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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - Feiras
Feiras-livres santistas surgiram em 1923 (2)

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Em Santos, as feiras-livres começaram a funcionar de forma organizada em 1923, se bem já existissem ajuntamentos de barracas e outras construções formando mercados públicos desde meados do século XIX. O jornal santista Expresso Popular tratou das feiras, em homenagem ao Dia do Feirante, na edição de 25 de agosto de 2010 (página 4):


VEJA ALGUMAS FRASES

Curiosidades: acredita-se que a feira surgiu a partir de excedentes de produção dos produtores. Com as sobras de uns e as faltas de outros houve a necessidade de um intercâmbio de mercadorias, a princípio sem a exigência de um lugar. Apareceu como uma solicitação natural de um ambiente que congregasse todos os produtos que estivessem disponíveis. E, neste contexto, seria importante que se trocassem seus excessos em busca de outros produtos que foram produzidos

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DIA DO FEIRANTE

Eles ganham a vida no grito e com carisma

Trabalho duro muitas vezes esbarra na falta de infra-estrutura

Amanda Barbieri

Mais do que apenas vendedores. Para ser feirante é preciso ter dom para agüentar a rotina cansativa. Voz para chamar a atenção. Carisma para ser escolhido. Qualidade para concorrer com o conforto de grandes supermercados. E, acima de tudo, amor à profissão.

Hoje é o dia deles. E tem muita gente para comemorar. Só em Santos, São Vicente, Guarujá, Cubatão e Praia Grande são cerca de 6 mil feirantes, entre donos das barracas, parentes que trabalham com eles e funcionários contratados, segundo o Sindicato Profissional do Comércio Varejista dos Feirantes de Santos, São Vicente, Guarujá, Cubatão e Praia Grande.

Mas o número tem caído. "Há 15 anos havia 500 barracas só em Santos. Hoje a média é de 300", disse o diretor jurídico do sindicato, Luiz Carlos Guido.

Ele atribui a diminuição a um conjunto de fatores. "Muitos feirantes estão se aposentando e outros novos não chegam, porque as despesas são grandes e é uma vida sacrificada. Uns até abrem a barraca, ficam um ano, mas não agüentam. A concorrência com supermercados também é muito grande".

A também diretora do sindicato Maria Emília de Oliveira Senra ressalta que a Prefeitura de Santos não possui uma Secretaria de Abastecimento. "Ajudaria a nos aproximar da administração, para atender às nossas reivindicações. Aqui na região, só Santos não tem".

Segundo ela, também são proibidas propagandas e falta infra-estrutura para atender melhor ao público. "Temos que concorrer com as grandes redes. É preciso que melhorem nossa condições e dêem incentivos para aumentar a procura".

Em nota, a Prefeitura informa que reconhece a importância do trabalho do feirante e atua para garantir que possam desempenhar as suas atividades, bem como busca promover o entrosamento entre trabalhadores e moradores de áreas onde são montadas feiras.


Ele dá um show à parte no meio da feira e diverte todo mundo

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Índio imita Lady Gaga e Justin Bieber

Ele dança, canta e faz você dar muita, muita risada. Sua profissão não é a de artista, mas o feirante Rubens Carvalho de Castro, o Índio, de 38anos, dá um show à parte no meio da feira.

Ele deixa a cantora pop Lady Gaga e o astro Justin Bieber no chinelo com suas imitações. E, melhor do que isso: até a música do Zezé de Camargo e Luciano, Mexe que é bom, foi modificada para atrair a clientela. "Tá todo mundo comprando, todo mundo levando, na maior curtição", cantava ele, ontem de manhã, na feira do BNH, na Aparecida, em Santos.

De onde vem toda essa alegria: do amor pelo que faz. "Estou há 18 anos na feira e comigo não tem tristeza. Não me importo com dinheiro, quero todo dia acordar comum sorriso e fazer os outros darem risada".


Foi Ana Lucia que o convenceu a mudar de profissão

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Namoro dá cria a novo feirante

Quando começou a namorar com na Lucia da Silva, de 41 anos, o ex-mecânico Marcelo Lopes do Vale, da mesma idade, nem imaginava que mudaria de profissão. Mas mudou.

Há 17 anos ele assumiu o lugar do sogro na barraca e não quis mais mudar de ramo. "Gosto de lidar com o público. Fiz muitos amigos e hoje sou até psicólogo para alguns deles".

Sua mulher foi quem o levou para essa nova vida. Ela, desde pequena, ajudava o pai. "Quando eu nasci ele já era feirante. Cheguei a fazer faculdade de Ciência da Computação, mas voltei para a feira".

O casal ama o que faz, mas apontam como grande problema da profissão depender do clima. "Se chove não tem muitos clientes. Se venta temos que tomar cuidado para a barraca não desmontar".

O que eles acham

"Prefiro comprar na feira porque os produtos são mais fresquinhos, o preço é bom, o serviço é melhor e tem mais qualidade" - Telma Perez Lopes, 53 anos, dona-de-casa, Embaré, Santos

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"Vou sempre à feira e as brincadeiras e o bom humor dos feirantes me atraem bastante. A gente compra e se diverte um pouco" - Maria do Carmo Martines, 48 anos, dona-de-casa, Aparecida, Santos

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"É mais perto de casa, os produtos são de melhor qualidade e o preço também é melhor do que em outros lugares. Acho uma ótima opção" - Gilberto Gaetano, 69 anos, aposentado, Aparecida, Santos

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