Clique aqui para voltar à página inicialhttp://www.novomilenio.inf.br/santos/h0188w6.htm
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 08/24/08 23:19:11
Clique na imagem para voltar à página principal
HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - Igrejas - Valongo - BIBLIOTECA NM
Igreja do Valongo, por frei Basilio Röwer (6)

Leva para a página anterior
Em livro impresso em 1955, intitulado O Convento de Sto. Antonio do Valongo, o frei Basilio Röwer OFM conta a centenária história desse convento, com prefácio de Cyro Carneiro.

Confeccionado por L. Niccolini S/A Indústria Gráfica, de São Paulo, foi uma "Edição especial de dois mil exemplares, com autorização do autor, para venda em benefício das obras de restauração do Convento de Santo Antonio do Valongo da Cidade de Santos".

Esta é a íntegra dessa obra de 120 páginas (exemplar no acervo do pesquisador de História e professor Francisco Carballa - ortografia atualizada nesta transcrição):

[...]


O interior atual da igreja de Santo Antonio do Valongo

Foto e legenda publicadas com o texto


Histórico (...)

O período de 1861 a 1907

De consentimento com os superiores religiosos e em virtude do Aviso de 7 de novembro de 1861, a igreja e alguns restos do Convento de Sto. Antônio do Valongo estiveram sob a administração da V. Ordem Terceira até 1922. Com o amor que esta ordem sempre demonstrou para com o convento através dos séculos anteriores, ela zelou pelo sagrado depósito, conservando, consertando, melhorando. Senão, vejamos.

Estava a igreja em muito más condições quando a Ordem Terceira assumiu a administração. Resolveu, portanto, fazer desde já os imprescindíveis consertos. A este fim requereu licença ao juiz provedor de capelas, estabelecendo, porém, a condição de ser indenizada pelos religiosos. O despacho favorável, assinado por Pinheiro e Prado, foi dado em 21 de outubro de 1863 [73].

Durante largo tempo esteve a igreja em obras. Posteriormente foram substituídas as tesouras do telhado e todo o chão, desde a porta de entrada até o altar-mor, foi coberto com ladrilhos de qualidade. Esta última medida era necessária por estar o assoalho todo esburacado e podre, donde saíam formigas em grande quantidade, molestando os fiéis.

Em novembro de 1875, a Ordem colocou o altar lateral das Dores [74]. O atual altar de S. Francisco, que dos altares no corpo é o mais artístico, foi oferecido em 1895 por frei Joaquim do Monte Carmelo (beneditino), que durante algum tempo exerceu as funções de Comissário da Ordem Terceira.

Durante todo o tempo de sua administração, a Ordem Terceira gastou em benefício da igreja do convento a quantia de 131:000$000 mais ou menos. Belo atestado do zelo pelo objeto que lhe fora confiado.

Sobre as mudanças que houve no adro da igreja, donde resultou o Largo Monte Alegre, já dissemos em outro lugar.

Também as dependências que restavam ao lado da igreja já passaram por reformas, sendo depois mui utilmente aproveitadas. Vivia em Santos uma virtuosa senhora de origem alemã, d. Mariana Amberger. Condoída do abandono espiritual e intelectual das meninas do Valongo, concebeu o plano de abrir nessas dependências um colégio, que colocaria debaixo da proteção de N. Sra. do Perpétuo Socorro. A este fim requereu e obteve licença do P. Provincial frei João do Amor Divino Costa, em 1885.

Na realização do seu nobre intento encontrou d. Mariana não só uma boa companheira na pessoa de d. Maria Gertrudes Mayer, petropolitana, mas também um excelente auxiliar na pessoa do comendador Alfaia. Este conseguiu do governo provincial a quantia de 3:000$000, com que restaurou a grande sala no pavimento superior, onde hoje estão os cômodos dos religiosos.

O colégio funcionou regularmente com grande proveito até 1906, ano em que, aos 16 de agosto, faleceu a principal fundadora, d. Mariana. Não podendo a companheira continuá-lo, extinguiu-se [75].

No ano de 1888, fundou-se na Igreja de Sto. Antônio o Apostolado da Oração, o primeiro Centro em Santos. Suas primeiras presidentes foram d. Amélia Rosa da Silva e d. Maria Carolina Hatschen; mas em 1893 passou a presidência para d. Mariana Amberger.

