

A fazenda é provida dum moderno e aperfeiçoado maquinismo, movido a água, por meio duma turbina Girard, da força de 20 hp, para descascar e classificar café; vasto terreiro ladrilhado e alcatroado, para secagem, de 14.600 metros quadrados; bem instalada serraria; 80 habitações para colonos; depósitos para café e milho etc.; moinho para fubá; cocheiras etc.

Contam-se na fazenda 40 cavalos e mulas, 60 bois para carro e 200 cabeças de gado. A casa de residência do proprietário é dotada de todas as comodidades e iluminada à luz elétrica, assim como a do administrador. Cercam estas casas belos pomares que dão todas as qualidades de frutas.

O coronel José Augusto de Oliveira nasceu no Brasil, em 1852. Há muitos anos se dedica à lavoura do café, e reside nesta importante fazenda há 35 anos. Na cidade de Jabuticabal, possui o coronel Oliveira um excelente prédio.

Fazenda São Joaquim – A 2 léguas da cidade de Jabuticabal e a 3 quilômetros de Guariba, fica a fazenda São Joaquim, que, além da sua importância, é admirada pela instalação perfeitamente moderna e pela situação, num dos mais belos pontos do distrito. A fazenda tem de área 350 alqueires, plantados na sua maior parte com 360.000 pés de café que produzem a média anual de 30.000 arrobas.

Dispõe a fazenda de um maquinismo aperfeiçoado, movido a eletricidade, para descascar e classificar café; um vasto terreiro ladrilhado e alcatroado para secagem, de 10.000 metros quadrados; uma bem instalada serraria movida a eletricidade, onde todas as madeiras para construções na fazenda são preparadas, 85 habitações para 70 famílias de colonos. Há 70 alqueires de terras para extração de madeiras e 20 para pasto. Os depósitos para café podem conter até 10.000 arrobas.

Para os transportes, há 37 cavalos e mulas, 25 vacas e 15 bois de carro. A água corre em abundância em toda a fazenda e, em caso de necessidade, pode ser convertida em força motriz equivalente a 40 hp. A casa de residência do proprietário, situada 750 metros acima do nível do mar, é ótima, provida de todas as comodidades e iluminada a luz elétrica, assim como a do administrador e todas as dependências da fazenda.

O sr. Joaquim Cunha Bueno Junior nasceu no Brasil e conta hoje 31 anos de idade. Fez os seus estudos neste país e na Europa, onde durante 3 anos praticou Engenharia Mecânica. Há 8 anos se tornou proprietário desta fazenda, onde reside durante a safra. O resto do ano, passa-o na sua casa de São Paulo.

Fazenda Palmital (sra. Alves de Lima) – Entre as numerosas fazendas do município de Jabuticabal, a de Palmital, pertencente à sra. d. Maria Candida Alves de Lima, não é decerto das menos importantes. Com os seus 500 alqueires de terras, plantados com 300.000 pés de café, dos quais só 200.000 produzem, dá a fazenda a colheita anual de 15.000 arrobas. Os outros 100.000 pés são ainda novos.

Dispõe a fazenda de todas as instalações necessárias a um estabelecimento agrícola do seu gênero: para descascar e classificar café, maquinismo movido a água, por meio de uma turbina Girard, de 20 hp; excelente serraria; para secagem do café, vasto terreiro alcatroado e ladrilhado; 70 habitações para colonos; fornos para fabricação de tijolos; depósitos para café e milho etc. Há 35 alqueires reservados para extração de madeiras e 42 para pasto. Contam-se na fazenda 40 cavalos e mulas, 20 vacas e 20 bois para carro. A água é suprida em abundância em todas as dependências da fazenda, por dois riachos que a atravessam. A casa de residência do proprietário e a do administrador são modernas e confortáveis.

O sr. Pedro Alves de Lima Filho nasceu no Brasil em 172 e foi educado neste país e na Europa. Durante 9 anos se dedicou ao comércio; há 16 se entrega à lavoura do café. Reside parte do ano em Jabuticabal.

