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NÚCLEOS DE CUBATÃO/SP
Vila Natal
(EX-QUADRILÁTERO. INCLUI SÍTIO COTIA-PARÁ, CONJUNTO HAB. MÁRIO COVAS)


Parque Cotia Pará é um dos atrativos da Vila Natal
Foto: Aderbau Gama - Departamento de Imprensa/Prefeitura Municipal de Cubatão

Um poço de água não mais existente (foi aterrado para a construção do conjunto Mário Covas), era conhecido como Rio Camarão, e ali os moradores de áreas vizinhas iam buscar camarões e caranguejos, além de banana e coquinhos. Mas o significado do Natal, lembrando o peixe dos primeiros cristãos, inspirou os antigos moradores na hora de organizarem a sua festa anual. Daí o nome, 3ª Festa do Camarão e Caranguejo, com que a Vila Natal comemorou no dia 4/12/2005 o seu 25º aniversário.

As primeiras famílias instalaram-se nessa área por volta de 1974, com a construção do acesso rodoviário Pedro Taques/Rodovia dos Imigrantes. O transporte coletivo existente na Rodovia Pedro Taques, o fácil acesso aos serviços urbanos do bairro Vila Nova e os altos aluguéis cobrados na zona urbana foram alguns dos fatores que favoreceram o crescimento significativo nessa área. Localiza-se ao lado dos trilhos da Fepasa e Faixa da Eletropaulo, nas proximidades da Via Anchieta, dentro da área conhecida como "Quadrilátero".

A Vila Natal começou a se formar no começo de 1980, quando a Secretaria Municipal de Serviço Social formulou o projeto de transferência dos moradores de 350 casas da favela Vila Esperança para aquela nova área. Parte da área foi habitada por população remanejada da parte sinistrada do incêndio da Vila Socó. Também foram removidos para ali os moradores de algumas áreas de risco, bem como os do Morro do Marzagão, como lembrou em dezembro de 2005 o diretor da Sociedade de Melhoramentos da Vila Esperança, José Severino da Silva Miúdo.


Vista aérea parcial de Cubatão, tendo ao fundo a Vila Natal
Foto: Departamento de Imprensa/Prefeitura Municipal de Cubatão, em 4 de novembro de 2004

Mas a oficialização da data de criação do bairro veio depois, no Plano Diretor, quando foi estabelecido o dia 1º de dezembro de 1980 como sendo o início oficial do bairro.

Apenas quatro anos depois, a equipe do Serviço Social já havia cadastrado 80 famílias na favela do Caminho 2. Mais dois anos, em 1986, um novo cadastramento dos moradores constatou que aquele número já havia duplicado.

Em 1987, começou a ser implantado um loteamento no Caminho 2, igual ao de Vila Natal, conforme projeto elaborado pela Secretaria de Planejamento, com 261 lotes, além de uma quadra para EMEI. "Estado de Tocantins". Na mesma época, foram remanejadas famílias residentes no Curtume, em área de domínio do Dersa.


Conjunto habitacional Mário Covas, com 720 apartamentos, foi entregue em 2002
Foto: Departamento de Imprensa/Prefeitura Municipal de Cubatão, em 13 de fevereiro de 2003

O território compreende a Vila Natal propriamente dita (que já em 1999 somava 5.624 moradores, pelos registros da Prefeitura), mais as áreas do Caminho 2 (onde residem cerca de 12 mil pessoas) e do conjunto Mário Covas, com perto de 3 mil habitantes. No total, são cerca de 20 mil pessoas, tanto quanto a Vila Esperança, que continuou se desenvolvendo nas áreas vizinhas.

Diversos equipamentos municipais funcionam naquela região: a Unidade Básica de Saúde (UBS) de Vila Natal e a UBS de Vila Esperança (que atendem moradores dos dois bairros), as escolas de ensino fundamental (EMEFs.) D. Pedro I e Ulysses Guimarães, além da EMEF. Luiz Gustavo, recém-inaugurada no Conjunto Mário Covas. Também foram instaladas ali as EMEI Estado do Maranhão e Estado de Tocantins. Além da creche Nancy Campos, está para ser inaugurada na área outra instalação do gênero. E foi criado, com apoio de entidades do Governo Federal, um núcleo de ensino de informática, com cursos para pessoas de 10 a 60 anos de idade.


Cristo Redentor é um dos marcos da Vila Natal
Foto: Aderbau Gama - Departamento de Imprensa/Prefeitura Municipal de Cubatão

Como lembrou (em dezembro de 2005) o presidente da Sociedade de Melhoramentos da Vila Natal, Jaime Silvio Cerqueira, o bairro é o coração de Cubatão, pois tem equipamentos públicos para todos os gostos, até mesmo funciona ali o parque municipal Cotia-Pará. E uma importante aquisição para os moradores foi a criação da Administração Regional da Vila Natal e Vila Esperança, inaugurada no início de 2005.