As duas senhoras, d. Mariana e d. Maria Gertrudes, tornaram-se beneméritas outrossim pela construção da igreja do Sagrado Coração de Jesus [76].

A volta dos franciscanos

Tem sido estupendo o progresso da cidade de Santos desde o princípio do século (N.E.: século XX). Até lá, tinha fama de insalubre, febril. E foi este o motivo da recusa dos Superiores da Ordem quando as duas senhoras já mencionadas pediram aos franciscanos viessem estabelecer-se na igreja do Sagrado Coração.

Não demorou muito, todavia, resolverem os Superiores reatar as tradições franciscanas [77]. Foi em 1907. Mas estes princípios não passaram de simples tentativas. O primeiro religioso hospedou-se algumas semanas no Convento do Carmo. Depois de se lhe associar outro, escolheu-se uma casa perto da praia, donde se transferiram a outra, na Vila Macuco.

Aceitaram mais tarde o oferecimento dos beneditinos, vindo a residir no mosteiro de S. Bento, justamente onde, em 1640, foram os fundadores morar na ermida de N. Sra. do Desterro. Mais uma vez tiveram de mudar a sua residência, quando os monges de S. Bento resolveram ocupar sua casa; passaram a aboletar-se nas dependências de seus Irmãos da Ordem Terceira da Penitência.

No contínuo caminhar de casa para casa, não podiam os dois religiosos ocupar-se eficazmente da cura d'almas. Celebravam a s. missa em diversas igrejas e colégios e davam doutrina.

Não sendo possível chegar a um entendimento com a Ordem Terceira, os Superiores ordenaram a retirada dos religiosos em março de 1910, de modo que sua presença em Santos não passou de três anos.

A segunda fase do restabelecimento dos franciscanos começa timidamente em 1916. Conseguiram os Irmãos Terceiros que primeiro mensalmente e depois todos os domingos e dias santos um religioso sacerdote descesse de S. Paulo para celebrar o santo sacrifício da missa, atender os fiéis na confissão e presidir os exercícios dos Terceiros.

O ano próprio da restauração foi o de 1922. Desejava o exmo. sr. arcebispo de S. Paulo, d. Leopoldo Duarte e Silva, dividir a paróquia de Santos e entregar a nova de Sto. Antônio do Valongo aos franciscanos. Depois de mútuos entendimentos entre as partes interessadas, preparou-se a residência definitiva de modo seguinte: a Ordem Terceira, cujo ministro acalentava as melhores disposições, restaurou e dividiu nas necessárias acomodações a sala ao lado e atrás da capela-mor da antiga igreja conventual, com o que gastou 22 contos de réis. Em seguida, fez escritura pública, pela qual entregou ao sr. arcebispo todo o depósito que lhe fora confiado pelo Aviso de 7 de novembro de 1861. O sr. arcebispo, por sua vez, reentregou todo o imóvel à Província franciscana, por portaria de 24 de agosto do mesmo ano de 1922. Ainda no mesmo mês veio a residir nos cômodos preparados o primeiro Superior, frei Paulo Luig, que imediatamente iniciou o ministério sacerdotal.

A paróquia

Por decreto de 25 de agosto de 1923 foi criada a paróquia, que, além de pequena parte da cidade, abrangia as ilhas e todo o interior do município de Santos.

Na qualidade de Superior da Residência e primeiro vigário, tomou posse frei Redempto Kullmann, no dia 23 de setembro de 1923, e foi-lhe associado um coadjutor.

Em princípios de 1924, porém, frei Redempto adoeceu e por este motivo foi substituído por frei Lucínio Korte, que se empossou em 3 de fevereiro. Trabalharam com ele dois coadjutores, dos quais um, em maio do mesmo ano, percorreu durante dez dias o litoral, chegando até Una, no desempenho do ministério sacerdotal.

Para maior brilhantismo da festa do padroeiro, celebrada em 1924, contribuiu não pouco a instalação de 184 focos elétricos no altar-mor. Teve este merecimento o generoso benfeitor Antonio Domingues Martins, que despendeu com esta obra 1:800$000.

