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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS
Quando Santos quebrou o protocolo italiano

 

No dicionário, protocolo, do latim protocollu, é o registro dos atos públicos, das audiências nos tribunais, de uma conferência ou deliberação diplomática; formulário que regula os atos públicos; selo que os romanos punham no papel em que se registravam atos públicos; caderno em que é registrada a correspondência expedida de uma firma, e o recibo dos destinatários; convenção entre duas nações; conjunto de cerimônias observadas nas recepções oficiais a chefes de Estado ou representantes diplomáticos (Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, Mirador Internacional, Melhoramentos, 4ª ed., 1980, vol. 2, pág. 1410).

A obra consultada sobre essa definição, além de não registrar a forma antecedente grega protókollon, é antiga o suficiente para não incluir o significado de padrão de comunicação entre processos executados em diferentes máquinas, em informática (como o Protocolo Internet, o IP). Mas também não registra a acepção que a palavra teve em fins do século XIX e início do século XX, de reclamação, queixa (hoje se pode protocolar uma reclamação, mas na época o protocolo era também entendido como sendo a própria queixa).

E houve um conjunto de queixas importante no final do século XIX, que agitou os meios diplomáticos, provocou mudanças no governo federal e ficou conhecido como o Protocolo Italiano. A história foi resgatada pelo escritor cubatense Affonso Schmidt, na crônica O Protocolo.

Uma das queixas, aliás, começou no porto de Santos, com a prisão de um comandante de navio, que logo morreria na cadeia em razão da epidemia de febre amarela que grassava no porto. Outra, que Affonso Schmidt não menciona, é que o governo italiano queria cobrar indenizações por prejuízos que seus súditos tiveram durante a Revolução Federalista no Rio Grande do Sul, e perdas financeiras diversas que os colonos italianos tiveram, pelo não cumprimento de promessas feitas pelos representantes brasileiros quando de suas contratações.

Fica registrada a seguir a questão santista:

O problema com o Mentana em Santos, registrado na página 2 da edição de 23 de junho de 1892 do jornal O Estado de São Paulo

Imagem: reprodução parcial da pagina com a matéria, no Acervo Digital Estadão

 

A imagem acima, reproduzindo notícia do jornal O Estado de São Paulo de 23 de junho de 1892, registra o início do incidente em Santos. Como relata Affonso Schmidt, o comandante do navio italiano a vapor Mentana, atracado ao trapiche Belmarco, foi preso enquanto se investigava uma série de irregularidades com a carga de que era acusado pela Polícia do Porto. Na época, grassava no porto a epidemia de febre amarela, de que o marítimo italiano foi vítima, falecendo na cadeia. A história foi uma das causas das graves agitações verificadas na capital paulista, em agosto daquele ano, em que brasileiros e italianos se enfrentaram nas ruas.

 

No domingo, 23 de agosto de 1896, O Estado de S. Paulo registrou em editorial na primeira página (ortografia atualizada na transcrição):

 

Imagem: reprodução parcial da pagina de O Estado de São Paulo de 23/8/1896, no Acervo Digital Estadão

Notas políticas

A discussão do protocolo italiano tem provocado, nesta capital, manifestações inconvenientes.

O estudo do assunto, afeto ao Congresso Nacional, vai sendo feito sob as noções claras e refletidas do patriotismo.

As questões internacionais não podem ser discutidas no meio das apóstrofes dos exaltados...

A soberania nacional exerce-se dignamente, todas as vezes que os representantes da Nação resolvem qualquer hipótese sujeita à sua apreciação, entregue à sua alta responsabilidade.

Houve nisto tudo um erro, e foi o entregar-se à publicidade de tão longa discussão assunto internacional de tamanho melindre.

Mas, o que todos nós não podemos esquecer é que o mesmo ministro, que tão bem soube trabalhar a questão da Trindade, e que tantas e repetidas provas tem dado do seu amor ao Brasil, assinou um protocolo com o representante de uma Nação amiga, para resolver, condignamente, reclamações que já não podiam ser proteladas.

