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BAIXADA SANTISTA - LIVROS - Chronica Geral do Brazil
Uma crônica de 1886 - 1800-1883 (28)

Clique aqui para ir ao índice do segundo volumeEm dois tomos (1500-1700, com 581 páginas, e 1700-1800, com 542 páginas), a Chronica Geral do Brazil foi escrita por Alexandre José de Mello Moraes, sendo sistematizada e recebendo introdução por Mello Moraes Filho. Foi publicada em 1886 pelo livreiro-editor B. L. Garnier (Rua do Ouvidor, 71), no Rio de Janeiro. É apresentada como um almanaque, dividido em séculos e verbetes numerados, com fatos diversos ordenados cronologicamente, tendo ao início de cada ano o Cômputo Eclesiástico ou Calendário Católico.

O exemplar pertencente à Biblioteca Pública Alberto Sousa, de Santos/SP, foi cedido  a Novo Milênio para digitalização, em maio de 2010, através da bibliotecária Bettina Maura Nogueira de Sá, sendo em seguida transferido para o acervo da Fundação Arquivo e Memória de Santos. Assim, Novo Milênio apresenta nestas páginas a primeira edição digital integral da obra (ortografia atualizada nesta transcrição) - páginas 368 a 377 do Tomo II:

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Chronica Geral do Brazil

Alexandre José de Mello Moraes

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Imagem: reprodução parcial da página 368/tomo II da obra

 

1800-1883 

[...]

DCCCLI – Na segunda-feira, 23 de setembro de 1850, o general Guido, ministro oriental, pede os seus passaportes, e lhes são enviados no dia 30 do mesmo mês.

DCCCLII – No domingo, 3 de novembro de 1850, instala-se na capital de Pernambuco o Gabinete Português de Leitura.

DCCCLIII – No dia 9 de novembro de 1850, dão-se regulamentos para as colônias militares mandadas fundar nas províncias das Alagoas e Pernambuco.

DCCCLIV – No dia 4 de dezembro de 1850 decidiu-se a fundação de dois cemitérios públicos nas extremidades da cidade do Rio de Janeiro; um ao Sul, no Pasmado, que recebeu o nome de S. João Baptista, e outro ao Norte, no lugar do Caju, que recebeu o nome de S. Francisco Xavier.

DCCCLV – Cômputo eclesiástico. Áureo número, 9; ciclo solar, 12; epacta, 28; letra dominical, E.

DCCCLVI – Martirológio. Dia 1º de janeiro, quarta-feira; Páscoa a 20 de abril; indicação romana, 9; período Juliano, 6.564.

DCCCLVII – No dia 11 de fevereiro de 1851 falece Caetano Pinto de Miranda Montenegro, visconde da Praia Grande.

No dia 21 de março do mesmo ano falece o barão de Monte Santo, presidente do Senado desde 1847.

No dia 15 de abril de 1851 falece o general Bento Corrêa da Camara.

No dia 9 de junho de 1851 falece, na província de Minas Gerais, o dr. Domingos Marinho de Azevedo Americano, lente da Academia de Medicina da Corte.

DCCCLVIII – No dia 21 de junho de 1851 falece, no Maranhão, o dr. Antonio Corrêa de Lacerda, naturalista, cujos trabalhos foram recolhidos à Biblioteca Pública do Rio de Janeiro.

Na sexta-feira, 8 de agosto de 1851, falece o capitão-de-fragata Bernardo José de Almeida, lente da cadeira do terceiro ano da Academia de Marinha da Corte.

No dia 16 de agosto do mesmo ano falece o conselheiro Francisco de Paula Souza e Mello, senador do Império pela província de S. Paulo, que nasceu na cidade do Itu da mesma província a 13 de junho de 1791, sendo seus pais o bacharel Antonio José de Souza e d. Gertrudes Olidonea de Siqueira.

Na sexta-feira, 5 de setembro de 1851, falece o brigadeiro Vicente Antonio Buiz (Jornal do Commercio n. 251, de 12 de setembro).

No dia 10 de outubro de 1851 falece o visconde de Congonhas do Campo.

DCCCLIX – No 1º de janeiro de 1851 instala-se o Tribunal do Comércio do Rio de Janeiro.

No mesmo dia instala-se o de Pernambuco.

No dia 13 do mesmo mês foi instalado o Tribunal do Comércio da Bahia.

DCCCLX – No dia 14 de janeiro de 1851 inaugura-se no Saco da Jurujuba, no lugar chamado Ilha do Caju, um lazareto para receber a gente do mar atacada de febre amarela.

