Clique aqui para voltar à página inicialhttp://www.novomilenio.inf.br/santos/h0318a.htm
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 07/01/17 19:58:23
Clique na imagem para voltar à página principal
HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - IMPRENSA
A imprensa santista (1)

Leva para a página anterior
Na sua edição especial de 26 de janeiro de 1939, comemorativa do centenário da elevação de Santos à categoria de cidade - exemplar no acervo do historiador Waldir Rueda -, o jornal santista A Tribuna publicou esta matéria (grafia atualizada nesta transcrição). Embora não assinada, foi escrita por Francisco Martins dos Santos, que aparece no expediente geral daquela edição especial, e havia publicado artigo mais ampliado em sua História de Santos (1ª edição em 1937):
 


Reprodução parcial da página original

Histórico da Imprensa santista de 1848-1939

Pelo grande papel desempenhado no desenvolvimento material, espiritual e intelectual de Santos pela imprensa, pelo grande volume de atividade que ela representou nestes últimos noventa anos de vida local, e como homenagem aos seus vultos e lutadores, damos, a seguir, um resumo, tanto quanto possível exato, de sua história.

O primeiro jornal impresso que circulou em Santos foi o chamado Revista Commercial, jornal existente em caráter manuscrito, ao que consta, desde 1845, mas cujo primeiro número tipografado circulou somente a 2 de setembro de 1848, com caráter literário, político e noticioso, sendo seu fundador e redator o sr. Guilherme Déllus. Esse jornal, em 1857, passou à propriedade do dr. Antonio Pereira dos Santos, santista ilustre, que o manteve até pouco depois da guerra do Paraguai, sempre com o mesmo feitio de órgão noticioso e conservador, vendendo-o em 1872 ao dr. José Emillio Ribeiro Campos, que o transformou no novo órgão de publicidade, o famoso Diário de Santos, aproveitando daquele primeiro apenas as oficinas.

O dr. Antonio Pereira dos Santos era homem de ilustração e cultura, tendo figurado em diversas legislaturas municipais do segundo império. Em 1856, Joaquim Roberto de Azevedo Marques fundava O Commercio, entregando sua direção a seu irmão, o escritor Roberto Maria de Azevedo Marques.

Em 1859 aparecia a primeira revista local conhecida - O Itororó - política, literária, científica e artística, como dizia o seu cabeçalho, trazendo como fundador e redator principal, ainda o dr. Antonio Pereira dos Santos, com ótima colaboração.

A 29 de setembro de 1868 aparecia a primeira Cidade de Santos, não nos constando o nome do seu fundador.

Em 1871 surgia O Pyrilampo, jornal noticioso e filiado mais ou menos às ideias do então recente Partido Liberal-Radical de São Paulo. Fundara-se ele da junção da quadra representada pelo padre Francisco Gonçalves Barroso, José do Sacramento Macuco, dr. Hyppolito da Silva e Antonio Manoel Fernandes, figuras eminentes da sociedade santista, o primeiro religioso de muita competência e atividade, que mantinha um colégio para os pobres; o segundo, chefe de importante família, conhecido dramaturgo, homem de grande inteligência, que seria depois uma das figuras principais dos dois movimentos da Abolição e da República, vereador municipal em várias legislaturas e signatário da Constituição Santista de 1894; o terceiro, advogado pela Academia de S. Paulo, que tanto nome adquiriria mais tarde na capital, para onde se transferiu em 1880, e o último, santista de notoriedade, que abandonara o curso de Direito já em seu terceiro ano, escritor, abolicionista e republicano, vereador de várias legislaturas mais tarde e por fim também signatário da Constituição Municipal de 1894.

As duas fases de A Imprensa - Nesse mesmo ano de 1871, aparecia A Imprensa, fundada com capital de José Ignácio da Glória, o amigo abnegado de Santos e de S. Vicente, sob a direção de Xavier da Silveira, formando com O Pyrilampo a primeira imprensa liberal-radical da cidade.

Xavier da Silveira era a figura do verdadeiro campeão do liberalismo desenvolvido após a guerra do Paraguai, o tribuno máximo de S. Paulo, que, na expressão de José Bonifácio (o Moço), "quando falava não era um orador, era um fenômeno".

A Imprensa durou três anos, os três últimos que restavam à mocidade de Xavier da Silveira, desaparecendo oficialmente com ele. Este jornal, entretanto, teve uma segunda fase, porque, pouco depois, a 8 de outubro de 1874, voltava a circular como propriedade da Empresa Typographica Imparcial, e sob a direção do mesmo José Ignácio da Glória, ex-sócio de Silveira.

Publicado com a matéria original

O Diário de Santos - Em 1872, a 10 de outubro, aparecia o primeiro número do Diário de Santos. Fundado pelo dr. José Emílio Ribeiro de Campos, pela compra de todo o material da velha Revista Commercial, à qual sucedeu, esse jornal foi por muitos anos o arauto das liberdades e o grande batalhador das conquistas liberais da cidade, como do seu progresso em todos os sentidos.

