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Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 09/25/04 14:27:59
FEBEANET
Matai-vos uns aos outros... (2)

Quatro décadas após a criação do Muro de Berlim, que durante 30 anos da chamada Guerra Fria dividiu a Alemanha em duas e separou rigorosamente as populações de Leste e Oeste, com todas as clássicas cenas de tentativas de atravessar essa barreira para reencontrar familiares do outro lado do muro, com centenas ou milhares de mortes, o mundo não aprendeu a lição. 

O mesmo mundo que condenou esse muro, afinal destruído com a derrocada da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), aceita passivamente que Israel, apoiada indiretamente pelos Estados Unidos, construa um novo muro para confinar a população palestina e consolidar a ocupação judaica de áreas que a própria Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece como sendo palestinas. E apesar de a Corte Internacional de Justiça já ter decidido pela ilegalidade do muro, como lembra um site italiano especialmente criado para protestar contra essa obra, Stop The Wall:

Diariamente, meses e anos a fio, chegam pela Internet e por todos os meios de comunicação imagens, sons e relatos do genocídio que ocorre na região - militares israelenses praticando a política do olho-por-olho-dente-por-dente contra mulheres e crianças palestinas, inclusive as já confinadas em campos de concentração, com o pretexto de coibir a ação das organizações terroristas palestinas e seus homens-bomba.

Na foto, um protesto pela construção do muro israelita na Palestina

O mundo já não condena tanto a ação de Hitler contra os judeus. Os israelitas, depois de construírem sua nação, estão fazendo com os palestinos tudo o que não querem que o mundo esqueça que sofreram na Alemanha até a Segunda Guerra Mundial.

E, desta vez, não há tribunais internacionais aos quais apelar. Impotente, a ONU assiste passivamente, diz que condena a ação israelense, mas se mantém apenas no terreno seguro das palavras vãs. Enquanto os delegados internacionais se reúnem, uma nação vai sendo exterminada. Não há pressões internacionais que levem a ONU a uma atitude mais decidida e eficaz para acabar com esses absurdos. Que, indiscutivelmente, também têm seu lugar de destaque neste Festival de Besteiras que Assola a Internet (Febeanet)...