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HISTÓRIAS E LENDAS DE CUBATÃO
Esperança, na pauta desta associação (2)


Clique na imagem para voltar ao índice do livroCriada em Santos por Samuel Augusto Leão de Moura, com apoio do Rotary Club de Santos, a Casa da Esperança teve em Cubatão uma outra unidade, que foi enfocada em trabalho de estudantes de Jornalismo da Universidade Monte Serrat (Unimonte), o qual deu origem ao livro de 62 páginas, coordenado pela professora Helena Gomes (inédito até fins de 2008, quando ocorre esta publicação eletrônica), Tempo de Esperança. Este, por sua vez, foi reunido a outros trabalhos de alunos da mesma universidade, no livro-brochura Vidas em Pauta, lançado em 2007 por aquela universidade santista, também com a coordenação de Helena Gomes. Este é o texto integral de Tempo de Esperança:

Leva para a página anterior[...]           Tempo de Esperança

Ana Lúcia Borges, Ana Paula Mackevicius, Antonio Marcos Santos Silva,

 Júlio César Chaves, Maria Helena Sousa

Nova sede da Casa da Esperança de Cubatão

Foto: Ana Lúcia Borges, enviada a Novo Milênio pelos autores do livro


Introdução

Na Baixada Santista, em meados dos anos 30, houve um número muito grande de crianças que sofriam com a poliomielite. A doença, também conhecida como paralisia infantil, é causada por um vírus. A transmissão pode se dar de pessoa para pessoa, através do contato com fezes por via oral ou pela contaminação de água e alimentos. É ampliado em situações onde as condições sanitárias e de higiene são inadequadas.

No decorrer desse período, o atendimento médico a crianças com paralisia infantil era realizado somente pela Sociedade de Beneficência Portuguesa.

A Casa da Esperança surgiu a partir preocupação do famoso médico Samuel Leão de Moura, com o atendimento às crianças que sofriam de poliomielite.

Formado em 1920 pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Moura prestou concurso para a Saúde Pública do Rio de Janeiro, mas não conseguiu exercer a função de médico sanitarista. Foi preterido por questões políticas relacionadas ao seu pai, que era contrário ao governo vigente. Decepcionado, veio morar em Santos, a cidade de sua esposa Evangelina, mais conhecida como Dona Vanjú.

Foi para atender a um pedido da esposa que Moura iniciou o trabalho de construção de uma sede para as crianças com paralisia infantil. Este trabalho foi discutido pelos integrantes do Rotary Club, que acreditaram na idéia de construção da Casa da Esperança.

O incansável médico lutou para que as crianças que sofriam com as seqüelas da doença pudessem ser atendidas em uma sede própria. E Vanjú foi o braço direito da primeira Associação Casa da Esperança em Santos, fundada em 24de julho de 1957, sem fins lucrativos, com o principal intuito de auxiliar o desenvolvimento motor, mental e sensorial de crianças e adolescentes com baixo poder aquisitivo.


A descoberta da Vacina

A corrida para o desenvolvimento de uma vacina para imunizar crianças contra a poliomielite foi realizada por dois cientistas de ascendência judaica, ambiciosos e reconhecidamente brilhantes: Jonas Salk e Albert Sabin.

Em 1949, Jonas Salk, na Universidade de Nova York, desenvolveu uma vacina a partir de vírus inativados (mortos) da gripe, que foi testada em 45 mil crianças nos Estados Unidos, em 1954. Foi o primeiro imunizante no mundo a ser produzido em cultura de tecidos (células de rim de macaco).

No mesmo ano, Albert Sabin desenvolveu a vacina atenuada contra a pólio, a primeira a ser aplicada por via oral. Durante a guerra, na Universidade de Cincinnatti, ele havia feito pesquisas com o vírus da dengue e o da encefalite japonesa, pragas que afligiam os soldados americanos no Pacífico Sul.

Na busca da vacina contra a pólio, os dois cientistas perseguiram caminhos diversos: Salk explorava preparações com vírus morto, administradas por via intramuscular; Sabin explorava as propriedades do vírus vivo, atenuado, administrado pela via oral. O sucesso da vacina veio dos experimentos de Sabin.

Após a descoberta da vacina, a cidade de Santos contou com a visita do próprio Sabin, que conheceu de perto o trabalho de reabilitação das crianças da Casa da Esperança.


Casa da Esperança de Cubatão

Na cidade de Cubatão, foi fundada em 21 de março de 1980, com ajuda do Rotary Clube, a Casa da Esperança Dr Leão de Moura de Cubatão, que atualmente auxilia mais de 400 deficientes através de diversas atividades voltadas para a reabilitação física e motora.

Algumas atividades são ligadas à brinquedoteca, que proporciona segurança às mães que deixam os filhos no local. Na brinquedoteca, as crianças com necessidades especiais vão desenvolver relacionamentos sociais e emocionais entre si. E ainda a percepção com o ambiente, estimulando a convivência através de várias atividades recreativas e de lazer direcionadas para o seu desenvolvimento.

A entidade completou recentemente 27 anos de fundação. Conta com uma equipe multidisciplinar de profissionais especializados na área de saúde, auxiliares técnicos e profissionais administrativos, além de estagiários de Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Serviço Social.

São realizados procedimentos em Fisioterapia/Hidroterapia, Psicologia, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia/Audiometria e Odontologia. A estrutura atende ainda as áreas de Pedagogia, Libras, Oficina de Artes e Esportes. São 140 pacientes que recebem mensalmente atendimentos ambulatoriais. Por mês, 165 pessoas recebem atendimentos odontológicos. Estes números superam as metas nos dois setores.

A Associação também ganhou uma nova sede numa área de 512 metros quadrados, com o objetivo de proporcionar melhor atendimento a essas crianças e adolescentes especiais.

Inauguração da nova sede da Casa da Esperança de Cubatão

Fotos: Aderbau Gama - enviadas a Novo Milênio pelos autores do livro

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