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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - MONUMENTOS-094
O portuário

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O monumento O Portuário, destinado a homenagear os trabalhadores no porto de Santos, e inaugurado em 1996 na Avenida Eduardo Guinle, acabou sendo sitiado pelo próprio avanço do porto, como registrou onze anos depois o site PortoGente, nesta matéria, que inclusive lançou uma campanha para a escolha do novo local desse monumento:
 

Desrespeito
Monumento "O Portuário" está encurralado como o trabalhador
Texto atualizado em 19 de Junho de 2007 - 04h18

Rosângela Ribeiro Gil
colunista

"Lamentável ver o único símbolo do trabalhador portuário, que é a alavanca desse País, estar do jeito que está. Estaremos em breve tomando uma posição para que realmente o símbolo do trabalhador portuário fique num local adequado e não da forma como está". Rodnei da Silva, presidente do Sindicato dos Estivadores de Santos.

"Realmente houve um descaso. Quando foram iniciadas essas obras nós deveríamos ter nos movimentado e nos posicionado. Mas nunca é tarde, haja vista que a perimetral também está em curso e fatalmente também poderá alterar esse local. O momento é propício para que se discuta um local adequado, que faça jus à importância desse monumento". Robson Apolinário, presidente do Sindicato dos Operários Portuários (Sintraport).

"Está numa situação difícil mesmo. É bom a gente fazer um levantamento, uma campanha para achar um local melhor. Não dá nem para fazer um ato público aqui. Está de parabéns o PortoGente por trazer à tona uma questão que passou despercebido pelos trabalhadores e pelos sindicatos". Everandy Cirino dos Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Portuária (Sindaport).

Essas foram as reações de três presidentes de sindicatos de trabalhadores do Porto de Santos. A reportagem do PortoGente percebeu que o monumento "O Portuário", localizado na avenida Eduardo Guinle, está encurralado por todos os lados. Inaugurado em 1996, o monumento vive os seus piores dias, igual aos dias reais, e atuais, de milhares de trabalhadores portuários de Santos. O desrespeito é evidente: o que deveria ser uma homenagem parece mais um estorvo para as novas construções e negócios do Porto de Santos.

Quem passa pela avenida portuária vai ter dificuldade em saber onde está o monumento de autoria dos artistas Vito D'Alessio e Juvenal Irene. Vai ver antes grandes silos, uma caixa d'água e algumas pequenas construções. E com bastante força de vontade vai avistar "O Portuário" com o seu saco nas costas. No meio de tudo aquilo, até ele parece cansado de tanto desrespeito.

Os sindicalistas admitiram que não tinham percebido o problema. "Vou confessar para você, não tinha nenhum conhecimento da situação", revela o presidente do Sintraport, Robson Apolinário, endossado por Everandy Cirino dos Santos, presidente do Sindaport. Já o presidente do Sindicato dos Estivadores, Rodnei da Silva, fala que tinha percebido, mas não tinha dado a devida atenção.

Será que o cerco ao monumento não poderia ser um simbolismo da situação por que passam os portuários, de insegurança, acidentes fatais, cercado, oprimido? "Bem colocado isso", concorda Cirino, "desde o início nós não demos muito valor aquele monumento. Eu acho que nós deveríamos ter valorizado mais, então nós também temos parcela de culpa por ele estar abandonado".


Cirino, Rodnei, Apolinário e o diretor do Sindicato dos Estivadores, Ruy Salomão, são alertados sobre a situação do monumento
Fotos publicadas com a matéria original

A inauguração do monumento foi noticiada assim pelo jornal santista A Tribuna, em 6 de setembro de 1996 (caderno Porto & Mar, página A-15):

Imagem: reprodução parcial da matéria original

HOMENAGEM

Monumento ao trabalhador portuário será inaugurado hoje pela Codesp e Eudmarco

A obra tem por símbolo o estivador, figura presente na concepção histórica dos serviços em geral

Da Reportagem

Tudo pronto para a inauguração hoje, às 10 horas, do monumento em homenagem ao portuário. A obra foi instalada na Praça Silvério de Souza, próximo ao Armazém 4 esterno da Codesp.

O local foi completamente reurbanizado. A praça, antes totalmente abandonada, recebeu novo gramado, canteiros e caminhos de pedras. Cerca de 40 homens trabalharam até o fim da tarde de ontem, preparando o local para a solenidade que acontece nesta manhã.

Em função da homenagem, as calçadas foram lavadas, sarjetas refeitas e até placas de sinalização foram colocadas em alguns pontos daquela região. Um palanque foi montado em frente ao monumento para receber autoridades.

Além de Mário Jorge Gusmão Bérard, presidente da Eudmarco, empresa idealizadora do projeto, e do presidente da Codesp, Marcelo de Azeredo, estão sendo esperados autoridades e políticos de toda a Baixada Santista, sindicalistas, empresários e outros.

Durante a solenidade, serão homenageados quatro portuários apontados como exemplos de trabalhadores do porto. São Milton Almeida dos Santos e Lael de Azevedo, do Sindicato dos Estivadores, José Mattos Filho, do Sindicato dos Operários Portuários (Sintraport), e outro funcionário da Codesp indicado pelo Sindicato dos Empregados da Administração (Sindaport).

Eles receberão placas de reconhecimento à dedicação e empenho que tiveram ao longo de suas carreiras.

 

A escultura do trabalhador mede 12 metros de altura

 

O monumento - Criação de Vito D'Alessio e Juvenal Irene, a escultura tem 12 metros de altura, pesa duas toneladas e foi confeccionada em armação de metal com lâminas de poliestireno. Foram utilizadas técnicas especialmente desenvolvidas para garantir a conservação do monumento por um período mínimo de 50 anos. Além de desenvolver e viabilizar o projeto, a Eudmarco ficará responsável pela urbanização e preservação contínua do espaço.

Reforma paisagística - De acordo com Edward Kilpatrick, responsável pela reforma paisagística da praça, foram feitos cinco canteiros no local, onde foram plantados guaimbê, pândanos e palmeiras.

Para o paisagista, a manutenção da praça deverá ser feita mensalmente, com corte do gramado, limpeza dos canteiros e poda das plantas. Além disso, Kilpatrick lembra da necessidade de adubar os canteiros anualmente.

Operários trabalharam ontem até o fim da tarde, ajardinando a praça onde fica a escultura
Foto: Carlos Nogueira, publicada com a matéria

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