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Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 12/06/04 01:48:36
FEBEANET
França, um país sério?

Entrou para o folclore brasileiro a declaração que supostamente o presidente francês charles De Gaulle teria feito sobre o Brasil, de que este não é um país sério. Se o disse, teria sido talvez com intenção de comentar como os brasileiros conseguem manter o bom humor, mesmo diante de tantos problemas que enfrentam. Só que agora, a situação se inverte, e é o caso de perguntar se a França é um país sério, diante do que tem acontecido em aeroportos franceses.

Primeiro, uma ala de aeroporto Charles De Gaulle (!!!), novinha em folha, desaba por falhas construtivas. Era de se esperar que existissem controles bem mais rigorosos que em obras comuns, não só por ser uma obra pública, mas por estar essa ala situada em um aeroporto internacional.


Cenas da busca pela maleta, no aeroporto francês
Captura de tela, Rede Globo de Televisão, programa Fantástico, 5/12/2004, 22h55

Agora, a polícia aeroportuária francesa é que esconde explosivos numa valise e a embarca em um vôo para algum lugar do mundo que eles não sabem dizer qual é. Apenas tranqüilizam o mundo: o detonador não foi junto (dizem eles...).

Aconteceu no dia 5 de dezembro de 2004, no aeroporto internacional da capital francesa. Para testar a acuidade olfativa dos cães farejadores que atuam na área, em busca de explosivos e drogas nas malas dos viajantes que por ali passam, a polícia teve a idéia de colocar explosivos numa valise, que por engano acabou sendo embarcada em um avião. Destino? Talvez Rio de Janeiro e São Paulo, talvez Nova York, talvez... etc.


Cenas da busca pela maleta, no aeroporto francês. Num avião da Varig, como este?
Captura de tela, Rede Globo de Televisão, programa Fantástico, 5/12/2004, 22h56

Constata-se então:

1) os cães farejadores franceses são incompetentes, pois nao farejaram a maleta com explosivos;


Cães farejadores, no aeroporto francês
Captura de tela, TV 5, da França, programa noticioso Le Journal, 6/12/2004, 01h43

2) os policiais franceses devem imaginar que os cães sabem ler, e não se atreveram a sinalizar a maleta com um aviso escrito sobre a existência dos explosivos (imaginaram talvez que os cães usariam sua capacidade de leitura, em vez do olfato. Ora, se é por isso, poderiam ter escrito o alerta em outro idioma que os cães não soubessem ler...


Cães farejadores, no aeroporto francês
Captura de tela, TV 5, da França, programa noticioso Le Journal, 6/12/2004, 01h43

3) naquele aeroporto francês, qualquer mala vai para bordo de um avião, mesmo sem ter os adesivos de praxe para identificação. Ou: quem teve a idéia de colocar adesivos comuns nessa mala perigosa? Será que ao menos colocou um do tipo: "Cuidado! Frágil!"?


Fala o coronel Richard Alexandre, chefe da Gendarmerie des Trasports Aeriens
Captura de tela, TV 5, da França, programa noticioso Le Journal, 6/12/2004, 01h43

4) a polícia aeroportuária francesa não teve ao menos a capacidade de colocar um dispositivo rastreador, que emita sinais eletrônicos para sua localização. Aquele botãozinho mesmo que nos filmes cômigos de espionagem alguém coloca na capa do sujeito que se quer seguir, para que ele fique transmitindo direto sua localização para um receptor, permitindo rastreá-lo... 


E a busca prossegue, também nos aviões da Air France...
Captura de tela, TV 5, da França, programa noticioso Le Journal, 6/12/2004, 01h44

Pois é. Com policiais assim, para quê terroristas? Foram farejadas possibilidades de tal história figurar em boa colocação neste Festival de Besteiras que Assola a Internet (Febeanet)...