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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - GREVE! - LIVROS
A Barcelona Brasileira (6)

Clique na imagem para voltar ao índiceEntre 1879 e 1927, Santos foi o centro de um dos três principais movimentos de reforma social no Brasil, tornando-se conhecida como a Barcelona Brasileira, em razão da chegada de grande contingente de imigrantes ibéricos, fortemente politizados, participantes ativos da corrente do anarco-sindicalismo. Santos tinha também uma imprensa engajada nas questões sindicais, com cerca de 120 jornais e revistas. Apesar disso, este período da história santista e brasileira foi muito pouco estudado.

Foi o que levou o jornalista e historiador Paulo Matos a produzir este material (que obteve o primeiro lugar do Concurso Estadual Faria Lima-Cepam/1986, da Secretaria de Estado do Interior de S. Paulo). Ampliado e revisado, para publicação em livro, tem agora sua edição pioneira em Novo Milênio:

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Santos Libertária!

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Imprensa e história da Barcelona Brasileira 1879-1927

PARTE I - SANTOS LIBERTÁRIA! (cont.)

Histórias da imprensa santista, de Olímpio Lima e A Tribuna

A fundação em 26 de março de 1894 da A Tribuna do Povo é marco na história da cidade, que já assistira o nascimento de uma vigorosa imprensa operária, combativa e anarco-sindicalista, reivindicatória nos sindicatos autônomos do porto. Olímpio vai reivindicar melhorias de fato republicanas e não com as cores da República e o espírito da Monarquia, espírito das suas denúncias.

Já em 15 de abril de 1895, como noticia no dia 18 o Diário de Santos – o jornal que apoiava o adversário de Olímpio, Quintino de Lacerda – faria o "empastelamento" – destruição – do jornal. Eram "... 14 homens de cor munidos de armas e cassetetes", a mando do delegado Isidoro de Campos, declarou Olympio.

Em agosto de 1895, Olympio lança o Correio da Semana, com A Tribuna do Povo destruída. Mas voltaria à carga em 10 de setembro, na segunda fase da Tribuna do Povo. Em cinco de dezembro, novo empastelamento, máquinas destruídas pelos mesmos.

Exige reflexões sobre esse sentido do direito das comunidades e as pessoas de gerirem seus próprios destinos e exercer sua vontade, o tema central da Constituição Municipal de 1894. Nessa discussão, a questão federalista: quem manda em quem, províncias e estados independentes, municípios autônomos.

Isso é resultado dos mercados econômicos como o do café, fortalecendo grupos e enfraquecendo politicamente o poder central, em favor da Autonomia das comunidades – que no Brasil tem várias fases no Império e na República.

O ano de 1894 foi da Constituição Municipal inédita, de significado nacional, pois que apontando para a liberdade em questões de participação popular até hoje não resolvidas – século e 15 anos atrás revogada -, ela que seria promulgada em 15 de novembro e contestada logo após.

O algoz da Constituição Municipal não seria outro senão o major José Emílio Ribeiro de Campos, advogado e diretor do jornal Diário de Santos. Era aquele que, pouco democraticamente, contestou Olímpio Lima e sua Tribuna do Povo a tiros, pelas críticas que este fazia ao seu irmão, o delegado Isidoro de Campos – que mandou prender Olímpio diante de uma queixa de diversos vultos da cidade.

Foi José Emílio quem atirou no fundador da Tribuna do Povo e A Tribuna, Olímpio Lima e o fez por questões políticas. Ele mesmo foi quem recursou em face da Constituição Municipal santista de 1894, apresentando recurso, afinal deferido, por sua revogação.

Na primeira tentativa, Isidoro foi atrás de Olímpio de revólver em punho no seu jornal e provocou uma fuga fantástica pelo Valongo. Depois, foi o major José Emílio Ribeiro Campos, irmão de Isidoro, apelidado Poscampini, que atingiu Olímpio Lima no baixo ventre em oito de agosto de 1895.