É nosso dever indiscutível aceitar a solução que a sabedoria do Congresso adotar na questão do protocolo italiano, porque assim convém ao prestígio da nossa soberania e aos altos destinos da República.

O interesse das classes conservadoras e a tranquilidade da sociedade paulista não podem permitir que espíritos exaltados procurem, pela desordem, perturbar a serenidade precisa à solução dos graves problemas internacionais, sujeitos ao exame e à deliberação dos poderes constituídos.

É indispensável que o governo de S. Paulo saiba conter, mesmo com medidas enérgicas, as manifestações inconvenientes que se pretendam levar a cabo.

Os brasileiros e os republicanos sabem o que é o patriotismo.

Sabem que nobilitar a Pátria é respeitar as decisões dos poderes constitucionais.

Quanto aos cidadãos italianos, que conosco convivem, a esta hora devem estar convencidos de que ontem erraram, provocando as cenas desagradáveis que presenciamos à noite.

Assim, pois, que a calma e a reflexão de nacionais e de estrangeiros venham ajudar a manter a ordem e a tranquilidade social.

Aguardemos a suprema decisão da sabedoria do Congresso e respeitemo-la com dedicação, seja ela qual for.

Calma e prudência, muita reflexão e muita ordem, eis o que pedimos a todos, em nome dos mais alevantados princípios sociais.

 

Na segunda-feira, 24 de agosto de 1896, o mesmo jornal apresentava em sua primeira página os detalhes das desordens na capital paulista, com forte crítica à atuação do cônsul italiano, conde de Brichanteau (clique >>aqui<< ou na imagem abaixo para ampliá-la):

Clique na imagem para ampliá-la

Imagem: reprodução da pagina 1 de O Estado de S. Paulo de 24/8/1896, no Acervo Digital Estadão

 

Na página 2 dessa mesma edição de 24/8/1896, referências às manifestações em Santos e em Porto Alegre (ortografia atualizada na transcrição):

 

Imagem: reprodução parcial da pagina 2 de O Estado de São Paulo de 24/8/1896, no Acervo Digital Estadão

SANTOS, 23 (recebido às 9 horas da noite).

Houve esta noite um grande meeting no Largo do Rosário, a que assistiram mais de 2.000 pessoas.

Falaram, trepados no chafariz do largo, Dillotti dos Santos e Mario Mendes, sendo muito aclamados.

Foi aprovada a seguinte moção:

"O povo de Santos, reunido na praça pública, resolveu protestar energicamente contra a aprovação do protocolo italiano e aprovar a presente moção, que servirá também para atestar a adesão sincera no procedimento correto do povo da capital deste Estado".

A multidão seguiu depois para casa do major Bacellar, onde este falou ao povo.

(Do nosso correspondente)

 

SANTOS, 23 (recebido às 11 horas da noite).

Um grupo de rapazes acaba de atacar o hotel Spada, à Rua Itororó, 50, quebrando móveis e alguns vidros, debaixo de vivas ao Brasil.

Antes o grupo apedrejou a sapataria Garibaldi, à Rua do Rosário.

- O Diario de Santos esgotou hoje toda a sua edição, sendo vendidos exemplares a 1$000 e 2$000.

(Do nosso correspondente)

 

PORTO ALEGRE, 23 (recebido às 8 horas e meia da noite).

O Correio do Povo publica hoje o nome dos nove italianos interessados no protocolo aos quais o governo daqui tem pago indenizações no valor de 54 contos de réis.

A mesma folha estranha tais pagamentos quando o congresso ainda está discutindo o protocolo italiano.

