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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - Avião sinistrado
Desastre aéreo no Boqueirão (4)

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Com o tráfego crescente de aeronaves de todos os tipos, a Baixada Santista entra também na lista das grandes tragédias da aviação do século XXI. Até então, os acidentes se verificaram em áreas desabitadas, sobre o mar ou na areia da praia. Mas em 13 de agosto de 2014 a cidade conheceu toda a dimensão e as consequências de um acidente em área densamente habitada, que ganhou imediata repercussão mundial por ter entre as vítimas um candidato à presidência da República em plena campanha eleitoral, o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e seus assessores, num jato que caiu no bairro do Boqueirão.

Devido ao destaque internacional e a interesses políticos diversos, o acidente deu origem a inúmeras mistificações e teorias conspiratórias, que começaram a ocorrer poucos instantes depois da queda dessa aeronave. Um indivíduo se passou por socorrista e deu entrevista a emissoras de televisão contando uma falsa história, de que teria reconhecido o rosto do candidato à presidência Eduardo Campos, ainda na manhã do dia 13 de agosto de 1914. A gravação da entrevista à Rede Globo de Televisão foi postada na rede social YouTube pelo internauta Rodrigo Siqueira, no dia seguinte:

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Essa história foi contada depois por Marcos Sacramento no blogue Diário do Centro do Mundo:

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Imagem: reprodução parcial do blogue Diário do Centro do Mundo

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Quem é o homem que enganou a imprensa no local da queda do avião de Campos

Postado em 15 ago 2014 por : Marcos Sacramento

Um homem conseguiu roubar a cena e espalhar alguns boatos durante a cobertura do acidente com o candidato à presidência Eduardo Campos. Vestindo um macacão azul semelhante a um uniforme de socorrista, identificado como estivador, ele afirmou em entrevista ao repórter José Roberto Burnier, da TV Globo, que havia ajudado no resgate das vítimas, tendo visto, inclusive, o corpo de Campos.

"Vi vários corpos espalhados. Inclusive, um dos corpos era realmente o do candidato Eduardo Campos. Eu cheguei a ver, eu abri olho dele verde, azul, eu não acreditei, fique estarrecido", disse ele, abalado.

Deu o mesmo depoimento à repórter Eleonora Paschoal, da Band: "Eu vi o corpo do candidato Eduardo Campos e é uma cena que eu jamais vou esquecer em toda a minha vida".

Pouco tempo depois, chegaram informações oficiais de que os corpos estavam dilacerados e só poderiam ser identificados por meio de exame da arcada dentária e DNA. Também não houve a explosão no ar que ele vira.

É compreensível que os repórteres tenham caído na história por causa da agitação comum em um cenário de acidente daquelas proporções e da pressa em dar informações. Agora, o que levaria alguém a protagonizar uma história de ficção como essa? Seria até compreensível se ele inventasse um resgate heroico para se autopromover, mas qual vantagem teria em dizer ter visto cadáveres?

Há a vontade de ficar famoso, claro. Mas outra hipótese é a chamada mitomania. A psiquiatra Mara Maranhão, da Unifesp e do Hospital Albert Einstein, explica do que se trata:

"Na maior parte das vezes, o comportamento da mitomania (mentira patológica) não traz benefícios objetivos para a pessoa (como acontece na simulação ou em pessoas com traços de personalidade antissocial). Além disso, as mentiras não são contadas com a intenção de assumir um papel de doente ou obter atenção dos profissionais de saúde (como no transtorno de Munchausen). No caso dos mitômanos, o comportamento de contar falsas histórias decorre mais de motivos internos, psicológicos (baixa autoestima, por exemplo), do que de motivações externas (ganhar algo ou evitar uma punição, por exemplo)."

O homem que enganou meio mundo se chama Donizete Machado Junior, é ex-boxeador profissional, atualmente estivador e seu apelido é Maguila. Vive em São Vicente. Não é estreante na mídia. Em abril deste ano, foi notícia com grande repercussão.

Após ser demitido da maior empresa portuária de Santos, a Santos Brasil, ele convocou a imprensa, por orientação do Sindicato dos Estivadores, para declarar que fora vítima de homofobia. Donizete teria tentado colocar seu companheiro como beneficiário do plano de saúde da firma.