O atentado visava desagravar o irmão, mas provocou a renúncia do delegado, tamanha foi sua repercussão. 1894 é o ano da Constituição Municipal santista, que traduziu o próprio significado de Autonomia desta e de todas as cidades do país que exemplificaria, não fosse revogada. Ela afirmava, no seu primeiro artigo, que Santos era autônoma "... na esfera de sua economia própria e nos assuntos de seu peculiar interesse".

Como foi a chegada de Olímpio Lima e a fundação da Tribuna do Povo

O jornalista maranhense lançou contraditórios às verdades impostas como absolutas, com sua têmpera forte e letrada com seu equipamento, que possuía - o seu know-how. Enfrentando diversas tentativas de destruição do jornal e de si mesmo, Olímpio Lima, apesar de sua reduzida estatura, tinha privilegiado intelecto - reconhecido até por seus biógrafos opositores, como o historiador Francisco Martins dos Santos.

Olímpio seqüenciava sílabas cada vez mais ferinas e cáusticas para a opinião pública – que chamava de âncora de bronze, contra a política de campanário, dos de cima. É um personagem maior da Santos Libertária.

Desde logo, Olímpio, de visão culta e ampliada, encampa causas de justiça popular nem sempre simpáticas às elites, que denuncia. O enfrentamento do grupo político que integrou com os adversários seria uma das causas da revogação da Constituição Municipal de 1894. No âmago, a discussão sobre o federalismo, a autonomia das unidades federativas.

Com o dinheiro de Manoel Tourinho, Olímpio compra A Tribuninha de Diocleciano Fernandes e cria A Tribuna do Povo, o jornal que fundou aqui a 26 de março de 1894, com sede na Rua Dois de Dezembro número 7, hoje Pedro II. O primeiro editorial é rigorosamente antiflorianista e anti-governamental, uma posição que em Santos estava no poder, e que ele chega desafiando.

Em 16 de novembro de 1894 ocorre o primeiro "empastelamento" – destruição do jornal -, como conta o Diário de Santos do dia 18; segundo Olímpio Lima, feito por um bando de homens de cor a mando do delegado Isidoro de Campos. Olímpio pede mais dois contos de réis a Manoel Tourinho, o prefeito eleito da Constituição Municipal, e reconstrói o jornal, que volta a 10 de setembro e segue na rigidez crítica e destemida para novos abalos.

Em 5 de dezembro, nova destruição da Tribuna do Povo, "empastelamento", o terceiro em um ano e meio de existência, nas formas do embate ideológico que se travava, no árduo conflito entre grupos políticos.

José do Sacramento Macuco, que deu a posse a Quintino na Câmara, também renunciou. Ficou só Olímpio, que não renunciou, mas afastou-se por várias sessões, sem justificativa, terminando por isso cassado. A Câmara, em função do conflito, ficou suspensa até 1º de junho de 1895.

Olímpio já encontrou o clima e a cultura da efervescência popular. Destruído pelos que o criticam, depois de tomar um tiro do irmão do delegado Isidoro de Campos, volta ao Maranhão e vende o jornal para o coronel Monjardim. Olímpio só vem de novo a Santos em 1899 e tenta retomar seu jornal, dizendo que fora fraudado, perdendo na Justiça.

É quando Olímpio funda A Tribuna, cujo primeiro número sai em 19 de dezembro de 1899. Ele a vê e escreve como "uma continuidade da Tribuna do Povo, seu espírito", inclusive com a inscrição "Ano VI" na seqüência desde 1894 – com a mesma verve e ironia intelectual. A Tribuna do Povo tinha ido a leilão no dia primeiro, arrematada por Manoel Teixeira de Souza, que o vendeu três meses depois para os "Franciscos" Pereira e Cardoso por 30:000$000.

Olímpio alegava não ter recebido o valor devido na venda do jornal Tribuna do Povo e por isso voltava em 1899, com redação na Rua General Câmara 25. E com Deoclécio de Oliveira como editor-chefe, o antigo dono da Tribuninha. Continua com ataques implacáveis aos poderosos, do delegado ao Judiciário, este que não permitiu a devolução de seu jornal.