A 5 de julho do dito ano rebentou em S. Paulo uma revolução. Os franciscanos não desmentiram, então, a sua proverbial caridade. Junto com a Ordem Terceira ofereceram as suas dependências para tratamento dos feridos e outros serviços pessoais. Mas, felizmente, em 29 de julho o levante já estava dominado e em poucos dias normalizou-se a vida em Santos.

No mesmo ano de 1924 foi criado o bispado de Santos e preconizado primeiro antístite d. José Maria de Parreira Lara. Sua exa. sagrou-se no fim de dezembro e tomou posse aos 18 de abril do ano seguinte, paramentando-se em Sto. Antônio, donde partiu a procissão em direção à Catedral.

A crônica da casa registra duas solenidades para este ano de 1925. É a de Corpus Christi, a 11 de junho, vindo o sr. bispo dizer a s. missa, em que distribuiu a s. comunhão aos neocomungantes, e administrou o Sacramento da Crisma no correr da tarde.

Para a festa de Sto. Antônio, que cada ano mais devotos trazia à igreja, a família do já falecido benfeitor Antonio Domingues Martins oferecera uma grande passadeira, no valor de 3 contos de réis.

Em virtude das eleições no Capítulo da Província, celebradas em janeiro de 1926, foi transferido para Santos, na qualidade de Superior da casa e vigário da freguesia, frei Jacob Hoefer. Para o primeiro ano de sua administração a crônica da casa guardou os seguintes fatos: em abril, foi fundada uma Congregação de FIlhas de Maria; de 26 de junho a 13 de julho, missão, pregada pelos rr. pp. redentoristas; em setembro, restaurações na igreja e nos altares, concorrendo a V. Ordem Terceira e o povo em geral, e, enfim, celebração das festas do sétimo centenário da morte de S. Francisco.

Constou esta solenidade dos atos seguintes: no Coliseu realizaram-se três conferências, em português e italiano, sobre o grande Patriarca; no domingo, dia 3 de outubro, o sr. bispo celebrou pontificalmente em Sto. Antônio e na tarde do mesmo dia houve grande procissão; no dia 4, missa solene, cantada pelo revmo. p. prior do mosteiro de S. Bento; exposição do Santíssimo durante todo o dia e à noite Te Deum.

Tendo sido devorada por um incêndio, originado por uma vela, a capela de Guarujá, o vigário para lá se dirigiu no dia 5 de janeiro de 1927, a dar os primeiros passos para sua reconstrução. Morava nesse ano como hóspede em Sto. Antônio o revmo. p. frei Adolfo Thoonsen, O.F.M. Querendo este não somente tratar de sua saúde abalada, mas também tornar-se útil em prol das almas, encarregou-se do serviço espiritual em Guarujá e efetivou a reconstrução da capela, de modo que pôde ser inaugurada aos 18 de março de 1928.

De janeiro de 1929 até fevereiro de 1932, presidiu os destinos da Residência e da paróquia frei Bemvindo Destefani. Do seu triênio lembramos os seguintes acontecimentos: celebrou-se, em 1929, pela primeira vez, toda a trezena de Sto. Antonio. o ano imediato é assinalado pela fundação da Congregação Mariana, com a entrada de 18 moços; houve também obras no telhado e limpeza do presbitério e altares laterais. Em 1931 inaugurou-se a nova Via-Sacra com quadros em relevo (15 de março) e a nova gruta de Lurdes (10 de maio) no corpo da igreja. Assistiram à bênção os benfeitores Pedro Borges Gonçalves e sua digna consorte. O sétimo centenário da morte de Sto. Antônio foi comemorado com trezena, missa solene à grande orquestra e procissão. A 15 de agosto, Piaçaguera teve a ventura de pela primeira vez ser celebrada uma missa em sua capela.

Aos 4 de fevereiro de 1932 tomou posse o novo Superior e vigário frei Angelo Funger. Ao fazer reparos nos telhados da igreja e dependências, frei Angelo convenceu-se da necessidade de uma completa restauração, e se não lhe coube realizá-la, todavia preparou-lhe o caminho. Os santistas receberam bem o caloroso apelo que em 22 de dezembro lhes dirigiu o dr. João Dalledonne, no intuito de interessá-los pela restauração. Em setembro de 1933 instalou-se a nova sacristia no lugar onde presentemente se acha, e no ano seguinte fez-se no altar-mor um trono de exposição, passando a imagem de Sto. Antônio para seu antigo lugar no fundo do retábulo. Frei Angelo modificou ainda os bancos no corpo da igreja, o que permitiu colocá-los de maneira a deixar ao meio um largo corredor, como é de costume.

