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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - MACUCO
Histórias do início do bairro do Macuco (1)

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Muito da história e das histórias recentes de Santos está na memória de seus cidadãos da chamada Melhor Idade, ou Terceira Idade. Fruto de um trabalho de resgate dessa memória coletiva, realizado pela Universidade Católica de Santos (Unisantos), é este depoimento publicado em 2003 em página Web desse trabalho, junto com as imagens cedidas pela pessoa que fez o depoimento, Alzira dos Santos Oliveira:
 
Minha História desde a Infância:
O Bairro do Macuco

Alzira dos Santos Oliveira (*)

Meu pai casou-se em 1927. Já era proprietário de uma pequena padaria na Rua Conselheiro João Alfredo, próximo ao Canal Quatro. Havia nessa rua um açougue e uma vacaria, onde as pessoas iam buscar leite tirado na hora; uma chácara onde minha mãe buscava verduras frescas, mais adiante, em direção ao cais (Companhia Docas de Santos). Havia um empório de secos e molhados para que os doqueiros fizessem suas compras.

As pessoas possuíam cadernetas em que eram apontadas suas compras diárias e que pagariam somente no fim do mês. Os escritórios da Companhia Docas ficavam na Rua Rodrigues Alves - rua esta onde terminava a Rua Conselheiro João Alfredo, que era cortada pelo canal 4. Este canal terminava na Bacia do Macuco. Nessa Bacia havia muitos barcos de pesca. Na Rua Rodrigues Alves ficava a Igreja São José, onde fui batizada e fiz minha primeira comunhão.

Em 1930, meu pai construiu uma nova padaria, mais ampla e com melhores instalações. Ela ficava na esquina da Avenida Afonso Pena com a Rua João Alfredo. A padaria chamava-se Aurora e ainda existe até hoje, com o mesmo nome. Foi reformulada há alguns anos, mas não mudou sua fachada, continuando sempre igual. Nessa padaria nasceram meus irmãos Manoel, Antonio e Valter.

Na avenida Afonso Pena havia o Empório Santa Elza, situado na esquina da Rua Senador Dantas, onde passavam os bondes 19 e 29, vindos do cais e que iam até o Centro da cidade. No Canal Quatro passava o bonde 15, que tinha seu ponto final na Bacia do Macuco. Esse bonde voltava pelas ruas Almirante Tamandaré, Rodrigues Alves, Senador Dantas e ia até o Centro, passando pelo cais.


Classe do Grupo Escolar Fraternidade
Foto: acervo de Alzira dos Santos Oliveira

Na Avenida Afonso Pena ficava o Grupo Escolar Fraternidade, onde estudei o curso primário. Essa escola pertencia à Maçonaria. Nessa escola, os alunos recebiam todo maternal escolar: cadernos, lápis, livros. Os lápis ficavam na escola e só eram apontados uma vez por semana e, se a ponta quebrasse, deveríamos pedir licença ao diretor para apontá-lo. Quem fazia a ponta era a servente.

Usávamos avental branco, que deveria estar muito limpo e, as meninas usavam fita branca nos cabelos. Ao entrarmos na escola, tínhamos que limpar os sapatos com alguns panos. A fila para entrar na sala de aula era perfeita. Não podíamos sair da linha (as tábuas do chão), distância de um braço entre um aluno e outro. A diretora era Dona Cecília Muniz, que era muito rígida. Não se ouvia um barulho sequer. As professoras eram: 1º ano - Dona Nairzinha; 2º ano - Dona Nair; 3º ano - Dona Ruth e 4º ano - Dona Georgina.

O ensino era de excelente qualidade. Cantávamos os hinos. Quem não fizesse a lição ficava de castigo no corredor, de pé, por dez minutos. Todo sábado havia trabalhos manuais: panos de bandeja, toalhas de chá, tapetes de agulha mágica e os panos de prato.

Nos dias de chuva, a Avenida Afonso Pena, que era um areião só, ficava alagada. As valas não davam vazão e a água chegava a bater na altura dos joelhos. Meu pai, para que as professoras não molhassem os pés, ia buscá-las no ponto do bonde e as levava à escola na carroça de entrega de pães. Defronte à escola havia a Praça Fernandes Prestes, onde haviam umas palmeiras e um gramado. Os alunos do Fraternidade não podiam pisar na grama, nem se pendurar nas folhas das palmeiras. A diretora ficava fiscalizando a entrada e a saída dos alunos. Atualmente, no local, existe o Parque Infantil Olivia Fernandes, onde lecionei quando me formei professora.