Conjunto habitacional da CDHU em Vila Natal
Foto: Departamento de Imprensa/Prefeitura Municipal de Cubatão, em 13 de março de 2006

No Conjunto Habitacional Governador Mário Covas, as chaves foram entregues 
oficialmente aos primeiros moradores em 1º de setembro de 2002. São 720 apartamentos, que foram destinados preferencialmente a moradores do Morro do Marzagão, cuja favela estava sendo erradicada naquela época.


Conjunto habitacional da CDHU em Vila Natal
Foto: Departamento de Imprensa/Prefeitura Municipal de Cubatão, em 13 de março de 2006

Matéria publicada em 25 de junho de 1982 na página 8 do jornal santista A Tribuna (ortografia atualizada nesta transcrição):

Cubatão transfere gleba para ter 2.500 moradias

(SUCURSAL DE SÃO PAULO) - "Espero, com a ajuda de todos, realizar um sonho maior, que é transformar Cubatão, hoje conhecido como o Vale da Morte, num verdadeiro Vale da Vida", disse ontem o governador José Maria Marin, durante a cerimônia de assinatura da escritura em que a Prefeitura de Cubatão transferiu à Codespaulo a área conhecida como Sítio Cotia-Pará, de 1.766.192,00 metros quadrados, para a construção de 2.500 casas populares e 496 apartamentos, destinados a trabalhadores daquele município.

Essa é apenas uma das quatro áreas, compreendendo no total 2.095.610,00 metros quadrados, onde serão construídas as unidades habitacionais com área média de 30 metros quadrados e custo de 825.000 UPCs (as casas) e 55 metros quadrados e custo de 409.200 UPCs, em média (os apartamentos). Duas das outras áreas já foram desapropriadas, uma por ofício requisitório e outra através de sentença de primeira instância, medindo respectivamente 21.360 metros quadrados e 303.018 metros quadrados. A quarta mede 5.040 metros quadrados e pertence à Fepasa. Para esses locais, situados entre as rodovias Anchieta e Pedro Taques, serão transferidos trabalhadores de Vila Parisi, Socó e outros bairros de Cubatão, onde a poluição está tornando inadequada a fixação dos moradores.

FINANCIAMENTO PELO BNH - A construção desse grande núcleo, cuja licitação será realizada na primeira quinzena de agosto, para que as obras possam ser iniciadas em setembro, será possível graças a um financiamento de 5 bilhões de cruzeiros do BNH. Essa transferência de recursos para o Governo de São Paulo concretizou-se no início da semana, quando o chefe do Executivo viajou ao Rio de Janeiro, onde teve um encontro com o presidente do BNH, José Lopes de Oliveira. Além deesses recursos, já foram investidos pelo Governo de São Paulo, através da Secretaria da Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia, cerca de Cr$ 2,5 bilhões, principalmente no saneamento de terrenos de mangue.

CERIMÔNIA - A cerimônia foi aberta com o discurso do secretário Osvaldo Palma, da Indústria e Comércio, o qual, destacando a continuidade da administração paulista, disse que o empreendimento que ora se concretiza é também o resultado de uma legislação sobre o uso e ocupação do solo, assinada pelo ex-governador Paulo Maluf, quatro meses atrás. Logo, o ex-governador é responsável pela extinção da Vila Parisi.

Essa legislação permitiu às autoridades estaduais e federais constituírem uma Comissão Interministerial subdividida em subcomissões, para solucionar o problema habitacional de Cubatão, onde existe um dos mais altos índices de poluição do mundo. Essa comissão, na qual estão representados o Governo do Estado, na pessoa do próprio secretário Osvaldo Palma, e a Prefeitura de Cubatão, rapidamente traçou as diretrizes para que se pudesse contratar a primeira etapa de construção de moradias, a fim de proporcionar aos moradores de Cubatão condições mínimas de saneamento básico.

"Com isso - ressaltou o secretário Palma - o governador José Maria Marin está dando solução para um problema que vinha se arrastando há muitos anos".

Após o discurso de Palma, foi assinada a escritura de transferência da área pelo governador José Maria Marin pelo próprio secretário, e ainda pelo prefeito de Cubatão, José Osvaldo Passarelli, pelo presidente da Codespaulo, Elias Correia de Camargo, pelos diretores Financeiro e de Obras da empresa estatal, respectivamente Mário Crispim e Roberto Bastos.

Falou em seguida o prefeito José Osvaldo Passarelli, que agradeceu "o muito que José Maria tem feito por Cubaão", cuja população jamais esquecerá o grande benefício que está recebendo, pois a medida tomada vai retirar mais de 30 mil pessoas de verdadeiras sub-habitações.

