Clique aqui para voltar à página inicialhttp://www.novomilenio.inf.br/santos/h0388c.htm
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 12/02/07 23:55:07
Clique na imagem para voltar à página principal
HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - SAGA NIPÔNICA
Caminho inverso

Inúmeros descendentes de japoneses vão para o Japão...

Leva para a página anterior

São chamados decasséguis, os descendentes de japoneses, nascidos no Brasil, que migram para o Japão, em busca de trabalho ou de contato maior com a cultura de seus ancestrais. A história dessa gente foi destacada no jornal santista A Tribuna, em uma terça-feira, 19 de junho de 2007:

 


CELEBRAÇÃO - Japoneses de Santos estão a um ano de comemorar o centenário da imigração ao País. Hoje, os descendentes, em grande número, fazem o caminho de volta

Foto: Carlos Nogueira, publicada com a matéria

INVERSÃO

Decasséguis fazem caminho inverso

No ano do centenário da imigração, descendentes buscam oportunidade de trabalho no Japão

Rafael Motta

Da Redação

A um ano do centenário da imigração japonesa ao Brasil, vive-se um movimento contrário ao do início do século 20: decasséguis - descendentes de japoneses - estão partindo para o Japão atrás de melhores oportunidades de sobrevivência, a exemplo do que fizeram seus ancestrais ao embarcar para o Brasil.

O comendador Arata Kami, que por 25 anos presidiu a Associação Japonesa de Santos, afirmou que 240 mil nipônicos aportaram no território brasileiro desde 18 de junho de 1908. Mas, com o crescimento econômico experimentado pelo Japão após o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), em torno de 300 mil decasséguis já teriam partido para a Terra do Sol Nascente.

"Depois da Segunda Guerra, a imigração parou. Antes (do conflito), a economia do Japão se baseava na agricultura. Agora, há a indústria, e os nisseis e sanseis (gerações de japoneses vindos ao Brasil) estudaram para trabalhar nela", resumiu o atual presidente da Associação Japonesa na Cidade, Hiroshi Endo.

Ontem de manhã, diante do Monumento do Imigrante, no jardim da orla do Boqueirão, celebrou-se um culto xintoísta. Invocou-se o deus do mar - um dos 8 milhões de deuses dessa religião - em sua memória e pelo sucesso das navegações e do extrativismo marítimo, como a pesca.

"Aprendemos dos japoneses coisas essenciais, como o respeito aos idosos e o culto aos antepassados", discursou o prefeito João Paulo Tavares Papa (PMDB), que depositou flores no monumento com a secretária municipal de Turismo, Wânia Mendes Seixas.

Museu japonês - Hiroshi Endo pretende aproveitar a cessão, pelo Governo Federal, do imóvel que abrigou a Associação Japonesa até a Segunda Guerra - confiscado pela União na época - para inaugurar ali um "museu japonês".

A intenção é que isso ocorra até o centenário da imigração. Porém, não será algo simples. "Não sabemos de quanto dinheiro vamos precisar para a reforma", comentou, sobre as condições da construção, na Rua Paraná, 129, na Vila Mathias.

Ofertas de apoio podem ser feitas pelos telefones 3222-3268 ou 3238-2189, com o presidente da associação.


Solenidade para comemorar o 99º aniversário foi realizada no jardim da orla do Boqueirão e teve como destaque um culto xintoísta

Foto: Carlos Nogueira publicada com a matéria

 

Imperador deverá vir em 2008

 

Prosseguem as tratativas para que a Família Imperial japonesa compareça às festividades dos 100 anos da imigração, previstas entre 18 e 22 de junho de 2008. O coordenador de uma das 15 comissões nacionais da Associação para Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, Yoshio Imaizuimi, adiantou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterará o convite ao imperador Akihito, em janeiro próximo, quando viajará ao Japão.

 

Apesar de impedimentos formais a uma eventual visita - a Família não vai a um mesmo continente mais de três vezes em uma década, o que já teria ocorrido na América do Sul - A Tribuna apurou ser dada como certa a vinda do imperador ou de descendentes ao País. Inclusive a Santos, em 21 de junho, pela manhã, antes de uma cerimônia na Capital.

 

Oficialmente, Imaizumi declarou que a Casa Imperial só responderá ao convite em janeiro ou fevereiro. "O convite deve ser protocolado com três anos de antecedência, e a confirmação só ocorre cinco meses antes da data do evento, por questões de segurança. Mas, já há conversações entre os ministérios das Relações Exteriores dos dois países sobre o assunto".

 

A programação sugerida pela Associação à Casa Imperial consiste em compromissos nos dias 18, no Congresso Nacional, em Brasília; 19, em Belo Horizonte (MG); 20, em São Paulo; 21, em Santos e São Paulo; e 22, em Rolândia (PR).

 

Homenagens - Até o começo da próxima semana, o Mendes Convention Center abrigará dois eventos relativos ao centenário: o Seminário Internacional Brasil-Japão Meio-Ambiente, de amanhã a sexta-feira, e o Festival da Imigração Japonesa no Brasil, entre quinta e domingo.

 

Para informações sobre o seminário e inscrições, o telefone é (11) 5574-0002. Quanto ao festival, o convite custa R$ 5,00 e um quilo de alimento não perecível. O Mendes fica na Avenida Francisco Glicério, 206, no Gonzaga.

Leva para a página seguinte da série