"Ele estava ainda no período de experiência. Foi dispensado por outros motivos", disse um representante da Santos Brasil, que não quis se identificar, ao DCM. "Estamos esperando a notificação judicial até hoje. Nunca chegou".

Depois de um sumiço, Donizete reapareceu ontem na página "Vivendo em Santos" do Facebook, que dá notícias da cidade. Escreveu o seguinte:

"Bom dia. Meu nome é Donizete Junior. Estou nessa conta de um amigo porque a minha foi bloqueada. Acontece que eu sou do caso da queda do avião em Santos, que deu entrevista no calor da emoção sem pensar nas consequências. Errei, sim, nas sem pensar nas consequências das minhas burras palavras. Estou sendo ameaçado e já até sofri agressões de minha família também. A culpa foi totalmente minha, com minha boca e compulsão inconsequente".

Noticiário do jornal Metro - Santos, em 28 de agosto de 2014:

Imagem: reprodução da página com a notícia no site Metro Santos

 

Drone militar pode ter colidido com avião de Eduardo Campos

Fonte: band.com.br
Atualizado em: 28/08/2014 às 17h30

Um drone da Aeronáutica pode ter colidido com o avião que levava Eduardo Campos, causando o acidente que matou o ex-governador de Pernambuco e mais seis pessoas no dia 13 de agosto, em Santos, no litoral de São Paulo.

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o advogado Antônio Campos, irmão do político, revelou que o inquérito civil aberto na data da queda do jato aponta a possibilidade de um Vant (Veículo Aéreo Não Tripulado) da Aeronáutica ter colidido com a aeronave.

A informação está em um ofício enviado ao comandante da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro Juniti Saito.

O documento, assinado pelo procurador da República, Thiago Lacerda Nobre, aponta indícios como fotos do local do acidente, onde aparecem "rodas" semelhantes às que existem nos "VANTS" modelo "Acauã".

O texto questiona o comandante Juniti Saito sobre quantos equipamentos desse existem nos quadros da Força Aérea, se todos estão em operação e se algum estaria desaparecido desde a data da queda do avião.

A hipótese de um drone ter causado o acidente já havia sido levantada logo após a tragédia. Dois dias antes da queda, perto da base aérea onde o jato deveria pousar, uma área especialmente delimitada para o voos de aeronaves não tripuladas havia sido delimitada para um evento.

 

A hipótese de um drone ter causado o acidente já havia sido levantada logo após a tragédia

Foto: Paula Donato/Rádio Bandeirantes, publicada com a matéria

Em 4 de setembro de 2014, o internauta Bruno Toscano colocou em seu perfil no Facebook um vídeo em que debatia alguns fatos estranhos relacionados ao acidente:

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Imagens: fotogramas do vídeo

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No mesmo dia do acidente, 13 de agosto de 2014, jornais como O Povo, de Fortaleza/CE, destacaram uma recente mudança na legislação sobre investigações de acidentes aéreos, que fez surgir várias teorias conspiratórias (o sigilo facilitaria sabotagens):

Imagem: reprodução parcial da página Web com a notícia

ACIDENTES AÉREOS 13/08/2014 - 15h46

Lei coloca em sigilo investigação de acidentes aéreos

O objetivo em proteger os detalhes e as informações é evitar que os dados sejam usados em inquéritos ou ações criminais contra suspeitos de causar acidentes aéreos

A lei que torna sigilosa a investigação de acidentes aéreos no Brasil mudou completamente a maneira de apuração de um acidente. A lei, que foi sancionada em maio deste ano pela presidente Dilma (PT), afirma que, a polícia e o Ministério Público, só terão acesso à caixa-preta do avião, o qual permite escutar as conversas da tripulação, com a permissão judicial.

Mesmo assim, a lei estabeleceu duas regras que permite a liberação dos dados. Desde que haja a permissão em forma de consulta do Cenipa, órgão da Aeronáutica responsável pela apuração de acidentes aéreos; e que essas informações sejam protegidas por segredo de Justiça, evitando a divulgação do conteúdo.