Uma quadra depois do grupo, na esquina da Avenida Afonso Pena com a Rua Oswaldo Cochrane ficava a Casa Norma, que vendia tecidos, linhas, alfinetes, agulhas etc... O dono do estabelecimento chamava-se Senhor Elisio. No início da Avenida Afonso Pena, próximo da Avenida Conselheiro Nébias, meu pai abriu uma nova padaria, chamada 7 de setembro. hoje chamada Cidade de Santos. A rua, nessa parte, ainda tinha o piso de areião (1940).

Na esquina da Avenida Senador Dantas com a Avenida Afonso Pena apareceram os primeiros automóveis, onde foi inaugurada uma agência de automóveis (no ano de 1942). A agência de automóveis era de propriedade do senhor José da bomba, como era chamado, porque havia uma bomba de gasolina lá no estabelecimento. Hoje ainda há um posto de gasolina lá e a agência de táxi.

Meu pai comprou um carro e tirou carta de motorista. Dirigiu por poucos anos, porque atropelara um menino que andava de bicicleta, amassando-a. Ele deu uma bicicleta nova ao menino e resolveu nunca mais dirigir o automóvel. Preferia chamar um táxi quando precisava sair. Nos dias de chuva, eu e minha irmã íamos de táxi para o ginásio José Bonifácio, onde estudávamos.

Meu pai era um próspero comerciante da região. Foi conselheiro da Associação dos Panificadores e também foi seu tesoureiro. Trouxe um curso de panificação de São Paulo, para que as padarias de Santos aprendessem a fazer outros tipos de pães. Ainda me lembro do pão doce que ele fazia em formato de jacaré e recheado de creme. Nossa padaria era ponto de encontro de todos os vizinhos da redondeza. Meu pai era conselheiro e amigo de todos. Aconselhava a todos como guardar dinheiro, para construir casas próprias e abrir seus próprios negócios. Vários empregados dele abriram seus próprios negócios. Todos os seus empregados mudaram-se para outras cidades.

Na Avenida Afonso Pena não havia calçamento e havia valas para escoar as águas da chuva e esgoto, que eram limpas pelo serviço Anti-Culecideano, com aplicação de petróleo. Este serviço ficava instalado na Delegacia de Saúde de Santos, repartição pública em que eu trabalhei por dois anos. Meu pai mandou reconstruir as valas com pedras e fez uma cobertura de madeira para que meus irmãos não caíssem dentro e também aquelas pessoas que vinham comprar pão na padaria. Quando chovia, inundava tudo e não se via as valas.

As moradias eram em maior número, próximo às linhas dos bondes e próximo ao cais (entre os canais 4 e 5). No bairro da Ponta da Praia só havia chácaras de japoneses e em outras partes só havia mangue.

Na orla da Praia havia mansões muito bonitas e, entre elas, uma na esquina da Rua Alexandre Herculano que tinha um jardim imenso, bem cuidado e cheio de aves: garças; flamingos; martim-pescador etc. Aos domingos, as pessoas iam ver as aves através do muro de pedra. Não havia, ainda, os belos jardins da praia.


Passeio na praia, década de 1940
Foto: acervo de Alzira dos Santos Oliveira

Meu pai patrocinava corridas de bicicleta e moto, fornecendo medalhas e troféus. Eu e minhas colegas vizinhas fazíamos caminhadas, começando pela Bacia do Macuco, seguindo os trilhos do trem que havia junto ao cais. Íamos até a Ponta da Praia e de lá até a igreja do Embaré, e depois voltávamos para casa.

Nessas caminhadas, colhíamos goiabas, pitangas e carambola. As vezes, tínhamos de correr, pois os donos das chácaras ficavam furiosos. Quando começou a guerra, ficávamos muito assustadas com os Zeppelins que voavam na orla da praia, pois havia notícias de submarinos rondando nossas praias. À noite, tínhamos de usar cortinas pretas para que a luz não aparecesse. Até os bondes tinham de fechar as cortinas do lado da praia. Felizmente nunca fomos atacados.

As notícias no rádio eram alarmantes. Eu costumava sonhar com os japoneses caindo de pára-quedas sobre nós. Os japoneses que moravam em nossa cidade tiveram que deixar suas chácaras e sair da cidade, indo para o interior. Tive muita pena deles, pois gostava muito de uma japonesa que era verdureira e que entregava verduras em minha casa. Japoneses e alemães eram xingados de 5ª coluna desde que seus países lutaram contra os Aliados.

Na padaria de meu pai, filas enormes se formavam para comprar o pão. As filas eram formadas desde as 4 horas da manhã. Faziam uma algazarra tamanha, que nós, crianças, não conseguíamos mais dormir. Alguns percorriam até 3 padarias, porque não podiam levar mais que dois pães por pessoa. O pão era feito com farinha de trigo misturada com farelo e ficava tão duro que mais parecia pau.