Pela direção e pela redação desse órgão importantíssimo passaram, com o tempo, os vultos respeitáveis de João José Teixeira, do dr. Alexandre Martins Rodrigues, Carlos Affonseca, Isidoro de Campos, filho do fundador e santista de muito merecimento; Navarro de Andrada, Arthur Bastos, Eduardo Salamonde, Manoel da Rocha, Rubim César, Galeão Carvalhal, Oliveira Braga Filho, Inglêz de Sousa, Heitor Peixoto, Alberto Veiga, Nogueira de Carvalho, Vicente de Carvalho, Gastão Bousquet, Cunha e Costa, Emílio Ruéde, João Phoca, e, por fim, o dr. Tito Brasil e Valentim de Moraes, contando sempre com rutilantes penas como Martim Francisco, Rubim César, Silva Jardim, Júlio Ribeiro, João Luso e tantos outros titulares da cultura brasileira. Foi neste jornal que Martins Fontes, jovem ainda, publicou os seus primeiros versos.

A última fase do Diário de Santos verificou-se em 1917/1918, quando pertencia ele ao dr. José Carlos de Macedo Soares, ex-ministro das Relações Exteriores, figurando em sua direção o dr. César Vergueiro e Christóvão Prates da Fonseca, além de outros.

O Commércio de Santos - Em 1875 era o Commércio de Santos que surgia, sob a orientação do santista eminente que foi o dr. Alexandre Martins Rodrigues, de velha e ilustre estirpe, jurisconsulto e homem de grande talento, a quem se unia logo, no ano seguinte, a competência de Garcia Redondo, escritor e poeta, engenheiro de nomeada, que para Santos viera por ordem do governo imperial, a fim de superintender as obras de reconstrução da Alfândega de Santos, em 1876.

Também Augusto Fomm, santista ilustre, parente de ambos, literato, organizador e poliglota, embora residente no Rio de Janeiro, com eles colaborava na redação do jornal, formando com Francisco Martins dos Santos, Xavier Pinheiro, João Octávio e alguns vultos já citados, o bloco iniciador do abolicionismo santista e brasileiro.

Outros jornais e revistas - Nesse mesmo ano de 1876 aparecia a Gazeta de Santos, órgão noticioso, da firma Andrade e Cia., da qual fazia parte Francisco de Paula Coelho, figurando à testa de sua redação Tiburtino Mondin Pestana, o excelente professor, dono de uma das melhores escolas da cidade, Álvaro Fontes e Elias Pimenta, mais tarde solicitador junto à banca de Martim Francisco.

Pouco depois, e também nesse ano, aparecia A Tesoura, periódico faceto, crítico e noticioso, com tipografia à Rua da Alfândega, a Empresa Imparcial.

Em 1877 surgia O Raio, órgão de combate, violento como o nome, fruto ainda dos esforços dos fundadores d'O Pyrilampo - o padre Francisco Gonçalves Barroso, o dr. Hyppólito da Silva, José do Sacramento Macuco e Antonio Manoel Fernandes. Desaparecia então o antigo Pyrilampo, com a sua feição moderada, para dar lugar ao inflamado órgão santista que iniciaria a fase heróica da cidade, comentando e apoiando a grande ação de Luís Gama no cenário paulistano.

Nesse mesmo ano de 1877, os jurisconsultos Inglêz de Sousa e Antonio Carlos (o II) lançavam a público a excelente Revista Nacional - de Ciências, Artes e Letras -, saindo o seu primeiro número em julho, cuja colaboração era a melhor e mais brilhante possível.

Cerca de 1878 aparecia O Domingo, de um grupo de literatos e jornalistas santistas, entre os quais Hyppolito da Silva, José André do Sacramento Macuco e Cândido de Carvalho. Os recortes que possuímos deste jornal são de 1879. A 1º de março de 1881, começava a circular a revista A Comédia, com Silva Jardim, Valentim Magalhães, Gustavo Júlio Pinto Pacca e Adolpho Carneiro à testa, sendo redatores os dois primeiros.

