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Vila Ema (1)

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Matéria  publicada no site do jornal santista A Tribuna na terça-feira, 16 de julho de 2013:

 

Área verde tem sido desmatada e demarcada para, futuramente, abrigar novas moradias (sem autorização)

Foto: Walter Mello, publicada com a matéria

Área de preservação

Invasões de terra aumentam em São Vicente e Cubatão e preocupam

Victor Miranda e Tatiane Calixto

Da Redação

A história se repete. Mas, dessa vez, com a possibilidade de um final diferente. Região com mais de 103 mil habitantes, mais da metade da ocupação da Área Continental de São Vicente teve início de forma irregular. Um processo que continua ainda hoje, especialmente na Fazendinha, que tem proteção ambiental legal mas não passa ilesa das invasões.

Uma área verde que acompanha a margem esquerda de quem vai do Samaritá para a Vila Emma, pelas avenidas Teresina e Antonio Vitor Lopes, tem sido desmatada e demarcada para, futuramente, abrigar novas moradias. Tudo sem a devida autorização ambiental. O trecho tem mais de 650 metros de extensão.

Na área situada já na chegada da Vila Emma, há cerca de 10 imóveis que são ocupados há pelo menos seis anos. Os demais foram erguidos principalmente do ano passado até hoje. A Prefeitura não sabe ao certo quantas são as moradias em questão, mas estima que passem de 300.

No último final de semana, os moradores dos arredores ficaram assustados com o movimento na área verde. "Eles chegavam com foices, facas, pás. Em dois dias desmataram uma área enorme", relata uma dona de casa, moradora de um dos conjuntos habitacionais do Samaritá.

Praticamente todos que conversaram com A Tribuna pediram anonimato. Além do medo de colaborarem com uma denúncia, eles relatam que a maioria das pessoas que participavam dos atos não é conhecida da comunidade. "Não posso garantir que não seja morador daqui. Mas eu passei três vezes de bicicleta e não vi ninguém familiar", comenta um porteiro morador da Vila Emma.

Apesar do apetite por desmatar, eles não eram muitos. "Devia ter umas 12 famílias", alega uma testemunha. A população garante ter entrado em contato com a Polícia Ambiental. No entanto, ouviram como resposta que não havia viatura disponível para o patrulhamento.

Nesta segunda-feira, A Tribuna esteve no local e constatou que a mata mais próxima à pista está com uma composição bem diferente do restante da área, o que indica ter sido desmatada recentemente. Além disso, em vários pontos é possível observar fitas zebradas demarcando terrenos. A invasão do lado da Vila Emma é muito mais avançada do que na região do Samaritá.

30 registros em Cubatão - Quase 90% dos autos de infração expedidos pela Polícia Ambiental em Cubatão estão relacionados a desmatamento para a construção irregular de moradias. De acordo com o tenente Eric Nelson Cardoso Hoffmann, da 1ª Companhia do 3º Batalhão da Polícia Ambiental, houve 30 autos neste ano.

Até o início do mês, as autuações já representavam 63% do total de 2011, quando foram registradas 47 infrações, boa parte nas vilas dos Pescadores e Esperança, segundo Hoffmann.

Na área conhecida como Sítio do Tenente, na Vila dos Pescadores, e no Caic, no Complexo da Vila Esperança, moradias tomam espaços fundamentais para os projetos de reurbanização.

No Caic, famílias foram removidas para o Conjunto Imigrantes I e II. A intenção é que se abra um espaço no bairro, para construção de unidades habitacionais destinadas às pessoas de outras áreas do núcleo, criando um novo espaço para ser urbanizado e assim por diante.

O mesmo acontece com o Sítio do Tenente, que é, inicialmente, a grande esperança de os moradores da Vila dos Pescadores verem a reurbanização sem a necessidade de sair do bairro ou depender de abrigos.

Para enfrentar o problema, a Administração Municipal nomeou recentemente uma Comissão de Contenção às Invasões de Áreas Públicas. O grupo é formado por representantes de diversas secretarias e terá a função de tomar providências para evitar ações do tipo.

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