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CULTURA/ESPORTE NA BAIXADA SANTISTA - POETIRMÃO
Roldão Mendes Rosa (5)

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Artigo publicado no jornal paulistano O Estado de São Paulo em 23 de dezembro de 1961, página 3 do Suplemento Literário (Acervo Estadão - ortografia atualizada nesta transcrição):
 


Imagem: reprodução do texto original

Soneto em dezembro

E o Menino nasceu, e nós, meninos

feitos de tempo e não de eternidade,

recobramos o rosto que perdêramos

entre os ferros do mundo e a lei dos homens.

 

Já podemos sorrir, e nossa boca,

Feita de pó e solidão, é salva;

Sobre a palha tocamos o intocável

- amor que aspira amar, porém se cala.

 

Calem-se agora os muros e as bandeiras:

A Noite junta os homens dispersados,

E as mãos se encontram e, enfim, se reconhecem.

 

Longe canta uma estrela. Longe canta,

E o menino que fomos vem aos olhos

Para vê-la descer à palha e aos homens.

Roldão Mendes Rosa

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