Os "Franciscos", porém, não conseguem manter o jornal e o passam para a firma Almeida e Companhia, formada por Antonio Vieira de Almeida e o notável jornalista Gastão Bousquet. Começa o jornal a circular sob a direção destes novos donos em 3 de novembro de 1900, após um hiato de 16 dias, com redação na Rua Martim Afonso, 24.

Olímpio escreve que A Tribuna é a continuadora da Tribuna do Povo e publica a primeira edição com sucesso que comprova sua ascensão sobre a política da época, saindo a mesma edição nos dias 19 e 20 de dezembro, esgotando seus exemplares vendidos no câmbio negro. Seu novo financiador era o rico socialista acadêmico Júlio Conceição, que lhe emprestou 20 contos de réis e jamais os recebeu após a morte de Olímpio em 1907, dívida que ele perdoou.

Em meia hora, no dia do segundo lançamento, foram vendidos seis mil exemplares, saindo do preço normal de cem réis para dois mil reis o exemplar – mostrando seu incrível envolvimento popular. Os jornais A Tribuna e A Tribuna do Povo têm existência paralela - e o jornal Cidade de Santos brinca com a situação em 27 de março de 1900, escrevendo que os seus proprietários Francisco Pereira e Francisco Cardoso "... oferecem aos seus amigos um profuso copo d'água" em face do aniversário conjunto.
(N.E.: na época, convidar para "um copo d'água" era uma forma elegante de se dizer que haveria uma recepção com bebidas em meio a alguma cerimônia, algo semelhante a convidar para um coquetel, cem anos depois).

De 17 de julho de 1899 a 3 de novembro de 1900, data da venda da Tribuna do Povo por Olímpio, à data de início da circulação pelos novos donos, Olímpio se queixava que tinha sido roubado, espoliado, assaltado. E funda um novo jornal. Que diz ser "alma e espírito" daquele que fundara. Funda A Tribuna em 19 de dezembro de 1899. Sua primeira edição vendeu seis mil exemplares, esgotada e comercializada até no câmbio negro. Era o apoio popular a Olímpio sendo medido.

O jornal terminaria em fins de 1902 e seu maquinário iria para o arquiinimigo Diário de Santos, dirigido por Dick Martins. Antes, em 29 de março de 1901, o jornalista Emílio Ruéde escrevera em sua coluna no jornal Cidade de Santos, como reproduz Chico Martins
(N.E.: Francisco Martins dos Santos) na sua obra História de Santos:

"
Quando eu digo que Santos é uma terra cheia de originalidades não querem me acreditar. Quem é que acreditaria em uma coisa tão estapafúrdia? A senhora dona Beldroegas e a senhora dona Abobrinha fazem o mesmo número de anos, na mesmíssima hora, sendo uma mais velha do que a outra e com a pretensão de terem nascido no mesmo dia, nas mesmas horas, e com circunstâncias de negarem o parentesco".

"As meliantes não querem ser irmãs nem à bala: pior ainda, nem colegas sequer querem ser, mesmo de brincadeira. Entretanto, o real é que elas, apesar de não terem nascido no mesmo dia – Tribuna do Povo 26 de março de 1894 e Tribuna 19 de dezembro de 1899 -, de não festejarem juntas seu aniversário, são filhas das mesmas entranhas, Olímpio Lima. Comungaram as mesmas idéias, comeram no mesmo prato, como se costuma dizer, não sei por que esta ojeriza agora de uns contra os outros...
"

O sétimo aniversário da Tribuna do Povo

O historiador Jaime Franco conta que no sétimo aniversário da Tribuna do Povo, em 1901, foram feitas diversas homenagens através de placas, inclusive ao jornal A Tribuna que, entretanto, não se fez representar.

A cidade tinha uma nova ligação rodoviária entre a Baixada e o Planalto, a Estrada da Maioridade. Ao seu lado a ferrovia São Paulo Railway, concluída em 1867, como ligação com os plantadores de café no Estado – um tronco -. E havia o orgulho da costa brasileira: o Porto de Santos, que vai ser o maior do mundo neste processo.

