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*Publicado originalmente pelo editor de Novo Milênio no caderno Informática do jornal A Tribuna de Santos, em 3/8/1999.
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 01/05/00 11:02:26
CHIPS
Estudantes santistas ganham prêmio na França

Alunos de Engenharia da Unisanta são destaque na cidade de Toulouse

Três estudantes de Engenharia da Universidade Santa Cecília (Unisanta), integrantes da quarta turma enviada para estagiar no Instituto de Ciências Aplicadas de Toulouse, na França, em 7/1999, conquistaram o quinto lugar entre os melhores trabalhos apresentados por dois mil grupos de outros países que foram àquela cidade nos últimos doze anos, segundo avaliação daquele instituto francês.

Os alunos Washington Silva, Gustavo Bonesso e Roberto de Paula Genofe e outros dez estudantes santistas ficaram dez dias em Toulouse. Segundo o professor Djalmir Costa Mendes, que acompanhou o grupo, o desempenho de todo o grupo foi considerado muito bom. Eles foram divididos em grupos e o chip produzido por Washington, Gustavo e Roberto teve rendimento de 100%.

A avaliação dos chips é feita por computadores. Após o exame efetuado por meio do micro-osciloscópio eletrônico, é calculado o desempenho dos estagiários, comparando-o com o de outros chips prouzidos neste e nos anos anteriores. Os especialistas franceses ficaram impressionados com todo o grupo da Unisanta, conta o professor Djalmir, que leciona no curso de Engenharia Eletrônica da Unisanta.

Estágio – Os 13 estudantes de Engenharia de Telemática, Engenharia Eletrônica e Engenharia de Computação da Unisanta permaneceram dez dias no Institut National des Scienses Appliquées (INSA) de Toulouse, assistindo a aulas teóricas e práticas, terminando o curso com a construção de chips. Acompanhados também pelo professor Joaquim Augusto Peres, de Eletrônica, estiveram em Toulouse também os alunos Sérgio Ribeiro, Mario Nogueira, Mauro Abarcon, Letícia Gazal, Leandro Oliveira, Raphael Silva, Vanderlei Fernandes, Márcia Binatto, Fábio Ferreira e Ronaldo Rocha.

A Unisanta é a única universidade credenciada da América do Sul naquele centro de pesquisas. Segundo os professores, o estágio no INSA tem sido muito proveitoso para os estudantes. Dois deles, agora formados, conseguiram emprego após comprovar sua experiência no instituto francês. O programa de estágio inclui um curso de fabricação de circuitos integrados no Atelier Interuniversitário e Microeletrônica (AIME) do INSA. Os universitários aprendem a fazer circuitos integrados, contendo deste transistores a portas lógicas, a partir de uma placa de silício de aproximadamente 0,3 milímetros.

Todo o processo é desenvolvido durante uma semana, num local livre de impurezas, denominado "sala limpa", composto por três compartimentos. Para impedir a entrada de qualquer corpo estranho que possa danificar os equipamentos de alta precisão, o ambiente é submetido a uma pressão um pouco mais elevada do que a normal.

Luvas, sapatos, touca, avental e óculos especiais fazem parte do traje obrigatório usado na sala limpa. Qualquer partícula pode contaminar as placas, sempre manuseadas com pinças. Entre os equipamentos utilizados, há um microscópio que aumenta as placas em até 100 mil vezes o tamanho natural, permitindo verificar qualquer imperfeição nos circuitos.

Fabricação – As placas de silício passam por vários processos, que vão desde a metalização, feita em fornos com temperatura variando entre 500 e 1000ºC, até o teste final do circuito integrado. Os estagiários são divididos em grupos e cada um deles fabrica seu circuito, posteriormente encapsulado e soldado aos terminais (pontos de contato dos componentes), através de fios de ouro e emendas em alumínio. Este processo é feito em um equipamento de solda a vácuo. Cada placa fabricada armazena 256 chips, ou seja, dá origem ao mesmo número de circuitos.

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