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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - Navios diferentes
Embarcações curiosas visitam o porto (9)

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Santos foi sempre um dos principais portos regulares de escala dos luxuosos navios internacionais de passageiros. Inúmeros deles ficaram na memória emocional de diversas gerações de santistas, mas um deles mereceu destaque por ser, em sua época, o maior do gênero no mundo, exigindo estudos especiais para verificar se o porto teria condições de recebê-lo. Esse navio era o Queen Elizabeth 2, com 294 metros de comprimento, e que esteve em Santos várias vezes em meados da década de 1980. Este é o verbete da enciclopédia Wikipedia sobre a embarcação, cotejado e corrigido pela versão inglesa (acesso em 30/6/2013):

O Queen Elizabeth 2 ancorado no South Queensferry, em Southampton, em sua última viagem com turistas, em 18 de setembro de 2007

Foto: Tim Dyer, publicada na Wikipédia em 7/6/2009 (acesso: 30/6/2013)

 

Queen Elizabeth 2

Nacionalidade: britânica
Dono: 1968-2008: Cunard Line Ltd.

         retirado de serviço e adquirido em 27/11/2008: Istithmar, Dubai
Operado por: Cunard Line

Porto de registro: Southampton/Reino Unido, 1968-2009;

                         Port Vila/Vanuatu, após 2009
Encomendado em 1964 a John Brown & Co. (Upper Clyde Shipbuiders/Escócia)

Lançado ao mar: 20 de setembro de 1967

Completado: 26 de novembro de 1968
Viagem inaugural: 2 de maio de 1969
Status: imobilizado em Port Rashid desde 4/6/2009.
Características gerais
Tonelagem: 70.327 toneladas grossas
Comprimento: 293,5 metros
Largura: 32,03 metros
Altura: 52,2 metros

Calado: 32 pés (9,8 m)

Conveses: 12
Geração de energia: 9 motores MAN B@V 9L58/64 (9 x 10,625 kW)

Propulsão Diesel-elétrica: 2 motores GEC de 44 MW
Velocidade máxima: 34 nós (63 km/h)

Velocidade de serviço: 28,5 nós (52,8 km/h)
Complemento: 1.777 passageiros, 1.892 cabines, 1.040 tripulantes
Custo: 29,091,000 libras (419 milhões de libras em 2013)

 

O Queen Elizabeth 2, deixando o porto de Sydney, na Austrália, em 18 de fevereiro de 2002

Foto: Wikipédia, postada pelo australiano Merbabu em 12/2/2007 (acesso: 30/6/2013)


O Queen Elizabeth 2 (QE2) é um navio da Cunard Line nomeado em homenagem ao seu antecessor o RMS Queen Elizabeth. Ele era o maior navio da companhia desde 1962, quando foi substituído pelo Queen Mary 2 (este, da Carnival PLC, operado pela Cunard Line e registrado no porto de Hamilton, na Bermuda) em 2004.

 

Foi considerado um dos últimos grandes transatlânticos logo após sua restauração em 1972 e antes da construção do Queen Mary 2. Viajou pelo mundo inteiro, tendo operado predominantemente como navio de cruzeiros, a partir do porto de registro (Southampton, na Inglaterra) até ao seu retiro em 2008.
 

Características - O navio pesa 70.327 toneladas totais e tem 294 metros (963 pés) de comprimento. Tem velocidade de 32,5 nós - usando a turbina a vapor original - e podendo chegar a 34 nós quando usado o motor elétrico a diesel - o Queen Elizabeth 2 é um dos navios de passageiros mais rápidos.

 

Ao contrário do que comumente aconteceu em décadas prévias, onde as linhas sempre construiriam navios maiores, o QE2 foi construído menor que o seu antecessor, o RMS Queen Elizabeth, visto que a Cunard percebeu que a demanda de passageiros não era diferente de o navio ser maior e mais longo e que o combustível era crescentemente caro. Seu sucessor, o Queen Mary 2, construído uns 40 anos depois, é aproximadamente duas vezes o tamanho de QE2. O navio pode levar 1.777 passageiros e até 1.040 tripulantes, totalizando mais de 2.800 pessoas a bordo.

Nome - O primeiro Queen Elizabeth foi batizado por Elizabeth Bowes-Lyon, então casada com o monarca reinante. A armadora Cunard tem a prática de reutilizar nomes de sucesso, e como o Queen Elizabeth anterior ainda existia durante a construção da nova unidade (embora fosse aposentado e vendido antes da entrada em serviço deste transatlântico), a armadora pretendia batizá-lo como Queen Elizabeth, referindo-se a ele como "o Segundo". Porém, há controvérsias na própria armadora sobre o que aconteceu em seguida.