Olímpio Lima - o maranhense intelectual, reconhecido como o melhor pelo historiador emérito Francisco Martins dos Santos -, após ver seu jornal destruído várias vezes pelos comandados de Quintino de Lacerda - ex-escravos que ele chefiara como ex-administrador nomeado do Quilombo do Jabaquara -, lidera um grupo político integrado pelo Dr. Manoel Tourinho.

Quintino formou com grande alarido entre seus dominados - ex-escravos que abrigava no Jabaquara - o "Batalhão Patriótico Silva Jardim", para apoiar Floriano e os golpistas. E irritar Olímpio, é claro. Dessa luta, eleitos os dois vereadores no ano seguinte, o futuro major e chefe da Limpeza Pública de Lacerda não traem o nome e, eleito para combatê-lo na Câmara, assiste seu afastamento.

Ele, Quintino, é impedido de assumir porque, analfabeto, não consegue ler o compromisso, mas vence a batalha afastando Olímpio da Casa. Quintino foi impedido de assumir, mas em 5 de abril apareceu com um acórdão do Tribunal de Relação de São Paulo obrigando sua posse e provocando a renúncia do presidente Manoel Maria Tourinho acompanhado por André Veiga. Quintino era apoiado pelo jornal Diário de Santos e seu grupo político.

Olímpio Lima era "... um panfletário com todo o desassombro imaginável", coloca Chico Martins, "... de grande inteligência e cultura", no ambiente revolucionado nos embates de setembro de 1893. A edição de 23 de Maio de 1896 da Tribuna do Povo tem no frontispício:

"
Ano II – Número 111 – diretor Olympio Lima – secretário Francisco Pereira – Escritório, redação e oficinas Rua do Rosário 86 – Gerente Secundino Arantes - Folha Republicana Parlamentarista". O tipógrafo e paginador Secundino era o tesoureiro em 1899 do Clube Musical Beneficente A Tribuna do Povo, com sede na Rua São Francisco, número 9. Alfredo Pinto era seu presidente.

Esse era o dia do renascimento da Tribuna do Povo, agora A Tribuna, dado por seu criador - que havia escrito que "
A Tribuna era a alma e o espírito da Tribuna do Povo". A estas alturas, o redator-chefe era Tito Lívio Brasil e o jornal já ficava onde está hoje, na Rua General Câmara 90. O jornal, agora, já se chamava A Tribuna, refundado que fora.

Em 10 de setembro de 1906, Olimpio fazia o testamento em nome do testamenteiro José de Paiva Magalhães, que o entregou a Tito Lívio Brasil após a morte de Olimpio. Em 10 de janeiro de 1909 saía o número 240, ano XV, "
órgão dos interesses do povo fundado em 26 de março de 1894 por Olympio Lima, Santos, Estado de São Paulo".

Depois de passar o jornal para Magalhães, Olimpio foi embora para São Paulo, onde arrendou o jornal O comércio de São Paulo, hoje Jornal do Comércio. Mas, doente e cansado, voltou ao Maranhão, onde morreu a 4 de outubro de 1907, tendo o jornal sido vendido a Nascimento Júnior e Roccio Egídio de Souza Aranha, que mudaram a orientação panfletária do jornal, conta Sobrinho
(N.E.: na verdade, Olímpio Lima faleceu no Rio de Janeiro, onde permanecia há alguns dias adoentado, não chegando assim à sua terra natal. Seu corpo foi trasladado para Santos, sendo sepultado no Cemitério do Paquetá, com grandes cerimônias fúnebres).

Em São Paulo, o jornal O Malho lamentou sua morte e o poeta rio-grandense Damasceno Vieira lhe fez um livro, denominado Brinde a Olympio Lima. A praça que leva seu nome, na Vila Belmiro, em Santos, teve seu nome dado pelo então vereador Nelson Noschese.

Delenda, Tribuna do Povo!

