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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - TELEVISÃO
Uma minissérie gravada em Santos (1)

As gravações de uma minissérie da Rede Globo de Televisão, Um Só Coração, com exibição programada para o mês de janeiro de 2004, mudou radicalmente, por algumas semanas, a rotina no centro histórico de Santos, como foi relatado pelo caderno Galeria do jornal santista A Tribuna, na edição de 27/12/2003:


A Rua do Comércio recebeu retoques cenográficos 
e serviu de base para cenas fundamentais da trama
Foto: Marcelo Justo, em A Tribuna de 27/12/2003

GRAVAÇÕES
Cenário e tanto para Um Só Coração

Cerca de 80% da minissérie foram rodados no Centro Histórico de Santos

José Luiz Araújo
Da Reportagem

Fique atento. No mês que vem, estaremos na tela da Globo. E para todo o Brasil ver. Nós quem? Centenas de figurantes santistas - certamente você verá um rosto conhecido - e o nosso belo Centro Histórico, peças fundamentais para a concretização da minissérie Um Só Coração, que durante dez dias teve grande parte das cenas gravadas aqui. A produção global mexeu com a Cidade.

Com status de megaprodução, um elenco de feras esteve na Cidade - na segunda quinzena de outubro - gravando cenas na igreja do Valongo e na Bolsa Oficial do Café.

O local mais utilizado, porém, foi a Rua do Comércio, na qual a equipe de cenografia da Rede Globo fez algumas intervenções: pintou a fachada dos imóveis, colocou cartazes antigos nas paredes e criou algumas vitrines de lojas e uma boate. O restante, como o piso de paralelepípedos, os postes de iluminação e o clima nostálgico já existiam, graças à política municipal de preservação do Centro Histórico.

"O bonde, a iluminação, os prédios antigos preservados, mesmo os em ruínas. Quando vi tudo aquilo, tive certeza de que aqui era o local. Gravamos também cenas como se fossem em São Paulo porque lá não há nada parecido. Veremos Santos como Santos e Santos como a São Paulo de antigamente", disse, à época, o diretor de núcleo e da minissérie Carlos Manga, que visitou a Cidade bem antes do início das locações.

Nossa gente - Encontrado o que queria, toda uma parafernália em equipamentos e um batalhão de técnicos desceram a Serra e invadiram o Centro Histórico. Foram trazidos veículos e centenas de figurinos de época.

O mais trabalhoso foi transformar a Rua do Comércio em um campo de batalha, para as cenas da Revolução de 1924, para a qual a equipe de efeitos especiais da Globo não economizou em explosões, focos de incêndio, fumaça e tiros.

Em meio a toda essa confusão, centenas de figurantes santistas - como legalistas e revolucionários - davam apoio e vida aos personagens interpretados por Ana Paula Arósio, Tarcísio Meira, Letícia Sabatella, Ângelo Antônio, Herson Capri, Erik Marmo, Maria Fernanda Cândido, Marcelo Anthony e tantos outros.

Também tivemos nossa participação na trama, ainda que modesta. O ator santista Luiz Thomas interpretou um oficial legalista, contracenando com o empresário do café Fernão, vivido por Herson Capri.

Graciosos, mesmo, foram os figurantes mirins santistas Caio Paganotti, de 10 anos; Kawan Alcides, 7; Yasmin Buongermino, 10; Danilo Pereira, 9; e Gabriel Rizzade, de 9. Com muita concentração - e pose -, deram conta do recado.


Marcelo Anthony e Tarcísio Meira provocaram frisson entre as fãs
Foto: Carlos Marques, em A Tribuna de 27/12/2003

Mocinho x bandido - O desfile diário de atores globais atraiu centenas de pessoas ao Centro à caça de autógrafos, beijos, apertos de mão e até mesmo de um simples olhar. Atenciosos, os reis da simpatia foram os atores Ângelo Antônio, Cláudio Fontana, Theodoro Cochane (filho de Marília Gabriela) e Daniel Oliveira.

Mas o mais festejado não deu nenhuma chance ao público, causando muita frustração. Sempre arredio, o campeão (disparado) da antipatia e do estrelismo foi Erik Marmo.

O ator não estava nem aí. Segundo testemunhas, nem aos fãs infantis e juvenis deu atenção, recusando-se até a um aperto de mão. Inclusive, quando chamado aos gritos pelas fãs, fazia cara de entediado.

Tudo bem. Tarcísio Meira - um ícone -, simpático, brindou os fãs com acenos, sorrisos e algumas palavras, mostrando que o sucesso duradouro tem como parceiro a simplicidade.


Ana Paula Arósio é a estrela da produção
Foto: Carlos Nogueira, em A Tribuna de 27/12/2003

Homenagem aos 450 de São Paulo

Folhetim conta com personagens reais e de ficção

De Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira, Um Só Coração - que vai estrear dia 6 de janeiro - é uma homenagem aos 450 anos de São Paulo, que serão completados dia 25 de janeiro próximo. O folhetim, que se passa entre 1922 e 1954, também teve locações na capital paulista, em uma fazenda na região do Bananal e nos estúdios do Projac (no Rio).

Apesar de vários personagens reais da história paulista, Um Só Coração possui ingredientes ficcionais. Gira em torno de Yolanda Penteado (Ana Paula Arósio), uma jovem bonita e rica que se apaixona por um estudante de Medicina e simpatizante do movimento anarquista, Martim (Erik Marmo), que é preso, causando a separação dos dois.

Influenciada pela mãe, Yolanda casa-se com um primo, o empresário Fernão (Herson Capri), mas do qual se separa ao descobrir que foi traída. Ela tenta voltar ao seu grande amor, mas ele agora está casado e não pretende ser infiel.

Com problemas pessoais e econômicos, Yolanda pede ajuda ao empresário Francisco Matarazzo (Edson Celulari, que não esteve em Santos), um dos homens mais ricos de São Paulo e amante das artes. Os dois acabam se envolvendo e casando, dando início a uma parceria fundamental para São Paulo. Juntos, realizam a Bienal de Artes de São Paulo e fundam o Museu de Arte Moderna.

Além de Carlos Manga, a minissérie tem direção de Carlos Araújo, Marcelo Travesso e Ulisses Cruz.


A produção movimentou o Centro durante duas semanas
Foto: Raimundo Rosa, em A Tribuna de 27/12/2003

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