DCCCLXI – No dia 28 de janeiro de 1851 seguiu do Pará para Lisboa, a bordo do brigue Tarujo II, o dr. Filippe Alberto Martins Maciel Parente, com toda a sua família, com o firme propósito de fazer uma revolução no sistema político da Europa, e de oferecer à sra. d. Maria II, rainha de Portugal, os seus projetos de melhoramentos daquele reino.

O fim que teve o dr. Patroni com os seus projetos não foi sabido.

DCCCLXII – No dia 1º de fevereiro de 1851 é recolhido preso d. Fructo Rivera, general oriental, à fortaleza de Santa Cruz.

DCCCLXIII – No dia 1º de março de 1851 principiou o enterramento de cadáveres no cemitério público de Santo Amaro, em Pernambuco.

DCCCLXIV – No dia 11 de março de 1851 foi assinado o contrato com Irineu Evangelista de Souza, depois visconde de Mauá, para a iluminação a gás da cidade do Rio de Janeiro; e no dia 25 de março de 1854, pela primeira vez, foram iluminadas algumas ruas da cidade, e o Largo do Paço, depois Praça de D. Pedro II.

DCCCLXV – No dia 16 de abril de 1851, sai do Rio de Janeiro a esquadra brasileira destinada ao Rio da Prata.

DCCCLXVI – O delegado de polícia da capital do Maranhão, em 16 de abril de 1851, declara que a contar de 18 de março de 1842, até essa data, cometeram-se naquela província trezentos assassinatos, não se contando com os que a polícia não teve conhecimento, e nem com os que pereceram por efeito de ferimentos recebidos.

DCCCLXVII – No dia 19 de abril de 1851 evadiu-se da fortaleza da Lage o ex-capitão do exército Pedro Ivo Velloso da Silveira, um dos chefes da revolução de Pernambuco de 1848.

DCCCLXVIII – Tendo sido eleito no dia 5 de maio de 1851 o reverendo padre Antonio Joaquim de Mello, bispo de S. Paulo, foi empossado no bispado no dia 14 de junho de 1852.

Para o Maranhão, monsenhor Manoel Joaquim da Silveira, depois arcebispo da Bahia.

Para o Rio Grande do Sul, o padre Feliciano Rodrigues Prates.

DCCCLXIX – No dia 1º de maio são escolhidos senadores do Império pela Bahia:

1º - Manoel Vieira Tosta, hoje visconde de Muritia.

2º - Francisco Gê Acayaba de Montezuma, depois visconde de Jequitinhonha.

3º - Francisco Gonçalves Martins, depois visconde de S. Lourenço.

4º - Pela província do Espírito Santo, o dr. José Martins da Cruz Jobim.

DCCCLXX – O dr. Moura Magalhães, cônsul geral do Brasil, no dia 17 de maio de 1851, pediu ao governo argentino os seus passaportes; e no dia 19 de junho do mesmo ano o dr. Rodrigo de Souza Silva Pontes, enviado extraordinário e ministro plenipotenciário do Brasil junto à República Argentina, foi no mesmo caráter recebido em Palermo pelo ditador de Buenos Aires.

DCCCLXXI – No dia 20 de junho, o conde de Caxias embarca para a província do Rio Grande do Sul como presidente e comandante das armas da mesma província e com mandante em chefe do exército em operações no Sul do Império.

DCCCLXXII – O almirante Greenfell, no dia 12 de julho, penetra no Paraná com três vapores de guerra, D. Affonso, Pedro II e Recife; e no dia 14 de agosto sobe pelo Rio Paraná até S. Nicolau com os navios de guerra brasileiros.

DCCCLXXIII – No dia 25 de julho de 1851 o comandante do vapor inglês Sharpshorter queima o brigue brasileiro Piratinim, junto às ilhas de Maricá, nas águas do Rio de Janeiro.

DCCCLXXIV – No dia 9 de agosto de 1851 arde pela segunda vez o teatro de S. Pedro de Alcantara, antigo de S. João, no Largo do Rocio, depois Praça da Constituição.

DCCCLXXV – No dia 2 de agosto de 1851, estando guarnecido o forte do Cerro, na Banda Oriental, pelo primeiro batalhão de artilharia brasileira, no dia 4 de setembro o conde de Caxias, à frente de mil e duzentos homens do exército do Brasil, entra no Estado Oriental do Uruguai por Santa Anna do Livramento.
No dia 17 de novembro do mesmo ano, chega a Montevidéu o conde de Caxias com a sua força. O exército brasileiro, no dia 5 de dezembro, acampa na colônia do Sacramento.

DCCCLXXVI – No dia 14 de outubro de 1851 a República do Paraguai adere à aliança americana, celebrada entre o Brasil e a República Oriental e os estados de Entre Rios e Corrientes; e no dia 15 seguinte do mesmo mês arvoram-se em Cerrito as bandeiras aliadas.

