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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - PROCISSÕES - 6
Procissão das Almas Vivas - A

Também deixou de ser realizada (em 2004) a procissão das Almas Vivas, também chamada de Procissão da Piedade. A bandeira vista na primeira foto foi levada para o Museu de Arte Sacra de Santos:


Saída da procissão, na capela do Cemitério da Filosofia, em 2004
Foto: acervo do professor e pesquisador Francisco Carballa

A procissão das Almas Vivas

Francisco Carballa (*)

Ocorreu sempre no dia 2 de novembro, no cemitério da Filosofia (Saboó), a popular "procissão das almas", conforme foi alcunhada pelos devotos. Seu início foi em 1977, quando foi retomada essa devoção com o empenho do frade Francisco Marcochi (Ordem Franciscana), e Francisco Vázquez Carballa.

Saía às 12 horas, seguindo a via central da necrópole, retornando para a capela de Nossa Senhora da Piedade, invocação mariana oraga dessa mesma capela, e que era colocada em um andor com seu grande manto de veludo. À frente era levada a bandeira das almas, nesse estandarte estava a figura das almas aflitas no purgatório sendo resgatadas por Jesus Cristo e sua mãe, e era usada a matraca para abrir o caminho e chamar a atenção.

Em 1980 a mesma devoção passou a sair logo após a última missa, geralmente as 16 horas. Os hinos cantados eram a "Esperança do Cristão" ("Com minha mãe estarei"), e o "Levantai-vos soldados de Cristo", parafraseando com os mistérios do terço.

Sabemos pelos mais antigos que tal procissão, no final do século XIX, saía da Igreja de Santo António do Valongo, até o cemitério, que possuía uma linda capela onde era venerado pelo povo o calvário formado pelo Senhor Crucificado, Nossa Senhora das Dores, São João Evangelista e Santa Magdalena (todas em gesso), quando os fiéis passavam por trás do altar e tocavam no madeiro.

Essas imagens foram levadas para o Valongo e seu paradeiro hoje é ignorado; essa capela foi demolida e outra, muito simples, foi erguida em seu lugar.
A procissão tinha até uma confraria, na qual seus membros usavam uma fita roxa com um crucifixo pendente. Sua última realização foi em 2004.

(*) Francisco Carballa é professor e pesquisador em Santos.






A procissão, no Cemitério da Filosofia, em 2004
Fotos: acervo do professor e pesquisador Francisco Carballa

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