Realizando-se o Capítulo Provincial em 14 de agosto de 1934, frei Angelo teve por substituto a frei Vicente Borgard. Um mês e pouco tinha passado depois de sua eleição quando, por decreto de 24 de setembro, o sr. bispo criou a paróquia de Guarujá. Com isto, a freguesia do Valongo ficou sensivelmente diminuída, pois deixou de pertencer a seu território toda a ilha de Sto. Amaro. No dia 29 de outubro, d. José Lara, depois de dez anos de administração, despediu-se de seus diocesanos para tomar posse da diocese de Caratinga, para a qual fora transferido pela Santa Sé.

No ano seguinte de 1935, frei Vicente iniciou a grande obra de uma completa restauração da igreja de Sto. Antônio e de suas dependências.

Iríamos muito longe se quiséssemos relatar pormenores na realização da magna obra começada em 15 de fevereiro com as primeiras demolições ao lado da igreja, nos fundos da torre.

Sejamos, pois, breves. Tornou-se necessário deitar abaixo a metade das dependências ao lado da igreja e desta a terça parte, seguramente, da parede lateral, lado da Epístola, que estava enormemente fora do prumo. Neste trabalho apareceram os vestígios de anteriores construções, um arco, por exemplo, na parede da igreja, no ponto onde estivera a capela de S. Benedito, e restos de alicerces no chão, sinais de reconstruções que o convento sofreu nos últimos anos do século XVIII. Foi descido também todo o telhado com o madeiramento, de modo que durante algum tempo os frades estiveram morando entre ruínas.

Mais fácil é demolir do que edificar. Para os franciscanos, então, vale isto de um modo particular. Donde tirar as dezenas de milhares de cruzeiros que a restauração ia custar? Só restava recorrer à generosidade dos santistas. É o que frei Vicente fez, coadjuvado eficazmente por seu companheiro frei Odorico Durieux.

Colocaram-se a serviço da causa os jornais, publicando artigos; o rádio espalhava notícias e apelos; organizaram-se comissões e bandos precatórios a angariar donativos; houve um chá-concerto (exma. sra. da. Bidú Sayão) no Miramar. Os religiosos guardam carinhosa gratidão aos srs. cel. Septímio Augusto Werner, cel. Sizino Colatino Martins Patusca. Os srs. Manuel Hipólito do Rêgo e Domingos Pimentel andaram pessoalmente com o Superior pelas casas de comércio, pedindo assinaturas no livro de ouro.

Frei Vicente teve o prazer de inaugurar no dia 6 de agosto de 1935 a imagem restaurada chamada Justiça Divina. É o corpo de N. Senhor do descimento da Cruz e pertencia ao convento, mas esteve guardado na Ordem Terceira, sendo reentregue pelo ministro Alexandre Chasseraux. Esta imagem fora conduzida em procissão por ocasião da epidemia em 1890. Feita a procissão, diminuiu o flagelo e semanas depois extinguiu-se de todo. Em 10 de abril do ano imediato, o vigário benzeu todo o Calvário com a dita imagem da Justiça Divina e as outras de costume.

Foi ainda em 1936 (17 de junho) que realizou-se a bênção da nova gruta de Lurdes, construída no vão direito do alpendre da igreja, conservando-se, porém, o arco do frontispício.

Prosseguiram sem interrupção as obras de restauração, ou melhor, de reconstrução. O coro da igreja foi feito de cimento armado; o batistério instalado à direita de quem entra; o púlpito passou para o lado do arco da capela dos Terceiros; o teto, antes abobadado, foi feito em plano; todos os altares sofreram consertos, em particular o altar-mor, com novo tabernáculo e trono de exposição.

