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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - VISITANTES
Outros visitantes*

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Além de outros visitantes citados nesta série, também são citadas nas crônicas santistas as visitas de outras personalidades ilustres da política, das artes e das ciências. Eis algumas citações encontradas:

Pattápio Silva - Pattápio Silva (1881-1907), um dos maiores flautistas brasileiros de todos os tempos (segundo Panorama da MPB), estudando 10 horas por dia, fez em dois anos o curso completo de flauta, de seis anos, no Instituto Nacional de Música. Diplomou-se com louvor em 1903 e logo passou a gravar para a Casa Edison.

Desejando ir à Europa para aperfeiçoar-se e não dispondo de recursos, resolveu fazer excursão por todo o País a fim de conseguir dinheiro. Foi nessa ocasião que o insigne musicista patrício se apresentou em Santos, dando aplaudido recital no Parque Balneário (julho de 1905). Em Florianópolis contraiu difteria e cinco dias depois, ou seja, a 24 de abril de 1907, "devolvia a vida ao Criador". (Almanaque de Santos - 1972, de Olao Rodrigues, Santos/SP, pág. 123)

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Trio - O famoso trio Foca-Abigail-Luiz, formado por João Foca (José Baptista Coelho), humorista; Abigail Maia, a "Rainha da Canção Brasileira", e Luiz Moreira, maestro e compositor, em maio de 1915, fez temporada em Santos, atuando nos palcos do Polyteama Rio Branco e do Coliseu Santista. O célebre terceto - que se exibiu nas principais cidades do Brasil - tinha repertório de números regionais e sertanejos. (Almanaque de Santos - 1972, de Olao Rodrigues, Santos/SP, pág. 123)

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Foto publicada na seção Imagem do Passado, do jornal santista A Tribuna, em 20/2/2004

Adhemar de Barros - Em 1938, o governador paulista Adhemar de Barros (de branco, ao centro) visitou a Rua XV de Novembro, centro dos negócios cafeeiros santistas. Na ocasião, conheceu Amando Barreira Fernandes (de preto, à esquerda), funcionário das firmas exportadoras de café Souza Dantas e Junqueira Neto. Na foto, do arquivo do publicitário Amando Barreira Fernandes Júnior, os detalhes: cravo na lapela, chapéu Panamá e roupas impecáveis.

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Batutas - O famoso conjunto musical "Os 8 Batutas", em junho de 1925, abrilhantou festa no Clube de Regatas Santista, na sede do Itapema (hoje, Vicente de Carvalho). Desse célebre grupo - o primeiro a levar a música brasileira a Paris (1921-22) - faziam parte João da Baiana, Donga (criador do samba Pelo Telefone, considerado o pioneiro) e Pixinguinha, um dos nomes mais expressivos do populário nacional. (Almanaque de Santos - 1972, de Olao Rodrigues, Santos/SP, pág. 124)

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Estas personalidades estiveram em Santos - [...] Quando presidente da República, a 5 de abril de 1909, Afonso Pena, ou Afonso Augusto Moreira Pena, foi recebido em Santos e fez visita especial à Associação Comercial.

Outros presidentes do Brasil também visitaram a Cidade e, entre eles, Wenceslau Braz, a 22 de maio de 1918; Getúlio Vargas, a 6 de janeiro de 1938, de passagem para Porto Alegre, a bordo do Guaraci, da Condor, quando da capital gaúcha se dirigiria à fronteira para inaugurar os monolitos da ponte de ligação Brasil-Argentina; outras visitas ainda realizou a Santos, Getúlio Vargas, quer como chefe da Nação quer como candidato à Presidência, relevando assinalar a que fez a 2 de julho de 1945, quando presidiu à cerimônia inaugural do prédio atual da Santa Casa; general Eurico Gaspar Dutra, a 15 de outubro de 1949; Juscelino Kubitschek, a 29 de janeiro de 1957; João Café Filho, a 16 de abril de 1955, quando desceu na Base Aérea e tomou um helicóptero que o conduziu à Refinaria de Petróleo "Presidente Bernardes", que inaugurou; embora não fosse mais presidente da República, Epitácio Pessoa esteve aqui em 13 de novembro de 1934.

