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SANTOS DE ANTIGAMENTE
Terminal do Valongo da E.F. Santos-Jundiaí (2)
Estação terminal (gare) de Santos da ferrovia São Paulo Railway, depois Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, no Largo Marquês de Monte Alegre (bairro do Valongo), no início do século XX:


Foto: coleção Allen Morrison, de New York/EUA, enviada por Arsenio Fornaro, de New Jersey/EUA

O local, em foto de José Marques Pereira, publicada em 1902:


Estação da S. Paulo Railway Company, em Santos
Foto publicada na edição especial da Revista da Semana/Jornal do Brasil de janeiro de 1902

A estação, prestes a ser inaugurada em 1865:


Estação de trem da São Paulo Railway Co., em foto de Militão Augusto de Azevedo
(albúmen com 18,2 x 23,8 cm. Acervo Museu Paulista)
Imagem reproduzida no livro Santos e seus Arrabaldes - Álbum de Militão Augusto de Azevedo, de Gino Caldatto Barbosa (org.), Magma Editora Cultural, São Paulo/SP, 2004

Sobre esse local e as fotos feitas em 1865, escreveu o arquiteto Gino Caldatto Barbosa, no livro Santos e seus Arrabaldes - Álbum de Militão Augusto de Azevedo, em 2004:

"Em 1865, a estação de trem da empresa São Paulo Railway, marco zero da ferrovia no Estado, estava quase concluída. É possível que na inauguração do primeiro plano inclinado já estivesse com as obras bem avançadas. Com feições neoclássicas, evocava a inovação estilística da arquitetura ferroviária, que se encontrava em fase de implementação na linha férrea de Santos a Jundiaí. Havia sido construída no bairro do Valongo, entre o Porto do Bispo e a igreja dos franciscanos, no local do antigo convento. Desprezado pelos frades, a compra de parte da arquitetura religiosa pelo barão de Mauá, para as obras da estação, só não incluiu a igreja por intervenção dos representantes da Ordem Terceira, episódio que reuniu adeptos na comunidade e gerou desgaste na imagem da companhia inglesa em Santos.

"Projetada na Inglaterra, a edificação de dois pavimentos se destacava das demais construções ferroviárias ao longo da linha implantada no Estado de São Paulo, geralmente caracterizada por pequenas estações térreas, com telhado de duas águas margeando os trilhos. No final do século XIX, passou por ampliações, em que foram acrescentadas as mansardas na cobertura que preserva ainda hoje.

"Os vestígios do que restou do convento são notados no registro que Militão deixou da estação, à direita da imagem. A leitura do conjunto ferroviário é completada com a documentação do armazém e telheiro para máquinas, situados nas proximidades do atracadouro de navios, talvez um indício da orientação do trabalho do fotógrafo para uma encomenda específica. Na imagem da estação, o enquadramento da cena apregoa um vínculo simbólico do momento captado. O novo edifício parece avançar sobre a cidade, superando barreiras, numa espécie de metáfora do progresso em que a ruptura da História se impõe a qualquer preço".


Armazém e Telheiro para máquinas, em foto de Militão Augusto de Azevedo
(albúmen com 16,7 x 23,1 cm. Acervo Museu Paulista)
Imagem reproduzida no livro Santos e seus Arrabaldes - Álbum de Militão Augusto de Azevedo, de Gino Caldatto Barbosa (org.), Magma Editora Cultural, São Paulo/SP, 2004