Procedeu-se em seguida à pintura. O teto ostenta agora grandes quadros com motivos franciscanos e antonianos; os panos das paredes laterais do corpo da igreja, cor grená, levam uma discreta ornamentação chapeada de emblemas religiosos; os altares foram todos pintados em amarelo claro e ricamente dourados nas molduras e peças artisticamente talhadas; a iluminação é abundante.

Merecem especial menção os azulejos na capela-mor. Em cada lado, formando alta barra, vêem-se três quadros com cenas da vida do grande taumaturgo Sto. Antônio. Atraem a vista também os lindos vitrais na capela-mor e no corpo da igreja, todos com motivos antonianos e alusões ao convento.

Magnífico é o aspecto para quem pela frente entra na igreja iluminada. Não se espera semelhante beleza, em completo contraste com a simplicidade do frontispício. Sto. Antônio do Valongo é hoje não somente a mais antiga, mas também a mais bela igreja de Santos.

Resta ainda dizer algo sobre as dependências ao lado. Os frades continuam a morar nos cômodos restaurados pela Ordem Terceira em 1922. Na outra parte, completamente reconstruída, existe agora no pavimento superior um grande salão para reuniões e festas da Congregação Mariana e mais dois quartos. Na parte correspondente em baixo, fizeram-se também duas salinhas, mas a maior parte espera ainda o seu acabamento, para ser repartida em portaria e sala de visitas. Não estranhe o leitor, neste esboço, a falta de notícias sobre os trabalhos dos frades no desempenho do ministério sacerdotal, desde que de novo ocuparam a vetusta igreja conventual de Sto. Antonio. Seria enfadonho transcrever estatísticas.

Os franciscanos não vivem só para si, mas também para os outros e é lícito dizer que os religiosos de Sto. Antônio do Valongo não desmereceram, neste particular, a honra de serem filhos de S. Francisco, o "varão apostólico".

Além dos serviços ordinários na própria igreja conventual e paroquial, com sempre maior número de freqüentadores, que nela recebem os Sacramentos e ouvem a palavra de Deus, lembramos a direção de várias associações (Ordem Terceira, Congregação Mariana, Filhas de Maria, Apostolado), os centros de catecismo fora da matriz, as viagens às capelas e, enfim, o acompanhamento aos senhores bispos nas visitas pastorais.

***

Longos anos, mais de trezentos, percorremos neste esboço histórico do Convento de Sto. Antônio do Valongo de Santos. Os feitos gloriosos do passado são sempre incitamento para o presente e futuro.

***

Oxalá! Ao lerem os  santistas e demais brasileiros amantes das nossas tradições históricas - estas páginas - possam reavivar a lembrança dessas épocas de fé - que viram nascer e crescer o progresso de nossa Pátria - para nelas também se inspirarem a seguir o exemplo luminoso dos antepassados na aceitação viva, íntegra da Fé Religiosa, pela qual tanto se sacrificou o Taumaturgo de Lisboa e de Pádua.


Guardiões do Convento de Sto. Antônio de Santos

Além dos Guardiões citados nesta monografia, as tábuas capitulares conservadas facultam dar o elenco seguinte:

 