Entre os presidentes do Estado de São Paulo, devem ser assinalados os seguintes: Júlio Prestes, a 12 de julho de 1927 e a 28 de janeiro de 1930; Pedro de Toledo, como interventor, no dia 26 de janeiro de 1931; Armando de Sales Oliveira, também como interventor, a 12 de abril de 1934; Washington Luiz, como presidente do Estado em 1929 e como cidadão a 13 de julho de 1953 e em outras oportunidades; Altino Arantes, a 25 de setembro de 1909; Ademar de Barros, a 10 de janeiro de 1939; a 3 de março de 1941, quando inaugurou a ponte sobre o Rio Cubatão; a 12 de maio de 1941, quando aqui embarcou para o Litoral Norte, a bordo do Itapura, e a 3 de abril de 1932, e, Lucas Nogueira Garcez, a 22 de setembro de 1952.

Pedro de Orleans e Bragança, conde D'Eu, visitou Santos e foi recebido na Associação Comercial a 25 de janeiro de 1921.

Dois reis visitaram Santos: o rei Alberto, da Bélgica, em 1920, e, recentemente, o rei da Noruega, Olavo V, que esteve na Cidade a 12 de setembro de 1967. Almoçou no Jequiti-Mar, em Guarujá, quando o prefeito Sílvio Fernandes Lopes levantou um brinde pela sua felicidade pessoal e prosperidade da Noruega. Após o almoço, o soberano norueguês visitou o navio Prof. W. Besnard, fabricado em estaleiro da Noruega e servindo à Universidade de São Paulo para estudos oceanográficos. Foi inaugurada a bordo uma placa comemorativa da real visita.

O general Craveiro Lopes, presidente de Portugal, foi alvo de grandes homenagens em Santos, em 1957, como também o general Agustin Justo, presidente da Argentina, a 12 de outubro de 1933. Hoover, que foi presidente dos EUA, e Júlio Roca, vice-prsidente da Argentina, também visitaram Santos. Embora não mais detendo os cargos de presidente, estiveram em Santos Gabriel Terra, do Uruguai; general Estigarribia, do Paraguai; Antonas Smetona, da Lituânia, a 13 de fevereiro de 1941; marechal Oscar R. Benavidez, do Peru, e ainda, Inácio Paderevski, da Polônia, também grande compositor e pianista, a 30 de junho de 1941.

Dois príncipes estiveram aqui: príncipe Aimoni, por volta de 1927, que, como representante do governo da Itália, dirigia uma exposição flutuante de produtos italianos ostentados a bordo do navio Itália (N.E.: é registrada a sua presença em Santos em 1920, a bordo do couraçado Roma), bem como o príncipe de Gales, por volta de 1937, de passagem para o Prata, a bordo de um navio inglês, quando deixou à tarde o transatlântico para praticar golfe no Santos Atletic Club, não dando maior atenção às autoridades que o desejavam cumprimentar e muito menos aos jornalistas.

Outras personalidades devem ser ressaltadas, tais como Anatole France, a 18 de maio de 1909, quando foi homenageado com almoço no Parque Balneário Hotel e prosseguiu viagem, à tarde, pelo navio Amazon para Buenos Aires, onde proferiu uma série de conferências sobre Rabelais; madame Marie Curie; escritor português Júlio Dantas, a 17 de junho de 1923; Gabriela Mistral, Stefan Zweig, almirante Sacadura Cabral, e almirante Gago Coutinho, quando da conclusão de seu aventuroso reide; João Ribeiro de Barros e major Newton Braga, quando chegaram a Santos e foram aplaudidos pelo povo por ocasião da feliz expedição aérea, tripulando o Jaú.

Além da visita do cardeal Arcoverde, em 1916; cardeal d. Duarte Leopoldo e Silva, a 22 de setembro de 1909; e do cardeal Cerejeira, Patriarca de Lisboa, em 1934, visita essa que se repetiu em 1968, quando trouxe ao Brasil a imagem de Nossa Senhora de Fátima, impõe-se-nos registrar a permanência ou passagem de grandes artistas internacionais, como: Luiz Moreau Gettschalk, célebre compositor e pianista norte-americano, que aqui se exibiu em setembro de 1869; Sarah Bernhardt, Ana Padlowa, Arturo Rubinstein, Inácio Paderevski, Tita Rufo, Enrico Caruso, Arturo Toscanini, Tito Schipa, Goeta Ljunberg, Marion Anderson, Salvatore Bacaloni, Ermete Zacconi, o grande trágico italiano e Sami Shana, considerado o maior violonista do Oriente.

O general Agustin Justo, ex-presidente da Argentina, esteve outra vez em Santos em 1938, quando visitou a fragata argentina Presidente Sarmiento, então atracada ao cais do porto, dirigindo-se o antigo chefe da nação argentina para a Europa a bordo do Cap Arcona. Lorde Frederick Edesson, o "Rei da Navegação", passou por Santos a bordo do Asturias, a 4 de novembro de 1938.