A Câmara era na chamada Cadeia Nova - hoje Cadeia Velha, na Praça dos Andradas -, mudando-se em 1896 para o Largo Marquês de Monte Alegre, no luxuoso edifício construído pelo comendador Ferreira Neto, pois Santos poderia ser a Capital do Estado, comentava-se, e este prédio poderia sediá-lo.

Américo Martins dos Santos era um dos membros mais violentos do Clube Republicano e presidente da Câmara no momento do bombardeio. Declarado antiflorianista, foi mandado prender junto com Martim Francisco e escondeu-se na Chácara das Pescadinhas, na atual Rua da Paz. Ele renunciou à presidência da Câmara, em outubro de 1893.

No dia nove eram preenchidos os cargos vagos, com Quintino na presidência, e no dia 16 Quintino pede a cassação de Olímpio Lima. Esse conflito – Olímpio voltaria as baterias da Tribuna do Povo contra Quintino e sua turma – implicou na cassação da Constituição Municipal antes de um ano de vigência.

Esta briga vai influenciar no tema retro-citado, ou seja, na cassação da autonomia municipal de 1894 – a mais avançada do País e que seria imitada, se sobrevivesse. Foi agitado o ano de 1894: ele desenharia o futuro.

Clóvis P. de Carvalho, no Caderno Especial dos 75 anos de A Tribuna em 26 de março de 1969, escrevendo sobre Nascimento Júnior (que sucedeu Olimpio no comando do jornal), fala do fundador falecido em 1907 por problemas no coração. Nascimento, conta Carvalho, trabalhava no Rio de Janeiro no Jornal do Brasil, vindo para cá em 1909, já sabendo das aventuras do panfletário Olimpio.

Segundo ele, Olympio era um "
... jornalista polêmico que ao lado do povo fustigava os desmandos dos poderosos e dos políticos corruptos e corruptores e colocara seu jornal na trincheira dos humildes e do povo desta terra, tendo oferecido 13 anos de sua vida ao jornal (1894-1907)".

Costa e Silva Sobrinho, o notável historiador santista, escreve que ele "
... começou a defesa dos mais sagrados interesses populares, desmascarando a insídia, profligando o vício e o crime, apontando à execração os prevaricadores, expondo ao ridículo as misérias douradas". E conta o apelido "Velho Tinoco" daquele que fez "... sucesso sem igual no jornalismo indígena, tão popular se tornou a figura do contador de histórias escorreito, alegre, sem maus humores".


Em 26 de julho de 1897, conta Costa e Silva Sobrinho, o advogado da comarca Martin Francisco Ribeiro de Andrada escreve que "
... Olímpio é superior aos que o combatem e quando escolhe um caminho nele prossegue com vigor e constância; tem a coragem sem a violência e a firmeza sem obstinação; Olímpio é fotografia de uma vontade equilibrada, luta por idéias, o que é invulgar; sabe sofrer por elas, o que é raro; guarda-lhes a fidelidade na desgraça, o que é nobilíssimo". Conta-o preso e perseguido, mas a Tribuna do Povo, escreve, "... é o atestado da sua vitória".

Nascido em 26 de julho de 1864, Olimpio Lima faleceu em 4 de outubro de 1907, na capital da República, o Rio de Janeiro, cidadão nordestino mais santista do que muitos nascidos aqui. Como credor amigo, fica no comando do jornal José de Paiva Magalhães, até 1909, secundado por Euclides de Andrade (secretário).

E ainda Manoel Pompílio dos Santos (gerente), dr. Urbano Neves, Tito Lívio Brasil, Vicente Pires Domingues e Aquilino de Amaral, em concomitância e sucessão. O jornal vai a hasta pública (leilão) e é adquirido por outro nordestino de Aracati (no Ceará), Manoel Nascimento Júnior.

Em mãos de Manoel Nascimento e Roccio Egídio Aranha, este deixa a sociedade em outubro, mas antes o jornal aumenta para 12 páginas. Em 1959 vem a falecer Manoel Nascimento Júnior e assume seu genro Roberto Mário Santini, um paulista de Bragança.