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HISTÓRIAS E LENDAS DE CUBATÃO - Os sambaquis
Montes de conchas contam a pré-história (13)

Um estudo da Universidade de São Paulo
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Em 1971, o Instituto de Pré-História da Universidade de São Paulo (IPH-USP) publicou na capital paulista o livro O Homem Antigo na América, reunindo estudos de diversos autores sobre os sambaquis brasileiros (destacando os encontrados nos Estados do Sudeste e Sul) e na América. Este é um dos estudos referentes à região de Cubatão inseridos nessa obra (páginas 41 a 51):
 
Material lítico do sambaqui de Piaçagüera
(estudo preliminar)

Caio del Rio Garcia
Albert Thomas de Cornides
IPH-USP

Introdução

Neste trabalho apresentaremos um levantamento quantitativo, qualitativo, e um estudo interpretativo e descritivo do material lítico do sambaqui de Piaçagüera.

Esse estudo abrangerá não apenas os líticos trabalhados, ou seja, artefatos que apresentam evidências de uso pelo homem, como é o caso de machados, batedores, suportes etc., mas também os fragmentos de rocha que não apresentam essas características.

Localização - O sambaqui de Piaçagüera está localizado no município de Cubatão (46º 22' W; 23º 52' S) próximo ao contato da baixada aluvionar santista com os esporões da pré-Serra do Mar (Fig. 1).

Geologia - A seguir faremos a descrição geológica sumária da Serra do Mar, na região de Santos, para podermos relacionar as rochas encontradas no sambaqui com o seu lugar de origem, isto é, onde foram coletadas pelo homem.

Para tanto, consideremos a região dividida em três unidades:

1) Unidade Pré-Cambriana: constituída por rochas cristalinas, de idade que se admite ser Pré-Cambriana, formadas na sua maior parte por gnaisses e granitos, ocorrendo também xistos, filitos, anfibolitos e quartzitos encaixados.

2) A segunda unidade, constituída por diques de rochas básicas, ultra-básicas e lamprófiros, ocorre na forma de intrusões na primeira unidade e são provavelmente de idade rética.

3) A terceira unidade é representada por sedimentos quaternários, constituída de sedimentos continentais de coluvião e aluvião dos rios que drenam parte da Serra do Mar. Em contato com esses sedimentos de origem continental, temos depósitos de sedimentação marinha e sedimentação mista, compostos pelas praias, restingas e mangues.

Esta área de sedimentação quaternária, formada pelas planícies de maré e as zonas baixas, é cortada por braços de mar e marigot (canais de drenagem do mangue).

É necessário salientar que as rochas das unidades 1 e 2 estão cobertas por espesso manto de intemperismo, sendo o estudo de campo restrito a cortes de estradas e alguns poucos afloramentos.

Na figura 1, podemos visualizar a localização do sambaqui, em relação às unidades.

Figura 1

Levantamento qualitativo - A seguir relacionaremos todo o material lítico, tanto o trabalhado como o não trabalhado, encontrado no sítio. Usamos para tal o critério adotado por C.A.L. Isotta - A. Bartorelli (1965), pelo qual o material lítico é dividido em:

Grupo A - Rochas ígneas melanocráticas em forma de dique, englobando rochas básicas, ultra-básicas e lamprófiros, que denominaremos diabásio para usarmos um termo genérico.

Grupo B - Outras rochas, englobando granitos, gnaisses, quartzitos, xistos, filitos, anfibolitos etc.

Grupo C - Foi acrescentado mais este grupo para designar o material lítico de cor avermelhada.

Este último grupo é representado, no sítio, por fragmentos de canga limonítica e filito rosado. Esse material encontrava-se esparso em pequenos fragmentos por todo o sítio, isto é, tanto no plano vertical como no horizontal, não seguindo nenhuma distribuição preferencial, salvo nos casos de sepultamentos.

Os filitos ocorrem fazendo parte das rochas pré-Cambrianas como já citamos acima; por outro lado, a canga limonítica ocorre tanto na unidade quaternária como na pré-Cambriana. Na primeira ela aparece formando crostas delgadas, sendo constituída de areias de antigas praias cimentadas por óxido de ferro. Este tipo de canga limonítica é de cor marrom escuro e não ocorreu no sítio. O segundo tipo é encontrado no manto de intemperismo que cobre as rochas pré-Cambrianas.