O abolicionismo e a imprensa - De 1881 a 1888, início da verdadeira fase de ação dos abolicionistas de Santos e S. Paulo, com a fundação da Bohemia Abolicionista, a extraordinária agremiação da juventude santista, cujo título explicava os fins, organizada por Guilherme e Pedro de Mello, Francisco Bastos, Antonio Augusto Bastos, Antonio Couto Arthur Andrada, Anthero Cintra, Luciano Pupo e Eugênio Wansuit, aos quais se juntaram depois Paulo Eduardo, José Vaz Pinto de Mello Júnior, Brasílio Monteiro, Joaquim Montenegro e outros, surgiram três órgãos revolucionários manuscritos, O Embryão, O Porvir e O Pirata, cuja tipografia era Jacob Schalap, um menino de Santa Catarina, de letra muito bonita e dedicadíssimo à causa, e logo depois, os jornais impressos O Alvor e O Piratiny, ambos de Guilherme de Mello, folhas nunca esquecidas, de combate e propaganda, redigidas por ele, Arthur Andrade, "o fundibulário imberbe", como chamavam a esse jornalista de 16 anos, e Vicente de Carvalho, e mais, O Patriota, sob a direção de Felix Carneiro, e A Idéa Nova, de Constantino Mesquita, ambos com a colaboração de Cândido de Carvalho, Alberto Sousa, Rubim César, Augusto Fomm, Francisco Martins dos Santos Júnior, Theóphilo de Arruda Mendes, Gastão Bousquet e Vicente de Carvalho, que, incansavelmente trabalhava para todas as folhas locais, zurzindo monarquistas e escravocratas.

Pouco depois surgia A Procellária, com Júlio Ribeiro à testa, secundando a brilhante obra cívica e moral dos companheiros; Júlio Ribeiro era o gramático, o filólogo, o escritor, o abolicionista-republicano que, nascido em Minas, ilustrou a terra santista e descansou em seu seio.

Em fins do ano de 1883 aparecia ainda O Popular, com Antonio Manoel Fernandes em sua direção, o cidadão prestantíssimo cuja atividade jamais esmorecia e não ficaria aí.

Diário do Commércio e Correio de Santos - Faltam-nos elementos para precisar o ano, mas, cerca de 1882, circulava o Diário do Commércio, sob a direção e redação de Vicente de Carvalho e José André do Sacramento Macuco. Possuímos deste jornal apenas recortes, que nos impedem uma citação completa a respeito deste órgão.

Logo em seguida, a 2 de julho de 1884, surgia O Correio de Santos, fundado e dirigido por J. Guelfreire, auxiliado por Juvenal Pacheco, o melhor repórter de então. Algum tempo depois retirou-se Guelfreire, de Santos, passando o jornal à propriedade do Grêmio Português, que o entregou à direção de Júlio Ribeiro, que nessa mesma época abrira em Santos o seu externato para meninos.

Abandonando-o mais tarde, Júlio Ribeiro passou o jornal à chefia de Alfredo Costa, auxiliado por João Barreto de Castro, um dos melhores elementos do grêmio dramático "Carlos Ferreira", que sintetizava a arte local.

Este jornal foi empastelado pelo povo, em fins de 1889, por ocasião da "grande naturalização", decreto brasileiro que ele combateu, como órgão português que era, mas com excessos de linguagem.

Ainda em outubro do mesmo ano de 1884, surgia o Jornal da Tarde, com Vicente de Carvalho e Alberto Sousa como fundadores e redatores.

Em 1885 fundava-se O Lyrio, rótulo sarcástico do novo jornal de Antonio Manoel Fernandes, com que o seu fundador se vingava simbolicamente do abandono em que o governo provincial deixava sua terra importantíssima, significando que, "dos lodos paulistas do litoral surgia, apesar dos pesares, o grande núcleo moral, intelectual e cívico de Santos".

Um ano depois, a 15 de agosto de 1886, aparecia o primeiro número d'A Gazetinha, órgão da mocidade, com a colaboração de vários idealistas jovens.

Em 1886 ainda, aparecia A Evolução, de Sylvério Fontes, o livre pensador que tanta popularidade adquiriria mais tarde, nortista ligado a importante família local, contando com a colaboração de Aprígio de Macedo, Martim Francisco, João Guerra e Cândido de Carvalho. Nele, enquanto Sylvério Fontes lançava as suas primeiras ideias socialistas, os seus colaboradores atiravam a público artigos violentos sobre as duas campanhas que haviam de vencer em 88 e 89.

No ano seguinte, em 1887, novamente Antonio Manoel Fernandes, o semeador de jornais, aparecia com o Jornal da Tarde, e a cooperação de Alberto Sousa, João Guerra e Vicente de Carvalho, os três poetas santistas, de tão caracterizada ação em favor dos dois ideais coletivos, a libertação do negro e a reforma política do Brasil.

Nesse mesmo ano, Alberto Sousa e Gastão Bousquet lançaram em sua terra A Revista, folha literária e republicana.

No ano da Abolição - Logo em seguida, no ano histórico de 1888, em janeiro ainda, surgia a notável Cidade de Santos, a segunda desse nome, da firma Marques e Cia., cujo sócio principal era Brasílio Marques, sob a direção de Martim Francisco, o ilustre pensador, tribuno, escritor e incorrigível humorista.

