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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - ENSINO
A educação... e as antigas escolas (30)

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Tradicionais colégios, que muito santista recorda com saudade, independentemente de serem públicos ou particulares, marcados por professores que se destacaram na Cidade, e por eventos que também fizeram história. Alguns desses estabelecimentos sobrevivem no século XXI, como o Colégio Marza, que foi tema na coluna social de Clara Monforte, publicada no semanário santista Jornal da Orla, edição de 12 e 13 de janeiro de 2008:

OLHOS NOS OLHOS

Foto publicada com a matéria

GUIOMAR ELVIRA PINTO FERREIRA, a santista MARZA, dedica grande parte de sua vida à educação. À frente da Escola Marza desde 1973, afirma que Santos alia tradição a modernidade. No início da carreira, recebeu das crianças o apelido Marza. Para ela, tão carinhoso que representou seu batismo profissional. Não há quem não a conheça. Raras são as famílias santistas que não tiveram, ou têm, um irmão, um filho, um neto, nos bancos escolares, sob a liderança de Marza. Nesta entrevista, fala, entre outros assuntos, sobre a priorização educacional em tempos de tanta competitividade.

Com uma vida inteira dedicada à educação, o que sente no período de férias?

Quando a profissão tem conotação de um trabalho árduo, eu acredito que as férias oferecem uma expectativa maior de descanso, lazer. Para mim, trabalho e lazer caminham juntos na simplicidade do dia-a-dia. Eu me sinto feliz na expectativa de preparar, dedicar, pesquisar para o verdadeiro Ano Novo. Para mim, ele chega junto às crianças. O desejo de compartilhar um Feliz Ano Novo Letivo.

No Brasil, a educação é artigo de luxo?

Não considero a educação no Brasil como artigo de luxo. Ela é um investimento prioritário que a família deve fazer. Priorizar a educação é saber educar. O governo deve fazer sua parte, mas nós não podemos delegar tudo a ele.

Que diferenças você pode apontar entre a educação antiga e a atual?

A educação é a educação. Ou ela existe ou não. O mundo é que se move. Nós, educadores e pais, acompanhamos este movimento. Os valores educacionais são básicos e universais, em todos os tempos. O segredo está em adaptá-los ao movimento frenético do mundo sem, contudo, perder a essência do amor, limite, respeito, convivência e responsabilidade.

O seu trabalho educacional tem duas filosofias: a humanística e a holística. Em que interferem na formação pessoal?

A formação humanística é dedicada ao desenvolvimento do ser humano em todas as etapas de seu crescimento pessoal. O intelecto ou formação intelectiva é eficiente e tem sentido, quando paralelamente o conhecer e o ser caminham. A visão holística vai colocar o conhecimento e a pessoa frente ao mundo, ao global, às suas necessidade e à busca instigante de soluções.

Em tempos de Internet, priorizar a educação torna-se mais importante?

A Internet e a informática são instrumentos na mão do homem inteligente, ético. Para este homem, um grande aliado na formação holística e cultural. Como qualquer instrumento, se nas mãos de pessoas sem princípios éticos é um acelerador da ignorância e da banalização de assuntos sérios. A educação do uso da informática necessita orientação permanente e segura, das famílias, da escola.

Mesmo investindo em educação e com um bom currículo, as pessoas levam, hoje, desvantagem com o famoso "quem indica"?

Acredito que isto também vem mudando. As empresas estão preocupadas com competência, dedicação, profissionalismo atuante e outras características do perfil pessoal, conforme o cargo. Quem indica alguém está se comprometendo também. Portanto, se a pessoa indicada tiver os requisitos necessários ela vai ser naturalmente escolhida, sem protecionismo.

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