DCCCLXXVII – No dia 20 de outubro de 1851 o conselheiro Honorio Hermeto Carneiro Leão, visconde de Paraná, é encarregado de uma missão diplomática no Rio da Prata; e no dia 24 de novembro do mesmo ano assina-se em Montevidéu um convênio de aliança entre o Brasil, a República Oriental do Uruguai e os estados de Entre Rios e Corrientes.

DCCCLXXVIII – No dia 23 de outubro de 1851 diversos estudantes do curso jurídico de Olinda, em consequência do assassinato de um seu colega, amotinam-se e cercam a casa de um de seus lentes que desconfiam ser o mandatário do assassinato.

DCCCLXXIX – No dia 21 de novembro de 1851, o general Urquisa, com o seu exército, põe-se em marcha para o Paraná.

DCCCLXXX – No dia 14 de dezembro de 1851, uma divisão de quatro mil homens do exército brasileiro embarca na colônia do Sacramento e segue para o Diamante; e no dia 17 passa o Toneleiro.

DCCCLXXXI – Cômputo eclesiástico. Áureo número, 10; ciclo solar, 13; epacta, 9; letra dominical, D C.

DCCCXXXII – Martirológio. Dia 1º de janeiro, quinta-feira; Páscoa a 11 de abril; indicação romana, 10; período Juliano, 6.565.

DCCCLXXXIII – No dia 9 de janeiro de 1852 morre o brigadeiro José Saturnino da Costa Pereira, senador do Império pela província de Mato Grosso. Conta-se que poucos dias antes de falecer, indo visitar a seu amigo dr. João Antonio de Miranda, escorregara e caíra na escada e, lastimando o dr. Miranda o fracasso, disse-lhe o senador Saturnino que era para lhe deixar o lugar e cadeira do Senado em herança.

No dia 2 de abril de 1852 morre o festejado poeta Manoel Antonio Alves de Azevedo, nascido em S. Paulo a 12 de setembro de 1831.

No dia 7 de julho do mesmo ano morre, na Bahia, o general Henrique Garcez Pinto de Madureira.

No dia 19 de julho do mesmo ano, morre o brigadeiro Feliciano Antonio Falcão.

No dia 5 de dezembro do mesmo ano, morre na Bahia o visconde da Torre de Garcia d'Avila, Antonio Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque, gentil-homem da imperial câmara, grande do Império, coronel do exército, fidalgo da casa imperial e um dos mais respeitáveis e antigos patriotas da independência do Brasil.

No dia 29 de dezembro do mesmo ano morre o tenente-general Lazaro José Gonçalves.

DCCCLXXXIV – No dia 8 de janeiro termina a passagem do Paraná o exército libertador; e no dia 3 de fevereiro de 1852 o nosso exército dá batalha aos argentinos em Monte Caseros; e o ditador de Buenos Aires foge, deixando o teatro de suas crueldades.

No dia 1º de julho do mesmo ano, chega ao Rio de Janeiro o general conde de Caxias.

DCCCLXXXV – O nosso ministro residente em Lisboa, o coronel Antonio de Menezes Vasconcellos de Drummond, tendo oficialmente notícia da descoberta, na aldeia Gallega, de uma fábrica de carnes ensacadas, que juntava à carne de porco a de outros animais mortos por doença e até carne humana, no 1º de julho de 1852, em ofício reservado, comunicou ao ministro de Estrangeiros, com a denúncia, para que se dessem as providências em bem da saúde pública. O ministro de Estrangeiros envia o ofício recebido de Lisboa ao do Império, e este o enviando para os jornais, levantou tão grande celeuma, na colônia portuguesa, que deu em resultado a demissão do benemérito diplomata.

Havendo grande empenho pelo lugar do conselheiro Drummond, para se cumprir uma promessa feita ao dr. Maciel Monteiro, e não havendo motivos para retirada do conselheiro Drummond de Lisboa, aproveitaram-se desta oportunidade para o demitirem!

DCCCLXXXVI – No dia 18 de outubro de 1852 é ratificado no Rio de Janeiro o tratado de comércio e navegação fluvial entre o Brasil e o Peru.

DCCCLXXXVII – Cômputo eclesiástico. Áureo número, 11; ciclo solar, 14; epacta, 20; letra dominical, B.

DCCCLXXXVIII – Martirológio. Dia 1º de janeiro, sábado; Páscoa a 27 de março; indicação romana, 11; período Juliano, 6.566.