Aí, nessa verdadeira tribuna, deveriam sucedê-lo com o tempo Cesário Bastos, Alberto Sousa, Antonio Augusto Bastos, Sebastião de Faria, Eurico Saldanha, dr. Paulo Passalacqua e, por fim, já em 1911, Francisco Pereira. Neste jornal, como no Diário de Santos, as duas mais fortes colunas da sociedade santista durante muitos anos, brilharam os melhores espíritos e as mais invejáveis inteligências, citando-se, além de outros, Carlos Escobar e Emílio Ruéde, o excelente pintor e homem de cultura que tão importante papel teria depois na imprensa do Rio de Janeiro.

Nesse mesmo ano de 1888, que coroou a obra dos abolicionistas da Província de S. Paulo, aparecia também o Diário de Notícias, sob a direção e a redação de João Guerra, o impetuoso poeta republicano, a tempo de reforçar a corrente de opinião, o movimento geral promovido em favor dos grandes ideais vencedores, surgindo ainda no mês de novembro desse ano o Diário da Tarde, órgão noticioso, da firma Machado Cabral e Cia.

Foram os três últimos jornais fundados antes de 1890.

Na República - Começava então uma nova fase do jornalismo santista. Desaparecidos quase todos os órgãos de propaganda com a realização dos ideais que os originaram, logo em março de 1890 aparecia O Diário da Manhã, entregue à direção de Vicente de Carvalho, o qual, por sua vez, escolhia para auxiliares Cândido de Carvalho, Alberto Sousa, Júlio Riedel, Miguel Ribeiro e Juvenal Pacheco, o repórter boêmio, conhecidíssimo e estimado em todas as rodas da cidade.

Este jornal teve fases agitadas, como órgão de oposição republicana que foi desde o seu início, que culminaram com os acontecimentos verificados na deposição do dr. Américo Brasiliense, ocasião em que Vicente de Carvalho, o futuro secretário do Interior dos governos Cerqueira César e Bernardino de Campos, nele estabeleceu o quartel general dos revolucionários santistas.

A 1º de novembro desse mesmo ano de 1890, aparecia O Nacional, órgão oficial do Partido Republicano, sob a direção de Horácio de Carvalho. O aparecimento destes dois jornais foi fruto da cisão verificada na política republicana da cidade, e que a dividiu em dois campos distintos e francamente adversos, embora do mesmo credo, e então O Nacional ficou sendo o órgão oficial da parte que apoiara a candidatura do dr. Bernardino de Campos a deputado estadual, esposada pelo governo, enquanto a parte dissidente, que continha sem dúvida alguns dos melhores elementos e os de mais serviços à causa da República em Santos, e que apoiara a candidatura de Júlio de Mesquita, como resgate à dívida de gratidão popular, pela atitude do grande jornalista durante a epidemia da febre amarela, mantinha como seu órgão oficial o Diário da Manhã, para esse fim fundado em março.

Em 1890 circulava uma Revista Illustrada, muito bem servida e montada, em cujas páginas apareciam vários nomes em evidência no meio literário santista. Acreditamos que essa revista tenha sido fundada nesse mesmo ano ou pouca coisa antes.

Ainda deste ano parecem ser os periódicos O Caixeiro, O Domingo e a Sempre Viva, redigidos pelo literato e abolicionista santista Alfredo Ramires Esquivel, como depreendemos de umas notas jornalísticas de 16 de janeiro de 1896, deixadas por José André do Sacramento Macuco.

Em 1892 aparecia A Ação Social, fundada por Sylvério Fontes, o ilustre sociólogo e livre-pensador, primeiro órgão doutrinário talvez do Estado de S. Paulo, com a cooperação do dr. Raymundo Soter de Araújo e Carlos Escobar, folha essa que durou dois anos.

Em 1894 surgia o Santos Commercial, sob a direção de Eurico Saldanha, e, logo a seguir, no mesmo ano, ao que parece, entrava a circular O Jornal, sob a direção e redação de Alberto Sousa.

Publicado com a matéria original

A Tribuna do Povo - Em princípios de 1894, mantinha o santista Deocleciano Augusto Fernandes, em Santos, um pequeno órgão semanal, denominado A Tribuninha. Nessa ocasião surgiu em Santos Olympio Lima, vindo do Pará para o Rio de Janeiro, e daí para Santos. Trazia ele uma carta de José do Patrocínio para o diretor da A Platéa, em S. Paulo.

O ambiente político de Santos estava então revolucionado, ainda, em consequência dos acontecimentos de 1893, dividindo-se os antiflorianistas em dois grupos poderosos, um sob a chefia do dr. José Maria Tourinho, e outro sob a direção de Américo Martins dos Santos e Ricardo Pinto de Oliveira.