Ela se apresenta ora sob a forma de crosta, ora nodular de cor vermelho acastanhado. O óxido de ferro (goethita) ocorre cimentando grãos de quartzo não retrabalhados, sugerindo que a canga tenha se formado no próprio local de alteração da rocha - rochas estas ricas em minerais ferro-magnesianos. Foram observados, no sítio, fragmentos de gnaisse limonitizado.

O material sem evidência de uso, levantado no sambaqui de Piaçagüera, se compõe de 115 peças do grupo A e 2.091 do grupo B, sendo estas constituídas de:

   140   anfibolito
    44    filito
   200   gnaisse
   229   quartzo e quartzito
1.478   pequenos fragmentos de quartzo-quartzito

É importante notar que grande parte dos líticos do grupo B estão parcial ou totalmente alterados (com exceção do quartzo), contrastando com as do grupo A, que apresentam alteração apenas superficial, devido à natureza da rocha.

Descrição e interpretação do material - Todo o material lítico coletado durante as escavações foi classificado em grupos, com o intuito de facilitar a contagem geral. Assim, os fragmentos que não apresentaram sinais evidentes de uso foram relacionados nas fichas de campo e após exame minucioso foram rejeitados e acumulados num ponto próximo ao sítio.

O material que apresentava sinal de uso foi registrado e está depositado no Instituto de Pré-História da Universidade de São Paulo.

Material sem evidência de uso - São compostos na sua totalidade de rochas autóctones e se distribuem em todos os níveis do sitio. Muitos apresentam porções da superfície com polimento hidrodinâmico, e são provenientes provavelmente dos rios mais próximos do sítio, o Mogi e o Quilombo, que drenam parte da escarpa da Serra do Mar e deságuam na planície de maré.

Grande quantidade dos fragmentos rochosos se apresentavam alterados e se desfaziam com grande facilidade; por essa razão, não foi possível a análise de suas superfícies.

Vários fragmentos rochosos apresentavam valvas de ostras e carapaças de cracas (Cirripedia) aderidas a eles, evidenciando a coleta do material próximo à desembocadura dos mencionados rios, únicos nas proximidades com dinâmica suficiente para transportar material relativamente pesado.

Fragmentos de canga limonítica ocorreram em todos os níveis. Em alguns casos, diretamente associados a sepultamentos, mas na sua maioria esparsos, de mistura com o material depositado.


Figura 4 - À esquerda, machado de filito associado ao sepultamento nº XL, à direita machado de diabásio, material de superfície

Material trabalhado

Machados - O número dessas peças foi reduzido, apenas oito exemplares foram coletados, dos quais cinco são de diabásio, um de filito, um de gnaisse e um de anfibolito.

As peças são de acabamento grosseiro e nenhuma apresenta polimento total. Na maioria dos casos, somente a parte ativa apresenta polimento. A porção posterior geralmente apresenta lascamentos, devido ao uso como batedor.

Merece especial atenção um dos machados, confeccionado em filito, associado à Sep. XL (N.E.: sepultura número 40) (criança), não sendo possível atribuir-se à peça um uso utilitário, pois a rocha é frágil; estava muito alterada e foi necessário consolidá-la para preservação (Fig. 4).

Descrição das peças:
Machado de diabásio (Pi-318)
comprimento             0,24   m
largura máxima          0,12   m
espessura máxima      0,046 m
peso                        1.930 g
ângulo do gume               60º

Forma aproximadamente retangular. Porção anterior côncavo-conexa, parcialmente polido na face côncavo-convexa, parcialmente visível o córtex. Na porção posterior da mesma face são observados alguns lascamentos. Na face convexa o polimento é mais extenso e a metade posterior apresenta vários lascamentos.


Figura 3 - Machados de diabásio. O da esquerda, nº 318, estava associado ao sepultamento nº XXXIII, o da direita não estava associado a sepultamento

Parte de preensão ou de encabamento truncada. Bordas subparalelas, relativamente planas e sem polimento. A porção mais polida é a borda ativa que apresenta bisel duplo. Foi coletada na cota 10,49 m na Q.73, associada a sepultamento de criança (Sep. XXXIII), colocada sobre o crânio (Fig. 3).