 

Consta que o nome só seria revelado no momento em que o navio fosse lançado ao mar. O convite citava apenas "Lançamento do Cunard Liner nº 736" e nenhum nome estava pintado no casco. Em uma história autorizada do navio publicada em 1969, aparece a explicação de que, na cerimônia de lançamento, a já agora rainha Elizabeth II teria decidido alterar o nome, adicionando "The Second", dizendo as palavras "I name this ship Queen Elizabeth the Second". O nome antes previsto foi entregue à rainha em um envelope fechado, que ela não chegou a abrir.

 

Assim, como numerais romanos sempre são usados para monarcas, o numeral "2" árabe é usado no nome do navio para distinguir da monarca, Rainha Elizabeth II;  porém, o navio é chamado Queen Elizabeth Dois, e não O Segundo, pela mesma razão, normalmente.

 

Aliás, o QE2 nunca foi designado RMS, ou seja, Royal Mail Ship, embora assim apareça em algumas publicações, pois não foi designado para transporte do Correio Real, conforme esclarecimento no verbete inglês da Wikipedia.

 

O nome Queen Elizabeth 2 na popa do navio, em 15 de outubro de 2008, quando docado no cais Northumbrian, em Coble Dene, Port of Tyne, Newcastle International Ferry Terminal, North Shields, em sua visita final ao Rio Tyne, na Inglaterra

Foto: publicada na Wikipédia pelo fotógrafo "Ultra7" em 17/11/2008 (acesso: 30/6/2013)


Desenho - O último navio da linha principal da Cunard, o RMS Queen Elizabeth, lançado em 1940, foi considerado um design antiquado, apesar de algumas alterações para o design global dele que o tornou mais suave e brilhante que seu navio-irmão, o RMS Queen Mary. Isto era especialmente notável quando ele era comparado a navios de linha franceses como o SS Normandie, construído em 1935, e depois o SS France, completado em 1962. Assim, ao projetar em 1964 o Queen Elizabeth 2, durante tempos difíceis, quando outros navios estavam sendo construídos, a Cunard queria que ele fosse moderno e um reflexo dos anos 1960 na Inglaterra, como também caracterizando os avanços mais modernos em design marítimo.

Grandes volumes de alumínio foram usados para moldar a super estrutura do QE2. Isto reduziu o seu peso, e consequentemente o consumo de combustível, mas também criou problemas ao se tentar unir o alumínio ao casco de aço, como o que ocorreu com o SS United States.

 

O baixo ponto de derretimento do alumínio causou preocupação quando o QE2 estava servindo como um navio de tropa durante a Guerra das Malvinas: alguns temeram que se o navio fosse golpeado através de torpedos, o alumínio e as coberturas superiores dele desmoronariam depressa devido a fogo, causando mais vítimas assim.


Em 1972, o QE2 foi um dos primeiros navios a oferecer terraços privados a seus passageiros em uma estrutura de alumínio, atrás da ponte do navio, e em 1977 esta estrutura foi ampliada para incluir mais apartamentos com sacadas;

Última viagem - O navio foi retirado do serviço ativo da Cunard em 27 de novembro de 2008, quando foi adquirido pela Istithmar, do grupo Dubai World, que planejava convertê-lo num hotel flutuante para funcionar em Palm Jumeirah, Dubai.

 

Em julho de 2012, a Istithmar anunciou que a conversão em hotel deveria durar 18 meses. Em 21 de dezembro de 2012 surgiu a informação de que havia sido vendido para desmanche na China, mas a Cunard desmentiu o boato como "pura especulação", pois uma cláusula contratual estipulava que não poderia ser vendido durante 10 anos após a aposentadoria, sem o pagamento do valor total da compra como penalidade padrão.

 

Em 17 de janeiro de 2013, a Dubai Drydocks World anunciou que o navio seria enviado para local desconhecido na Ásia para funcionar como hotel flutuante de luxo, centro de compras e museu.

Escala do navio em Santos em 1985

Foto: acervo do despachante aduaneiro e cartofilista Laire José Giraud (acesso: 29/6/2013)

 

Escala em 1987, quando o navio passava defronte à Ponta da Praia, em Santos

Foto: acervo do despachante aduaneiro e cartofilista Laire José Giraud (acesso: 29/6/2013)

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