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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - M.PESCA
Museu de Pesca... e Macaezinho (3)

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Uma das atrações mais queridas do Aquário Municipal de Santos, Macaezinho foi destacado pelo Diário Oficial de Santos em 12 de janeiro de 2006, quando de sua volta ao Aquário, de onde tinha sido retirado para reformas no local. O registro, nas páginas primeira e 16 (última):
 

O lobo-marinho Macaezinho voltou ao Aquário e já está totalmente adaptado. O novo Aquário será entregue dia 26, às 15 horas. Confira o retorno do Macaezinho e a programação de aniversário da Cidade na última página
Foto: Antonio Vargas/PMS, publicada com a matéria, na primeira página

Macaezinho retorna ao novo Aquário e se adapta bem

O lobo-marinho Macaezinho está de volta ao Aquário, sua moradia há 11 anos. Depois de uma temporada no Orquidário por conta da reforma no local, o mascote foi transferido ontem, às 7h30. Segundo a equipe técnica do Aquário, ele não parou de brincar um minuto no novo recinto.

Com acompanhamento de tratadores e dois veterinários, Macaezinho foi colocado, sem qualquer problema, em uma caixa de transporte específica para animais marinhos, sendo transportado num caminhão-baú que percorreu em 15 minutos o trajeto do Orquidário até o Aquário. Segundo o veterinário Gustavo Dutra, o lobo-marinho aceitou o manuseio com tranqüilidade e logo que chegou ao recinto começou a nadar, pular e até interagir com os tratadores.

Mais liberdade - Localizado no anexo, o novo recinto do Macaezinho tem 170 metros e 450 mil litros de água. "O tamanho da área e sua profundidade significa mais liberdade para o lobo. Agora tem várias possibilidades de explorar o local onde vive", disse Dutra, que destacou duas áreas de manejo climatizadas com piscina, onde serão feitos os manejos e intervenções clínicas e de pesagem, entre outras.

Como todos os outros tanques, a cenografia também é um detalhe especial e imita a paisagem da região meridional da Patagônia, onde esta espécie de lobo (Arctophcefalus australis) vive. Para curtir tudo isso, há uma arquibancada em frente ao recinto construída especialmente para o público acompanhar confortavelmente as brincadeiras de uma das atrações mais queridas do Aquário.


Macaezinho chegou e já começou a brincar no novo recinto: nadou, pulou e interagiu com os tratadores
Foto: Antonio Vargas/PMS, publicada com a matéria, na última página

Em 12 de abril de 2011, o mesmo Diário Oficial de Santos registrava a morte do lobo-marinho, nas páginas primeira e 4, e o destino que teria, semelhante ao de outro lobo-marinho que também habitou o Aquário por muitos anos, o Macaé:


Aquário perde Macaezinho
Foto: Marcelo Martins, publicada com a matéria, na primeira página

Cidade perde alegria do lobo-marinho Macaezinho

Ele encantou de crianças a idosos e ficará na memória de santistas e turistas. O lobo-marinho Macaezinho, principal atração do Aquário Municipal, morreu domingo, por volta de 13h, com aproximadamente 18 anos. A causa da morte será verificada com a necropsia, mas os veterinários do Aquário acreditam que a principal causa seja uma doença hepática (disfunção do fígado). O animal chegou ao Aquário em 1995, com pouco mais de um ano.

"Ele cumpriu um papel muito importante na educação ambiental da sociedade. Os aquários e orquidários são janelas emocionais para as pessoas, onde podem conhecer e respeitar os animais e a natureza. Com certeza ele foi muito importante para milhares de visitantes, que de alguma forma conseguiu tocar o coração" disse a médica veterinária Cristiane Lassálvia.

No Aquário há 30 anos, o treinador Renato Lopes de Oliveira sempre cuidou de Macaezinho. Apesar de animal selvagem e de 110 quilos, ele se deixava tocar e obedecia aos comandos do adestrador.

O lobo-marinho vinha apresentando problemas desde meados de janeiro. Coincidência ou não, ele morreu menos de 100 dias após a morte da companheira Alegra, com quem dividia o tanque de 370 mil litros. "Muitas vezes o estresse de situações de perda traz à tona condições sub-clínicas que estavam de alguma forma estabilizadas", afirmou Lassálvia.

O veterinário Gustavo Dutra disse que as dificuldades locomotoras nos membros posteriores foram os sintomas iniciais. "Percebemos que havia algo errado com os movimentos dele. De lá pra cá fizemos tudo que podia ser feito clinicamente, com medicações, vitaminas, exames, mas constatamos que havia uma disfunção hepática e que ele não respondia ao tratamento". Neste período Macaezinho teve dificuldades para se alimentar, chegando a tomar soro, e emagreceu cerca de 20 quilos.

O lobo-marinho também teve papel importante na divulgação da cidade e da importância das práticas esportivas. Por três vezes foi escolhido mascote dos Jogos Abertos do Interior, nas edições de 2000, 2003 e no ano passado.
A idéia é taxidermizar (empalhar) o animal, que deve ser tema de gibi a ser distribuído às crianças.


Desde 1995 no parque, animal encantava visitantes; foi mascote dos Jogos Abertos por três vezes
Foto: Marcelo Martins, publicada com a matéria, na página 4

A transferência de Macaezinho para o museu foi registrada assim no site do Instituto de Pesca (consulta em 11/11/2011):

LOBO-MARINHO “MACAEZINHO”, TAXIDERMIZADO, SERÁ ATRAÇÃO NO MUSEU DE PESCA DE SANTOS
Mônica Doll Costa, Museu de Pesca, www.pesca.sp.gov.br, 7 de outubro de 2011

A partir do próximo dia 12 de outubro, o lobo-marinho “Macaezinho” poderá ser visitado por seus “amigos” em sua nova casa: o Museu de Pesca. Esse mamífero marinho, que durante tantos anos foi uma das estrelas do Aquário Municipal de Santos, passará a integrar o acervo do Museu ao lado do leão-marinho “Macaé”, que no passado também foi grande atração do Aquário.

Para festejar o reencontro com o “Macaezinho” e comemorar o “Dia da Criança”, durante todo o dia 12 o Museu promoverá palestras sobre lobos e leões marinhos, com o professor e biólogo André Fabiano de Castro Vicente; uma oficina de “Nós de Marinharia”, ministrada por Rocha (Rochinha); e uma oficina de Origami, por João Paulo Ferreira.

“Macaezinho” morreu em abril deste ano. O Aquário doou o animal ao Instituto de Pesca em agosto, para que fosse taxidermizado e incorporado ao acervo do Museu de Pesca. A taxidermia foi realizada em 45 dias no Laboratório especializado do Museu, utilizando-se uma técnica inovadora desenvolvida pelo taxidermista Nelson Dreux Costa, responsável pelo Laboratório.

O Museu de Pesca pertence ao Centro do Pescado Marinho de Santos, vinculado ao Instituto de Pesca da APTA (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Revisão do texto: Márcia Navarro Cipólli, navarro98@gmail.com


O árduo trabalho de taxidermia em animais de grande porte (em 2005)
Foto: site do Instituto de Pesca

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