A fazenda Pau d'Alho, de propriedade do sr. Alberto Jordão, tem de área 32 alqueires plantados,na sua maior parte, com 80.000 pés de café, dos quais 20.000 ainda novos. A média anual da produção vai a 9.000 arrobas. Há na fazenda: moderno maquinismo, movido a eletricidade, para descascar e classificar café; terreiro alcatroado para secagem; 20 alqueires de terra reservados para pasto e 13 para extração de madeiras; depósitos para café e milho; cocheiras etc. A casa de residência, que oferece todas as comodidades, é cercada por um belo pomar. A fazenda fica apenas uma légua distante de Jabuticabal. O seu proprietário reside nela, durante a safra, e passa o resto do ano em São Paulo.

Dr. J. A. De Oliveira Cesar – O dr. J. A. de Oliveira Cesar tem no estado de S. Paulo duas fazendas. Uma, a fazenda de Santa Helena, fica situada no município de Jabuticabal, fronteira à Estação Córrego Rico, e tem de área 210 alqueires, com 210.000 pés de café que dão uma produção anual de 18.000 arrobas. A instalação para beneficiamento de café é moderna e movida a vapor. Há 43 famílias de colonos, para as quais existem outras tantas moradias, casa de administração etc.

A outra fazenda do dr. Oliveira Cesar, denominada de São Sebastião, e situada no município de Campinas, perto das estações Cabras e Pedras, tem 200.000 pés de café, que produzem 15.000 arrobas. Trabalham na fazenda 120 colonos.

Ambas as fazendas têm matas bastante extensas e excelentes pastagens. Na de S. Sebastião, há também casas de moradia para os colonos, abundante suprimento d'água, e boa casa para administração. O dr. Oliveira Cesar ocupa-se também da criação de cavalos puro-sangue.

Jaú

Fazenda Sant'Anna – No município de Jaú, fica a fazenda Sant'Anna, de propriedade do sr. José G. de Almeida Prado, com a área de 150 alqueires de terras plantadas, na sua maior parte, com 120.000 pés de café formado e 40.000 pés novos. As colheitas obtidas nos últimos anos foram as seguintes: 1901, 9.524 arrobas; 102, 1.672; 1903, 3.080; 1904, 5.281; 1905, 3.044; 1906, 15.696; 1907, 3.108; 1908, 5.928; 1909, 16.023; 1910, 4.276. Esperava o proprietário que a de 1911 atingiria 14.000 arrobas.

Na fazenda há, para classificar e descascar o café, maquinismo aperfeiçoado e vasto terreiro. Contam-se na fazenda 16 cavalos e muares e 31 cabeças de gado. Há 32 alqueires de terras reservadas para pasto, e 36 para extração de madeiras.

As famílias de colonos, em número de 26, têm para moradia 30 habitações. A casa de residência é de todo o conforto, bem como a da administração. Para o café e o milho, há vastos depósitos. E a água é suprida em abundância em toda a fazenda. Fica esta apenas a 12 quilômetros da cidade de Jaú.

O sr. José G. de Almeida Prado nasceu, em 1879, no Brasil, e aqui se educou. Desde moço se dedica à lavoura de café. Reside parte do ano na sua fazenda e parte na cidade de Jaú.

Fazenda Barra Mansa – Distante 11 quilômetros de Jaú, fica a fazenda Barra Mansa, de propriedade do capitão Arlindo Ferraz de Andrade. Tem essa fazenda a área de 300 alqueires, em parte plantados com 140.000 pés de café que anualmente produzem, em média, 16.000 arrobas; e é intenção do dono plantar, mais tarde, outros 100.000 pés. Para descascar e classificar café, há moderno maquinismo, assim como um terreiro de 6.000 metros quadrados, para secagem; 24 alqueires de terras são reservados para pasto e para extração de madeiras de diversas e ótimas qualidades.

Contam-se, na fazenda, 28 cavalos e mulas, 70 cabeças de gado bovino e 40 porcos. Há vários depósitos para café e milho e habitações para colonos, em número de 33, além de 20 em construção. A casa de residência, assim como a do administrador, são modernas e de todo o conforto. A água é distribuída em abundância em toda a fazenda.

O capitão Arlindo Ferraz de Andrade nasceu no Brasil, em 1857, e desde moço se dedica à lavoura do café. Reside na sua propriedade de Jaú e faz parte do Diretório Político desta cidade. A fazenda é administrada pelo seu filho, sr. Arlindo Ferraz Junior. Nasceu este em 1889 e fez os seus estudos no Brasil. Mora, há 6 anos, na fazenda. É membro do Diretório Político de Bica da Pedra.