Quando a guerra acabou, eu já estava no ginásio. Fomos todos para a Praça Mauá comemorar o fim da guerra. Era uma alegria só. Chorávamos, cantávamos, riamos e nos abraçávamos. Cantávamos o hino dos Expedicionários em homenagem aos brasileiros que foram lutar na Itália em Monte Castelo. Quando eles voltaram, houve uma grande festa em nosso bairro e meu pai colaborou para a realização da festa.

Estudei no Ginásio José Bonifácio, cujo nome era Associação Instrutiva José Bonifácio. Eram professores naquela época:

Matemática - Professor Eberle e Professor Mário Alcântara;
Português - Professor Lóssio e Professor Nicanor Ortiz;
História - Professor André Freire e Professor Antonio Feliciano;
Geografia - Professor João Papa Sobrinho;
Francês - Professor Alcides;
Ciências - Professor Vital, que fazia sabatina todos os sábados.

Latim era lecionado pelo Professor Peres e Inglês era lecionado por um Pastor e cantávamos muitas canções americanas. Educação Física era lecionada pela Professora Wanda Bezerra. Fazíamos Atletismo nas quadras do Clube Vasco da Gama e tínhamos como orientador o Professor Mariani.

Nossa turma do ginásio era a única turma mista da cidade. As outras escolas eram formadas com turmas masculinas ou femininas, somente. As escolas com turmas femininas das congregações de freiras, naquela época eram: Colégio São José; Colégio Stella Maris; Colégio Coração de Maria; Liceu Feminino Santista; Escola das Senhoras Católicas e Escola Dona Escolástica Rosa. As escolas masculinas - algumas administradas por padres -, naquela época, eram: Ginásio Santista (Colégio Santista - Marista) e escola do Carmo. Essas eram as escolas de expressão na cidade, que eu me lembro.

Nossa ida à escola era alegre. Costumávamos ir no mesmo bonde, em turmas, no mesmo horário. Os alunos das escolas, que eram muito próximas, eram muito amigos. As turmas eram dos Colégios José Bonifácio, Coração de Maria, Liceu Feminino e Colégio Santista. Eu tinha amigos em todas elas.

Tomávamos o bonde 5 que passava na Rua Rodrigues Alves, Avenida Conselheiro Nébias e ia até Centro da cidade. Conhecíamos o condutor e o motorneiro. O condutor era muito amigo e educado. Quem não tivesse dinheiro naquele dia, podia pagar a passagem no dia seguinte. Ele confiava em nós. As escolares acabavam e nós pagávamos em outro dia.


Estudantes, no dia do desfile pela Independência, em 1948
Foto: acervo de Alzira dos Santos Oliveira

Freqüentamos o Centro dos Estudantes, onde retirávamos livros, romances e revistas. Aos domingos, íamos ao baile na Sociedade Humanitária, que fica na Praça José Bonifácio. Ainda hoje está lá, e promove poucos bailes. Os bailes eram patrocinados pelo Centro dos Estudantes. O cantor que mais cantava naqueles bailes era o Esmeraldo Tarquínio, que era também presidente do Centro Acadêmico. A orquestra que o acompanhava chamava-se Hamlet e seus Rapazes ou Cabral Jr. e seus Cubancheros.

No dia 7 de setembro havia a parada dos estudantes, com seus uniformes de gala e suas bandas. Era um dia de festa. Desfilávamos na avenida da praia e compareciam todas as escolas de Santos. Só não desfilavam os menores de 10 anos. Os rapazes do Colégio Santista desfilavam com a farda branca e faziam sucesso entre as moças.

Em 1946, eu, meus irmãos e vizinhos fazíamos reuniões dançantes. Cada domingo em uma casa. As mães e os pais colaboravam com doces e refrigerantes. Alguns rapazes tocavam e meu irmão tocava cavaquinho, outros violão ou pandeiro. As moças ensinavam os rapazes a dançar. Quando não havia baile, íamos ao cinema. Formávamos uma turma de 16 pessoas. Quem chegasse primeiro, guardava lugar para os outros. Naquele tempo havia muitos cinemas: Cine Paramount na cidade; Cines Carlos Gomes, São José, Santo Antonio, Cine Popular, Cine Roxy, Cine Atlântico no bairro do Gonzaga.

Quando tinha peças teatrais muito boas, meu pai nos levava ao Theatro Coliseu. Ele comprava entradas para o camarote, com lugar para cinco pessoas. íamos de chapéu, luvas e muito bem vestidas. Quase sempre as peças eram de Beatriz Costa, Oscarito, Procópio Ferreira, entre outros. Ainda hoje, espero que esse teatro reabra, para relembrarmos os velhos tempos que passei lá, com muitas saudades. Acho que não chegarei a vê-lo restaurado.

