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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - OS DIRIGENTES
Joaquim Montenegro
De 4/5/1898 a 7/1/1899
De 15/1/1920 a 15/1/1923
De 15/1/1923 a 29/11/1925

O coronel Joaquim Montenegro foi prefeito de Santos por 3 vezes. Um resumo biográfico foi feito pelo falecido jornalista Olao Rodrigues, na publicação Veja Santos! (2ª edição, 1975, Santos/SP):


Joaquim Montenegro, em 1913
Foto: Recenseamento da Cidade e Município de Santos em 31/12/1913
Diretoria de Estatística e Arquivo da Prefeitura Municipal de Santos, 1914, Santos/SP

O coronel Joaquim Montenegro fez parte do Conselho de Intendência que governou o Município de 7 de janeiro de 1896 a 7 de janeiro de 1899 e assumiu a 4 de maio de 1898 o posto de  intendente municipal, em face da renúncia do sr. Antônio José Malheiros Junior. Foi vereador nos triênios de 1896-1898, 1899-1902 e 1914-1916, tendo assumido o Executivo, como prefeito, de 1919 a 1925, renunciando ao cargo a 29 de novembro de 1925, por haver sido provido na serventia vitalícia do 8º Ofício. Notável sua atuação no movimento republicano, como de resto em todas as campanhas cívico-políticas que se desenvolveram em Santos.

Na sessão que a Câmara Municipal realizou a 7 de abril de 1930, sob a presidência do dr. Belmiro Ribeiro de Morais e Silva, foi comunicado pelo dirigente dos trabalhos o trespasse do cel. Joaquim Montenegro a 26 de março daquele ano, quando o dr. Belmiro Ribeiro de Morais e Silva também comunicou que o funeral foi realizado a expensas da Municipalidade. Falou sobre a personalidade do extinto o dr. J. de Sousa Dantas, que requereu, ao final, constasse da Ata voto de profundo pesar.


Na sessão ordinária da Câmara Municipal realizada a 13 de março de 1918, sob a presidência do dr. B. de Moura Ribeiro, foi aprovado o parecer nº 67, da Comissão de Justiça e Poderes, que acolheu representação subscrita pelos srs. O. Ribeiro de Araújo, José Alves da Silva e por cerca de mais 400 cidadãos que reivindicavam o nome do coronel Joaquim Montenegro a uma das vias públicas da Cidade.

O cel. Joaquim Montenegro, vice-prefeito, em exercício, presente à sessão, por obrigação legal, salientou haver procurado os organizadores do movimento-preito pedindo-lhes desistissem do encaminhamento da representação ao Legislativo, não sendo, porém, atendido.

Diante de uma situação que julgava definida, o vice-prefeito, em exercício, agradeceu a homenagem que a Câmara Municipal acabava de prestar-lhe e sublinhou que a recebia com orgulho, embora apoucados fossem seus serviços a Santos, acentuando mais que "aquela demonstração de simpatia e amizade era motivo bastante para continuar a trabalhar pelo engrandecimento da generosa terra onde vivo há muitos anos".

O vereador Benedito Pinheiro salientou que a Comissão de Justiça e Poderes interpretara o pensamento de toda Câmara Municipal ao aprovar o parecer nº 67, também se manifestando elogiosamente ao homenageado o vereador João Manuel Alfaia Rodrigues Júnior, enquanto o vereador Heitor de Morais, em nome da bancada que representava, igualmente afirmou a propriedade do ato-preito, pondo em relevo a personalidade do cel. Joaquim Montenegro, notadamente no campo da assistência social, tal sua dedicada atuação na Cruz Vermelha, Albergue Noturno e Associação Protetora da Infância Desvalida.

Posteriormente, a Câmara Municipal deu o nome do cel. Joaquim Montenegro à avenida que margeia o Canal nº 6, oficializada por ele mesmo, por meio da lei nº 647, de 16 de fevereiro de 1921, que entrou em vigor a 1º de janeiro de 1922.

O Canal nº 6 foi inaugurado no dia 29 de maio de 1919 pelo secretário da Agricultura do Estado de São Paulo, dr. Cândido Mota, que, na oportunidade, o entregou à Municipalidade para uso público. Designava-se na Planta sob nº 312.


Joaquim Montenegro
Imagem: bico-de-pena, publicado com o texto