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HISTÓRIAS E LENDAS DE PRAIA GRANDE
Uma história fúnebre

Autoridades pagaram enterro de um defunto inexistente

Os fatos foram narrados em verso pela professora e pesquisadora Graziella Diaz Sterque, em seu boletim Informativo Cultural, edição 27 (março de 1980), da Associação Centro de Estudos Amazônicos de Praia Grande (Aceam):

PRAIA GRANDE E SUA HISTÓRIA
"O conto do defunto"
(ou para os mais puros)
"O conto do anjinho"

No teatro da vida, uma comédia municipal, com personagens definidos: Dr. Wilson Guedes (no papel de Delegado); sr. Prefeito (no mesmo papel); Papa-Defunto (também autêntico no seu papel); Vereador José Gama (num papel em que damos vazão à criatividade e imaginação do leitor).

Cenários: Prefeitura Municipal x Casa do ator do conto (pai do anjinho); ambiente: Praia Grande, pioneira no lançamento do "Conto do Defunto"; continuísta-"script boy": poeta José Florindo, que reproduz através de sua sátira as proezas de um novo artista suburbano, porque, irmãos, artista não é só o que faz arte, é o que faz artimanha, também...

I

Usar subterfúgio,
   Exige muito cuidado,
      Substantivo que deixa,
         Qualquer homem arruinado

II

Errando por negligência
   Ou falta de probidade,
      Ninguém, em sã consciência,
         Deve ocultar a verdade.

III

Fugindo à realidade,
   Dissimulando amargura
      Operário desta cidade,
         Procurou a Prefeitura

IV

Falou a um vereador
   Simulou seriedade,
      Filha havia morrido,
         Estava em dificuldade.

V

Camarista deu dinheiro,
   Suavizando a tortura,
      Despesa dos funerais,
         Por conta da Prefeitura.

VI

O agente funerário
   Do caso encarregado,
      Não encontrou o cadáver,
         No local determinado.

VII

Ante a dificuldade,
   Para cumprir a missão,
      Procurou o pai do morto,
         Para orientação.

VIII

Na casa uma surpresa,
   Um caso sem precedente,
      Família em torno da mesa,
         Almoçando alegremente.

IX

Tal um bom jogador,
   Operário com muito jeito,
      Encobriu o vereador,
         Deu um drible no prefeito.

X

Delegado com destaque
   Estudou bem o assunto,
      Concluiu que esse achaque,
         É o "Conto do Defunto".

XI

Código Penal Brasileiro,
   Não prevê tal conto não,
      Campo livre para useiros,
         Não existe punição.

XII

Do leitor a opinião,
   Sobre o fato sucedido,
      A esse pai o perdão,
         Ou precisa ser punido?

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