Machado de diabásio (Pi-315)
comprimento             0,20  m
largura máxima          0,134 m
espessura máxima      0,05  m
peso                       1.985 g
ângulo do gume              50º

Forma aproximadamente retangular. Faces convergindo para a parte ativa, extensamente polidas, apresentando em alguns pontos o cortex. Uma das faces apresenta lascamentos na zona neutra próximo às bordas. Parte de preensão ou de encabamento truncada. As bordas são polidas e o gume ligeiramente sinuoso. Foi coletada na cota 10,51 m na Q. 75, não associada a sepultamento (Fig. 3).

Machado de diabásio (Pi-425)
comprimento             0,079 m
largura máxima          0,053 m
espessura máxima      0,042 m
peso                          230 g
ângulo do gume              70º

A peça foi confeccionada a partir de um seixo. Forma quadrangular. Parte ativa polida para obtenção do gume, que não é muito cortante. A porção posterior é ligeiramente truncada, devido ao desgaste pelo uso como batedor. Foi coletada entre blocos de rochas agrupados na Q. 54, cota 11,11 m.

Machado de diabásio (Pi-715)
comprimento             0,144 m
largura máxima          0,086 m
espessura máxima      0,035 m
peso                           735 g
ângulo do gume               70º

Forma quadrangular. Peça obtida a partir de uma lasca espessa. Parte ativa polida para obtenção do gume. Parte de preensão ou de encabamento truncada mas não apresenta sinais de ter sido usada como batedor. Uma das bordas apresenta um lascamento em toda a extensão e a outra é sinuosa e polida naturalmente. Apresenta alguns lascamentos na porção posterior. Associada ao Sep. LII, Q 78, cota 10,50 m.

Machado de diabásio (Pi-233)
comprimento             0,136 m
largura máxima          0,064 m
espessura máxima      0,032 m
peso                          405 g
ângulo do gume               50º

Forma aproximadamente retangular. Parte ativa com polimento em bisel duplo. Face superior irregular, com lascamentos nas bordas, zona neutra apresenta polimento; em alguns pontos o córtex não foi removido. Face inferior relativamente plana com polimento extenso; borda direita com lascamento profundo; borda esquerda plana devido ao diaclasamento da rocha. Apresenta cor avermelhada típica, proveniente da alteração superficial. A parte de preensão ou de encabamento apresenta ângulo agudo junto à borda esquerda, devido ao diaclasamento e não apresenta sinais de uso. Coletada na Q. 53, cota 11,26 m, não associada a sepultamento.

Machado de filito (Pi-558)
comprimento             0,120 m
largura máxima          0,065 m
espessura máxima      0,035 m
peso                          470 g
ângulo do gume              70º

Forma quadrangular, polimento parcial da parte ativa. O restante sem polimento. Esatava associada à Sep. XL, criança, na Q. 76, cota 10,54 m (Fig. 4).

Machado de anfibolito (Pi-Sep. I)
comprimento             0,128 m
largura máxima          0,089 m
espessura máxima      0,037 m
peso                          690 g
ângulo do gume              70º

Forma quadrangular obtida por lascamento. Face superior irregular devido aos lascamentos da porção posterior. Face inferior relativamente plana, devido à xistosidade da rocha. Parte de preensão ou de encabamento truncada. O polimento está restrito unicamente à parte ativa para obtenção do gume. A superfície da peça apresenta deposições de carbonato de cálcio e coloração avermelhada, proveniente da grande quantidade de canga limonítica que cobria o esqueleto a que estava associada (Fig. 2).

Machado de gnaisse (Pi-Sep. I)
comprimento             0,175 m
largura máxima          0,112 m
espessura máxima      0,038 m
peso                        1.215 g
ângulo do gume               70º

Forma irregular, confeccionada a partir de um seixo achatado, polido na extremidade estreita para obtenção do gume. O restante da peça não apresenta polimento ou lascamento artificial e sim a superfície polida naturalmente pela ação das águas. Como a peça anterior, apresenta deposição avermelhada devido à canga limonítica. Esta e a peça precedente estavam associadas à Sep. I, Q. 62-63, cota 11,90 m.


