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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - ROCHAS NO PORTO
Uma pedra no caminho dos navios (6)

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Embora acolhedor para a navegação - tanto que foi escolhido por Braz Cubas como o melhor atracadouro da região para as caravelas portuguesas - o porto de Santos teve no seu estuário algumas formações rochosas que representavam obstáculo significativo à expansão dos serviços portuários. Algumas dessas rochas ficaram memoráveis, e foram demolidas em épocas diversas da história do porto santista. Uma delas, a Pedra de Itapema, passou a ser demolida em 2011, como registrou  o jornal santista A Tribuna em matéria do caderno Porto & Mar de 9 de novembro de 2011 (página C-6):


OS TRABALHOS DE DERROCAGEM - As pedras que serão derrocadas

Imagem: infográfico da Editoria de Arte/A Tribuna, publicada com a matéria

Começa implosão da Pedra de Itapema

Serviço integra o projeto da dragagem de aprofundamento do canal de navegação do Porto de Santos, que ficará com 15 metros

Lyne Santos

Da Redação

Devem começar na manhã de hoje as implosões da Pedra de Itapema, localizada em frente ao Forte de Itapema, na Margem Esquerda (Guarujá) do Porto de Santos, na direção do Armazém 12. O início do serviço foi anunciado ontem pela Codesp, que já publicou os períodos de interdição do canal de navegação. O tráfego na via aquaviária é interrompido durante os trabalhos de detonação a fim de garantir a segurança de embarcações e trabalhadores.

A previsão é que a primeira implosão ocorrerá entre 8h30 e 11h30, quando o tráfego de navios já estará bloqueado. As interdições acontecerão sempre por três horas, mesmo procedimento adotado durante a derrocagem (retirada) da Pedra de Teffé, que terminou no último dia 26. A paralisação é programada para os horários em que a maré está baixa, pois é quando há menos passagens de navios pelo complexo. Neste mês, as interdições ocorrerão pela manhã e à tarde.

A Docas pretende realizar as explosões em dias alternados. Poderá haver mudanças no cronograma apenas por problemas em equipamentos ou condições climáticas desfavoráveis. A estimativa da Secretaria de Portos (SEP), responsável pela obra, é que o serviço seja concluído até o próximo dia 26.

A etapa seguinte será a retirada dos pedregulhos (resultado das detonações) de Itapema e Teffé. As duas rochas serão totalmente removidas até 20 de fevereiro de 2012, conforme programação estipulada pela pasta federal. Ao todo, serão retirados 20 mil metros cúbicos de Teffé e 11 mil metros cúbicos de Itapema. Na extração, serão utilizadas dragas tipo clamshell (com garras em forma de concha) ou backhoe (retroescavadeira). Os fragmentos serão colocados em balsas ou batelões.

Procedimentos – As implosões de Itapema seguirão os mesmos procedimentos adotados com a Pedra de Teffé. O trabalho será realizado pela draga Yuan Dong 007, que possui dez torres de perfuração e foi construída especialmente para a atividade. Antes que o serviço fosse iniciado, a Codesp afirmou que foram vistoriados o Forte de Itapema e a estação das barcas de Vicente de Carvalho.
Para garantir a integridade das edificações situadas a até 500 metros e o ecossistema marinho, serão emitidos novamente sinais sonoros antes das implosões, alertando quem estiver nas imediações da rocha.

A explosão é a última fase da derrocagem. A primeira é a perfuração da pedra, realizada com um GPS. Normalmente são feitos de 15 a 20 furos na rocha, dependendo da largura dos orifícios. O próximo passo é a inserção dos explosivos, que é feita por uma mangueira. A quantidade de material é calculada por um engenheiro de minas, de forma que atenda as determinações da lei brasileira.

A empresa responsável pela obra é a Ster Engenharia Ltda., que venceu a licitação realizada pela Codesp. A firma apresentou a melhor proposta, no valor de R$ 25,5 milhões.

A derrocagem é necessária para permitir o alargamento do canal de navegação, de 150 para 220 metros.

EXTRAÇÃO

31 MIL metros cúbicos de rochas serão retirados com a derrocagem das pedras de Teffé (etapa já concluída) e Itapema, no Porto de Santos

 


OS TRABALHOS DE DERROCAGEM - A remoção das pedras permitirá o alargamento do leito do canal de navegação: 1) O navio equipado com 10 torres de perfuração ficará fundeado acima da pedra a ser implodida; 2) Serão feitos de 15 a 20 furos na rocha para a introdução de explosivos; 3) Os detonadores serão acionados e parte da rocha se partirá em pedaços menores; 4) Após a fragmentação da rocha, outro navio recolherá os pedaços de pedra espalhados pelo leito do canal

Imagem: infográfico da Editoria de Arte/A Tribuna, publicada com a matéria

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