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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - COMÉRCIO
Galerias enfrentam os centros comerciais

Na época, era loucura um comerciante deixar o centro santista e se estabelecer junto à praia

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Matéria publicada em 18 de junho de 1988 no suplemento especial Gonzaga - 100 anos - do jornal santista A Tribuna (página 16):


A Galeria Ipiranga foi a pioneira no Gonzaga, abrindo caminho para outras
Foto: Tateo Ikura, publicada com a matéria

Galerias inovaram no visual e atendimento

As galerias do bairro (N.E.: do Gonzaga), cada uma com sua característica, vêm se mantendo ao longo dos anos, apesar da concorrência dos grandes e luxuosos shoppings. É bem verdade que, para isso, foram obrigadas a uma adaptação à nova realidade.

Apesar da evolução e da diversificação do comércio, estes centros de lojas ainda são um bom negócio e desempenham bem seu papel. Não há quem não conheça a Caléche, da Galeria Ipiranga.

Da mesma forma que a Ipiranga destaca-se pela venda de roupas e calçados, desde as mais finas às populares, a Campos Elísios é procurada pelas bijuterias; a 5ª Avenida pelos artigos esportivos; a AD Moreira pelos importados; a Queiroz Ferreira pela moda jovem da Mac Chad. Nem que seja para tomar um cafezinho, o santista recorre às galerias.

Os próprios lojistas admitem que não foi fácil acompanhar a evolução e só conseguiram crescer às custas de muito trabalho.

Pioneirismo - A Galeria Ipiranga está na lembrança de todos como a pioneira. Foi ali, no final da Avenida Ana Costa, que apareceu o primeiro centro de compras, com um novo visual, atraindo a curiosidade e servindo de chamariz.

Além das compras e do passeio nas tardes frias e chuvosas, a Ipiranga servia de ponto de encontro de jovens. O namoro, o bate-papo, o simples lanche ganhava sabor especial. Era o ponto de badalação.

A evolução foi responsável por muitas mudanças. Hoje os grupos de jovens freqüentam os shoppings, mas os lojistas garantem que as galerias não perderam a freguesia.

O sócio-proprietário da Caléche, Antônio Martins, sente-se privilegiado por ter sua butique há 18 anos na Galeria Ipiranga, inclusive com vitrines para a Avenida Ana Costa. "Conseguimos manter a freqüência", diz, "porque a variedade de produtos é grande. Na Ipiranga existem lojas com artigos dos mais finos aos populares. E a ciência é manter qualidade, beleza da moda, lançamentos novos".

Outro importante fator, para Soledad Regis, proprietária da butique Del Fuego, é preço. "Enquanto os shoppings são obrigados a repassar os altos custos de aluguel e condomínio para as mercadorias, colocamos produtos de mesmo nível a preços mais acessíveis".


Reunindo comodidade e comércio diversificado, as galerias se firmaram
Foto: Tateo Ikura, publicada com a matéria

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