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HISTÓRIAS E LENDAS DE PRAIA GRANDE - TRENS
Antigas estações ferroviárias: Pedro Taques

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A história desta estação foi assim registrada por Ralph Mennucci Giesbrecht no site Estações Ferroviárias do Brasil (atualização: 11/2/2013. Acesso: 14/5/2013):


Imagem: reprodução parcial da matéria original

E. F. Sorocabana (1929-1971) - Fepasa (1971-1998)

Pedro Taques

Município de Praia Grande, SP

Ramal de Juquiá - km 119,221 (1986)

SP-1417

Inauguração: 8/9/1929

com trilhos

Uso atual: moradia

Data de construção do prédio atual: anos 50

HISTÓRICO DA LINHA: O ramal foi construído pelos ingleses da Southern São Paulo Railway, entre 1913 e 1915, partindo de Santos e atingindo Juquiá. Em novembro de 1927, o Governo do Estado comprou a linha e a entregou à Sorocabana, já estatal, no mês seguinte.

O trecho entre Santos e Samaritá foi incorporado à Mairinque-Santos, que estava em início de construção no trecho da serra do Mar, e o restante foi transformado no ramal de Juquiá. A partir daí, novas estações foram construídas, e em 1981, o ramal foi prolongado pela Fepasa, já dona da linha desde 1971, até Cajati, para atender as fábricas de fertilizantes da região.

O transporte de passageiros entre Santos e Juquiá foi suspenso em 1997, depois de 84 anos. A linha seguiu ativa para trens de carga que passavam quase diariamente, transportando enxofre do porto para Cajati, até o início de 2003, quando barreiras caíram sobre a linha na região do Ribeira. O transporte foi suspenso e a concessionária Ferroban desativou a linha, que o mato cobriu rapidamente.

A ESTAÇÃO: A estação de Pedro Taques foi inaugurada como parada em 1929, com a quilometragem 27,450, já pela Sorocabana. Com o tempo desenvolveu-se ao seu redor um bairro que acabou designando a atual rodovia SP-55, que passa a seu lado, como nome popular (o nome correto é rodovia Manoel da Nóbrega, mas todos a conhecem como rodovia Pedro Taques). A estação fica ao lado da estrada, no seu km 293. O prédio que hoje está lá, certamente não é o original; seu estilo, bem feio, é o mesmo de algumas outras estações do ramal, que são similares e construídas no final dos anos 1950. "Há famílias morando nos dois blocos da estação. As janelas e portas que se abriam para a plataforma foram vedadas com alvenaria, a plataforma está coberta com mato e o telhado despencando, mas os blocos que servem de moradia estão razoavelmente conservados e limpos para o lado da rua. Na casa ao lado da linha, que aparentemente serviu de residência para o chefe ou agente da estação, também há uma família morando e a conservação é boa. A linha está sendo utilizada para composições de gôndolas carregadas com areia que seguem na direção de Itanhaém e é só o que vejo passar quando estou por lá" (Elias Vieira, 09/2001).

"Em frente à antiga Estação Ferroviária Pedro Taques, na Vila Caiçara, em Praia Grande, um longo trilho enferrujado é a imagem da situação de abandono da antiga linha ferroviária Santos-Juquiá, que ligava a Baixada Santista ao Vale do Ribeira. Enquanto autoridades discutem possíveis formas de aproveitamento do percurso, a comunidade, diante da ociosidade do espaço, passou a ocupá-lo da forma que lhe convém, transformando-o em uma extensão de suas residências. A própria estação de trem reflete o abandono da ferrovia. Destelhada e tomada pela vegetação, apresenta também sinais claros do processo de ocupação do espaço pela população. Como o local foi relegado ao esquecimento pela antiga concessionária, ex-funcionários da empresa hoje residem na sala onde, outrora, funcionou o guichê para venda de passagens. Além de servir de moradia, a área da ferrovia é usada, também, como pomar para o grupo, que plantou bananeiras, goiabeiras, mamoeiros e outras árvores. No mesmo bairro, há pelo menos duas áreas aproveitadas pela vizinhança para implantar um jardim público. Nos finais de semana, a área é tomada pelas crianças do bairro, que aproveitam os poucos trechos gramados para jogar bola. O amplo terreno sem postes da via ferroviária também é considerado ideal para empinar pipa. De carretel na mão e com os olhos voltados para o céu, os meninos ignoram o risco de acidentes na área, caminhando sobre os trilhos cobertos de ferrugem, com dormentes de madeira podres e presos por cravos expostos" (Pedro Cunha, A Tribuna, Santos, SP, 07/2004). "No meio do caminho, fizemos um retorno para fotografar o que restou dessa estação. Depois de horas e horas de estudos e comparações, cheguei à conclusão que se tratam das ruínas do que um dia foi a estação de Pedro Taques" (Rafael Asquini, 10/2007).

(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; José C. Vignoli; Rafael Asquini; Elias Vieira; Pedro Cunha, A Tribuna, Santos, 2004; Relatórios oficiais da E. F. Sorocabana, 1920-69; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)


ACIMA: A estação ainda em tempos de atividade (Cessão José Vignoli, data desconhecida)
Foto:publicado como a matéria

 


A estação, em18 de fevereiro de 1998

Foto: Ralph M. Giesbrecht, publicada com a matéria

 

A estação, em18 de fevereiro de 1998

Foto: Ralph M. Giesbrecht, publicada com a matéria

 

A estação, em 13 de agosto de 2001
Foto: Elias Vieira, publicada com a matéria

 

Restos da estação em 2007
Foto: Rafael Asquini, publicada com a matéria

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