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ROTA DE OURO E PRATA - ARMADORAS
Pinillos y Izquierdo


Pôster da Pinillos y Izquierdo

Imagem: Historia y Arqueología Marítima (acesso: 7/7/2013)

A armadora Pinillos y Yzquierdo y Cia., fundada em Barcelona em 1884 por Antonio Martinez de Pinillos y Izquierdo, entrou a operar na linha para a costa Leste da América do Sul em 1908, com as viagens inaugurais do par de navios gêmeos Cadiz e Barcelona. Foi assim a segunda armadora espanhola a servir regularmente (carga e passageiros) a rota sul-americana do Atlântico.

Para o serviço dessa linha do Brasil e do Prata, foram ordenados, em 1911 e em 1913, dois novos transatlânticos de porte médio e capacidade mista: o Infanta Isabel e o Principe de Asturias. Estes vapores realizaram suas respectivas viagens inaugurais entre Barcelona e Buenos Aires (via escalas intermediárias em outros portos meridionais da Espanha, Rio de Janeiro, Santos e Montevidéu) em setembro de 1912 e agosto de 1914.

Este par de transatlânticos, vista a condição de neutralidade assumida pela Espanha na Primeira Grande Guerra, continuou a efetuar a ligação transoceânica para a América do Sul durante todo o período bélico.

As principais características do par eram: duplos hélices, fundo duplo do casco, ventiladores elétricos em todos os salões públicos e nos camarotes de 1ª classe. Estes últimos eram todos externos, alguns do tipo apartamento de luxo (com sala, dormitório e sala de banho), outros com dormitório e banheiro. As saídas de Barcelona e Buenos Aires eram feitas no dia 17 de cada mês e em ambos os sentidos a travessia completa de ponta a ponta durava exatamente 30 dias.

O Principe de Asturias protagonizou em março de 1916 o maior desastre marítimo jamais ocorrido nas costas brasileiras, pelo número de vítimas fatais, ao afundar próximo à ilha de São Sebastião (SP).


"Valbanera - Este é o navio preferido de meu amigo espanhol Fernando José García Echegoyen, que pesquisou exaustivamente sobre os mistérios que envolvem o naufrágio desse belo navio da Pinillos Izquierdo, ocorrido em 9 de setembro de 1919, num ponto entre Santiago de Cuba e Havana, matando 488 pessoas, entre passageiros e tripulantes. Fernando García escreveu um dos mais belos e completos livros de naufrágios que conheço, El Misterio del Valbanera. E tive a honra de receber um dos primeiros exemplares, com sua amável dedicatória. Mais sobre o Valbanera pode ser visto na página do escritor".

Imagem: Acervo José Carlos Silvares/fotoblogue Navios do Silvares (acesso: 13/3/2006)

 


Navio Barcelona, da companhia espanhola Pinillos, Izquierdo y Compañia, lançado ao mar em 1908 junto com seu irmão-gêmeo Cadiz, para a linha Gênova, Barcelona, Cadiz, Las Palmas, Santos, Montevidéu e Buenos Aires, transportando imigrantes e carga. Construídos na Escócia, tinham 5.600 toneladas, 126 metros de comprimento e capacidade para conduzir 60 passageiros de primeira classe, 80 de segunda, 24 de terceira e 1.000 imigrantes. Em 1925 foram vendidos para a Compañia Oceánica, mas logo acabaram demolidos: o Barcelona em Baltimore, Estados Unidos, e o Cadiz em Savona, na Itália.

Imagem: Historia y Arqueología Marítima (acesso: 7/7/2013)

 


Navio Cadiz, da Pinillos, lançado ao mar em 1908 e demolido em 1925 em Savona, na Itália.

Imagem: Historia y Arqueología Marítima (acesso: 7/7/2013)

 

O transatlântico espanhol Infanta Isabel, da Pinillos, Izquierdo Y Cia., e que era semelhante ao Principe de Asturias. Esses navios mediam 140,05 metros de comprimento, deslocavam 8.371 toneladas e tinham capacidade para 1.044 passageiros em três classes

Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, postada na rede social Facebook em 5/12/2013

Texto: condensação de material publicado nas páginas referentes aos navios