Entre artistas famosos do cinema passaram por Santos Clark Gable, Jean Kiepura, Marta Eggert, Mae West, Rosita Moren, Mona Maria, Conchita Montenegro, Libertad Lamarque, Arturo de Cordoba, Gleen Ford, José Mojica, Dolores Del Rio, Greta Garbo, Paul Lukas, Bing Crosby e Ronald Colman.

Embara a visita não se verificasse rigorosamente a Santos, senão ao Guarujá, onde desceu de helicóptero do governo do Estado, em 18 de junho de 1968, o príncipe Bir Bickrar Shah, do Nepal, em excursão de recreio a países da América do Sul, almoçou no Jequiti-Mar e, logo depois, retornou a São Paulo, não passando por Santos, senão pelo ar... [...]  (Almanaque de Santos - 1969, editado por Roteiros Turísticos de Santos, de P. Bandeira Jr., e tendo como redator responsável Olao Rodrigues - exemplar no acervo do historiador Waldir Rueda).

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Panen et circus - No princípio do século (N.E.: século XX), quando o futebol ainda engatinhava e o cinematógrafo era acontecimento raro, os espetáculos circenses atraíam o interesse do público.

Muitos circos visitaram Santos nessa época, entre os quais o Circo Martinelli, montado na Rua Amador Bueno, nas proximidades da Praça José Bonifácio, onde até há pouco tempo estiveram os armazéns da Cagesp, cuja estréia se verificou em 1904 com duas novidades: luz elétrica e projeção cinematográfica, além dos indefectíveis números de animais, trapezistas, equilibristas e palhaços (ver Almanaque'73, pág. 151).

No Largo 7 de Setembro foram instalados, em 1907, os cogumelos do Circo Of Nobleytes (julho) e o Circo-Teatro (outubro), com Eduardo das Neves cantando o célebre tango Vem cá, mulata; o Circo Chile esteve no mesmo local, em março de 1908.

Falando-se apenas das organizações circenses deste século (N.E.: início do século XX), também é de assinalar a passagem do Grande Circo Americano, que ocupou área de terreno situada entre as Ruas 15 de Novembro e Gal. Câmara, onde hoje se localizam, entre outras unidades, o Correio e o Paço Municipal. Do seu elenco artístico fazia parte o jóquei Henrique Seyssel, tronco da família de artistas circenses agora atuando na televisão paulista. (Almanaque da Baixada Santista - 1976, de Olao Rodrigues, Santos/SP, pág. 63)

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Mem de Sá - O Governador Geral do Brasil, Mem de Sá, em março de 1560, também esteve na Vila de Santos, onde adotou muitas providências. Já no ano seguinte, Estácio de Sá para aqui veio a mando do seu tio Mem de Sá, a fim de recrutar homens e aliciar embarcações com destino ao Rio de Janeiro, no sentido de dar combate às tropas francesas, tentame alcançado só no ano seguinte quando tornou à Vila de Santos. Aí sim, com maiores recursos, o sobrinho de Mem de Sá conseguiu expulsar definitivamente os franceses. (Cartilha da História de Santos, de Olao Rodrigues, 1980, Santos/SP, pág. 90).

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Tomé de Souza - Dois acontecimentos na Vila de Santos, que ainda ensaiava os primeiros passos dessa promoção urbana conferida pelo capitão-mor Braz Cubas - Foral de Vila - ocorreram em 1552, um dos quais, a 8 de fevereiro, assinalou a chegada do Governador Geral do Brasil, D. Tomé de Souza, que aprovou e até louvou o ato de Braz Cubas, elevando o velho povoado à categoria de vila. (Cartilha da História de Santos, de Olao Rodrigues, 1980, Santos/SP, pág. 89).

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Epitácio Pessoa - Depois de sua visita oficial a Santos como presidente da República, em 1922, o sr. Epitácio Pessoa passou pelo porto, a bordo do navio italiano Neptunia, no dia 13 de novembro do mesmo ano. A bordo, o ex-chefe da Nação, que retornava de Buenos Aires, recebeu os cumprimentos das autoridades municipais e estaduais e de representantes das classes de trabalho, sendo saudado em nome da Praça pelo Sr. Alberto Carlos Assunção. À senhora Epitácio Pessoa, o alto comércio cafeeiro ofereceu corbelha de flores naturais.