 

Da mesma forma, na terça-feira, 25 de agosto de 1896, O Estado de São Paulo publicava editorial e noticiário sobre as manifestações, em sua primeira página (clique >>aqui<< ou na imagem abaixo para ampliá-la):

 

Clique na imagem para ampliá-la

Imagem: reprodução da pagina 1 de O Estado de S. Paulo de 25/8/1896, no Acervo Digital Estadão

 

Na página 2 da edição de 25/8/1896 de O Estado de São Paulo, os telegramas (ortografia atualizada na transcrição):

 

Imagem: reprodução parcial da página 2 do jornal

 O Estado de São Paulo de 25 de agosto de 1896, no Acervo Digital Estadão

SANTOS, 24 (recebido às 8 horas e meia da noite).

Continuando sobre os acontecimentos de ontem com relação ao Hotel Spada, temos a acrescentar que foi ferido o proprietário, Narciso Torim, por pedradas no olho esquerdo e no nariz.

Houve represálias por parte do pessoal do mesmo hotel, arremessando garrafas sobre o povo.

Os prejuízos foram pequenos, avaliando-se em 200$000.

Era grande o número dos italianos que se achava no interior do estabelecimento.

Vendo a exaltação popular deram para as de Villa Diogo pelos fundos da casa.

Os hotéis Cristoforo Colombo, Giardiniera e União, apenas tiveram as janelas e os vidros quebrados.

- Hoje cedo foram distribuídos boletins aos empregados da Estrada de Ferro Ingleza e da Companhia das Docas e aos guardas da Alfândega, convidando os que são contrários ao protocolo italiano para uma reunião pacífica no Largo do Rosário, às 7 horas da noite, para tratar dos fins que dizem respeito ao pudor nacional.

Um convite geral aos brasileiros no mesmo sentido foi espalhado por uma comissão para o mesmo fim e com o intuito de protestarem contra o protocolo italiano.

- Produziu boa impressão o telegrama que chegou da capital federal anunciando que foi rejeitado o protocolo italiano na Câmara dos Deputados.

- Movimento do porto.

Entraram hoje:

O vapor alemão Moewe, vindo de Florianópolis com vários gêneros, consignado a Zerrenner Bülow & Co.;

- o vapor alemão Santos vindo de Hamburgo com vários gêneros, consignado a Eduardo Johnston & Comp.;

- O vapor francês Parahyba, vindo do Havre com vários gêneros, consignado a H. Dillon;

- A barca inglesa Iery vinda do Rosário com alfafa, consignada a Rodrigues da Cunha & Comp.;

Saíram:

a barca inglesa Cullnova para S. Juan;

- o vapor alemão Moewe para o Rio de Janeiro.

- Acabo de saber que o sr. inspetor da Alfândega mandou aquartelar todos os guardas, para não tomarem parte no meeting convocado.

(Do nosso correspondente).

SANTOS, 24 (recebido às 10 horas e meia da noite).

Realizou-se hoje no Largo do Rosário o anunciado meeting contra o protocolo italiano.

Orou o solicitador Constantino Mesquita.

O largo estava apinhado de povo, sendo aprovada a seguinte moção:

"A população santista congratula-se com o ilustre doutor presidente do Estado, e com os seus dignos auxiliares, pelo modo patriótico, digno e correto por que se conduziram na questão italiana.

Esta população, habituada a festejar todos os atos de patriotismo, não pode deixar de no dia de hoje erguer entusiasticamente vivas à República, ao Brasil e ao governo do Estado".

Daí o povo seguiu em direção ao Diario de Santos, dando vivas ao Brasil, ao Diario e ao dr. presidente do Estado.

Aí falou, em nome da redação, o sr. dr. Vieira de Almeida, que fez uma linda alocução, respondendo o sr. Arthur Mendonça.

Seguiram depois na direção do vice-consulado italiano, onde vaiaram e deram morras e vivas ao Brasil.

Ao passarem pela residência do vice-cônsul também deram morras.

Percorreram em seguida diversas ruas, obrigando todas as casas italianas a fecharem-se a pedradas.