DCCCLXXXIX – No dia 11 de fevereiro falece em Minas Gerais d. Maria Dorothea de Seixas (Marilia de Dirceu), futura esposa do desembargador Thomaz Antonio Gonzaga. Foi essa jovem mineira a musa que inspirou no mavioso poeta as inimitáveis liras tão afagadas pelos corações sensíveis.

No dia 13 de março de 1853 falece, no Rio de Janeiro, monsenhor José Antonio Marinho, com quarenta e oito anos de idade. Nasceu a 7 de outubro de 1803, no Brejo do Salgado, comarca do Salgado, em Minas Gerais. Foi deputado à Assembleia Geral Legislativa; e era cura do Sacramento no Rio de Janeiro. Escreveu e publicou uma obra sobre a revolução de Minas de 1842.

No dia 19 de março de 1853 falece, com trinta e quatro anos de idade, o dr. José de Assis Alves Branco Muniz Barreto, nascido na cidade da Bahia em 1819. Era formado em Medicina, e foi deputado à Assembleia Geral Legislativa, e bibliotecário da Biblioteca Pública do Rio de Janeiro.

No dia 11 de setembro de 1853 falece, em Porto Alegre, o visconde de Castro, João de Castro Couto e Mello, pai do marquês de Santos. Era gentil-homem e brigadeiro do exército, e segundo visconde do mesmo título.

No dia 3 de outubro de 1853 falece o conselheiro de Estado José Antonio da Silva Maia, senador do Império. Foi este conselheiro que deu o nome à travessa chamada do Maia, que termina na Rua de Luiz de Vasconcellos, porque recebendo em dote cinco braças de terrenos que lhe deu seu sogro Luiz Gomes Anjo, fez o sobrado no fim da Rua da Ajuda, e aí residiu.

DCCCXC – No dia 15 de novembro de 1853 falece, em Lisboa, d. Maria II, rainha de Portugal. O passamento desta senhora, que primava por ser muito honesta, fiel esposa e excelente mãe de família, foi sentido.

DCCCXCI – No dia 9 de outubro de 1853 naufragou o vapor nacional Pernambuco, salvando grande número de pessoas o intrépido africano Simão.

Este herói e benemérito da humanidade constituiu-se no Rio de Janeiro um ente querido, sendo-lhe tirado o retrato, e dadivado por muitas pessoas. Os periódicos muito se ocuparam dele, e a Marmota, redigida por Paula Brito, além de o retratar consagrou-lhe muitas poesias.

DCCCXCII – No dia 31 de outubro de 1853 é julgado pelo júri da Corte Manoel Joaquim da Cunha.

DCCCXCIII – Geró, presidente da República Oriental, receoso de ser assassinado, no dia 6 de novembro de 1853 asila-se na legação brasileira em Montevidéu.

DCCCXCIV – No dia 8 de dezembro de 1853, na cidade da Bahia e lugar do Queimado, próximo ao convento dos religiosos da Soledade, assentou-se com grande solenidade a primeira pedra da obra da companhia do Queimado que devia abastecer de água potável a capital da Bahia.

DCCCXCV – No dia 10 de dezembro de 1853 é inaugurada com as formalidades legais a vigésima província do Império, com a denominação de província do Paraná, tendo por capital a cidade de Curitiba.

Foi inaugurador e seu primeiro presidente o conselheiro Zacharias de Góes e Vasconcellos.

DCCCXCVI – Cômputo eclesiástico. Áureo número, 12; ciclo solar, 15; epacta, 1; letra dominical, A.

DCCCXCVII – Martirológio. Dia 1º de janeiro, domingo; Páscoa a 16 de abril; indicação romana, 12; período Juliano, 6.567.

DCCCXCVIII – O obituário do município neutro em 1654 foi de sete mil, quinhentas e sete pessoas.

DCCCXCIX – No dia 10 de março de 1854 falece o conselheiro José Clemente Pereira, senador do Império, pela província do Pará, provedor da Santa Casa da Misericórdia da Corte, legando à posteridade o seu nome nas obras monumentais que levantou neste país, que adotou por pátria. Nasceu no distrito de Tancoso, em Portugal, a 17 de fevereiro de 1787.

No dia 9 de abril de 1854 falece o barão de Itapicuru-mirim, José Felix Pereira de Burgos.

No dia 12 de agosto de 1854 falece, na província de Goiás, d. Francisco Ferreira de Azevedo, bispo daquela diocese, homem de eminentes qualidades, saber, virtudes e de inexcedível caridade.

DCCCC(N. E.: SIC, neste e nos verbetes seguintes – a grafia correspondente ao número 900, em algarismos romanos, é CM) – No dia 30 de abril de 1854 inaugurou-se a primeira estrada de ferro no Brasil, sendo de Maupa para Petrópolis.

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