Olympio Lima mal começara a trabalhar numa firma industrial da cidade. O acaso fez aí com que um nortista de Santos o reconhecesse na rua, e pouco depois, este, que mal tinha com que se manter alguns dias e por isso já projetava seguir imediatamente para São Paulo, ficasse em Santos, sob a proteção do grupo do dr. Tourinho, acabando por chamar a si A Tribuninha, o pequeno jornal de Deocleciano Augusto Fernandes, fundado a 26 de março de 1894, que passou a ser então A Tribuna do Povo, a qual pouco depois era suspensa pelas autoridades, sendo perseguido o seu redator.

Olympio Lima não esmoreceu, porém, e logo em agosto do mesmo ano editava o Correio da Semana, de que saíram alguns números, até que a 10 de setembro seguinte recomeçava em 2ª época a mesma Tribuna do Povo, hebdomadária, depois bissemanal e por fim diária.

Alguns anos depois, Olympio Lima vendeu ou entregou a Tribuna do Povo, por dívidas, a um capitalista, que a transmitiu a Gastão Bousquet, que, chamando para companheiro de redação Vieira de Almeida, moço inteligente, funcionário da Alfândega e jornalista nas horas vagas, manteve o jornal durante algum tempo, até que também por dívidas, no valor de mais de dez contos, foi obrigado a entregar tudo ao cidadão João Constantino Janacópulos, seu credor, o qual, por sua vez, procurando Henrique Porchat de Assis, fez-lhe entrega de todo o acervo do jornal, com a condição deste empregar o material no Diário de Santos, do qual era então um dos dirigentes.

Pouco depois, o Diário de Santos instalava na Rua 15 de Novembro (antiga Direita) todo o aparelhamento superior da Tribuna do Povo, iniciando uma nova fase do velho órgão do dr. Ribeiro de Campos.


Publicado no jornal santista A Tribuna, em 26 de janeiro de 1939

Fundação da A Tribuna - Assim, só em 1900 foi que Olympio Lima novamente se meteu na lida da imprensa, e aí, não podendo instalar jornal com o antigo nome de Tribuna do Povo, dado o fato da sua venda a Gastão Bousquet e a subsequente insolvabilidade deste, instalou então A Tribuna, continuadora da antiga A Tribuninha e da Tribuna do Povo.

Na A Tribuna, desde a sua instalação em princípios de 1900 e em sua fase anterior, colaboraram com Olympio Lima jornalistas de todas as têmperas, como Francisco Pereira, Secundino Arantes, Alfredo Pinto, Fernando de Magalhães, Manoel Marinho, Gastão Bousquet, Aprígio de Macedo, Ângelo Sousa, Hugo Silva, Deoclécio de Oliveira, Frederico Rhossard, e, nos últimos tempos de sua vida, Arthur Peixoto, Urbano Neves, Manoel Pompílio dos Santos, Alberto Veiga, Valentim de Moraes e alguns outros.

Morrendo em 1907 Olympio Lima, assumiu a administração do jornal, como seu testamenteiro, José de Paiva Magalhães, que o dirigiu até 1909, ocupando a redação dele durante esses dois anos de transição o dr. Urbano Neves, Tito Lívio Brasil, Pires Domingues e Aquilino do Amaral.

Em 1909, de acordo com a lei, o acervo da A Tribuna foi levado a hasta pública, sendo aí arrematado por M. Nascimento Júnior e Rossio Egydio de Sousa Aranha, tendo este último se retirado da sociedade em 1910, deixando só aquele primeiro arrematante, em cujas mãos continua o velho órgão até hoje, tornado agora um dos grandes jornais do Brasil.

Desde 1909 passaram pela redação de A Tribuna Brenno da Silveira, Argemiro Acayaba, Luís Paes, Euclydes de Andrade, Rubens do Amaral, Miranda Rosa, Mário Neves da Costa, Antonio Stockler de Araújo, Elyseu Cesar, Menotti del Picchia, S. Galeão Coutinho, Albertino Moreira, José Maria Gonçalves, R. Molina Cintra, Octavio Veiga e Moacyr Chagas, nela aparecendo como colaboradores brilhantes nomes do jornalismo e da literatura nacionais, como Medeiros Albuquerque, Viriato Corrêa, Benjamin Costallat, Carlos Maul, Alberto Sousa, Veiga Miranda, Rubens do Amaral, Costa Rego, Jayme de Barros, Galeão Coutinho, Álvaro Augusto Lopes, Affonso Schmidt, Moacyr Chagas e tantos outros.


Publicado no jornal santista A Tribuna, em 26 de janeiro de 1939

Outros jornais dos últimos trinta anos - Um ano depois do aparecimento da Tribuninha, em 1895, aparecia A Folha, fundada e redigida por Alberto Veiga.

Mais ou menos nesta época, Ângelo Sousa fundava diversos jornaizinhos, de pouca duração, cujos nomes e datas certas nos escapam.

Em 1896, Martins Fontes, então em plenos arroubos de uma juventude irrequieta, lançava entre a sociedade local, que apreciava muito a sua precocidade, os seus órgãos manuscritos: A Metralha (para explosão aos domingos) e O Democrata, de parceria com Carvalhal Filho, logo depois, ambos de efêmera duração.