30-1-1773 - Frei Antônio de Nazaré Madeira
30-7-1774 - Frei Bento da Anunciação
13-12-1777 - Frei Manuel de S. Sebastião
8-5-1779 - Frei Manuel de S. Sebastião
6-10-1781 - Frei Manuel de Sto. Tomaz
22-2-1783 - Frei Manuel de Sto. Tomaz
21-8-1784 - Frei Manuel Luiz da Madre de Deus Teixeira
25-2-1786 - Frei José de S. Joaquim Cardoso
25-8-1787 - Frei Joaquim de Sant'Ana Silva
28-2-1789 - Frei José Carlos de Jesus Maria Desterro
28-8-1790 - Frei Fernando Antonio de Sta. Rita. Renunciou, sendo substituído, em 4-5-1791, por frei Martinho de Sta. Tereza
3-3-1792 - Frei Felipe Neri de Sta. Rosa
31-8-1793 - Frei Antônio Agostinho de Sant'Ana
24-9-1796 - Frei Inácio de Sant'Ana Flores
24-3-1798 - Frei Joaquim da SS. Trindade Neto
28-9-1799 - Frei João de Sta. Genoveva Rocha
28-3-1801 - Frei Joaquim da Ss. Trindade Neto
2-10-1802 - Frei Lourenço de S. Francisco de Paula
7-4-1804 - Frei Manuel do Cenáculo
1-10-1805 - Frei Lourenço de S. Francisco de Paula
11-4-1807 - Frei Francisco de Sta. Emerenciana
8-10-1808 - Frei João de Sta. Genoveva Rocha
14-4-1810 - Frei Manuel das Dores
12-10-1811 - Frei Manuel de N. Sra. das Dores
4-4-1813 - João dos Serafins
15-10-1814 - Frei Luís Gonzaga de Sta. Gertrudes
20-4-1816 - Frei Manuel do Amor Seráfico Marcondes
18-4-1818 - Frei Manuel do Amor Seráfico Marcondes
23-10-1819 - Frei Antonio do Menino Jesus
20-10-1821 - Frei João de Sto. Aleixo
26-4-1823 - Frei Antônio da Assunção. Renunciou, sendo substituído, em 18-10-1823, por frei José da Piedades. Este secularizou-se, entrando em seu lugar, aos 3-8-1824, frei Joaquim de S. Jerônimo
5-2-1825 - Frei José Carlos de Jesus Maria Desterro. Faleceu, sendo substituído, aos 22-10-1825, por frei Maurício da Incarnação
5-8-1826 - Frei Maurício da Incarnação
9-8-1828 - Frei Joaquim das Dores
13-2-1830 - Frei Manuel de Sta. Perpétua
20-8-1831 - Frei André da Paixão
23-2-1833 - Frei André da Paixão
23-8-1834 - Frei José do Paraíso Nazaré. Renunciou, sendo substituído, aos 6-3-1835, por frei Francisco da Piedade Peneda
27-2-1836 - Frei Francisco da Piedade Peneda. Foi deposto um mês antes do Capítulo, por ser português, sendo substituído, aos 3-4-1838, por frei Bernardo da Purificação
7-4-1838 - Frei Joaquim de Jesus Maria
7-10-1839 - Frei Felix de Sta. Miquelina
24-4-1841 - Frei Felix de Sta. Miquelina. Renunciou, sendo substituído, aos 24-4-1842, por frei João de Sto. Aleixo
31-10-1842 - Frei João de Sto. Aleixo
30-10-1847 - Frei Joaquim das Dores. Renunciou, sendo substituído, aos 23-6-1848, por frei Luiz de Sto. Ambrósio
22-5-1849 - Frei Francisco de S. Diogo
19-8-1850 - Frei Luiz de Sto. Ambrósio
17-2-1852 - Frei Manuel de Sta. Delfina
28-11-1854 - Frei Manuel de Sta. Isabel Brandão
1-3-1856 - Frei Antônio do Lado de Cristo
12-9-1857 - Frei Antônio do Lado de Cristo
5-3-1859 - Frei Miguel de Sta. Rita. Renunciou depois de três meses
24-8-1922 - Frei Paulo Luig
23-9-1923 - Frei Redempto Kullmann
3-2-1924 - Frei Lucinio Korte
14-3-1926 - Frei Jacob Hoefer
2-2-1929 - Frei Bemvindo Destefani
11-2-1932 - Frei Ângelo Funger
6-9-1934 - Frei Vicente Borgard
9-2-1941 - Frei Vito Berscheid
21-2-1943 - Frei Benigno Vodonis
18-2-1945 - Frei Aurélio Stulzer
25-1-1948 - Frei Waldomiro Shatas
30-3-1952 - Frei Osmar Dirks, que atualmente administra os destinos espirituais do Convento e Paróquia de Sto. Antônio do Valongo.

[73] Não compreendemos a intervenção do juiz de capelas, sendo a igreja da Província e os Terceiros depositários responsáveis perante o Provincial. Quanto à condição estabelecida, nada encontramos nos documentos do antigo arquivo da Província.

[74] Promessa, Reminiscências, pág. 64.

[75] Frei Diogo, Resumo Histórico, pág. 78.

[76] A. G. S. J., Padre Taddei, pág. 103.

[77] As notícias referentes ao restabelecimento dos franciscanos tiramos todas da Crônica do Convento de Sto. Antônio do Valongo.

Leva para a página seguinte da série