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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - ACS
A associação comercial dos santistas (3)

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Na data em que a Associação Comercial de Santos completou 135 anos de existência, o jornal santista A Tribuna registrou o fato, na edição de 22 de dezembro de 2005:
 


A entidade, que restaurou a fachada de sua sede...
Foto: Nirley Sena, publicada com a matéria

Associação Comercial completa 135 anos

Luiz Gomes Otero
Da Reportagem

Considerada uma das entidades mais tradicionais do País, a Associação Comercial de Santos (ACS) comemora hoje 135 anos de fundação em pleno processo de modernização de sua estrutura administrativa. A atual gestão, coordenada pelo presidente José Moreira da Silva, está desenvolvendo um planejamento estratégico que visa integrar todos os setores, desde a diretoria até os demais integrantes do quadro funcional.

Responsável pelo planejamento, o consultor Djalma Rebouças informou que a proposta consiste em criar equipes multidisciplinares no quadro funcional, que se responsabilizarão pela elaboração de planos de trabalho. "Haverá uma interação entre os representantes da entidade e uma maior clareza nas ações. A meta é aprimorar os processos, sempre respeitando a tradição da entidade".

A ACS é uma das primeiras entidades mais antigas do Brasil, não sendo anterior somente às associações de Salvador, Rio de Janeiro e Maranhão. E tem uma atuação marcante no desenvolvimento econômico, como na implantação das agências da Caixa Econômica do Estado (atual Nossa Caixa) e Caixa Econômica Federal (Caixa) na Cidade, além de ser responsável pela instituição da Guarda Noturna no Município.

José Moreira da Silva lembra que a trajetória da ACS inclui acontecimentos de relevância histórica. "Temos registros em nossos livros de visitas de personalidades importantes, como o advogado e jornalista Rui Barbosa e os ex-presidentes Eurico Gaspar Dutra e Juscelino Kubitschek".

A entidade mantém ainda representatividade significativa em órgãos públicos como o Conselho de Autoridade Portuária (CAP) de Santos ou o Conselho Deliberativo dos Exportadores de Café do Brasil.

"Também prestamos serviços importantes, como a emissão de certificados de origem para exportação de produtos em geral", assinalou Moreira. Este documento comprova ao país comprador a procedência do produto adquirido. Também pode ser solicitado pelo próprio exportador, uma vez que o documento dá maior credibilidade e ocasiona um diferencial de competitividade. Anualmente, a ACS emite cerca de 90 mil certificados em sua sede, que funciona na Rua XV de Novembro, 137, no Centro.

A sede da entidade, aliás, é um dos atrativos dentro do processo de revitalização do Centro Histórico. O prédio teve a fachada reformada e restaurada. E permanece em obras de ampliação no interior.

Benedicto Calixto - O acervo artístico da entidade é outro ponto de destaque. Conta com dois quadros raros do pintor Benedicto Calixto, datados de 1875 e 1888, que retratam paisagens do Centro de Santos e do cais santista. "Estes são dois patrimônios autênticos da Cidade que temos orgulho de preservar", assinalou o presidente.

Moreira lembrou que o primeiro presidente da entidade, Nicolau Vergueiro, custeou as despesas de uma viagem que Calixto fez para a França, com o objetivo de aprimorar seus conhecimentos artísticos na pintura. "Já naquela época havia uma preocupação de auxiliar os nossos talentos".

Moreira revelou que a entidade está negociando a implantação de um posto do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Uma das salas do piso térreo está sendo adaptada para receber essa unidade.


...mantém uma copa onde é realizada a classificação de café para exportadores
Foto: Nirley Sena, publicada com a matéria

Café tem relação direta com entidade

Da Reportagem

O café tem relação direta com a história da Associação Comercial de Santos (ACS). A maioria dos ex-presidentes da entidade era formada por empresários do ramo cafeeiro, inclusive o atual ocupante do cargo, José Moreira da Silva.

Na época da fundação da entidade, em 1870, o café era ensacado e preparado na Cidade. De acordo com Moreira, o Município chegou a ter 45 armazéns. "Era uma época em que tudo na economia girava em torno desse produto. Com o passar dos anos, esse mercado mudou de característica e a manipulação migrou para o Interior. Mas ainda conserva a sua relevância, pois o nosso complexo portuário responde pelo escoamento de cerca de 25% da produção do País".

A ACS mantém em sua sede uma copa que realiza classificação do produto para exportadores, atestando a sua qualidade. Esta semana, foi concluída a colocação de um vitral artístico no teto do local, cuja data de inauguração ainda vai ser divulgada pela diretoria.

Atuando há mais de 40 anos no ramo, o classificador Wallace Oliveira de Azevedo é um dos responsáveis pela manutenção da tradição do setor cafeeiro. Ele responde pela classificação do produto na ACS. "Fico bastante honrado, pois é algo que está ligado com a própria história da Cidade".

No local, também é ministrado um curso para profissionais de classificação e degustação de café, que já formou mais de 500 alunos em suas 28 edições.

Para participar do curso, é necessário ter idade mínima de 18 anos e apresentar cópia do diploma ou certificado de conclusão do Ensino Fundamental, atestado de sanidade bucal emitido por profissional habilitado e cópia do documento de identidade. Informações sobre a formação de novas turmas podem ser obtidas através do telefone 3212-8200, de segunda a sexta-feira, em horário comercial.

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