Fazenda Morongaba (cel. Emygdio Ferraz) – No município de Jaú, está situada a fazenda Morongaba, de propriedade do sr. coronel José Emygdio Ferraz do Amaral, a qual tem a área de 108 alqueires, com 85.000 pés de café. A colheita anual vai, em  média, a 10.000 arrobas. Dispõe a fazenda de vasto terreiro para secagem, 18 habitações para colonos, depósitos para café e milho e, para os transportes, 16 cavalos e mulas e 20 bois. Há 10 alqueires de terras reservadas para pasto. A água é suprida em abundância em todas as dependências. A casa de residência é moderna e confortável.

Do mesmo proprietário é a fazenda Sant'Anna, que tem a área de 108 alqueires de terra roxa, plantados, na sua maior parte, com 110.000 pés de café que anualmente produzem, em média, 11.000 arrobas. Dispõe a fazenda de um maquinismo aperfeiçoado para descascar e classificar café e outro para fubá; um terreiro ladrilhado e alcatroado, dividido em 16 quadrados; 23 habitações, todas de tijolos, para residência dos colonos; depósitos para café e milho etc.

Para pasto, estão reservados 12 alqueires de terras e 40 para extração de madeiras, todas de ótima qualidade, além de ½ alqueire ocupado por um pomar que produz toda a qualidade de frutas. Contam-se, na propriedade, 17 cavalos e mulas, 25 cabeças de gado e 10 carneiros. A casa de residência é moderna, de todo o conforto e iluminada a gás, assim como o terreiro e a casa das máquinas.

O coronel José E. Ferraz do Amaral nasceu no Brasil e hoje conta 53 anos de idade. Há 20 anos se dedica à cultura do café. Já foi presidente da Câmara Municipal de Jaú. A fazenda é administrada pelo seu filho, sr. Durbal Ferraz do Amaral. Este nasceu em 1892 e fez os seus estudos no Colégio Anglo-Brasileiro, em São Paulo.

Fazenda Barreiro (dr. Amaral de Carvalho) – No município de Jaú, fica a fazenda Barreiro, de propriedade do dr. Amaral de Carvalho. Tem esta fazenda a área de 200 alqueires, plantados, na sua maior extensão, com 235.000 pés de café que anualmente produzem, em média, 24.000 arrobas. Há 20 alqueires de terras reservadas para pasto e 50 para extração de madeiras. Dispõe a fazenda de moderno maquinismo acionado por um motor de 16 hp para descascar e classificar café; um terreiro para secagem; 36 habitações para colonos; depósitos para café e milho; e para os transportes, 20 cavalos e mulas e 8 bois. A casa da administração e a de residência são modernas e de todo o conforto. É intenção do proprietário fazer em breve uma completa instalação elétrica para força e luz.

O dr. Antonio Pereira do Amaral de Carvalho nasceu em 1876 no Brasil, onde fez os seus estudos. Formou-se em Medicina na Faculdade do Rio de Janeiro, em 1905, seguindo então para a Europa, onde praticou durante um ano. Desde 1905 (N.E.: SIC – notada a discrepância no período, entre a formatura e a clínica, que não considera o ano passado na Europa), clinica na cidade de Jaú, onde reside. O sr. José Ferreira do Amaral nasceu no Brasil e tem hoje 21 anos; é ele quem administra a fazenda.

A uma légua da Estação de Pedro Alexandrino, no município de São João da Bocaina, encontra-se a fazenda Estrela, pertencente ao sr. Pedro Alexandrino Carvalho, com a área de 125 alqueires e 150.000 pés de café que anualmente produzem, em média, 18.000 arrobas, além de 50.000 pés plantados há menos tempo.

Na fazenda, há máquinas para descascar e classificar café e outras para milho e arroz; terreiro para secagem; 36 habitações para residência de colonos; depósitos para café e milho; uma ótima casa de moradia para o proprietário e outra para o administrador. Contam-se, na fazenda, 25 cavalos e mulas e 200 cabeças de gado bovino para o pasto, dos quais são reservados 14 alqueires de terra. A água é suprida em abundância em todas as dependências. O proprietário pretende em breve fazer instalar eletricidade na fazenda, para força e luz.