Na Rua S. Leopoldo, quando arrombavam um hotel, de dentro deram tiros, ferindo, segundo consta, um soldado.

O povo indignado atacou a casa quebrando os vidros e as portas.

Até esta hora as ruas se acham apinhadas de povo.

Acabam de espatifar as janelas do hotel Christoforo Colombo.

Chama-se Venti Settembre o hotel de dentro do qual deram tiros de revólver sobre o povo.

O dono do hotel foi preso pelo delegado de polícia.

O soldado não foi ferido com tiros de revólver como há pouco telegrafei, mas sim com uma pedrada.

Acha-se postada em frente aos hotéis Vinte Settembro e Cristoforo Colombo uma força de 25 praças de polícia.

Com muito custo a polícia conseguiu, com boas maneiras, dispersar o povo, que se retirou dando vivas ao Brasil, ao dr. Campos Salles etc.

O Diario de Santos espalhou na cidade um boletim relatando as notícias telegráficas daí e trazendo em cima um bonito artigo intitulado "Serenidade", escrito pelo seu redator.

(Do nosso correspondente).

SANTOS, 24 (recebido às 11 horas e meia da noite).

Além do proprietário do hotel Venti Settembro que foi preso, o delegado recolheu mais sete pessoas que encontrou lá dentro.

- A cidade está sendo patrulhada em dobro.

A força que se achava no Guarujá veio para esta cidade.

Consta ter vindo também uma que se achava numa cidade vizinha.

- O mercado de café esteve calmo. As vendas realizadas foram de 10.000 sacas na base de 11$600 o café superior, 10$600 o café bom; 9$600 o regular.

Entraram 27.062 sacas; desde o dia de anteontem 439.599; média 19.149. (...)

 

Na quarta-feira, 26 de agosto de 1896, O Estado de São Paulo publicava noticiário sobre as manifestações, em sua primeira página (clique >>aqui<< ou na imagem abaixo para ampliá-la):

 

Clique na imagem para ampliá-la

Imagem: reprodução da pagina 1 de O Estado de S. Paulo de 26/8/1896, no Acervo Digital Estadão

 

Nessa página, a seção Municípios é aberta com o noticiário santista (ortografia atualizada nesta transcrição):

SANTOS - A questão dos protocolos, como nos noticiou o nosso correspondente telegráfico, também ali agitou o espírito público.

Do Diário de ontem tiramos o seguinte, que completa os detalhes por nós publicados:

"Em Santos o conhecimento das violências praticadas pelos italianos em São Paulo provocou reação.

Anteontem, às 7 horas da noite, no Largo do Rosário, estava reunido o povo em número superior a 2.000 pessoas, a fim de protestar contra a aprovação do protocolo italiano.

Do chafariz do largo falaram os srs. Dilotti dos Santos e Mario Mendes, sendo por aquele lida a seguinte moção:

"O povo de Santos, reunido na praça pública, resolveu protestar energicamente contra a aprovação do protocolo italiano e aprovar a presente moção, que servirá também para atestar a adesão sincera no procedimento correto do povo da capital do Estado - A Comissão".

O povo percorreu em ordem as ruas da cidade, dando vivas entusiastas àqueles que votaram contra os protocolos, a Annibal Mascarenhas, Agricio Camargo, Medeiros e Albuquerque, Bueno de Andrada e outros.

A grande massa popular dissolveu-se em frente à casa do sr. major Bacellar, depois de ter aquele militar recomendado sossego e ordem.

Depois de um grupo, ao chegar em frente da casa do dr. Isidoro Campos, pediu-lhe que falasse, ao que ele cedeu, recomendando calma e respeito à lei.

Pelas 8 horas da noite formou-se um grupo de exaltados, que em gritos de viva o Brasil e morra a Itália, percorreu as ruas Martim Afonso, Alfândega, S. Leopoldo e outras, fazendo pequenos distúrbios, que alguns transeuntes censuravam asperamente. Lamentamos tais atos.