O objetivo de proteger os detalhes e as informações da polícia e do Ministério Público é evitar que os dados sejam usados em inquéritos ou ações criminais contra suspeitos de causar determinados acidentes aéreos. O Cenipa não tem como interesse procurar culpados, mas descobrir as falhas que provocam acidentes, para evitar que desastres aconteçam novamente.

Pela lei, o depoimento de alguém que tenha participado de algum acidente não poderá ser usado no tribunal. De acordo com o Cenipa, essa proteção evita que a pessoa sinta-se ameaçada e que colabore com as investigações.

Um exemplo aconteceu na colisão do jato Legacy e o Boeing da Gol, em 2006, no qual 154 pessoas que estavam à bordo morreram. Nesta ocasião, os controladores se recusaram a ajudar nas investigações temendo ser punidos.

O texto ainda proíbe que análises e conclusões do Cenipa, sobre um acidente, sejam utilizadas como prova em inquéritos ou processos. Mas o órgão pode, a pedido da autoridade policial, ceder um técnico para auxílio.

Preservar sem punir

A escolha pela preservação, ao invés da punição está em convenção da Organização Internacional da Aviação Civil, assinada pelo Brasil.

"O que queremos é que a investigação, feita com objetivo de prevenção de acidentes, não seja utilizada para outros propósitos", afirma Fernando Camargo, coronel aviador do Cenipa.

Já o procurador do Ministério Público Estadual, afirma que essa lei dificulta a investigação da responsabilidade criminal. Por sua vez, o procurador federal Anderson Vagner, achou a lei positiva por estar alinhada às recomendações internacionais a respeito.

Redação O POVO Online

A divulgação para o público, pela primeira vez, de que em aviões como o acidentado não é obrigatória a presença do gravador de dados de voo (equipamento conhecido como caixa preta, mesmo tendo cor alaranjada), e que esses equipamentos variam em padrão de qualidade conforme o porte das aeronaves - e mais, que o equipamento a bordo do avião sinistrado não estava em funcionamento e nem as gravações eram desse voo - ajudou a ampliar os boatos. A notícia foi dada, entre outras publicações, pelo site G1/Santos e Região, ligado à Rede Globo de Televisão, e, 15 de agosto de 2014:

Imagem: reprodução parcial da página Web com a notícia

15/08/2014 12h46 - Atualizado em 15/08/2014 13h56
FAB diz que gravação da caixa-preta de jato não era do voo de Campos
Aeronáutica informou que dados da caixa-preta já foram analisados.
Em nota, FAB ressaltou que não é possível precisar a data dos diálogos.

Filipe Matoso
Do G1, em Brasília

A Força Aérea Brasileira (FAB), responsável pela investigação do acidente aéreo que causou a morte do presidenciável do PSB, Eduardo Campos, informou nesta sexta-feira (15) que já foram extraídas e analisadas por quatro técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) as duas horas de áudio da caixa-preta do jato que conduzia o ex-governador pernambucano para o litoral paulista. Segundo a FAB, a gravação da caixa-preta do avião com prefixo PR-AFA não é do voo de Campos.

Com a queda do avião, na última quarta-feira (13), morreram, além do candidato do PSB, quatro assessores de campanha e os dois pilotos do jato. Confome o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, a liberação dos corpos pelo Instituto Médico Legal (IML) deve ocorrer neste sábado (16).

Em nota, a Força Aérea afirmou que, até o momento, não é possível determinar a data dos diálogos registrados na caixa-preta encontrada em Santos, em razão de o equipamento não arquivar esse tipo de informação.

"As razões pelas quais o áudio obtido não corresponde ao voo serão apuradas durante o processo de investigação", advertiu o comunicado da FAB.

Além da caixa-preta da aeronave, a Força Aérea disse que investigará alguns fatores relacionados aos pilotos do jato em que estava Eduardo Campos, como se eles haviam voado por mais horas seguidas do que a lei permite, documentação, exames recentes que foram apresentados, entre outros. Além disso, durante a investigação do acidente aéreo serão ouvidos familiares dos pilotos para apurar se os profissionais passavam por problemas pessoais.

A análise da caixa-preta da aeronave começou nesta quinta, após o equipamento ser levado de Santos para Brasília. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão vinculado à FAB, apura as causas do acidente.

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