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PRESIDENTES DA REPÚBLICA - 03
Prudente José de Moraes e Barros
Nascimento 4/10/1841
Naturalidade Itu - SP
Profissão advogado
Falecimento 13/12/1902 (em Piracicaba-SP)
Governo 15/11/1894 a 15/11/1898 (4 anos)
Idade ao assumir 53 anos
Como assumiu Eleição direta
Observações --
Mais informações: Wikipedia

Registro oficial da Biblioteca da Presidência da República:

Fonte: Arquivo Nacional -Centro de Informação de Acervos dos Presidentes da República

Prudente José de Morais e Barros

[Mensagens Presidenciais] [Ministérios] [Vice-presidente]

Biografia

Advogado, nascido na cidade de Itu, estado de São Paulo, em 4 de outubro de 1841. Formou-se bacharel pela Faculdade de Direito de São Paulo (1863). Vereador e presidente da Câmara Municipal de Piracicaba (1865-1868). Deputado provincial em São Paulo pelo Partido Liberal - PL (1868-1869).

Filiou-se ao Partido Republicano Paulista - PRP (1876). Deputado provincial pelo PRP (1878-1879/1881-1882). Deputado geral por São Paulo pelo Partido Republicano - PR (1885). Deputado na Assembléia Geral do Império, por São Paulo, pelo Partido Republicano (1885-1886). Deputado provincial (1888-1889). Após integrar a junta governativa de São Paulo, instituída com a proclamação da República, assumiu o governo daquele estado (1889-1890). Como senador por São Paulo exerceu a presidência da Assembléia Nacional Constituinte (1890-1891) e a vice-presidência do Senado (1891).

Disputou, nesse mesmo ano, a presidência da República com Deodoro da Fonseca, perdendo a eleição indireta por uma pequena margem de votos. Tornou-se presidente do Senado até 1894, em substituição a Floriano Peixoto, então titular desta casa, quando este assumiu a presidência da República. Por meio de eleição direta, passou a exercer a presidência da República em 15 de novembro de 1894. Chefia o Partido Republicano Dissidente de São Paulo (1901). Faleceu na cidade de Piracicaba, estado de São Paulo, em 13 de dezembro de 1902.

Período presidencial

Como primeiro presidente civil da República, sua eleição marcou o término da presença de militares no governo do país, inaugurando a representação dos interesses das oligarquias agrícolas e paulistas, sobretudo as do café. Em plena crise econômica, em decorrência da política do "encilhamento", Prudente de Morais enfrentou intensa oposição política, liderada por militares florianistas e pelo grupo dos "jacobinos" que lutavam pela consolidação do poder republicano; pelo Partido Monarquista que buscava se reogarnizar; e por parcelas dos setores médios da população descontente com o governo de um presidente civil.

Prudente de Morais licenciou-se do cargo em novembro de 1896, por motivo de doença, agravando a crise política, que passou a ser enfrentada pelo vice-presidente Manuel Vitorino. Reassumiu a presidência na nova sede do governo, o Palácio do Catete, em 4 março de 1897.

No ano anterior, deu-se a eclosão do conflito em Canudos, no interior da Bahia, motivado pela questão do corte da madeira e liderado por Antônio Vicente Mendes Maciel, conhecido como Antônio Conselheiro, que, pregando uma vida ascética, havia atraído ao seu redor uma comunidade de quase trinta mil sertanejos. A revolta foi vista como uma reação monárquica, apesar de seu caráter messiânico e regional. A derrota das tropas baianas levou o presidente do estado a solicitar o envio de tropas federais.

O fracasso de duas expedições e as mortes de seus comandantes republicanos gerou uma onda de protestos e de violência na cidade do Rio de Janeiro. Os florianistas organizaram-se em milícias fardadas e assassinaram alguns monarquistas cariocas. Somente com a devastação do arraial de Canudos, ocorrida em agosto de 1897, por uma expedição militar federal composta por oito mil homens, e após o atentado sofrido por Prudente de Morais, cometido por um soldado vitorioso em Canudos, deu-se fim à crise político-institucional, com o restabelecimento da ordem republicana.