Figura 2 - Machado de gnaisse à esquerda e anfibolito à direita. Parte do mobiliário funerário do sepultamento nº 1

Devido ao número reduzido de machados, descreveremos a seguir três peças coletadas no sítio, porém sem procedência estratigráfica, pois trata-se de material de superfície (Fig. 2).

Machado de diabásio (material de superfície)
comprimento             0,165 m
largura máxima          0,090 m
espessura máxima      0,035 m
peso                           795 g
ângulo do gume               70º

Forma aproximadamente elipsoidal. Face superior apresenta extenso lascamento preparatório. Face interior relativamente plana, constituída quase que totalmente de córtex. Polimento das duas faces na parte ativa (Fig. 4).

Machado de diabásio (material de superfície)
comprimento             0,187 m
largura máxima          0,102 m
espessura máxima      0,041 m
peso                        1.035 g
ângulo do gume               70º

Forma aproximadamente elipsoidal. Face inferior côncava apresentando lascamentos nas bordas e na porção posterior. Face superior convexa com alguns lascamentos nas bordas e na porção posterior. Espessamento na zona neutra. Polimento nas duas faces da zona neutra para a parte ativa. Gume sinuoso. Relativamente alterado na parte ativa.

Artefato de anfibolito (material de superfície)
comprimento             0,157 m
largura máxima          0,079 m
espessura máxima      0,040 m
peso                           900 g

Peça preparada por lascamento, sugerindo a forma geral de machado, sem sinais de polimento.


Figura 5 - Suportes, tipo "quebra-coquinhos". À esquerda, em gnaisse, a rocha se apresenta bastante alterada. À direita, peça em filito

Suportes - Confirmando as observações de Isotta (1968), a maioria dos suportes ("quebra-cocos"), que são relativamente raros na área pesquisada, são constituídos de rochas de granulação grosseira, principalmente gnaisse.

Foram considerados como suportes os blocos que apresentavam pequenas depressões picoteadas, causadas pelo uso.

De modo geral, são seixos relativamente grandes, de 10 a 20 centímetros de eixo maior, apresentando pequenas depressões na porção média, em um ou em ambos os lados (Fig. 5).

Batedores - Os batedores típicos também foram raros e geralmente constituídos de seixos de rochas tenazes, na maioria de diabásio, ocorrendo também alguns poucos de quartzito.

Lascas de quartzo-quartzito - Como foi visto anteriormente, o quartzo e o quartzito foram elementos importantes no conjunto lítico de Piaçagüera. As 229 unidades relacionadas dentre o material sem sinais de uso eram compostas de blocos, seixos ou fragmentos de seixos. Os 1.478 pequenos fragmentos relacionados são fragmentos irregulares, produto de lascamento.

As lascas, em número de 1.010, não apresentam formas constantes; porém, todas foram intencionalmente obtidas por percussão direta e provavelmente a má qualidade do material possa explicar a grande variedade de formas (Fig. 6).

O exame das lascas através de lupa estereoscópica não revelou retoques secundários, mas evidências de uso das arestas em parte do material.

Em média, o comprimento das lascas é de 0,050 m e a espessura máxima cerca de 0,010 m, sendo comum a ocorrência de lascas cuja seção transversal tem a forma de um triângulo isóscele, provavelmente indicando um modo constante de percussão.

Com relação aos outros achados, as lascas seriam utilizadas na confecção de artefatos ósseos, cuja função seria desgastar, serrar e cortar. Foram observados sinais de corte em algumas vértebras de peixes.

Material corante - Este material está contido no grupo C e, como já foi dito, está representado por fragmentos de canga limonítica e filito rosado. Foi encontrado esparso em pequenos e médios fragmentos de 1 a 8 centímetros de eixo maior, ocorrendo em todos os níveis, não apresentando distribuição preferencial, salvo em alguns casos de sepultamentos.

Alguns fragmentos foram registrados por apresentarem facetas de polimento para obtenção do pó corante.

