Edição 133 - Jul/2004

Cinco séculos de história

Roteiro envolve oito fortalezas e será operacionalizado a partir de 11/2004

Praias, matas, cachoeiras e trilhas ecológicas, além de toda as belezas naturais, a Baixada Santista tem cinco séculos de história que serão desvendados a partir de oito pontos turísticos. Trata-se do roteiro Circuito dos Fortes que começará a ser operacionalizado em 11/2004, conforme informou Carlos Zundt, diretor-técnico da Agência Metropolitana (Agem), integrante do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb). E, nesses cinco séculos de história, o Forte São João, em Bertioga, pode ser considerado ponto de partida para o circuito, uma vez que é o mais antigo do Brasil. Erguido em paliçada de madeira em 1532, ganhou solidez com armação de pedra a partir de 1547.

Construído em ponto estratégico, no canal de Bertioga, para defender as entradas das vilas de Santos, São Vicente e São Paulo de Piratininga de ataques de esquadras inimigas, sobretudo francesas e holandesas, o Forte São João, que era conhecido como Fortaleza de São Thiago, é considerado hoje o mais bem-preservado e visitado do País, recebendo turistas do mundo inteiro. 

Além do Forte São João (XVI), em Bertioga, o roteiro inclui a Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande (século XVI), Fortaleza dos Andradas (século XX), Fortaleza do Itapema (século XVI) e Forte São Felipe (século XVI), em Guarujá; a Casa do Trem Bélico (século XVII) e o Forte Augusto (século XVII), em Santos; e a Fortaleza de Itaipu (século XX), em Praia Grande.

Para definir os detalhes do programa, foi realizada reunião no dia 16/7/2004, na Casa da Cultura de Bertioga, envolvendo integrantes da Agem, agências de turismo da Baixada Santista, representantes de instituições ligadas ao projeto e gestores das fortalezas de Itaipu, Barra Grande, dos Andradas, Itapema, São João, São Felipe, da Casa do Trem Bélico e do Forte Augusto, e técnicos do Sebrae.

As discussões sobre o roteiro continuaram em reunião no dia 20, na Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, considerada baluarte de um complexo de fortificações erguidas para proteger o Porto de Santos e que permaneceu em atividade até 1905, quando perdeu seu valor estratégico para a Fortaleza do Itaipu, em Praia Grande, constituída pelo conjunto de três fortes: Duque de Caxias (1918), Jurubatuba (1919) e o general Rego Barros (1942), o último forte não-artilhado construído no Brasil.