Nesse mesmo ano de 1896 aparecia A Arte, órgão do Grêmio Dramático Arthur Azevedo, fundado por José Moreira Sampaio Júnior, o Juquinha, como o conheciam nas rodas artísticas e literárias de então, e Antonio de Arruda Mendes, o Quincas Mendes. Valia este jornalzinho pelo núcleo de valores que representava, onde apareciam os nomes de Baptista Coelho, o João Phoca; Vieira de Almeida, Carlito Affonseca, Damasceno Vieira, Aprígio Macedo, Quincas Mendes, Carlos Behn, Henrique Jayme de Mello, Armando Sousa, Alpheu Silva, João Luso, Arnaldo Barreto e outros.

Em 1898, Alberto Sousa fundava a Cidade de Santos, terceira desse nome, órgão oficial do Partido Republicano Santista.

Em 1902, a 4 de dezembro, aparecia o primeiro número da Vanguarda Portuguesa, órgão da colônia, sob a direção de Paulo Cunha.

Em 1903, a 1º de janeiro, surgia o Santos Illustrado, semanário, tipo revista (de arte, literatura, crítica e humorismo), sob a direção de Anatólio Valladares, com Cícero Valladares e Wladimir Alfayo na redação, os dois distintos e apurados artistas do lápis e do pincel, este último filho de Santos.

Cerca de 1904, sem que possamos precisar exatamente a data, aparecia uma nova revista artística, literária e social - Cri-Cri -, da qual também não sabemos quem foi o fundador, porque dela só conhecemos recortes imprecisos.

Em 1905, aparecia O Jornal, segundo desse nome, fundado e redigido por Vicente de Carvalho, o último órgão a que se dedicou diretamente em sua vida fecunda e inteiramente devotada ao bem público.

Nesse mesmo ano, aparecia também O Mercantil (propagadora, literária, noticiosa, humorística e... buliçosa, como rezava o seu expediente), com Lúcio Brasil e Leovigildo Trindade em sua direção. Era a segunda fase desse jornal, cujo primeiro aparecimento se dera algum tempo antes, com pouca duração.

Em 1906 fundava-se A Fita, revista humorística, literária e ilustrada, sob a direção de Bento de Andrade e Pompílio dos Santos.

Em 1907 começava a circular A Vanguarda, sob a direção e a orientação do dr. Silvino Martins, órgão que existiu durante seis ou sete anos.

Entre 1907 e 1908 aparecia O Verso, interessante jornal, todo em verso, até mesmo os anúncios, criação de um punhado de poetas, onde apareciam Fábio Montenegro, Gonçalves Leite, Custódio Pereira de Carvalho e Terêncio Porto, folha essa que durou alguns três anos.

Em 1911 aparecia O Dia, com grande aparato e importante material, mas de pouca duração, com Nereu Rangel Pestana, Paulo Filgueiras, Eugenio Roso e outros na direção.

Ainda nesse ano de 1911 surgia A República (folha da noite), sob a direção de Raphael Henriques.

No ano seguinte, de 1912, Fábio Montenegro, o suavíssimo poeta santista, fundava A Via Lactea, a excelente revista literária que existiu durante algum tempo sob sua direção.

Neste ano ainda, fundava-se A Notícia, sob a direção de Antonio Stockler de Araújo e Carvalhal Filho, que existiu durante quatro anos, desaparecendo em 1916, por ocasião do movimento popular verificado durante a Grande Guerra, quando a multidão revoltada pela atitude francamente germanófila desse jornal, destruiu-o ao mesmo tempo do Clube Germânia.

Em 1918, o dr. Cyrillo Freire, coadjuvado por Mariano Scarpini, fundava a Gazeta do Povo, lutando sempre, para entregá-la, em 1924, a Alberto de Carvalho e Francisco Sá, iniciando-se aí a sua segunda fase. Em 1930, vitoriosa a Revolução do Sul, entre os jornais sacrificados pelo povo simpático à causa revolucionária, figurou esse jornal, iniciando-se, por fim, no ano seguinte, de 1931, a sua terceira fase, sob o nome de Gazeta Popular, com Amazonas Duarte à testa, desaparecendo em 1937.

A 23 de janeiro de 1919 aparecia o primeiro número d'A Nota, a excelente revista lierária e social, fundada por Alberto de Carvalho. A Nota, em 1921, passou à propriedade do dr. Cyrillo Freire e Mariano Scarpini, desaparecendo logo depois.