O sr. P. Alexandrino Carvalho nasceu em 1885, no Brasil, onde fez os seus estudos. É presidente do Banco da Lavoura, de São João da Bocaina.

Fazenda Pouso Alegre – Esta fazenda, que fica no município de Jaú, é de propriedade do sr. Antonio de Almeida Campos e tem a área de 300 alqueires, cobertos na sua maior parte, com 230.000 pés de café, que anualmente produzem, em média, 20.000 arrobas. Há 30 alqueires de terras reservadas para pasto e 50 para extração de madeiras.

Dispõe a fazenda de máquinas movidas a água para descascar e classificar café e moer milho; um terreiro para secagem, de 12.000 metros quadrados; 41 habitações para colonos; depósitos para café e milho. A casa do administrador e a de residência do proprietário são modernas e confortáveis. Todas as dependências da fazenda são fartamente providas de água.

O sr. Antonio de Almeida Campos nasceu no Brasil, em 1863; e desde moço se dedica à cultura do café. Reside parte do ano na fazenda e parte na sua casas de Jaú.

No mesmo município, fica a fazenda Curuçu, que pertence ao sr. Lourenço Xavier de Almeida Bueno e tem a área de 180 alqueires, com 103.000 pés de café que produzem anualmente, em média, 10.000 arrobas. Nesta fazenda, encontra-se um vasto terreiro para secagem, de 10.000 metros quadrados; 23 habitações para colonos. Há 19 alqueires de terra reservados para pasto e 50 para extração de madeiras. A casa de residência e a do administrador, modernas e de todo o conforto, são rodeadas dum pomar que produz toda a qualidade de frutas. Há também na fazenda depósitos para  café e milho. A água é suprida em todas as dependências, em abundância.

De propriedade deste mesmo sr. é a fazenda Bomjardim, no município de Jaú, com a área de 84 alqueires de terras e 125.000 pés de café, que dão a média anual de 12.000 arrobas. A fazenda tem para secagem um terreiro de 10.000 metros quadrados; 25 habitações para colonos, depósitos para milho e café. Há 12 alqueires de terra reservados para pasto. A casa de residência é confortável e moderna.

O sr. L. X. de Almeida Bueno nasceu no Brasil em 1853, e desde moço se dedica à lavoura do café.

Antenor de Lara Campos – A fazenda Riachuelo, de propriedade do sr. Antenor de Lara Campos, fica no município de Jaú, próximo à Estação de Campos Sales. Tem de área 350 alqueires, com 290.000 pés de café que produzem 19.000 arrobas, em média anual. Os maquinismos são movidos a vapor e do tipo mais moderno. Empregam-se nos diversos serviços 50 famílias de colonos, para as quais há boas casas de tijolo. Existem 60 alqueires em mata virgem e 130 alqueires em pastagens, 200 cabeças de gado holandês e alguns cavalos puro-sangue. O suprimento de água é abundante em toda a fazenda. A casa para administração, cocheiras, armazéns etc. são todas de ótima construção.

Mococa

Fazenda do Cafezal – A fazenda do Cafezal, que tem uma área de 520 alqueires, fica situada no município da Mococa e é propriedade do sr. José de Souza Dias. Uma parte da fazenda tem plantados 500.000 pés de café, que dão a colheita de 40.000 arrobas, em média; da outra parte, 60 alqueires estão em pastagens e outros 60 em mata.

Para secar o café, há um terreiro ladrilhado, cobrindo uma área de 12.000 metros quadrados; e existem maquinismos adequados, para limpeza e escolha do café e também para a moagem de arroz e produção de farinha. Os maquinismos são movidos por eletricidade e a residência do proprietário é também iluminada à luz elétrica. A água é levada a todos os pontos da fazenda e há casas para 80 famílias. Cerca de 60 cavalos e bestas e 80 bois de carro são ocupados nos diversos serviços.

O sr. Dias, que tem 76 anos de idade, foi um dos primeiros a plantar café no distrito da Mococa. Seus sete filhos o auxiliam na administração desta fazenda.

