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HISTÓRIAS E LENDAS DE CUBATÃO - IMPRENSA
Jornal A Imprensa

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Diversos jornais e revistas existiram em Cubatão ao longo de sua história, além da circulação regular dos publicados em Santos e cidades vizinhas. O jornal A Imprensa começou em Cubatão em 18 de novembro de 1973 com o nome Cubatão - o Jornal da Cidade e passou em 28/7/1974 com A Imprensa. Um ano depois passou a circular também em Guarujá, sendo seus exemplares conservados no Arquivo Público Municipal de Cubatão. Em 27 de julho de 1975, o jornal registrava seu primeiro aniversário de circulação cubatense com o novo nome, com matéria na página 3 (ortografia atualizada nesta transcrição):

Imagem: reprodução parcial da primeira página da edição de 27/7/1975

Hoje completamos 1 ano de jornal A Imprensa

Na manhã do dia 8 de julho de 1974, os leitores de Cubatão tiveram uma surpresa ao receber o jornal da cidade: ele estava de cara nova (mais bonita por causa da moderna impressão off-set) e nova denominação. IMPRENSA. A explicação vinha logo na primeira página: "Esta é a primeira prova de que a cidade pode e deve ter um jornal à altura de sua importância. Demos dois importantes passos: mudamos o sistema de impressão de seu Cubatão - o Jornal da Cidade (denominação anterior) e ao mesmo tempo alteramos o nome do veículo. Nós acreditamos no potencial representado por Cubatão".

A manchete "Aulas começam no dia primeiro, Estado reformula decisão" prendia-se ao surto de meningite, que estava no auge e provocava dúvidas quanto ao início do segundo período letivo do ano, por serem desaconselháveis aglomerações de pessoas.

As chamadas falavam de um "Tiro na rua e Bala cai na cama", "Trabalhadores pedem reajuste antecipado", "E.C. Jardim Casqueiro quer sede própria", "Trinta Feridos na Colisão" e do novo amor de Silvio Santos, Regina Duarte? Não, a TV Tupi, para onde poderia se transferir definitivamente.

Por dentro - O editorial do dia referia-se, naturalmente, à nova fase do jornal, avisando aos menos avisados que a mudança do veículo não era (e sua linha atual comprova) "calcada em pensamentos e idéias mesquinhas que floreiam as mentes de uns poucos desavisados ou mal intencionados cidadãos, derrotistas ou interesseiros que julgam este trabalho apenas como anteparo político circunscrito a uma campanha eleitoral".

O que dizia o Coquetel Político? Entre ouras coisas, que "a fábrica de blocos, de propriedade de um admirável jogador de Loteria Esportiva, resolveu formar um bloco que não era de Carnaval, mas político".

Na página 3, o leitor cubatense leu a matéria que justificou a manchete. Là, a meningite aparecia de todas as formas: o que era, como evitá-la e o que estava acontecendo por causa dela. Em outras duas notícias, mostrava-se porque um professor foi contra um ato do diretor do CENE Afonso Schmidt e a Avenida Henry Borden abandonada (como hoje). O destaque da Coluna Social, da página, era Isabel Cristina Duarte, filha do comerciante Jaime Duarte, vestida com roupas típicas alemãs, no baile das Nações do E. C. Cubatão.

Na página 5, os 19 anos de existência do Abrigo Cristão, do Casqueiro, era mostrado em reportagem, mas a beleza representada por aquela obra de assistência social era violentamente contrastada pela imagem deprimente do canal Capivari, cheio de lixo e de mato (como hoje). Para as mulheres interessadas na boa aparência, a coluna Mulher, ensinando como fazer uma "máscara de beleza".

O leitor bancário que folheou o jornal no dia 28 de julho de 1974 deve ter ficado muito contente ao atingir a página 6. Lá, a notícia de que, atendendo memorial enviado pela Federação dos Empregados do [...setor bancário, o ministro do] Trabalho, Arnaldo Prieto prometera 15% de reajuste salarial. Nesta mesma página, o esporte, com o anúncio da construção da sede social do Casqueiro (como hoje).

Um jornal policial em Cubatão acabaria por falta de notícia. Vivemos numa cidade calma. Mas, na página 7 daquele dia, o noticiário do crime estava movimentado e a manchete era esta: "Trinta e cinco feridos neste capotamento".

E veio a última página, onde o leitor encontrou extensa reportagem sobre a "Imigrantes e seus problemas", mostrando o lado humano na gigantesca obra estadual que corta nosso Município.

O editorial de um ano atrás dizia e ainda é válido: "Estamos simplesmente retribuindo tudo aquilo que nos foi depositado de confiança".

"UM ANO - O Jornal A Imprensa está completando um ano de existência em nosso município. Na página 3, é dada uma visão do que foi o primeiro número publicado no dia 28 de julho de 1974, que agora se tornará conhecido, também, do nosso mais recente público: o de Guarujá. Ao lado, reproduzimos a primeira página daquela nossa edição"

Imagem: reprodução da capa da edição de 28/7/1974 do jornal A Imprensa

Imagem: reprodução parcial da página 3 do jornal de 27 de julho de 1975, com o cabeçalho da coluna policial regular Chave de Cadeia

 

Imagem: reprodução parcial da primeira página do jornal de 9 de fevereiro de 1975, sobre a coluna regular Chute na Kanela, esportiva

 

Imagem: reprodução parcial da coluna esportiva regular Chute na Kanela, na página 6 do jornal de 14 de dezembro de 1975

Veja mais:

1975: Bebê-diabo assusta a cidade (publicações em 1975)

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