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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - EMISSÁRIO
Geisel inaugura emissário de esgoto (7)

Desde 1978, uma polêmica se formou: o que fazer com a plataforma?
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Origem de uma polêmica que atravessou as décadas seguintes - o que fazer com a plataforma resultante do enrocamento protetor das tubulações - o emissário submarino de esgotos na praia do José Menino foi inaugurado solenemente em 1978 com a presença do presidente da República, Ernesto Geisel, que também esteve nesse dia em Cubatão para inaugurar um laminador de aço e as obras do terceiro estágio de expansão da Cosipa.

Em 1998, duas décadas depois, a Prefeitura Municipal de Santos contava assim, em página Web na Internet, a história do emissário:

Emissário Submarino

O Emissário foi inaugurado em 21 de julho de 1978 com a presença do então presidente da República, general Ernesto Geisel. Sua construção passou a ser necessária para melhorar as condições sanitárias e a balneabilidade das praias. Na época, o Estuário e a Zona Noroeste ainda não contavam com o sistema de coleta de esgoto e a forma utilizada já causava problemas.

O Emissário e o Interceptor Oceânico que conduziriam o esgoto de Santos até o alto-mar começaram a ser projetados pela antiga Superintendência do Saneamento da Baixada Santista (SBS), em 1969.

Imagem publicada com a matéria

O Interceptor construído sob a faixa de areia possui uma extensão de 4.900 metros e está instalado numa profundidade que vai de dois a quatro metros. Sua função é recolher as águas dos canais de drenagem.

O sistema de tratamento de esgoto do Emissário tem capacidade para atender a uma população de 2 milhões de habitantes, com uma vazão de 7 mil litros de esgoto por segundo. Inicia na praia do José Menino, ao lado da Ilha Urubuqueçaba, e se estende cerca de 3.900 metros mar adentro. Atende as cidades de Santos e São Vicente.

A plataforma tem 400 metros de comprimento por 10 de largura. Na década de 80, várias sugestões para a utilização do local foram levantadas, entre elas, um estacionamento de ônibus de hóspedes de hotéis da orla e a instalação do Playcenter e circos Tihany, Orlando Orfei e Vostok.

Um dos projetos não concretizados para o local foi assim descrito, nas edições impressa e eletrônica do jornal santista A Tribuna de 12 de março de 2005:


UM PRIVILÉGIO – Plataforma do Emissário Submarino pode ter projeto de Oscar Niemeyer.
O objetivo é que a Cidade tenha uma obra nos moldes da Ópera de Arame, de Curitiba,
ou do Teatro da Ópera, de Sidney
Foto: Anésio Borges, em 16/9/2004, publicada com a matéria

Sábado, 12 de Março de 2005, 07:30
ARQUITETURA
Niemeyer assinará projeto para Emissário

Obra deve ser nos mesmos moldes do Teatro da Ópera, da Austrália

Da Reportagem

A Plataforma do Emissário Submarino pode receber um projeto de Oscar Niemeyer. A informação foi revelada na tarde de ontem pelo prefeito João Paulo Tavares Papa (PMDB) e confirmada pelo arquiteto. O objetivo é oferecer à Cidade uma obra nos moldes da Ópera de Arame, de Curitiba, ou do Teatro da Ópera, de Sidney, capital da Austrália.

Os estudos já foram iniciados, segundo Niemeyer. "Mas ainda é cedo para entrar em detalhes. Nada foi definido. Acredito que dentro de 15 dias já teremos um esboço sobre o assunto", disse ontem o arquiteto, por telefone, em seu escritório no Rio de Janeiro.

O prefeito lembrou que o equipamento tem mais de 20 anos, e vários projetos para o local não foram levados adiante. Papa ainda ressaltou que, com a suspensão da construção do Museu Pelé, ele busca uma obra que valorize o Emissário Submarino, que possui 43 mil metros quadrados de área.

De acordo com o prefeito, o arquiteto "está motivado em fazer um projeto de peso, uma marca forte para a Cidade e para o Brasil, aqui no Emissário Submarino".

Segundo o arquiteto, que confirmou ter tido dois contatos com o prefeito santista, ainda não há em sua agenda uma data definida para uma visita a Santos.

Papa disse que, nos contatos com Niemeyer, o arquiteto se mostrou bastante interessado pelo projeto. "Eu acho importante uma marca com a assinatura do Niemeyer, porque ele é um ícone da arquitetura mundial hoje. Seria importante para Santos essa obra."

Desfavelamento - Papa revelou também que esteve na última quinta-feira em Brasília mantendo contatos com representantes do Banco Mundial para buscar recursos para a continuação das obras de infra-estrutura e construção de habitações populares no Dique da Vila Gilda e Vila dos Criadores, na Zona Noroeste. Papa disse que o objetivo do financiamento é erradicar as favelas da Cidade. "Esse é o grande desafio dos próximos anos."

Segundo o prefeito, a obra é estimada em mais de US$ 45 milhões, e a verba pode ser liberada dentro de um ano. "Esse é um prazo ambicioso, pode ser um prazo maior. Mas representantes do Banco Mundial me disseram que gostaram da proposta feita por Santos e que o banco tem condições de colocar o programa como prioritário."

"Quando você pega esse tipo de financiamento", continua o prefeito, "em que a obra é muito grande e tem fases bem definidas, o importante não é você terminar em um governo, mas garantir a continuidade da obra".

O programa irá beneficiar cerca de 4.500 famílias na Vila Gilda e outras 300 famílias na Vila dos Criadores, segundo a Companhia de Habitação da Baixada Santista.


Depois de ver frustrada a idéia de construir o Museu Pelé no Emissário,
Papa quer obra "de peso"
Foto: arquivo, publicada com a matéria

Sábado, 12 de Março de 2005, 07:31
Uso da área gera polêmica desde 1996

O Emissário Submarino já foi alvo de outras tentativas de utilização de seu espaço. Entre elas, a instalação do Museu Pelé e de um parque temático do empresário Beto Carrero. Porém, as tentativas esbarraram em contestações de munícipes e do Ministério Público para o uso da área, que tem restrições ambientais.

No final de 1996, o empresário Beto Carrero assinou contrato com a Prefeitura para a construção de um parque temático na Plataforma do Emissário. Mas, em janeiro de 1997, a concessão da área foi suspensa e a licitação cancelada no final daquele ano.

Em janeiro de 2003, as obras para construção do Museu Pelé chegaram a ser iniciadas, mas um mês depois o Ministério Público Federal moveu uma ação pedindo a paralisação dos trabalhos, alegando que o local é de uso coletivo e não contava com Estudo de Impacto Ambiental.

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