Fazenda Morro Azul (dr. Aug. Barretto) – A fazenda Morro Azul, situada no município de Mococa, a 3 léguas da cidade, é de propriedade do dr. Augusto Freire de Mattos Barretto, e tem a área de 500 alqueires, com 326.000 pés de café que produzem, em média anual, 35.000 arrobas. Para descascar e classificar café, dispõe a fazenda de aperfeiçoado maquinismo, assim como de um terreiro cimentado e ladrilhado, de 30.000 metros quadrados, e, para residência dos colonos que compõem 80 famílias, de outras casas apropriadas. Há 52 alqueires de terra reservados para pasto, e contam-se na fazenda 30 cavalos e mulas, 50 bois para carros e 150 cabeças de gado. Para extração de madeiras, estão reservados 200 alqueires de terra.

Todo o maquinismo da fazenda é movido a eletricidade, sendo esta igualmente aproveitada para iluminação. Há depósitos para milho e café, moinho para fubá e arroz, assim como uma serraria e cocheiras. A casa de residência é moderna e de todo o conforto e fica no meio dum belo jardim. Na fazenda, há água em profusão. Encontra-se ali também uma farmácia, escola para filhos dos colonos, depósitos e armazéns.

Esta fazenda é dividida em três partes, denominadas a do centro Morro Azul e as outras Sertãozinho e São Thiago. Na parte denominada Sertãozinho, existe uma casa de residência, outra para administração, terreiro ladrilhado etc. Há uma instalação telefônica que comunica todas as dependências da fazenda.

O dr. Augusto Freire de Mattos Barretto nasceu em 1862, no Brasil, onde foi educado; e há 22 anos que é proprietário desta fazenda. Vive parte do ano nas suas residências de Mococa e São Paulo.

Fazenda Bom Sucesso – A fazenda Bom Sucesso, no município de Mococa, é de propriedade do sr. Antonio Gonçalves Siqueira e tem uma área de 1.600 alqueires, com 230.000 pés de café que produzem anualmente, em média, 20.000 arrobas. Na fazenda, há maquinismo moderno para descascar e classificar café, movido a eletricidade; e um terreiro alcatroado, de 17.000 metros quadrados. Parte da fazenda está reservada para pasto e campo e 250 alqueires para extração de madeiras.

Para os colonos, 80 famílias, existem 111 habitações; para os transportes, há 60 cavalos e mulas. Existem depósitos para café e milho, cocheiras, serrarias e uma destilaria, onde se fabricam anualmente 250 pipas de aguardente. A cana para este fabrico procede de um canavial de 6 alqueires. Na fazenda, há 700 cabeças de gado, entre as quais 150 vacas; e fabricam-se 25 quilos de queijo por dia. Também se cultivam cereais de diversas espécies.

A fazenda é atravessada pelo Rio Pardo. Para moradia, existem três ótimos prédios. Há comunicações telefônicas e profusa iluminação elétrica. A fazenda fica 8 quilômetros distante da Estação de Mococa.

O sr. Antonio Gonçalves Siqueira nasceu em 1844, no Brasil, onde se educou, e há 30 anos se dedica à lavoura do café. Ultimamente, retirou-se da fazenda e reside na sua propriedade de Mococa. O seu filho mais velho, sr. Antonio Gonçalves Dias, nasceu em 1881 no Brasil, onde foi educado, e vive na fazenda há 15 anos; e o mais moço, sr. Themistocles Siqueira, nasceu em 1830 (N.E.: SIC), educou-se também neste país e reside na fazenda há dois anos.

Fazenda Contendas – Esta fazenda, situada no município de Mococa, é de propriedade do capitão Antonio José Dias de Lima e tem uma área de 250 alqueires com 220.000 pés de café cuja produção anual vai a 20.000 arrobas. Para secagem, existe um terreiro ladrilhado de 15.000 metros quadrados; e para descascar e classificar café, maquinismo moderno movido a eletricidade. Há 50 casas para colonos.

Das terras, 50 alqueires são reservados para pasto e outros 50 para extração de madeiras. A casa de residência é moderna e de todo o conforto, assim como a da administração. Os depósitos para café e milho, bem como os outros prédios, são iluminados a luz elétrica, fornecida pela usina da própria fazenda.

