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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - Profissões
Atividades que vão desaparecendo (3)

Com o tempo, diversas atividades acabam ou são substituídas por outras
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Texto publicado nas edições impressa e eletrônica do jornal santista A Tribuna, em 21 de agosto de 2006:
 


José Modesto, dono da Rápida Expressa, não pensa em fechar
Foto: Walter Mello, publicada com a matéria

Segunda-feira, 21 de Agosto de 2006, 07:09
MERCADO
Médico dos Calçados, no Centro, encerra atividades

Da Reportagem

O ramo de sapataria está perdendo mais um representante: o Médico dos Calçados, na Rua João Pessoa, 90, Centro. Durante a semana que passou, funcionários e proprietários já juntavam equipamentos e mercadorias, e os serviços não estavam mais sendo aceitos. A singela loja funciona há cerca de 50 anos no local, que deverá ser alugado para outra finalidade.

Ninguém no estabelecimento quis comentar o fechamento, mas o motivo seriam problemas de saúde enfrentados pelo dono, conhecido como senhor Jesus. Um edital avisando os clientes para buscarem seus pertences até o dia 14 de outubro foi publicado na quarta-feira em A Tribuna.

O Centro de Santos chegou a abrigar 12 sapatarias até a década de 1980, conforme lembra José Modesto Neves, de 65 anos, dono da única loja do ramo que restou no bairro, a Sapataria Rápida Expressa, na Rua Vasconcelos Tavares, 18. 
O estabelecimento funciona desde 1954 e já enfrentou diversas crises. "Não penso em fechar", garante Modesto. Segundo ele, a pior delas aconteceu quando o tênis se popularizou. "Ninguém mais usava sapato".

O comerciante acredita que ainda exista espaço para este tipo de negócio, já que, em muitos casos, compensa mais consertar um sapato ou uma bolsa do que comprar novos. Sem falar que existem objetos com valor sentimental, dos quais as pessoas resistem em se desfazer.

A professora Juciléia de Oliveira e o namorado Misaías Valério, ambos de 26 anos, são fregueses da Expressa e dizem que só compram um calçado quando não dá mais para consertar os velhos. "Fica mais barato", diz Juciléia.

Modernidade - Prova de que a população ainda tem o costume de mandar consertar seus calçados e roupas é a popularização da franquia Sapataria do Futuro, que conta há sete anos com uma unidade em Santos, no Praiamar Shopping, na Aparecida.

Para o dono da loja, Gilson Amado, de 59 anos, os clientes exigem um serviço rápido e de qualidade. A comodidade que o shopping proporciona também é apontada como motivo para o sucesso do serviço.

Para sobreviver no mercado, a sapataria não realiza apenas consertos de calçados, mas também reparos de roupas, bolsas e malas, além de tingimento e serviço de lavanderia. "É preciso diversificar os serviços, mas nosso carro-chefe ainda são os sapatos".

Amado, que é aposentado do Banco do Brasil, diz que não se arrepende de ter entrado no ramo. Ele emprega oito funcionários e também assumiu, recentemente, a administração da mesma franquia em São Vicente. Na Baixada Santista, ainda existe uma terceira loja, no Litoral Plaza Shopping, em Praia Grande.

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