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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - VISITANTES
Prudente de Morais casou em Santos

 

Texto do Almanaque de Santos - 1969, editado por Roteiros Turísticos de Santos, de P. Bandeira Jr., e tendo como redator responsável Olao Rodrigues (exemplar no acervo do historiador Waldir Rueda) - página 61:

Foi em Santos o casamento de Prudente de Moraes

Prudente de Moraes, o primeiro presidente civil da República, casou em Santos. Foi no dia 28 de maio de 1866, na chácara onde residia José Antônio da Silva Gordo, genitor da noiva, na Rua dos Quartéis, que hoje seria a Rua Xavier da Silveira, esquina da Rua Conselheiro Nébias, com fundos para a Rua Áurea, que é atualmente a Rua General Câmara.

O assento de casamento, existente no arquivo da Cúria Diocesana de Santos, é do seguinte teor: - "Aos 28 dias do mês de maio de 1866, exibida a provisão da Vigariaria da Vara, onde o contraente justificou o seu estado livre, e que ordenava que tivesse o casamento com fiança a banhos e em oratório privado, em casa de Antônio José da Silva Gordo, preenchidas as demais formalidades ordenadas pelo Concílio de Trento, pelas 6 horas e meia da tarde, em minha presença e das testemunhas José Antônio da Silva Gordo e José Antônio de Faria se receberam em matrimônio por palavras de presente o doutor Prudente de Moraes Barros e dona Adelaide Benvinda da Silva Gordo, esta filha legítima de Antônio José da Silva Gordo e de dona Ana Brandina de Barros Silva, fregueses desta paróquia, e aquele filho legítimo de José Marcelino de Barros e de Catarina Maria de Moraes, natural de Itu, freguês da cidade da Constituição, deste bispado. Receberam as bênçãos na forma ordenada pela Santa Igreja. - O vigário colado Serpião Goulart Junqueira".

Prudente de Moraes, sempre sóbrio, afável e atencioso, trajava calças de listas, fraque, colete e gravata preta.

O jovem Prudente de Moraes nem sonhava com os dias gloriosos que mais tarde lhe marcariam a personalidade enérgica e inabalável, tornando-se, como se tornou, primeiro mandatário da Nação, em cujo cargo tanto enobreceu o Brasil pelo tato político, espírito culto e caráter reto e firme.

Segundo o historiador Costa e Silva Sobrinho, em Santos Noutros Tempos, a influência desse enlace sobre o destino de Prudente de Moraes - o Pacificador - foi incalculável. Sob todos os aspectos, teve ele um lar feliz. A adorável esposa soube compreendê-lo. Deu-lhe calma e confiança para lutar e vencer na vida pública.


O presidente Prudente de Morais

Foto: site oficial da Presidência da República

O fato também foi citado pelo falecido jornalista Olao Rodrigues, em sua Cartilha da História de Santos (edição do autor, Santos/SP, 1980, página 99) - notando-se a discrepância no nome do vigário celebrante, que na nota acima aparece como tendo sobrenome Junqueira:

Prudente - Prudente de Moraes, primeiro presidente civil da República, casou em Santos no dia 28 de maio de 1866 com a senhorinha Adelaide Benvinda da Silva Gordo. Realizou-se o ato na chácara-residência dos pais da noiva, Antônio José da Silva Gordo e Ana Benvinda de Barros Silva, na Rua dos Quartéis (Rua Xavier da Silveira), na esquina da Conselheiro Nébias. Foi celebrante o cônego Scipião Ferreira Goulart Penteado, vigário colado da paróquia.

A publicação Grandes Personagens da Nossa História (Editora Abril, São Paulo/SP, 1973, volume IV, página 753) também registra:

[...] Desse casamento, tranqüilo e feliz, teve vários filhos: Maria Amália, Júlia, Gustavo, Prudente de Morais Filho, Carlota, Antônio Prudente de Morais, Maria Teresa (falecida aos onze anos), Paula e Maria Jovita, que morreu com um ano. [...]