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SANTOS DE ANTIGAMENTE
Páscoa dos militares, em 1952

Num tempo em que a religião católica era praticada por quase a totalidade da população, eram comuns em Santos cerimônias como esta celebração pascoalina, registrada pelo jornal santista A Tribuna no dia 1º de junho de 1952, em sua última página (ortografia atualizada nesta transcrição):


Imagem: reprodução parcial da página com a matéria

Realizada ontem a Páscoa dos Militares

Redundou em cerimônia de alta significação cívico-católica a Páscoa dos Militares, levada a efeito ontem, com início às 8,30 horas, em frente à Catedral, sob os auspícios da União Católica dos Militares, pelo seu Centro local, e que congregou elementos do Exército, Marinha, Aeronáutica, Força Pública e Polícia Marítima.

A cerimônia de ontem ultrapassou, em brilho, a realizada no ano passado, também sob os auspícios da União Católica dos Militares. Em frente ao nosso principal templo religioso foi armado um altar, encimado por uma grande cruz, onde o coronel padre Pheeney, capitão-chefe do Serviço de Assistência Religiosa da Armada, celebrou missa. Em comovedora oração, falou o padre Edmundo Cortes, capitão-capelão da Guarnição de Santos.

Durante a tocante solenidade fez-se ouvir um coro de 1.000 vozes de soldados, cantando as músicas sacras programadas, destacando-se o Hino do Soldado Católico e Pátria Católica, composição do padre Cortes, acompanhados pela banda do III/4º Regimento de Infantaria.

Na hora da consagração, a banda de clarins da Força Pública executou "Trompetes de prata", do maestro Perosi. Aos comungantes e seus familiares, o Centro local da União Católica de Santos ofereceu um lanche, nos salões do Nacional A. Clube, gentilmente cedidos pela sua diretoria.

-- No clichê, dois detalhes da cerimônia.

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