Às 10 horas a cidade estava em sossego, pelo menos aparente".

Todos estes fatos ocorreram no domingo.

Vejamos o que se passou na segunda-feira. Fala ainda o Diario:

"Às 7 1/2 horas da noite houve no Largo do Rosário um meeting de regozijo pela notícia auspiciosa, que fomos o primeiro a dar, de que na Câmara dos Deputados Federais foi unanimemente votada a não aprovação dos protocolos italianos, atendendo aos acontecimentos que anteontem se deram em S. Paulo.

Falou o sr. Constantino de Mesquita, apresentando uma moção congratulatória com o governo do Estado pela queda dos protocolos.

Depois partiram os manifestantes em passeata pelas principais ruas da cidade e ao passarem pela nossa redação ergueram entusiásticos vivas ao Diario de Santos.

Da sacada falou então o nosso companheiro Vieira de Almeida, congratulando-se com o povo pela não aprovação dos protocolos, uma ameaça terrível à nossa honra. Ao terminar, pediu aos manifestantes a maior calma e serenidade possíveis, a fim de que se não dessem conflitos de qualquer sorte, cenas que só poderiam depor contra os nossos foros de civilizados.

Foi depois insistentemente chamado pelo povo o nosso colega Carlos Ferreira de Mello, que infelizmente não se achava na ocasião. O nosso companheiro Vieira de Almeida agradeceu aquela demonstração de simpatia que era feita ao ausente, porque foi ele quem pelas colunas do Diario, desde o primeiro momento, combateu abertamente a absurda questão dos protocolos.

Seguiram depois os manifestantes, erguendo, ao retirarem-se, novos vivas ao Diario de Santos, aos seus redatores, à República Brasileira, ao marechal Floriano Peixoto etc.

Ao passarem pela Rua S. Leopoldo foi atirada do restaurante Vinte de Setembro uma pedra que feriu a um soldado de cavalaria e em seguida dados dois tiros de revólver que felizmente não atingiram a pessoa alguma.

Estes fatos deram lugar a que o povo parasse durante muito tempo em frente ao restaurante, erguendo vivas ao Brasil e exigindo do major delegado que estava presente, providências em ordem a que não continuassem as agressões, pis a manifestação não tinha intuitos de provocar desordens de qualquer sorte.

À ordem do delegado compareceu imediatamente ao local uma força de cavalaria e infantaria, serenando os ânimos.

Foram presos os indivíduos que provocaram tais cenas".

Na mesma edição de 26 de agosto de 1896, na página 2 de O Estado de S. Paulo, era publicado na Seção Livre o manifesto ao povo paulistano:

 

Imagem: reprodução parcial da pág. 2 de O Estado de São Paulo de 26/8/1896, no Acervo Estadão

 

Resolvida a questão entre os dois governos, uma nota final aparece no mesmo O Estado de São Paulo, de 7 de dezembro de 1896, na primeira página, referindo-se ao jornal fluminense Republica:

 

Imagem: reprodução parcial da pág. 1 de O Estado de São Paulo de 7/12/1896, no Acervo Estadão

A transcrição, em ortografia atualizada:

Republica - Em editorial refere-se à partida do ministro italiano sr. de Martino.

Escreve a folha fluminense:

"Aqui chegado e recebido com a cortesia e altivez que as circunstâncias impunham ao decoro do governo brasileiro, o sr. comendador de Martino, com rara habilidade e discernimento, contribuiu desde logo para encaminhar, livre de estéreis e irritantes debates, a solução das questões existentes entre os dois países.

É conhecido de todos o modo honroso e digno para ambas as nações, por que afinal definitivamente resolvidas as chamadas questões italianas, cuja dolorosa recordação não prejudicará, felizmente, a harmonia e estima que entre brasileiros e italianos sempre existiu".

Veja mais:

Affonso Schmidt: O protocolo

O acordo entre Brasil e Itália

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