Em 1920 surgia o Commércio de Santos, resultado da iniciativa de uma comandita em que apareciam: Nilo Costa, dr. De Jorge, Lincoln Feliciano, Virgílio dos Santos Magano e Christóvão Prates da Fonseca. O dr. Nilo Costa era, então, advogado da Municipalidade e não podia figurar na direção do jornal, ocupando-a, pois, Simões Coelho em seus primeiros tempos. Pouco mais tarde assumia a direção do jornal o dr. Nilo Costa, figurando como secretário o poeta Paulo Gonçalves. Em 1922 aparecia como redator-secretário o dr. Bruno Barbosa e, em seguida, sucessivamente, Ayres dos Reis, Álvaro Augusto Lopes e José do Patrocínio Filho, até 1926, quando assumiu a direção do jornal o escritor e poeta Affonso Schmidt.

Em 1927, ficava o Commércio entregue à responsabilidade de Gomes dos Santos Netto, até 1928, quando passou o jornal, por arrendamento, à célebre Limitada, dirigindo-o o dr. Daniel Ribeiro de Moraes e Silva e Martinho Camargo, figurando como redator-secretário o dr. Nicanor Ortiz, que em 1929 passava o cargo ao dr. Júlio Barata, tornado também diretor, até 1930, quando os fatos da Revolução e as correrias populares de 24 de outubro daquele ano fizeram cessar as atividades da empresa arrendatária, que representava o partido dominante, então deposto, aparecendo o jornal, no dia seguinte, novamente sob a direção do dr. Nilo Costa, secretariado pelo dr. Júlio Barata e auxiliado por Gomes dos Santos Netto, mas com o nome de Diário de Santos, durando até 1932, quando desapareceu com a insolvabilidade do seu proprietário.

Em 1920, a 2 de junho, aparecia o Jornal da Noite, fundado pelo dr. José Rodrigues Bastos Coelho, hoje major-médico do Exército; Miguel Cardoso de Sousa Filho, hoje tenente-coronel de Engenharia; dr. Tennyson de Oliveira Ribeiro, Antonio José Neves, comissário de café; Luís Corrêa Paes, ainda há pouco inspetor da Alfândega de Pelotas e o então tenente Mário Amazonas, despachante aduaneiro.

Desde o seu aparecimento, em 1920, foram seus redatores Tennyson Ribeiro, Miguel Cardoso de Sousa Filho, Affonso Schmidt e Amazonas Duarte, sucessivamente. Em 1925 passou à propriedade e direção exclusiva de Mário Amazonas, situação em que se encontrava quando faliu, em meados do ano passado.

A 21 de fevereiro de 1921 circulava o primeiro número da Flamma, excelente revista literária e social, fundada por Norberto de Paiva Magalhães e Galeão Coutinho, provocando logo no mês seguinte o desaparecimento d'A Nota. Anos depois, em 1929, esta revista passou, por arrendamento, à direção de Pedro Neves, e em 1931, à de Gomes dos Santos Netto e dr. Júlio Barata. Hoje, Flamma está sob a direção de Gomes dos Santos Netto e dr. Nicanor Ortiz, e se apresenta como uma revista de categoria, mundana e literária, de mais de 60 páginas.

Em 1923 surgia a Praça de Santos, jornal valente e de muita força, fundado por Antonio de Araújo Cunha e Raphael Corrêa de Oliveira, redatoriado por este, com o concurso ainda de Reis Perdigão e Ayres dos Reis, jornalistas que secundaram o trabalho brilhante de Raphael Corrêa, e, por fim, Brasil Gerson. Realizou este jornal uma das mais violentas e destemerosas campanhas políticas que Santos assistiu nos últimos 30 anos, arrostando Leis de Imprensa e outros arrochos e medidas de compressão adotadas e criadas pelo governo Bernardes sob a repulsa geral do povo brasileiro.

Nesse mesmo ano, de 1923 aparecia O Balneário, folha de arte e literatura, trimensal, fundado por Francisco Egydio Martins, com colaboração de Galeão Coutinho, Martins Fontes, dr. Alberto Assumpção, dom Carlos Maria de Vallejo, Benedicto Calixto e tantos outros valores artísticos e literários da cidade. Esse jornal teve pouca duração, porém.

A 1º de julho de 1924 aparecia o primeiro número d'A Farpa, de atualidades, humorismo e literatura, trazendo como fundador e redator Indalécio Alves, com oficina própria, transformada mais tarde em tipografia e papelaria.

Em 1926 editava-se Terra Santista, uma revista ilustrada e literária, sob a direção de Cid Silveira e Antonio de Freitas Guimarães.

Publicado com a matéria original

A Folha de Santos - Em 1927 aparecia a Folha de Santos, jornal fundado por Francisco Paino, Perillo Prado, Molina Cintra, João da Silva Figueira e Antonio Luís de Oliveira, cujo primeiro número circulou a 24 de outubro. A esses nomes juntou-se, mais tarde, em 1929, Jayme Franco Junot, como redator. Em 1930, por ocasião das correrias do dia 24 de outubro, decorrentes das primeiras notícias sobre a vitória da Revolução, e precisamente na data em que o jornal completava três anos de existência, o povo amotinado empastelou-o, nada deixando dentro do prédio da Rua do Rosário.

