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MAPAS DE SANTOS
Americae Sive Novi Orbis, de Ortelius, 1592

Com pequenas diferenças em relação ao produzido em 1571, e gravado em chapa de cobre de 36 x 48 cm, com textos em latim, este mapa, intitulado Americae Sive Novi Orbis, Nova Descriptio, foi publicado em 1592 no Theatrum Orbis Terrarum Antwerpen (famoso atlas editado desde 1570 na Antuérpia por Plantin Press), sendo considerado por especialistas como o mais belo mapa do hemisfério ocidental produzido no século XVI. É o terceiro mapa de Ortelius sem uma protuberância na costa da América do Sul.

Abraham Ortelius foi um famoso cartógrafo flamengo, nascido em 14/4/1527 e falecido em 28/6/1598. Ele foi bastante influenciado pela projeção cartográfica de Mercator, e teve o mérito de ser o primeiro cartógrafo a perceber a coincidência de linhas entre os continentes, propondo a teoria da derivação continental. Seu atlas continuou sendo publicado até 1620, mesmo após a morte do cartógrafo. Clique >>aqui<< ou na imagem abaixo para ampliá-la:

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Imagem: Antiquariaat Sanderus, Ghent, Bélgica

Esta é outra versão do mesmo mapa, criada em 1592, com diferente colorido. Clique >>aqui<< ou na imagem abaixo para ampliá-la:

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Imagem: Antiquariaat Sanderus, Ghent, Bélgica

No detalhe da imagem acima, é possível observar em duas posições o topônimo C. Frio (Cabo Frio, na costa do Rio de Janeiro), junto com outras denominações, como as ilhas Trindade e Ascensão, e já na parte verde o nome Morpion, termo misterioso incluído em diversas cartas marítimas da época, e que vários historiadores acreditam se referir à ilha de São Vicente, no litoral paulista, onde se situam agora as cidades de Santos e São Vicente.

Note-se que, a partir do Tratado de Tordesilhas, firmado em 1494, a possessão portuguesa no litoral brasileira ia até Santa Catarina, e aqui ela aparece portanto reduzida para acima de São Vicente, com o território brasileiro terminando junto ao Trópico de Capricórnio (paralelo 23º27' Sul), em erro que tanto pode ser atribuído às falhas na determinação astronômica de posição como às pressões dos governos quanto aos limites geográficos das possessões sulamericanas:

Imagem: Antiquariaat Sanderus, Ghent, Bélgica

 

Esta edição é de 1595, com 35,5 x 48,0 cm, correspondendo à última das três matrizes, todas gravadas por Frans Hogenberg, já sem a protuberância na América do Sul. Existe gravada a data de 1587 no canto direito, e exemplos do mapa aparecem em atlas do mesmo ano.

 

Imagem: Altea Gallery, de Londres, Inglaterra