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Edição 142 - Jul/2005
Metrópole

Guarujá espera investimentos

Com planejamento e parcerias, Município quer alavancar progresso

A Prefeitura de Guarujá formou grupo multidisciplinar, envolvendo as Secretarias de Turismo, Planejamento, Assuntos Jurídicos, Meio-Ambiente e Desenvolvimento Econômico, para elaborar uma carteira de projetos com as possibilidades de investimentos na "Pérola do Atlântico". Entre os planos, a construção de um píer público, revitalização dos fortes de Santa Cruz dos Navegantes e Vera Cruz, mais conhecido como Itapema, e sua integração no circuito Rabo do Dragão, com a criação do Parque da Serra do Guararu. Segundo informou o secretário Marcelo Pedroso, de Turismo, também estão sendo analisadas as áreas em condições de serem cedidas para a implantação de projetos, como a construção do centro de convenções.

"Vamos mostrar que Guarujá é uma cidade aberta aos investimentos, com possibilidades concretas de se realizar", disse Marcelo, frisando que o trabalho focará vários segmentos do turismo, como o ecológico, negócios, lazer, esportivo, gastronomia e náutico. "Somos uma ilha, numa posição que nos coloca muito próximo da Capital, e não temos sequer um píer público de atracação", constata o secretário, lamentando a impossibilidade de realizar passeios de escuna, por exemplo. "A orla precisa de uma padronização; os mirantes precisam de infra-estrutura. Vamos buscar parceiras para viabilizar esses projetos".


Ermida do Guaibê

Um ponto estratégico para ampliar a divulgação é a criação de um calendário de eventos. "Nosso programa de Verão para 2006 terá nova formatação, pois a atual não atende aos interesses da cidade, nem do Turismo. Vamos criar um grande evento que trabalhe nossa relação com o mar", disse: "Vamos desenvolver uma exploração do mar como atividade de lazer, esporte e cultura. Vários povos exploram essa relação e nós ainda não conseguimos fazer. Nós vivemos de costas para o mar".

No turismo ecológico e histórico, a definição do Parque da Serra do Guararu, na região conhecida como Rabo do Dragão, depende de parceria com o Governo do Estado. O parque envolveria a Ermida do Guaibê, uma igreja construída em 1550, Armação das Baleias, o Forte São Luís, às margens do Canal de Bertioga, e o Forte do Itapema. Entre outras ações da Secretaria de Turismo, conforme publicado na edição de junho do Perspectiva, está elaborando um roteiro que mostra as várias fases da Arquitetura na Cidade, incluindo construções ícones do modernismo, como o Edifício Sobre as Ondas, na Praia de Pitangueiras, e a Casa de Pedra, entre as Praias de Pitangueiras e Astúrias.


Ermida do Guaibê, Parque da Serra do Guararu: nos planos do secretário Marcelo


Resort na Praia de Pernambuco

Um dos investimentos que está sendo comemorado em Guarujá é o resort Jequitimar, na Praia de Pernambuco, que será construído pela Sisan, uma das 34 empresas do Grupo Silvio Santos. As obras somarão 39 mil m² de instalações, serão realizadas pela Construcap e terão início em agosto de 2005, com prazo de conclusão em dois anos. O resort ocupará terreno de 56 mil metros quadrados, onde funcionou o Jequitimar Praia Hotel, e a Ilha do Mar Casado, totalizando investimentos de R$ 150 milhões. 

O projeto arquitetônico é assinado pelo franco-suiço Michel de Fournier, e o estudo de viabilidade financeira foi feito pela agência espanhola HIA. O paisagismo será do escritório Burle Marx, enquanto a operadora dos serviços será a Sofitel, da rede Accor. O resort terá mini-piscinas com água doce à beira mar. Além de dois edifícios com 341 suites, serão construídos 40 bangalôs na encosta da Ilha do Mar Casado, em frente ao hotel. O lazer contempla 10 piscinas, seis quadras de tênis, quatro restaurantes. O centro de convenções terá capacidade para 1.800 pessoas.


Simulação da implantação

Projeto urbanístico na Enseada

Outro investimento destacado pelo secretário é o Guarujá Central Park, na Praia da Enseada, que, além do setor turístico, vai incrementar a população fixa para Guarujá. O empreendimento consiste num bairro planejado, em área de 494.000 m², que se estende do mar até o pé da serra, com normas rígidas de uso e ocupação e paisagismo. A gestão prevê a criação de uma Associação dos Amigos que cuidará da manutenção e atuará na segurança. A implantação é feita pela Sobloco, responsável pela Riviera de São Lourenço, em Bertioga, e o Parque Faber-Castell, em São Carlos, no interior de São Paulo. 

O projeto prevê áreas para diferentes formas de ocupação: residencial vertical, residencial horizontal e comércio e serviços. Os lotes residenciais para casas têm áreas de 500 até 1.215 metros quadrados. Os lotes para incorporações verticais são a partir de 1.430 metros quadrados. Os preços variam de acordo com o posicionamento do lote no empreendimento. Foram previstas, ainda, ruas em cul de sac, criando bolsões privativos, visando privacidade e segurança.

O empreendimento será dotado de completa infra-estrutura e está dividido em três zonas de ocupação: zona de baixa densidade (B2), onde o uso é restrito a dois pavimentos; zona de média densidade (M3), destinada a receber edifícios de até cinco pavimentos e zona de média densidade (M2), destinada a receber edifícios de até onze pavimentos. Ele conta ainda com um corredor especial, localizado na Avenida D. Pedro I, onde os terrenos, além do uso comercial já previsto, poderão também receber edifícios de até 11 pavimentos.

Fotos Imprensa-PMG, Sandra Netto e Divulgação