Em janeiro de 1931 fundava-se o Diário da Manhã, com o dr. Antonio Luís de Alvarenga na direção, secretariado por Santos Júnior e mais tarde por Pedro Neves. Este jornal, em sua segunda fase, passou à direção de Ramiro Calheiros e Floriano Cruz, desaparecendo e reaparecendo este ano, com o nome de Correio da Tarde.

Nesse mesmo ano aparece a revista O Balneário, sob a direção e redação de Cyro Lacerda e Armando Rosa, e logo a seguir, entre 1932 e 1933, o mesmo Cyro Lacerda editava nova revista, a Eva, bem feita mas de pouca duração.

A 8 de janeiro de 1933 fundava-se O Estudante, órgão da classe bem orientado e dirigido, sob a direção de alguns estudantes das nossas escolas superiores, mantido ainda hoje, e logo depois, no mesmo ano, aparecia O Bandeirante, excelentemente iniciado por Modesto Roma, porém de breve duração por falta de recursos, figurando nele colaboração de Martins Fontes, Valdomiro Silveira, Molina Cintra e outros conhecidos homens de letras locais.

Em dezembro de 1933 aparecia O Idealista, jornal-revista fundado e redigido por Adolpho Coutinho, e em 1934, também em dezembro, aparecia em seu lugar, como uma continuação, a revista Estrela Azul, ilustrada e literária, sob a direção de J. Bento e Manoel da Silva Lima, órgão dos funcionários da Cia. Docas de Santos, que ainda existe, saindo regularmente.

A 11 de outubro de 1935 aparecia o Guarujá Jornal, sob a direção de Jorge Moura.

A 6 de janeiro de 1936, começava a circular O Diário, propriedade de uma sociedade anônima denominada Diário Commercial, em que figuravam cerca de trinta casas comissárias de café desta cidade, grande órgão, de cerca de 18 páginas diárias, sob a redação e direção jornalística de Octávio Veiga, saído de igual cargo na A Tribuna para esse fim.

Em fevereiro deste ano aparecia a Revista Aduaneira, sendo seus fundadores Catão Peixoto Lopes, Joaquim de Mattos e Augusto Victor dos Santos, funcionários da Alfândega local. Em maio retiraram-se os dois primeiros, ficando na direção da revista o último deles, auxiliado desde então pelo novo redator-chefe E. V. Lopes de Mendonça, que a vão tornando uma das melhores publicações do gênero em todo o país, agora sob o nome de Brasilidade.

Pela altura de junho de 1938, aparecia o Correio de Santos, pequena folha de combate, de saída irregular, sob a direção de A. Tabarelli, e em dezembro do mesmo ano, Mário Amazonas, proprietário e diretor do Jornal da Noite, num esforço real e aventuroso, a excelente e patriótica revista Letras, editada em castelhano, versões a cargo do redator espanhol da mesma, sr. Pascoal Nuñez Arca, destinada à propaganda da literatura brasileira nos países ibero-americanos e mesmo nos Estados Unidos. Do seu primeiro número foram vendidos em Buenos Aires 1.500 exemplares, tendo ele merecido de vários embaixadores à Conferência Pan-Americana, reunida naquela capital, cartas honrosas para seu diretor proprietário, sem dúvida alguma merecidas.

A 14 de julho do ano passado (N.E.: 1938) aparecia o primeiro número da nova revista Mar, sob a direção de Francisco Azevedo e Geraldo Ferraz.

Além de todos os jornais e revistas aqui editados, neste esboço histórico da imprensa local, houve também em Santos várias publicações que, não podendo denominar-se imprensa, não deixaram contudo de ser seus elementos subsidiários, como por exemplo os velhos Indicador Santista, o Almanach do Diário de Santos, redigidos a cada ano e durante alguns lustros pelas mais brilhantes penas santistas, e mais recentemente, entre 1911 e 1914, a Polyanthéa, do Lyceu Feminino Santista, resumo e consequência dos famosos Jogos Floraes de Santos, de agradável lembrança, verdadeiros certames de inteligência e intelectualidade, mantidos e alimentados pelo dr. Adolpho Porchat de Assis, santista de saudosa memória, e mais alguns órgãos de classe que deixamos de computar.


O edifício próprio em que funcionavam em 1928 as instalações de A Tribuna
Foto: jornal santista A Tribuna, em 26 de março de 1928 (cor acrescentada por Novo Milênio)


Olympio Lima, fundador  de A Tribuna
Foto: jornal santista A Tribuna, em 26 de março de 1929, página 1


M. Nascimento Junior, que em 1929 era diretor-proprietário  de A Tribuna
Foto: jornal santista A Tribuna, em 26 de março de 1929, página 1

 Leva para a página seguinte da série