Epitácio Pessoa era figura benquista em Santos, como se demonstrou durante sua visita especial, ainda como primeiro mandatário da Nação, não apenas pelo equilíbrio e serenidade da obra governamental que desenvolveu, mas notadamente pelo espírito de imparcialidade com que se houve no julgamento das praias de Santos, das quais um grupo de interesseiros queria a posse. Epitácio Pessoa foi, pois, o salvador do mais opulento patrimônio de Santos! (Almanaque de Santos - 1971, de Olao Rodrigues, Santos/SP, pág. 82).

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Intelectuais - Santos sempre foi distinguida pelos intelectuais portugueses. No ano de 1923 aqui esteve o escritor Albino Forjaz Sampaio. Na noite de 21 de julho realizou conferência no Teatro Guarani - que naquele tempo era casa de diversões de escol. Nesse mesmo ano aqui esteve também Júlio Dantas. Sua visita a Santos foi triunfal - o povo recepcionou na Praça José Bonifácio O Moço, empunhando lanternas venezianas (...) (Almanaque de Santos- 1971, de Olao Rodrigues, Santos/SP, pág. 9)

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Coelho Neto - Repetindo a visita que fizera em 19 de novembro de 1905, quando veio proferir uma série de conferências, a primeira das quais sob o tema A Navegação, Coelho Neto, o Príncipe da Literatura Brasileira, visitou Santos no dia 8 de fevereiro de 1919. Na gare da Inglesa foi aguardado por autoridades e elementos do nosso ambiente literário, entre os quais o poeta Martins Fontes, que, arrebatado, subiu a um banco e saudou o ilustre visitante, exalçando-lhe a obra cultural.

Daí, Coelho Neto seguiu para o Parque Balneário, onde almoçou em companhia do coronel Joaquim Montenegro, Alberto Assunção, Martins Fontes e Heitor de Morais. À noite, no Éden Clube, o autor de A Capital Federal, e de tantos outros romances que consagraram a Literatura Nacional, pronunciou conferência sobre A Minha Geração, depois de saudado por Menotti Del Picchia, Alberto Assunção e Heitor de Morais.

Os jornais da época deram grande destaque à visita cultural de Coelho Neto. (Almanaque de Santos- 1971, de Olao Rodrigues, Santos/SP, pág. 29)

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André Rebouças - A 24 de janeiro de 1863, o ministro da Guerra, Polidoro da Fonseca Quintanilha Jordão, preocupado com o estado das fortalezas brasileiras diante da possibilidade de um ataque inglês (era a época da Questão Christie, que levou o Brasil a romper relações diplomáticas com o governo britânico), deu a André Rebouças a incumbência de inspecionar as fortificações do litoral Sul.

André, acompanhado por Antônio, vistoriou os fortes de Santos, e dali, após uma breve estada no Paraná, seguiu para Santa Catarina, onde ficaria dez meses, fiscalizando as obras da Fortaleza de Santa Cruz, na ilha de Anhantomirim. (Grandes Personagens da Nossa História, 1973, Editora Abril, São Paulo/SP, vol. III, página 642)

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Citações sobre Santos - Notas do Almanaque de Santos - 1969, editado por Roteiros Turísticos de Santos, de P. Bandeira Jr., e tendo como redator responsável Olao Rodrigues (exemplar no acervo do historiador Waldir Rueda):

"Santos - Boca de ouro da economia nacional" - Pedro Calmon, ministro da Educação e Cultura, 1942. [página 188, "Curiosidades"]

"Santos foi uma das mais gratas surpresas de minha vida de nômade" - Stefan Sweig. [página 188, "Curiosidades"]

"Santos, terra de José Bonifácio, cidade ativa e graciosa, de onde embarcam os frutos de ouro da cultura cafeeira do Estado" - Juscelino Kubitscheck - presidente da República. 29/1/1957. [página 188, "Curiosidades"]

"Santos é como jovem linda que sorri sempre: requestada, faz-se mais encantadora" - Júlio Dantas. [página 190, "Curiosidades"]

"À Pátria ensinei a Liberdade e a Caridade. Eis a verdade. Eis Santos" - Rui Barbosa. [página 183]

"Encontro na terra fundada por Braz Cubas a expressão da síntese, o quadro perfeito das virtudes e dos encantos brasileiros. Santos é uma das cidades brasileiras mais evocadoras da nossa história comum". - Gen. Craveiro Lopes, presidente de Portugal. 17/6/1957. [página 168]

"Nobre urbe que no último século se avantajou, e por mil e uma formas, em servir o Brasil, obediente a uma tradição quadrissecular, assinalada pela elevação de seus fastos..." - Afonso de E. Taunay - 30/12/1938 [página 3, folha-de-rosto]