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Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 02/16/00 21:34:12
Bips 

O mundo do e-commerce - Dica passada por Maurício Macedo, da SmartMedia, na lista de debates sobre negócios da Widesoft: veja o mapa do mundo dos negócios eletrônicos apresentado pela publicação The Industry Standard, que inclui a percentagem da população on-line e usando e-commerce em cada país. Caso não consiga o acesso ao endereço original, Novo Milênio guardou uma cópia do arquivo aqui.

O arquivo está no formato Adobe Acrobat (PDF), e quem precisar pode obter aqui o plug-in para acessá-lo. Na matéria, o autor Stacy Lawrence lembra que 6,8 milhões de pessoas, 4% da população brasileira, está on-line em nosso país, o que nos coloca em sétimo lugar em índice de população on-line. No comércio eletrônico, porém, estamos fora do Top 10 atual e continuaremos assim em 2002, pelas previsões citadas na publicação.

Buguinho preocupado - Conforme nota divulgada nesta semana pela Microsoft, o Windows 2000 é três vezes mais confiável que o Windows 98. "Quer dizer que o Windows 98 é três vezes menos confiável que o Windows 2000" - interpreta o nosso Buguinho. Ah, bom! - como diria, com um sorriso amarelo, a saudosa velhinha de Taubaté, que acreditava em tudo o que a autoridade dizia...

Buguinho pensando - No meio de toda essa paranóia sobre segurança na Internet, sabemos que a agência de segurança nacional dos Estados Unidos (a pouco lembrada NSA) consegue espionar cada fax, telefonema e e-mail transmitido no mundo por qualquer meio de comunicação, tendo inclusive portas de acesso especiais em praticamente cada computador e rede de comunicações do mundo.

Então, o Buguinho, nosso auxiliar para assuntos aleatórios, imagina: e se começasse a circular pelo mundo uma daquelas intermináveis correntes de e-mail (tipo "garotinha com câncer" - que há 10 anos continua com a mesma idade e na verdade nunca existiu -, "Nós da IBM/Microsoft/Sun descobrimos um vírus indetectável" etc.)? O texto, usando palavras-chave que forçam os computadores da NSA a analisarem melhor o conteúdo (exemplo: Sivam, referência ao projeto brasileiro de satélites para controle do território da Amazônia), decerto provocaria sobrecarga nesses computadores espiões. Até que ponto a NSA conseguiria continuar espionando nossas vidas?

Sem recall/com advogado - Passado o grande susto da virada do ano (mas atenção, tem parte II agora no dia 29/2, o governo brasileiro já anunciou que está remontando sua central nacional de controle para manter plantão especial no final do mês), como prevíamos, o assunto Bug do Milênio desapareceu do noticiário, de tal forma que muitos acreditam ter sido até muito exagerada a sua importância. 

Na verdade, existem dois motivos para o silêncio: muitas empresas que estão tendo sérios problemas com seus computadores fazem de tudo para que o assunto não chegue ao domínio público, pois isso desvalorizaria sua cotação nas bolsas de valores e criaria outros problemas aos seus negócios. O segundo é que todas aquelas empresas que produziram equipamentos e programas com o Bug sabem que estão passíveis de serem processadas por perdas e danos causados aos clientes, e não querem portanto que o assunto seja muito debatido, já que esses processos podem causar muitas falências, mesmo de gigantes multinacionais da área de informática. 

Cláusula inócua -Já é consenso na área jurídica que de nada valem aquelas cláusulas de que o fornecedor não se responsabiliza, já que se trata de vício de fabricação do produto e de negligência na correção do problema. Pior, era um problema conhecido há anos por todos os especialistas mas, até o fim, continuaram sendo desenvolvidos produtos com o Bug, o que chega às raias do crime.

A analogia é simples: não importa se o estacionamento de carros é gratuito, se um carro for danificado dentro dele o dono do estacionamento tem que pagar o prejuízo. E, se for provado que o dono do estacionamento sabia que o telhado estava prestes a cair, e continuou ainda assim a atrair pessoas para circularem por debaixo dele com seus carros, o caso pode ser considerado crime de periclitação de vida.

Na indústria automobilística, se um componente do veículo sai da fábrica com defeito, a montadora faz o recall, chamando os clientes para a troca gratuita da peça. E ainda assim pode em alguns casos sofrer pesados processos por não ter feito antes todos os testes necessários. Na indústria da informática, se sofremos prejuízos nos negócios por causa de um produto com erros de fabricação, por quê ainda temos de pagar ao fabricante pela correção (como a Siemens tentou fazer com o São Paulo FC no início do ano passado)?

Adesão, portanto... - Só para os advogados pensarem: toda licença de uso de software padrão (isto é, não desenvolvido para cliente específico), bem como todo contrato padronizado para negociação de hardware, são contratos de adesão, isto é, o comprador/usuário não pode modificar as cláusulas. Está ferido assim o princípio da negociação entre as partes que deve reger tais contratos, e desta forma todas aquelas cláusulas leoninas caem por terra assim que o prejudicado inicia uma ação judicial. A história de que o fornecedor não se responsabiliza por falhas originadas na produção e suas conseqüências é simplesmente balela, não se sustenta nos tribunais...

Ano do InterneTango - Quem viver, verá: este vai ser o ano da Internet argentina. Nossos vizinhos sulinos estão acordando não só para a Internet como para o comércio eletrônico, o governo está fomentando o setor (lá, por exemplo, o registro de domínios IP é gratuito na NIC/Argentina), e eles já estão exportando idéias como a fomentadora de publicidade na Web DeArriba.com, que já, já - com nome abrasileirado ainda mantido em sigilo - vai aportar por aqui, pagando para quem navegar pela Internet. Tango x samba, vai ser uma parada difícil...

Buguinho aliviado - A Receita Federal acabou de descobrir que seu sistema foi atacado e milhares de declarações de renda estão a venda por aí. Como ocorre na grande maioria dos casos de grandes fraudes eletrônicas, suspeita-se de que houve participação de agentes internos (desonestos). 

Mas o Buguinho respira aliviado: "Ainda bem que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é a única grande corporação do mundo que não tem (nem nunca terá) agentes internos desonestos. Só assim o Brasil está fora de risco de ter fraude eleitoral eletrônica nesta e em todas as eleições futuras" cita, lembrando que nossa urna eletrônica não tem confiabilidade, visto que não se permite conferência nem auditoria da sua apuração, conforme denúncia que vem sendo feita em Santos desde 1997...