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Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 10/24/00 16:18:52
Bips 

Para pensar - O Maurício Macedo, da empresa santista Smart Media, enviou no dia 16/10, a uma lista de debates sobre negócios (Widebiz) esta mensagem, que nos convida à reflexão:

"Estou tentando vislumbrar o futuro da Internet, vamos a um pequeno exercício: imagine que o telefone fosse inventado em 1994:

1ª fase - Poucos possuem telefone. Muitos nunca ouviram falar de telefone, nem de sua utilidade. Não é possível conversar com amigos pois eles não possuem telefones. O primeiro serviço a surgir é um DPHOO disque-piada Hoo (onde o fulano conta a piada ao vivo). As empresas ignoram o telefone, só serve para deixar os funcionários fofocarem e ouvir piadas.

2ª fase - Mais e mais jovens usando telefone. Função primordial, bate papo. Algumas empresas contratam funcionários para atender o telefone e dizer o que a empresa faz. Mas não atendem clientes, só dizem o que a empresa faz e o endereço dela. O DPHOO já é um sucesso, e com a tecnologia de mensagens gravadas consegue atender dezenas de pessoas por dia.

3ª fase - Começam a surgir empresas baseadas a tecnologia telefônica. Pizzarias em que você pode encomendar pizza e será entregue em sua casa. Além de farmácias e supermercados. Como cada empresa tem um número diferente, elas precisam de bastante investimento em marketing. É consenso do mercado que o usuário só se lembrará de um ou dois números de pizzarias, a terceira ou quarta no mercado morrerão. Algumas empresas começam a aceitar encomendas via telefone, com o crescimento da tecnologia e introdução do FAX.

4ª fase - O mercado começa a perceber a necessidade do telefone, ele se torna um item de primeira necessidade em casas e empresas. A imprensa se maravilha com o telefone e com as possibilidades de novos serviços. Acredita-se que, com o telefone, tudo muda. Todas as empresas são iguais agora, do tamanho de sete dígitos. É a nova economia.

5ª fase - Empresas baseadas no telefone começam a falir. Muitas idéias, como a substituição de reuniões por teleconferência, compras de supermercado, jóias e roupas por telefone, leitura de livros via fax, não funcionam, por falta de tecnologia ou de maturidade do mercado. A imprensa se decepciona com o telefone, e indaga se é mesmo uma grande novidade ou apenas mais uma tecnologia para agilizar a comunicação.

6ª fase - O telefone faz parte da vida das pessoas. Dizer que não possui um telefone ainda chega a se uma heresia. Empresas usam o telefone com freqüência, sem intermediadores. Pessoas usam o telefone para fazer pedidos de farmácias e pizzarias locais, que já adotaram a tecnologia. O telefone é também a principal forma de contato entre empresas e consumidores. É reconhecido o valor da comunicação por telefone, mas ela não acaba com a comunicação face a face, nem com as compras em lojas normais."

Pois é... - Nosso Buguinho de plantão (para quem não sabe, é um personagem que bissextamente freqüenta estas páginas, trazendo informações e comentários) leu o texto acima e lembrou que o aparelho de fax também foi considerado inútil por muito tempo, tanto que é muito mais antigo do que se pensa. Nem quando sua produção duplicou, de um para dois (he, he, he...), as pessoas perceberam claramente sua utilidade e como mudaria muitas coisas na área de comunicações. Mas seu uso explodiu nos anos 70/80 e só começa a declinar agora, nesta mudança de século e milênio, com o aumento da facilidade de uso da Internet.

Talvez acabe junto com o serviço de telex, que a Embratel pensa extinguir em breve, e que só não desapareceu antes porque as mensagens de telex são aceitas como documento, ao contrário das emitidas por fax (não por acaso, há quem rotineiramente envie uma página por fax e em seguida uma mensagem por telex se referindo ao fax, para documentá-lo...).