A cerimônia foi encerrada com a palavra do governador do Estado, José Maria Marin, o qual ressaltou que o Governo de São Paulo jamais faltará com o seu apoio a todos aqueles que procuram soluções para problemas (...).

O governador José Maria Marin assinou ontem a escritura da gleba

Foto publicada com a matéria

Entrada da Vila Natal, em 31 de janeiro de 2012

Fotos:Rodrigo Fernandes/Secretaria de Comunicação Social/Prefeitura de Cubatão

Matéria publicada em maio de 1986 (primeira quinzena), na página 4 da edição 7/Ano I do boletim informativo Cubatão - Governo com o povo, produzido pela Prefeitura Municipal de Cubatão (ortografia atualizada nesta transcrição):

Passarelli anuncia continuidade da urbanização na Vila Natal

A Secretaria de Planejamento da Prefeitura de Cubatão está concluindo um projeto para dar continuidade à urbanização de Vila Natal, no trecho do Caminho 2 e fundos do núcleo até o morro e o Morro do Índio (Vila Esperança). Esses trechos, desde o governo anterior de Passarelli, não tinham entrado no projeto social de remanejamento e urbanização, mas agora, para o prefeito, é chegada a hora de dar esse atendimento, que vem carregado de vários outros benefícios.

O prefeito Passarelli anunciou essas obras no dia 18 de abril, após reunião que manteve com o secretário do Planejamento, secretário de Obras e Comissão de Vila Natal, para definir prioridades para aquele núcleo. Os serviços serão agilizados pela Secretaria de Obras, de forma a buscar as alternativas menos onerosas, principalmente no que se refere ao aterro complementar das áreas. Para isso, será ouvido o consultor de solo da Prefeitura, o qual deve opinar pelo transporte do material por veículos ou por aterro hidráulico. Durante a reunião, foram tratados ainda quais os equipamentos sociais e públicos que essas áreas terão.

Para que o Morro do Índio e o Caminho 2 tenham todos os benefícios, o prefeito também solicitou à Secretaria de Obras para manter um contrato com o IPT, visando a elaboração do projeto da rede de coleta de esgoto e águas pluviais, bem como seu tratamento.

Por outro lado, foi salientado por Passarelli que esse projeto não invalida o programa das obras em licitação que estão sendo realizadas na parte loteada e urbanizada da Vila Natal, como é o caso da pavimentação de ruas, ampliação de escolas e outros.


Esses barracos serão relocados, atendendo ao projeto de urbanização, com lotes divididos de forma padronizada, arruamentos e sistema de escoamento dos esgotos, se integrando

Imagem: reprodução parcial da página com a matéria

Matéria publicada em agosto de 1986 (segunda quinzena), na página 4 da edição 14/Ano I do boletim informativo Cubatão - Governo com o povo, produzido pela Prefeitura Municipal de Cubatão (ortografia atualizada nesta transcrição):

Nova área para reurbanização de favelas

Dando continuidade ao seu projeto de urbanização de Vila Natal, a Prefeitura de Cubatão pretende agora atingir outras duas áreas – a do Caminho 2 ou do Triângulo e a de Vila Esperança. Da mesma forma como fez em 1983, dando início a um trabalho de organização de loteamentos e arruamento, com nivelamento dos lotes com aterro e implantação de água e luz, ele quer fazer agora com essa extensão, por entender que é mais econômico e prático regularizar o que já existe do que construir novos núcleos habitacionais.

O projeto dessas novas áreas já está pronto e aprovado pelo prefeito, o qual já tem a autorização da Câmara para proceder ao devido loteamento. Para dar início a esses trabalhos, a Prefeitura publicou edital na data de 22 de julho, de concorrência pública para contratar firma para proceder ao aterro em uma das partes dessa área. A firma vencedora ficará encarregada do fornecimento, de colocação, transporte e compactação do material (terra), num total de 35.000 metros cúbicos. Esse trecho corresponde a 1/3 do projeto, uma vez que a Prefeitura não pode realiar a obra no seu todo, primeiro por falta de recursos, nesse orçamento, e também porque precisa ficar com áreas para a recolocação dos barracos, enquanto se procede a colocação do aterro.

Segundo os setores de Obras da Prefeitura, essa área, hoje, está ocupada com 180 barracos e, assim que estiver organizada, terá condições de abrigar 210 lotes, sem considerar os prédios administrativos de prestação de serviços, como escolas, creches, centros comunitários, postos de saúde etc.


A Vila Natal, hoje, conta com calçamento em algumas ruas e se tornou um bairro com todos os melhoramentos

Imagem: reprodução parcial da página com a matéria