Figura 6 - Lascas de quartzo

Conclusão

1) A totalidade dos líticos coletados foi considerada autóctone.

2) A diferença numérica da ocorrência entre as rochas dos grupos A e B é explicável devido à predominância das rochas do grupo B nas vizinhanças do sítio.

3) As lascas e fragmentos de quartzo-quartzito apresentaram uma concentração nos níveis médios do sambaqui (Uchôa, 1970). Isto nos leva à conclusão de que o material foi largamente empregado num determinado período e a atividade de lascamento se deu no próprio sítio.

4) Os suportes e batedores de rochas do grupo B tiveram uma distribuição homogênea nos vários níveis.

A observação dos líticos não alterados leva a crer que fossem utilizados como suportes e batedores, porém por pouco tempo, o que pode explicar a ausência de sinais típicos de uso.

5) A grande quantidade de pequenos fragmentos de canga limonítica encontrada no sítio nos leva a crer que fossem usados como material corante para pintura corporal em vida.

6) Os machados foram raros e a rocha usada com predominância para a confecção dos mesmos foi o diabásio, confirmando as observações efetuadas em outros sítios litorâneos.

7) Predominou a forma quadrangular entre os machados, que na maioria evidenciam uma indústria sobre seixos.

8) Não foi observada uma atividade importante de lascamento preparatório para a confecção de artefatos líticos nem o produto desse lascamento, salvo no caso do quartzo-quartzito.

9) O diabásio era coletado nos rios próximos, na forma de seixos, mas ao que parece não se prestava para a finalidade proposta devido à tecnologia pouco desenvolvida do grupo.

10) Os diques de diabásio são facilmente localizados nos costões rochosos, ao passo que nas proximidades do sítio o manto de intemperismo é espesso e coberto de densa vegetação, sendo portanto difícil a obtenção do material em questão.

11) Os machados de diabásio ocorreram dos níveis médios para os inferiores e os raros, de outras rochas, dos níveis médios para os superiores.

A maior parte desses machados de diabásio estavam associados a sepultamentos que apresentavam também como mobiliário funerário grande quantidade de contas de Olivella verreauxi, pequeno gastrópode que tem como habitat praias abertas para o mar.

Por estas razões, supomos que os machados de diabásio foram confeccionados em outra área, provavelmente próxima à linha da costa.

12) Não foram observados polidores no sítio, isto possivelmente indicando também que os machados foram polidos em outra área.

13) Tudo indica que o grupo de Piaçagüera não manteve mais contato com as praias depois de se estabelecer na nova área.

14) Não temos elementos para poder afirmar que a reduzida quantidade de machados estaria relacionada à dificuldade na obtenção da matéria-prima, que habitualmente utilizavam na área anteriormente ocupada pelo grupo.

Bibliografia

A BAIXADA SANTISTA: Aspectos geográficos. São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo, 1965, v. 1.

BARTORELLI, Andrea & ISOTTA, Carlos Augusto Luciano - Estudo do material lítico do sambaqui do Buracão. Ciência e Cultura, São Paulo, 17(2): 139, jun. 1965 (Resumo).

ISOTTA, Carlos Augusto Luciano - O material lítico de sambaquis do litoral paulista. In: PRÉ-HISTÓRIA BRASILEIRA. São Paulo. Instituto de Pré-História da Universidade de São Paulo, 1968, p. 143-166.

LAMING-EMPERAIRE, Annette - Guia para o estudo das indústrias líticas da América do Sul. Curitiba, Centro de Ensino e Pesquisas Arqueológicas, 1967, 155 p. (Manuais de Arqueologia, 2).

PICHLER. Ernesto & CAMPOS, João Ernesto de Souza - Apreciação geológica e petrográfica de algumas rochas básicas de Santos. Boletim da Faculdade de Filosofica Ciências e Letras da Universidade de São Paulo: Mineralogia, São Paulo, 13:57-80, 1955.

UCHÔA, Dorath P. - Nota prévia sobre os sepultamentos do sambaqui de Piaçagüera. In: ESTUDOS DE PRÉ-HISTÓRIA GERAL E BRASILEIRA. São Paulo, Instituto de Pré-História da Universidade de São Paulo, 1970, p. 487-492.

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