As fazendas a seguir também são de propriedade do capitão Antonio José Dias de Lima:

-  a de Caconde, no município de Mococa, com a área de 100 alqueires e 120.000 pés de café que produzem, em média, 10.000 arrobas, e na qual se empregam 30 famílias de colonos;

- a de Santa Cruz, no município de Caconde, com a área de 150 alqueires e 130.000 pés de café, que produzem anualmente 8.000 arrobas e na qual trabalham 20 famílias de colonos.

Ao sr. José Pereira de Lima Filho pertencem as fazendas seguintes:

- a de Santo Antonio, no município da Mococa, com a área de 187 alqueires e 148.000 pés de café, que dão a média anual de 10.000 arrobas, e na qual se empregam 28 famílias de colonos;

- as de Matinho e  Água Limpa, no mesmo município, que medem, ao todo, 140 alqueires, com 40.000 pés de café que produzem, em média, 3.500 arrobas;

- e a de São José, no município de Monte Santo (estado de Minas Gerais), com a área de 200 alqueires e onde só se cuida de criação de gado.

Em todas essas fazendas, há excelentes prédios de residência, terreiros e maquinismos apropriados aos serviços agrícolas, depósitos, casas para colonos etc.

O sr. Antonio José Dias de Lima nasceu no Brasil, onde foi educado, e conta hoje 81 anos de idade. Desde moço se dedica à lavoura do café, e há mais de 30 anos que reside nas suas fazendas. Seu filho, o sr. José Pereira Lima, nasceu em 1876, no Brasil, onde se educou, e sempre se dedicou à cultura do café. Durante 9 anos, foi vereador da Câmara de Mococa; e atualmente é chefe político local e membro da Comissão de Agricultura do Estado de São Paulo.

Fazenda do Mato Seco – Dos 1.200 alqueires que compreende a fazenda do Mato Seco, cerca de 300 alqueires estão em mata, 700 em culturas diversas ou pastagens; e os restantes 200 são plantados com 120.000 pés de café, que dão uma colheita anual de cerca de 8.000 arrobas em média. O terreiro de café tem uma área de 10.250 metros quadrados e há uma moderna instalação de maquinismos, para o preparo do café, assim como máquinas para tratar arroz e milho e um moderno engenho de serra. Os edifícios compõem-se de uma residência para o proprietário, 30 moradas para os trabalhadores, depósitos de café e milho, cocheiras etc.

A fazenda tem 100 éguas e 4 garanhões para a reprodução, assim como 1.000 cabeças de gado, 60 bois de carro e 40 cavalos e bestas. A água provém de nascentes, na própria fazenda, e, por meio de bomba, é elevada ao alto do morro para o consumo da residência do proprietário, sr. José Pedro de Alcantara Figueiredo. O sr. Figueiredo, que passa parte do ano na fazenda e outra parte em sua residência na Mococa, é membro do Diretório Político da Mococa e presidente do Banco Regional, na mesma cidade.

Fazenda Santa Thereza (sr. Per. dos Santos) – Muito próxima à Estação Comendador Guimarães, na Estrada de Ferro Mogiana, e dentro do município da Mococa, fica a fazenda de Santa Thereza, pertencente ao venerando sr. Pereira dos Santos. Uma parte da fazenda está plantada com 60.000 pés de café, que produzem uma colheita anual de cerca de 5.000 arrobas.

O terreiro de café é alcatroado e tem uma área de 4.000 metros quadrados. Há na fazenda 35 alqueires de pastagens, mais ou menos, que sustentam 50 cabeças de gado e 15 cavalos e bestas. Além da residência do proprietário, existem 16 moradas para  empregados e boas cocheiras.

Sertãozinho

Fazenda São Pedro – A fazenda de São Pedro tem uma área de 150 mil alqueires, com 246.000 pés de café, que dão uma colheita de 25.000 arrobas, em média anual. O terreiro de café tem uma área de 4.800 metros quadrados. O maquinismo para o trabalho de limpeza e escolha do café, movido por força hidráulica, pode tratar 400 arrobas diariamente. Estão empregadas na fazenda 46 famílias que compreendem 262 pessoas e para as quais há moradias apropriadas. A proprietária, d. Anna Delfina Gomes, mora em uma boa casa, na fazenda. Esta é administrada pelo sr. Joaquim Garcez.