As festas de casamento no bairro eram preparadas com bastante antecedência. Todos os vizinhos ajudavam na feitura dos docinhos e enfeites. Era como se fosse uma família só. Nos bailes de gala (formaturas, aniversários dos clubes etc.), fazíamos vestidos longos com lindos acessórios. Quem não tivesse uma bolsinha de festa ou luvas, nós emprestávamos umas para as outras e ninguém deixava de ir ao baile. Nossos irmãos nos acompanhavam. Haviam mães que só deixavam suas filhas irem se os irmãos fossem.

Minha festa de formatura da Escola Normal foi no Grill do Hotel Atlântico, com orquestra do regente Sílvio Mazucca. Levávamos um pequeno buquê de botões de rosa na mão. A missa foi rezada na igreja de Santo Antonio do Embaré. Éramos 26 formandas no ano de 1948.

No ano de 1998 nos reunimos em confraternização pelos 50 anos de formadas, num jantar em que compareceram 16 professoras, agora já aposentadas. Recordamos com saudade nosso tempo de Escola Normal. Lecionei por 15 anos aqui em Santos, em Parque Infantil e em 1960 fui morar em São Paulo, Capital, onde lecionei até me aposentar, em um grupo escolar perto de minha casa, no bairro do Alto da Lapa. Voltei para Santos após minha aposentadoria, para ficar perto de minha família, que aqui permaneceu e mora até hoje.


Caixa d'água na Avenida Pedro Lessa, próxima à Rua Alfaia Rodrigues, em 1957
Foto: acervo de Alzira dos Santos Oliveira

Minha origem portuguesa

Pai - Meu pai nasceu em Portugal em 12 de abril de 1890 na província de Val Longo, no Distrito de Leiria. Em 1908, embarcou para o Brasil para iniciar uma nova vida. Era órfão. Seus pais morreram de gripe espanhola. Ao chegar no porto de Santos, deixou sua mala baú no cais e foi procurar seu primo que aqui morava. Voltou ao cais no dia seguinte e lá encontrou sua mala, no mesmo lugar em que a deixou.

Dias depois, ele seguiu para o Alto da Serra (Paranapiacaba) para trabalhar com o engenheiro inglês Dr. Wellington na medição e assentamento dos dormentes da estrada de ferro S. Paulo Railway, que ligaria Santos a São Paulo.

Trabalhou vários anos nesse serviço, mas a umidade do lugar, constante, com neblina espessa, fez com que ele começasse a ficar mal de saúde. Daí resolveu trabalhar lá mesmo em padaria, entregando pães na Vila dos Ingleses. Tempos depois voltou para Santos e abriu uma padaria. Casou-se em 1927 e teve 5 filhos. Eu e minha irmã nascemos na 1ª padaria na Rua João Alfredo.

Em 1930 construiu uma padaria na esquina da Rua João Alfredo com a Avenida Afonso Pena. Essa padaria chamava-se Aurora e até hoje ela tem o mesmo nome. Nesta padaria nasceram meus 3 irmãos: Manoel, Antonio e Valter. Abriu uma padaria na Avenida Afonso Pena próximo a Avenida Conselheiro Nébias. Chamava-se Padaria 7 de setembro. Hoje ela é chamada Cidade de Santos.

Mãe - Minha mãe nasceu em Vila Nova de Foz Coa, Concelho da Guarda, em 25 de dezembro de 1906. Veio para Santos aos 6 meses e foram para o interior, onde seu pai iria trabalhar em fazendas de café. Ele era capataz.

Percorreram diversas fazendas, sendo uma delas da família Cunha Bueno. Minha avó veio a falecer de parto e sua filha logo depois também morreu. Meu avô Antônio Joaquim Aranha, não tendo com quem deixar os filhos para trabalhar, casou-se outra vez com uma viúva que tinha 5 filhos. Quando minha mãe já era mocinha meu avô mudou-se para Santos. Voltaram a Portugal para lá ficar, mas os filhos não se acostumaram. Voltaram novamente ao Brasil.

Minha mãe casou-se com meu pai em 1927. Meu pai foi um comerciante próspero. Foi tesoureiro da Associação das Panificadoras. Ele era como conselheiro do bairro e, para todos que chegavam de Portugal, ele dava abrigo e encaminhava-os aos empregos. Colaborava com clubes, asilos e outras entidades.

Os pobres vinham todos os dias levar os pães que sobravam. Aprendeu a ler e escrever sozinho para poder ler a Gazeta. Naturalizou-se brasileiro para poder votar em Getúlio Vargas.


Prédio em construção pela família, em Santos
Foto: acervo de Alzira dos Santos Oliveira

(*) Alzira dos Santos Oliveira prestou este depoimento à Universidade da Terceira Idade, da Unisantos, dentro do programa Resgate da Memória da Baixada Santista na Perspectiva de seus Cidadãos da Terceira Idade, coordenado pela professora Teresa Cristina Tesser.

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