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HISTÓRIAS E LENDAS DE CUBATÃO - FAUNA
Animais passeiam pela política municipal (5)

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Não bastasse o tucano ser símbolo de um partido político nacional, e o guará vermelho ter se tornado o símbolo da recuperação ambiental cubatense, aves raras e outros animais também fazem suas visitas ao prédio do Legislativo municipal, às indústrias locais e aos parques ecológicos, tornando-se notícia na imprensa regional. Símbolo da recuperação ecológica do município, a reprodução de aves raras se torna notícia, como a destacada no jornal santista A Tribuna, em 16 de outubro de 2000:


A maguari é uma espécie de garça de grande porte
Foto: divulgação, publicada com a matéria

Biólogos descobrem ninhal de garças-maguari

Robson Silva e Silva e Fábio Olmos estudam a avifauna dos manguezais da região com o apoio da Ultrafértil

Os biólogos Robson Silva e Silva e Fábio Olmos fizeram outra descoberta notável na região de manguezais de Cubatão e Santos, que demonstra a importância da área para a biologia mundial, uma vez que tem mais espécies que o pantanal matogrossense: encontraram um ninhal da garça-maguari (nome científico Ardea cocoi). Trata-se de uma espécie de garça de grande porte (1,20 metro de altura) que habita praticamente todo o continente sul-americano, podendo ser encontrada nos rios, mangues, pântanos, brejos e outros ambientes aquáticos.

Nos manguezais de Cubatão e Santos esta é uma das 200 espécies de aves já registradas pelos biólogos Robson Silva e Silva e Fábio Olmos, que estudam a avifauna da região, com o apoio da Ultrafértil. A presença dessa variada espécie demonstra os avanços da recuperação ambiental dessa região industrial do Litoral Paulista.

Ao contrário das outras garças, a maguarai apresenta números pequenos. Por exemplo: há em média 10 garças-azuis para cada garça-maguari encontrada na região. A maguari é a maior garça em tamanho já vista na região, chegando a 1,20 de altura e a pesar 3 quilos, pois se alimenta de peixes grandes, como paratis e tainhas.

Até 1997, os biólogos não haviam comprovado a reprodução desta garça nos manguezais da região.

Surpresa - Mas, recentemente, tiveram uma surpresa. Encontraram o ninhal numa área de difícil acesso, no interior de uma das ilhas dos mangues, a Ilha Piaçagüera.

Em toda a região, eram conhecidos cinco ninhais, dos quais apenas um constituído por garças-brancas-pequenas, garças-brancas-grandes, socós-dorminhocos e socós-caranguejeiros.

O mais interessante é o fato deste ninhal ser excluído das maguaris, sendo que normalmente esta espécie se reproduz juntamente com outros tipos de garças e aves pernaltas, conforme já observado no pantanal matogrossense.

"Este ninhal nos chamou a atenção por ser formado apenas de garça-maguari e também por ser o único conhecido em todo o Litoral do Estado de São Paulo", diz o biólogo Robson. A reprodução destas garças é totalmente independente das outras, tanto nos aspectos de área como na época utilizada.

Enquanto as demais espécies de garças, socós e guarás se reproduzem no final do ano, nas estações da primavera e verão, a maguari se reproduz no inverno. Os biólogos encontraram cerca de 24 ninhos por temporada, sendo que em média a postura é de dois ovos de cor azul clara para cada ninho. Subir nestes ninhos não é tarefa fácil para os pesquisadores, pois estão sobre árvores em alturas variando entre 10 e 18 metros e normalmente em galhos secos.

Os principais predadores, neste período, são os urubus e carcarás, que atacam os ovos e filhotes pequenos.

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