Fazenda Vila Maria – Esta fazenda, uma das mais modernas do estado, tem uma área de 600 alqueires, a qual deve ser toda aproveitada para a plantação de café. Atualmente, contam-se ali 240.000 pés de café que produzem anualmente, em média, 20.000 arrobas. Há farta distribuição de água em toda a fazenda.

O terreiro de secagem ocupa um espaço de 12.000 metros quadrados. A fazenda dispõe de maquinismos com todos os aperfeiçoamentos modernos, para beneficiar e classificar o café, os quais se acham instalados em sólido prédio de tijolos. Na fazenda, existe também uma serraria. Além do prédio de residência, espaçoso e confortável, há casas para o administrador e sub-administrador e 60 habitações para os trabalhadores.

O proprietário, dr. Crispiniano Martins de Siqueira, brasileiro de nascimento, foi estudante, durante 7 anos, da Escola de Engenharia de Bruxelas. E há 11 anos se tornou dono desta fazenda, na qual reside, durante 7 a 8 meses no ano, passando o resto do tempo em São Paulo, onde mora à Rua das Palmeiras, 1.

Fazenda Marianopolis - Situada no município de Sertãozinho, a fazenda de Marianopolis tem uma área de 240 alqueires, 225 dos quais plantados com 150.000 pés de café. A propriedade tem esplêndida aguada, proveniente de numerosas nascentes. Dispõe a fazenda de grande terreiro de café, e aperfeiçoado maquinismo para a limpeza e escolha do mesmo. Nos 15 alqueires de pastagens se encontram 17 bestas e 45 cabeças de gado.

A fazenda tem uma grande casa de residência e 30 para empregados. Há na fazenda uma matilha de 14 cães de raça, e na residência da proprietária encontra-se uma bonita coleção das cabeças dos animais caçados.

A fazenda pertence a d. Maria Candida da Silva Jotta e é administrada por seu filho, sr. Manoel Mariano da Silva Jotta. O outro filho, sr. Joaquim M. da Silva, reside também na fazenda. É engenheiro civil e estudou em Nova York, durante 5 anos.

Dr. João de Faria - Entre os importantes fazendeiros do estado de São Paulo figura o dr. João de Faria, proprietário de diversas fazendas. A primeira, a Brazil, situada no município de Sertãozinho, apenas 2 quilômetros distante da Estação Júlio Pontes, na linha Mogiana, tem a área de 400 alqueires, em parte plantados com 420.000 pés de café que anualmente produzem, em média, 40 mil arrobas.

Para os seus diversos serviços, dispõe esta fazenda de moderno maquinismo para descascar e classificar café, movido a vapor e a turbina hidráulica; moinho par fubá; vasto terreiro ladrilhado e alcatroado de 12.500 metros, para secagem; uma linha aérea para transporte do café, uma vez secado, para a casa de máquinas; depósitos para café e milho; e 75 habitações para colonos. Há 25 alqueires de terras reservados para pasto e 85 para extração de madeiras. A casa de residência possui todas as comodidades.

Outra fazenda, a de Barroca, no município de Campinas, destinada à criação de gado, tem a área de 250 alqueires, dos quais 50 reservados para extração de madeiras e pastagens para engorda de 800 cabeças. Encontra-se ali uma ótima casa de residência e diversas para empregados.

A última das fazendas do dr. Faria, a de Pirica, no município de Santa Cruz do Rio Pardo, tem a área de 225 alqueires, com 70.000 pés de café produtivos e 120.000 recentemente plantados. A produção média vai já a 2.000 arrobas por ano. A fazenda, situada a 4 quilômetros da Estação de Chavantes, na linha Sorocabana, possui casas para moradia de 28 famílias de colonos; depósitos para café e milho; um moinho para fubá movido a vapor; 20 alqueires de terras para pasto e 100 para extração de madeiras. A casa de residência é de todo conforto.

O dr. João de Faria nasceu em Minas em 1862; fez os seus estudos em São Paulo, onde se formou em Direito, em 1886. Advogou na cidade de Franca e foi deputado estadual e federal. Voltando para São Paulo, em 1894, abriu escritório à Rua da Conceição, 74, onde atualmente negocia, em grande escala, em café.

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